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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS RELATÓRIO TÉCNICO DE ENSAIO EXPERIMENTAL JEFFERSON RENAN SANTOS DA SILVA MANAUS 2017 Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 1.1. Os Raios - X .......................................................................................................... 4 1.2. Produção dos Raios – X ........................................................................................ 4 1.3. Espectro de Raios – X característicos e contínuos ............................................... 5 2. FLUORESCÊNCIA DE RAIOS – X ....................................................................... 6 2.1. Fundamentos da fluorescência de raios X ............................................................ 6 2.2. Excitação dos elementos ....................................................................................... 7 2.3. Dispersão dos raios-X característicos emitidos pela amostra ............................... 7 2.4. Detecção dos raios-X ............................................................................................ 7 3. DIFRAÇÃO DOS RAIOS – X ................................................................................. 8 3.1. Lei de Bragg ......................................................................................................... 9 3.2. Filtros para raios X ............................................................................................. 10 3.3. Monocromatização ............................................................................................. 10 3.4. Princípios do design do goniômetro na difratometria do pó ............................... 12 3.5. Qualidade dos dados da amostra na difração de raios-X .................................... 13 3.6. Posicionamento da amostra ................................................................................ 16 3.7. Aquisição dos dados na difração de raios X do pó ............................................. 16 3.8. Comprimento de Onda ........................................................................................ 17 4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................................... 17 4.1. Fluorescência de Raios X - Laboratório de Físico Química/LaMAC ................ 17 4.2. Difração de Raios X- Laboratório de Geologia .................................................. 19 4.3. Difração de Raios X- LABMAT ........................................................................ 20 4.4. Características do equipamento .......................................................................... 21 4.4.1. Procedimento Experimental Geral ...................................................................... 22 4.4.2. Parâmetros do equipamento para análises das amostras: ................................... 22 4.5. Experimento 1 – Silício em forma de placa sólida ............................................. 23 4.5.1. Resultados ........................................................................................................... 23 4.5.2. Cálculos para as distâncias interplanares ............................................................ 24 4.6. Experimento 2 – Silício em forma de pó ............................................................ 25 4.6.1. Resultados ........................................................................................................... 25 4.7. Experimento 3 – Porta amostra de Si ................................................................. 26 4.7.1. Resultados ........................................................................................................... 27 5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 27 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 28 4 1. INTRODUÇÃO É fundamental para o engenheiro de materiais conhecer a estrutura cristalina e a microestrutura de um material para poder entender suas propriedades. O termo estrutura cristalina envolve o arranjo dos átomos, enquanto que o termo microestrutura engloba desde os constituintes estruturais tais como composição presente, fases, quantidades, inclusões até contornos de grãos, trincas, vazios, maclas, etc. Uma das técnicas de análise estrutural e microestrutural mais empregada para identificar os diferentes materiais é a difração de raios – X. 1.1. Os Raios - X Os raios – X são radiações eletromagnéticas que corresponde a uma faixa do espectro que vai desde 10 -5 Å a 100Å). Acima dessa faixa temos os Raios Gama, cujos comprimentos de onda são menores que 10 Å. Os comprimentos de ondas mais comuns utilizados em cristalografia estão compreendidos entre o intervalo de ~0,5 e ~2,5 Å. 1.2. Produção dos Raios – X São conhecidos dois métodos ou campos distintos que podem produzir emissão de raios-X, O primeiro é um dispositivo, o qual é chamado de tubo de raios-X, onde ondas eletromagnéticas são geradas de impactos entre elétrons de alta energia com um alvo metálico, estes são mais simples e mais comumente usados no campo de raios-X, pois podem estar disponíveis em laboratórios de todos os tamanhos, e assim um tubo de raio- X é conhecido como laboratório ou campo de raio-X convencional. As fontes convencionais de raios-X geralmente têm uma baixa eficiência e seu brilho (é medido como fluxo de fótons) é fundamentalmente limitado pelas propriedades térmicas do material alvo [Pecharsky, Vitalij K.Zavalij, Peter Y, 2005]. O segundo método é muito mais avançado no campo de radiação de raios-X – O synchrontron, onde elétrons de alta energia são confinados em um anel de armazenamento. Onde eles se movem em uma orbita circular, elétrons acelerados em direção ao centro do anel, desse modo emitindo radiação eletromagnética. Os campos do Synchrontron são extremamente brilhantes uma vez que as perdas térmicas são 5 minimizadas e não há alvo para esfriar. Esse brilho é somente limitado pelo fluxo de elétrons em um feixe de alta energia [Pecharsky, Vitalij K.Zavalij, Peter Y, 2005]. Figura - 1. Produção de raios-X, Tubo de raios-X e Synchrontron respectivamente. 1.3. Espectro de Raios – X característicos e contínuos O espectro de raios-X, gerado em um tubo de raios-X típico, consiste em vários picos intensos, assim chamados de linhas espectrais características, Sobrepostas sobre um fundo contínuo, conhecido como a radiação "branca". A parte contínua do espectro é gerada por elétrons que desaceleram rápida e imprevisivelmente - alguns instantaneamente, outros gradualmente - e a distribuição dos comprimentos de onda depende da tensão de aceleração, mas não da natureza do material de ânodo. A radiação branca, também conhecida como bremsstrahlung (alemão para "radiação de frenagem"), é geralmente altamente indesejável em aplicações de análise de difração de raios X. (uma exceção é chamada de técnica de Laue, na qual a radiação branca é empregada para produzir padrões de difração em monocristais estacionários) [Pecharsky, Vitalij K.Zavalij, Peter Y, 2005]. 6 Figura 2. Esquema típico de emissão de raios-X, pela claridade indicando apenas a presença de um fundo branco e três comprimentos de ondas característicos Kα1, Kα2 e Kβ, que possuem altas intensidades. 2. FLUORESCÊNCIA DE RAIOS – X A análise multielementarinstrumental por fluorescência de raios X (XRF) é baseada na medida das intensidades dos raios X característicos emitidos pelos elementos químicos componentes da amostra, quando devidamente excitada. Até 1966 a XRF era realizada unicamente por espectrômetros por dispersão por comprimento de onda (WD-XRF, abreviação de wavelength dispersive X-ray fluorescence), baseados na lei de Bragg, os quais necessitam de um movimento sincronizado e preciso entre o cristal difrator e o detector [JENKINS, R. et al, 1981]. Com o desenvolvimento do detector semicondutor de Si(Li), capaz de discriminar raios X de energias próximas, foi possível o surgimento da fluorescência de raios X por dispersão de energia (ED-XRF, energy dispersive X-ray fluorescence), também conhecida como fluorescência de raios x não dispersiva. Esta técnica vem sendo utilizada principalmente para amostras sólidas, permitindo a determinação simultânea ou seqüencial da concentração de vários elementos, sem a necessidade de destruição da amostra.[ BERTIN, E. P, 1975]. 2.1. Fundamentos da fluorescência de raios X A análise por fluorescência de raios X é um método quali-quantitativo baseado na medida das intensidades (número de raios X detectados por unidade de tempo) dos raios X característicos emitidos pelos elementos que constituem a amostra [BOUMANS, P., e R. KLOCKENKÄMPER, 1988, 1989]. Quando um elemento de uma amostra é excitado, este tende a ejetar os elétrons do interior dos níveis dos átomos, e como consequência disto, elétrons dos níveis mais afastados realizam um salto quântico para preencher a vacância. Cada transição eletrônica constitui uma perda de energia para o elétron, e esta energia é emitida na forma de um fóton de raios-X, de energia característica e bem definida para cada elemento. Assim, de modo resumido, a análise por fluorescência de raios X consiste de três fases: excitação dos elementos que constituem a amostra, dispersão dos raios X característicos emitidos pela amostra e detecção desses raios X. 7 2.2. Excitação dos elementos Para provocar a emissão dos raios X característicos dos elementos que constituem a amostra, a excitação pode ser feita de várias maneiras: excitação por partículas aceleradas como elétrons, prótons ou íons; excitação por raios X, partículas alfa, partículas beta negativas ou raios gama emitidos por radionuclídeos, além do processo mais utilizado até recentemente, que é através raios X gerados em tubos. Das fontes excitadoras, as máquinas de raios X tem sido as mais utilizadas, mas em análises de amostras com teores não muito baixos tem-se empregado fontes radioativas, e dependendo do radionuclídeo utilizado, pode-se enfocar uma faixa ou outra de elementos de interesse. 2.3. Dispersão dos raios-X característicos emitidos pela amostra Quando os elétrons localizados nas camadas mais interiores do átomo ganham energia e veem para as camadas mais exteriores. Com a perda dessa energia extra recebida, os elétrons retornam a sua camada de origem, emitindo energia, gerando assim os raios X característicos. 2.4. Detecção dos raios-X Assim que emitidos, os raios-X são detectados por um detector localizado próximo a amostra, que apresenta uma energia específica para cada elemento. O resultado da detecção é convertido em forma de gráfico, denominado de espectro de fluorescência de raios-X, o qual apresenta vários picos, o valor da energia de cada pico esta associado a um elemento que de acordo com uma tabela de energia, pode-se identificar cada um dos elementos presente na amostra. Figura 3. Equipamento de Fluorescência FRX PanAnalitycal 3 XL. 8 O equipamento utilizado no Laboratório Ensaios Físico Químicos é da marca PANalytical cujo modelo é o Epsilon 3 XL (figura 3). Este espectrômetro de fluorescência de raios-X tem como característica ser dispersivo de energia para a faixa de análise elementar de F a U e a faixa de concentração de ppm a 100%. A manipulação das amostras pode ser trabalhada na forma de pó (solto ou pressionado), grânulos fundidos, metais, líquidos, filmes e grandes amostras como podemos ver na figura 4. O tamanho das amostras sólidas deve ter o diâmetro entre 27- 51.5 mm e altura de 10 cm máxima. Aproximadamente 10 ml de líquido ou pó em uma cubeta de amostra. O trocador de amostras possui 10 posições com a bandeja removível. O tipo de tubo de raio X é cerâmico-metálico ou janela lateral. Os materiais Anodos são o Rh, Ag e o Mo. As configurações do tubo são controladas por software, com máxima voltagem de 50 kV e amperagem máxima de 3 mA, a potência máxima do tubo é de 15 W. Os filtros do tubo são selecionados pelo software e divididos em 6. O detector de deriva de alta resolução de Si (Tipicamente 145 eV @ 5.9 keV/1,000 cps). O software utilizado é o Epsilon 3 para análises qualitativas e quantitativas. Figura 4. Tipos de amostras no FRX. 3. DIFRAÇÃO DOS RAIOS – X Quando a radiação X passa por uma amostra de matéria, o vetor elétrico da radiação interage com os elétrons da matéria para produzir espalhamento. Quando os raios X são espalhados pelo ambiente ordenado em um cristal, ocorrem interferências construtivas e destrutivas entre os raios espalhados, pois as distâncias entre os centros de espalhamento são da mesma ordem de grandeza do comprimento de onda da radiação. O resultado desse processo é a difração. Geralmente utilizamos este método para obter informações importantes do material da amostra, tais quais: 9 - Composição das fases do material, incluindo ambas as análises qualitativas e quantitativas; - Os índices de reflexões de Bragg, intensidades integradas observadas e parâmetros de precisos de rede; - Distribuição dos átomos na célula unitária, ou seja, a estrutura cristalina seja para analisar um dos tipos de estruturas conhecidos ou para caracterizar uma nova estrutura; - Detalhes estruturais precisos, incluindo posições de equilíbrio de átomos na célula unitária, deslocamento atômico individual e parâmetros populacionais empregando o método de Rietveld; - Várias características estruturais microscópicas da amostra. 3.1. Lei de Bragg Quando um feixe de raios X incide na superfície de um cristal a um ângulo ɵ, parte dele é espalhado pela camada de átomos na superfície. A parte do feixe não-espalhada penetra na segunda camada de átomos quando, novamente, uma fração é espalhada e o restante passa para a terceira camada, e assim sucessivamente. O efeito cumulativo desses centros de espalhamento regularmente espaçados no cristal é a difração do feixe da mesma forma como a radiação visível é difratada por uma rede de reflexão. As condições para a difração de raios X são (1) os espaçamentos entre as camadas de átomos deve ser aproximadamente o mesmo que o comprimento de onda da radiação e (2) os centros de espalhamento devem estar espacialmente distribuídos em um arranjo regular. Assim, em 1912, W. L Bragg tratou da difração de raios X por cristais desta forma e viu que as condições necessárias para interferência construtiva do feixe no ângulo ɵ são: 2n dsen É denominada Equação de Bragg. Observe que os raios X parecem ser refletidos pelo cristal somente se o ângulo de incidência satisfazer a condição: 2 n sen d Para todos os demais ângulos ocorre interferência destrutiva. 10 3.2. Filtros para raios X Em muitas aplicações, é desejável usar um feixe de raios X com uma faixa de comprimentos de onda estreita. Como na região visível, tanto os filtros como os monocromadores são usados para esse fim. 3.3. Monocromatização Além da colimação (que é o processode tornar a trajetória dos feixes mais paralela), o feixe de raios X deve ser monocromático reduzindo a intensidade da radiação branca, e eliminando a característica indesejável do comprimento de onda do espectro de raios-X, deixando apenas um único comprimento de onda utilizável. Quando são utilizadas fontes convencionais de raios X, os feixes dos comprimentos de ondas (kα1 mais kα2) são aceitáveis porque a remoção completa do componente kα2 reduz substancialmente a intensidade do feixe incidente , portanto, aumenta o tempo do experimento para se obter dados de alta qualidade de difração de raios X. Quando são utilizadas fontes de synchrontron, o processo de monocromatização seleciona um único comprimento de onda a partir de um espectro contínuo de raios-X. Os métodos mais comuns utilizados na monocromatização instrumental de feixes de raios-X são os seguintes: Usando o filtro-β (apenas fontes convencionais de raios-X); - Usando a difração de um monocromador de cristal (qualquer fonte, incluindo nêutrons); - Seleção de altura de pulso usando um contador proporcional (raios-X); - Resolução de energia usando um detector de estado sólido (raios-X). Quando um espectro contínuo (synchronton ou nêutron) está disponível, seria impossível ver reflexos discretos de Bragg como uma função do ângulo de Bragg sem monocromatização, como segue diretamente da equação de Bragg. A ferramenta de monocromatização mais simples que pode ser usada na difratometria em pó é um filtro β. Os materiais de filtragem têm suas bordas de absorção de K logo acima do comprimento de onda da linha espectral Kβ mais forte do ânodo do tubo de raios-X, e seu desempenho é baseado em como eles absorvem completamente os comprimentos de onda de impureza característicos e quão bem eles transmitem as partes desejadas do espectro de raios X característico. Por exemplo, para eliminar (absorver) quase todos os β- Componente de um ânodo de cobre (λ ~ = 1,39A °), mas para transmitir a maior parte do componente α (λ ~ = 1,54A °), o filtro deve ser feito de Ni (o 11 limite de absorção K de Ni é ~ 1,49A ° ). Isso resulta em quase uma diferença de oito vezes nos coeficientes de absorção linear de Ni para as partes Kβ e Kα do espectro de cobre característico. A opção de monocromatização mais comum usada na difratometria em pó moderna é por meio de monocromadores de cristal. Os monocromadores transmitem apenas comprimentos de onda específicos e estreitamente selecionados. Existem outras opções de utilização dos monocromadores, algumas bem recentes como os detectores de estado sólido de energia dispersiva, uma vantagem na utilização deste é que a monocromatização é feita eletronicamente e assim diminui a ausência virtual de perdas de intensidade. Outro fator de influência na aquisição dos dados é a abertura do feixe incidente, que deve ser selecionada para corresponder à geometria da difração e ao tamanho da amostra. Para a geometria de foco de Bragg-Brentano, o requisito mais importante é que, em qualquer ângulo de Bragg, o comprimento da projeção do feixe incidente não exceda o comprimento da amostra. Figura 5. Uso de filtros ou monocromadores para produção de radiação. A monocromatização usando um filtro β emprega a presença do limite de absorção K para absorver de forma seletiva a radiação Kβ e transmitir as partes Kα1 e Kα2 do espectro de raios-X, como mostrado na Figura 4. Assim, um material de filtro β corretamente selecionado tem sua borda de absorção K abaixo do comprimento de onda da linha característica Kα1 e logo acima do comprimento de onda da linha Kβ (A melhor monocromatização é alcançada utilizando filtros balanceados, porém os filtros balanceados raramente são usados hoje pois a perda de intensidade resultante geralmente é maior quando comparada com um monocromador de cristal bem alinhado). 12 3.4. Princípios do design do goniômetro na difratometria do pó Um goniômetro com design horizontal não necessita de uma maior preparação da amostra, pois a mesma encontra-se no plano horizontal e com o auxilio da gravidade não se desloca do porta-amostra, além disso, a amostra é facilmente alinhada em um plano horizontal com o auxilio, por exemplo, de um nível. A desvantagem deste design é que os movimentos do braço do detector e (em alguns casos do movimento da fonte de raios X) ocorrem em um plano vertical exigindo assim motores de passo poderosos e contrabalanceamento preciso para controlar os braços do goniômetro com a precisão necessária. Por outro lado, a simplicidade do movimento do braço do goniômetro em um plano horizontal, quando a amostra está localizada em um plano vertical , é compensada pela necessidade de uma preparação da amostra para que a mesma não caia e saia do porta amostra. Geralmente isto é conseguido misturando o pó com um aglutinante (verniz amorfo e quimicamente inalterável, óleo, graxa ou vaso de petróleo). Que geralmente aumentam a orientação preferencial da amostra. Existem duas geometrias de configuração dos goniômetros nas máquinas de difração de raios X, são elas θ-2θ, onde a fonte de raios X está estacionada enquanto a amostra e as rotações do detector são sincronizadas para cumprir o requisito. E a θ-θ, onde a amostra é estacionária enquanto a fonte e os braços do detector são sincronizados para realizar a condição θ-θ- esta geometria é de uso comum na atualidade. Figura 6. Configurações das geometrias dos goniômetros. A geometria que aproveita plenamente a focagem do feixe difratado é conhecida como Bragg- Brentano e resulta em alta resolução e alta intensidade difratada. Uma vantagem desta geometria é a preparação da amostra relativamente direta, ou seja, quando essa geometria é acoplada ao eixo horizontal do goniômetro, a amostra pode estar no estado líquido, porém uma desvantagem desta geometria é que além de ser suscetível a 13 orientação preferencial, pode ser difícil preparar uma amostra de uma espessura adequada para garantir que seja completamente opaca para os raios-X. A difratometria do pó pode ser utilizada “in situ”. Chamada assim, pois pode ser realizada variando principalmente os parâmetros termodinâmicos de temperatura e pressão. 3.5. Qualidade dos dados da amostra na difração de raios-X Muitos fatores podem influenciar na qualidade dos dados da amostra na difração de raios X e o estado da amostra usada no experimento é um deles. Além disso, uma série de parâmetros de aquisição de dados podem, e devem ser adequadamente escolhidos. A preparação da amostra é de suma importância na difração de pó, pois uma amostra mal preparada pode resultar em dados experimentais inutilizáveis, e ainda exigirá esforço adicional para repetir tudo novamente de modo que tempo e recursos são desperdiçados. Por outro lado, uma amostra de alta qualidade para difração de pó pode levar mais tempo para se preparar, porém será um tempo bem gasto [Pecharsky, Vitalij K.Zavalij, Peter Y, 2005]. Uma verdadeira difração de pó pode ser obtida a partir de uma amostra contendo um número infinito de partículas individuais realizando um número infinito de orientações no volume irradiado. Em outras palavras, as partículas na amostra devem ter uma distribuição completamente aleatória de orientações cristalográficas de grãos ou cristalitos em relação um ao outro. Claramente, esta situação ideal é impossível de alcançar. Uma forma de se obter um bom resultado na análise por difração de pó é diminuir o tamanho médio das partículas da amostra. Outra forma de abordagem eficaz é aumentar tanto o número de partículas no volume irradiado quanto a aleatoriedade de suas orientações,ou seja é girar a amostra continuamente durante a coleta de dados. A maioria dos materiais para análise na difração de raios X estão num estado impróprio para preparação direta da amostra. A menos que este esteja no formato de pó fino com tamanho médio de partículas entre 10 e 50 μm, caso contrário, seu tamanho de partícula deve ser reduzido. Os métodos de redução de tamanho das partículas são os mais variados, onde o mais comum deles é moer a substância usando um almofariz e um pilão, mas os moinhos mecânicos também fazem um bom trabalho. 14 Figura 7. Preparação das amostras em esferas e almofariz. A diminuição das partículas é uma condição necessária mas não suficiente para alcançar isso. Na realidade, a aleatoriedade quase ideal só é viável com um grande número de partículas, que possuem formas esféricas (isotrópicas). Dependendo da geometria da difração, técnicas adequadas de preparação de amostras são diferentes. Começamos com amostras planas usadas em combinação com a geometria de foco de Bragg-Brentano e o eixo horizontal do goniômetro, uma vez que é a geometria mais comum empregada hoje. Os dois tipos de suporte de amostra mais utilizados no método de Bragg-Brentano também são mostrados na Figura 8. Eles podem ser feitos de metal, plástico ou vidro. A diferença entre os dois é que o suporte à esquerda possui uma cavidade cilíndrica ou retangular rasa (geralmente 1/4 a 1 mm de profundidade) para acomodar o pó (veja também a Fig. 9c). O recipiente à direita tem um ponto áspero na sua superfície (veja também a Fig. 9b). Figura 8. Tipos de suportes utilizados na geometria Bragg-Brentano. Figura 9. Exemplos dos suportes utilizados na geometria Bragg-Brentano. 15 Quando somente uma pequena quantidade de amostra estiver disponível, pode ser usado um porta amostra de fundo baixo. Estes suportes são feitos de cristais simples cortados de tal forma que não podem ocorrer reflexos de Bragg em toda a gama de ângulos de Bragg. Já quando há uma quantidade relativamente grande de pó disponível, a amostra para difração de raios X pode ser preparada preenchendo o volume da cavidade com pó seco. O excesso de pó deve ser removido da superfície do suporte da amostra por uma única varredura com uma lâmina de barbear (Figura 10), ou por uma borda de uma lâmina de vidro. Figura 10. Remoção do excesso de material do topo do porta amostra. Amostras de boa qualidade com efeitos de orientação preferencial mínimas podem ser preparados pulverizando os pós moídos através de uma peneira diretamente em um suporte de amostra, cobrindo assim a mancha áspera. Esta é a única opção viável quando se usam suporte de amostras sem o orifício para acomodar o pó (por exemplo, ver Fig. 9b). É melhor cobrir o suporte da amostra com uma máscara especialmente feita, que é removida quando o pó é completado. As amostras cilíndricas são geralmente preparadas afundando um capilar de vidro fino em um aglutinante líquido (por exemplo, vaselina purificada ou verniz líquido) e depois mergulhando o capilar em uma pilha de pó solto. Alternativamente, o pó pode ser misturado com óleo para uma consistência de pasta espessa e, em seguida, o capilar é simplesmente mergulhado na mistura. Em ambos os casos, o capilar pode precisar ser exposto ao pó várias vezes para garantir uma cobertura completa e uniforme da sua superfície. Vários itens adicionais devem ser considerados ao preparar amostras para a experiência de difração de raios-X em pó. Um é o comprimento de uma amostra plana, L, ao longo do eixo óptico do goniômetro na geometria Bragg-Brentano. Deve ser suficientemente grande para que, em qualquer ângulo de Bragg durante a coleta de dados, a projeção do feixe de raios X na superfície da amostra não exceda o comprimento da amostra. 16 O segundo fator importante na preparação da amostra para uma geometria Bragg- Brentano é que a amostra deve ser completamente opaca para os raios X. A terceira questão importante, que é genérica para qualquer tipo de amostra para difração do pó, exceto cilíndrica, é a uniformidade da amostra. 3.6. Posicionamento da amostra Não importa o quão bom foi à preparação da amostra ou quanto tempo tenha sido gasto, ela precisa estar devidamente posicionada no goniômetro. Quando a amostra está devidamente alinhada (ou seja, quando a superfície coincide com o eixo do goniômetro como mostrado pela imagem tracejada da amostra plana na figura 11), o ângulo de Bragg correto θ é medido, desde que a amostra seja completamente opaca. No entanto, quando a amostra é deslocada pela distância s do eixo do goniômetro, esse deslocamento resulta em um ângulo de Bragg, θs, embora ambos os feixes incidente e difratado formem o mesmo ângulo θ com a superfície da amostra. Além disso, se o deslocamento da amostra for severo, a focagem do feixe difratado não é mais precisa, o que resultará na perda da resolução. Figura 11. Desalinhamento da amostra no goniômetro. 3.7. Aquisição dos dados na difração de raios X do pó Quando a amostra para um experimento de difração em pó foi devidamente preparada, o próximo passo, ou seja, a aquisição de dados de difração experimental, também é extremamente importante na obtenção de dados de difração confiáveis. Desnecessário será dizer que muitas das variáveis de aquisição de dados podem ser ajustadas para produzir um conjunto de dados de qualidade melhor ou pior. Estes incluem parâmetros instrumentais, ou seja, o comprimento de onda (energia) dos raios-X, a sua monocromatização, as aberturas da ótica do goniômetro, as configurações de energia e 17 os parâmetros de coleta de dados, ou seja, o modo de varredura, o alcance da varredura, a coleta de dados passo a passo e Tempo de contagem. 3.8. Comprimento de Onda Geralmente, o comprimento de onda dos raios-X pode ser selecionado livremente somente quando se usa a radiação synchrotron. Em condições de laboratório convencionais, quando o comprimento de onda dos raios-X precisa ser alterado, isso normalmente significa que o tubo de raios-X deve ser substituído, o que deve ser seguido pelo envelhecimento do tubo e realinhamento do goniômetro. Essas operações devem ser realizadas por Pessoal treinado e raramente são realizados para coletar dados de uma única amostra. Portanto, a seleção do tipo de tubo de raios-X (e do ânodo) geralmente é feita com base em considerações práticas, ou com base no tipo de materiais estudados habitualmente e no objetivo do exame de difração de pó da maioria das amostras. A seleção de comprimento de onda mais típica em difratometria de pó é com um ânodo de cobre (Cu), embora outros materiais anódicos possam ser usados. Estes incluem átomos de crómio (Cr), ferro (Fe), cobalto (Co) e molibdênio (Mo). Outra consideração importante na seleção de comprimentos de onda de raios-X para uma experiência de difração de pó é se o material estudado contém ou não elementos químicos com um dos seus bordos de absorção localizado logo acima do comprimento de onda característico usado. Por exemplo, o limite de absorção de K de Co é ~ 1,61 Å. As linhas espectrais de cobre Kα1 / Kα2 mais fortes têm comprimentos de onda ~ 1,54 A °. Assim, quase toda a radiação característica de Cu Kα1 / Kα2 é absorvida por Co, e este tipo de tubo de raios-X dificilmente é adequado para a análise de difração de raios- X em pó de materiais à base de Co. 4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1. Fluorescência de Raios X - Laboratório de Físico Química/LaMAC A Universidade Federal do Amazonas possui um laboratório com um equipamento de FRX (Fluorescência de Raios X) cujo nome é LaboratórioEnsaios Físico Químicos, dirigido pelo LaMAC (Laboratório ) cuja responsável é a professora Virginia. E cujas características do equipamento estão abaixo descritas: 18 Marca: PanAnalytical Modelo: Epsilon 3XL Tipos de amostra: pós, metais, líquidos, filmes, grânulos fundidos e grandes amostras. Tamanho da amostra: Sólidas de 27- 51,5 mm de diâmetro Altura máxima da amostra: 10 cm Volume máximo da amostra (Líquido ou pó): 10 mL Trocador de Amostras: 10 Posições Spinner: possui Tubo de raios X: Tipo: Cerâmico Material do Anodo: Rh, Ag, Mo Filtros: Seis filtros selecionados pelo software Especificações elétricas: Voltagem principal de alimentação: 90-264 V Tensão máxima: 50 kV Corrente Max.: 3 mA Frequência: 47-63 Hz Potência de Consumo: 250 VA Gerador de Força HT: 15 W Max. Gás utilizado: Hélio Pressão: 10 atm./ 10 kgf/cm 2 Custo financeiro da análise de uma amostra: Alunos da UFAM: R$ 30,00 Externos: R$ 60,00 Técnica Responsável: Viviane Rebelo 19 Figura 12. Equipamento de FRX do LaMAC da Faculdade de Tecnologia da UFAM. Figura 13. Porta amostra para FRX do LaMAC da Faculdade de Tecnologia da UFAM. 4.2. Difração de Raios X- Laboratório de Geologia A Universidade Federal do Amazonas possui no laboratório de Geologia um equipamento de DRX (Difração de Raios X), dirigido pelo departamento de Geologia. E cujas características do equipamento estão abaixo descritas: Marca: Shimadzu Modelo: XRD-6000 Tubo de raios X: Tipo: Cu, NF (2 kW)/ Cu, BF (3kW) Foco: 1.0x 10 mm / 2.0x 12 mm Max. Saída: 2kW / 2.7 kW Tipo de Goniômetro: Ɵ- 2Ɵ (Theta-2Theta) Vertical Tubo de Raios X: Cu Raio de varredura: 185 mm Passo mínimo do ângulo: 0.002º (2Ɵ) 0.001º(Ɵ) Soller: possui 2 Custo da análise de uma amostra: Alunos da UFAM: Auxílio de materiais de consumo Externos: Não Informado. Técnica Responsável: Alfredo Telefone: 92 98233-2337 20 Figura 14. Equipamento de DRX do Laboratório de Geologia. Este equipamento é um modelo que não variou muito suas características com o passar dos anos, porém apresenta resultados equivalentes a equipamentos mais sofisticados e modelos mais atuais no mercado como o modelo Empyrean da PANanalytical. Sendo este recomendado para medições de amostras mais rotineiras, porém com alta qualidade dos dados. 4.3. Difração de Raios X- LABMAT A análise experimental realizada no laboratório da Universidade Federal do Amazonas, o LABMAT, buscou estudar as características do equipamento de DRX disponível, a análise de três amostras distintas do elemento Si para elaboração do gráfico de difratometria, o chamado difratograma. O Si foi estudado de três formas distintas, foram elas: - Em forma de Pó; - Em forma de Placa Sólida; - Em forma de Porta Amostra (Monocristalino). Figura 15. Amostras preparadas para análise DRX. 21 4.4. Características do equipamento Marca: PANanalytical Modelo: Empyrean Geometria do goniômetro: Ɵ- Ɵ (Theta-Theta) Horizontal Tubo de Raios X: Cu Soller: Possui Detector: PIXcel Módulo: Bragg- Brentano Tipos de Amostras: Sólido, pó. Custo da análise de uma amostra: Alunos da UFAM: Auxílio de materiais de consumo Externos: Não Informado. Técnica Responsável: Miécio Melquíades Telefone: 92 99250-0785 Figura 16. Tubo de raios X mostrando furos de passagem dos raios X, detector PIXcel. Figura 17. Configuração do equipamento com detector, Tubo de raios X e suporte da amostra. 22 O equipamento utiliza um detector de multicanais com alta resolução e medições rápidas, à tecnologia Bragg-Brentano que é a utilização de um jogo de espelhos para eliminar os raios espúrios e tornar os feixes monocromáticos. Neste equipamento temos montado no módulo as máscaras, os sollers e duas fendas. Não se utiliza filtros para o Kβ, pois na utilização do filtro se perderia intensidade nos feixes, no entanto nas medidas é necessário ter um equilíbrio entre Resolução e Intensidade. Utiliza-se o software Data Collector para leitura dos dados do equipamento e geração do difratograma. 4.4.1. Procedimento Experimental Geral Ligar equipamento e os componentes periféricos (PC, impressora, etc.); Preparação da amostra; Montagem da amostra no equipamento; Preparação dos parâmetros no software e máquina; Inicialização das medições; Verificação do difratograma; Finalização do experimento. 4.4.2. Parâmetros do equipamento para análises das amostras: Varredura: 10 a 100º (2Ɵ); Passo mínimo da varredura: (0.0001º) (2Ɵ)/ (0.0001º) (2ɷ) Kα1: 1.5405980 Kα2: 1.544426 Kβ1: 1.3922500 Relação de Kα1/ Kα2: 0.5000 Tensão: 40 kV Corrente: 40 mA Material anodo: Cu Foco: Linha Comprimento: 12.0 mm Largura: 0.4 mm 23 4.5. Experimento 1 – Silício em forma de placa sólida Figura 18. Amostra de Si em placa. 4.5.1. Resultados Figura 19. Comparação dos difratogramas CIF Si e Si em forma de placa. Conforme análise dos dados e obtenção do gráfico através do software Origin 8, é possível verificar que ao compararmos o difratograma da medição experimental e o difratograma do CIF( Cristalograph Information File) do Si obtido no ICSD, podemos verificar a simetria dos picos de difração de Bragg, além de confirmar a cristalinidade da estrutura do elemento na forma medida, pois o mesmo apresenta picos bem definidos, a julgar pela separação relativamente grande entre os picos de difração em ângulos baixos, é fácil concluir que a estrutura cristalina desse material é bastante simples. Como não há deslocamento dos picos com relação a 2Ɵ, podemos descartar problemas com relação ao equipamento como alinhamento da amostra ou do instrumento, divergência axial do feixe e comprimento de onda ( deve ser o mesmo para todas as medidas). Já com relação à amostra temos a absorção e a porosidade que podem influenciar no deslocamento dos picos, porém não estão presentes. O material apresenta excelente cristalinidade, reflexões de Bragg estreitas e afiadas com duplas Kα1/ Kα2 tornando-se parcialmente resolvidas em 2Ɵ~= 55º, fundo baixo e quase linear. 24 Figura 20. Difratograma Si em forma de placa com os índices de Miller para os planos e contribuição de Kβ nos picos mais distantes. Ao analisar o difratograma do Si em forma de placa é possível verificar no gráfico sobreposto a contribuição do Kα2 em relação ao pico localizado entre o intervalo 2Ɵ= 85º e 2Ɵ=90º, sendo esse fator normal devido as fontes convencionais de raios X. Podemos determinar a distribuição dos átomos na célula unitária através da análise do CIF Si no software Mercury 3.9. Figura 21. Distribuição dos átomos do CIF Si. 4.5.2. Cálculos para as distâncias interplanares Utilizando n=1 e a equação de Bragg: 2 ( ) n d sen Equação 1. 1 25 Tabela 1. Índices de Miller e respectivas distâncias interplanares e ângulos de Bragg. Planos (Índices de Miller) Distâncias Interplanares (Å) Ângulos de Bragg (Ɵ) 111 3,18 14º 220 1,93 23,5º 311 1,64 28º 400 1,36 34,5º 331 1,25 38º 422 1,11 44º 511 1,05 47,5º Já o calculo do parâmetro de rede utilizamos a equação: 2 2 2 hkla d h k l Equação 1. 2 Aplicando para o plano (111), temos: 2 2 2 111 3,18 1 1 1 5,51a Å Com o calculo da aresta a, se convertermosde Å para nm podemos concluir que a célula unitária tem volume igual a: 3 3 30,551 0,167a a nm nm 4.6. Experimento 2 – Silício em forma de pó Figura 22. Amostra de Si em forma de pó. 4.6.1. Resultados 26 Figura 21. Comparação dos difratogramas do CIF Si e do Si em pó. Figura 22. Difratograma Si em forma de pó com os índices de Miller para os planos e contribuição de Kβ nos picos mais distantes. Podemos analisar os difratogramas com relação à intensidade dos picos, onde vemos que o pico (220) CIF Si e o Si em forma de pó temos uma grande diferença que pode ser atribuída a uma orientação preferencial ocorrida na amostra. Com relação a este fator, é possível minimizá-lo diminuindo o tamanho dos grãos e deixando-os mais uniforme em toda a amostra. 4.7. Experimento 3 – Porta amostra de Si Figura 23. Amostra de Si em forma de porta amostra (monocristalino). 27 4.7.1. Resultados Figura 23. Difratograma do porta amostra de Si. O Si no estado monocristalino tem como característica uma uniformidade devido à presença muito pequena de outros elementos na sua composição, mostrando-se assim puro. O decaimento mostrado no difratograma acima se dá devido à influência do ar na análise da amostra. Neste tipo de amostra vê-se claramente que o material é não cristalino em um sentido convencional: ordem e a periodicidade de longo alcance estão ausentes, pois não foram observadas reflexões de Bragg, assim sendo, esse material não é adequado para análise da estrutura cristalina de longo alcance e deve ser adequadamente modificado, se possível, para restaurar sua cristalinidade. 5. CONCLUSÃO Conforme analisado, as amostras de Si estudadas foram devidamente caracterizadas, levando-se em consideração dados de alta qualidade coletados no equipamento disponível na Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Onde se pode concluir que o Si na forma de placa apresentou características bem semelhantes em todos os planos com relação ao padrão CIF de Si, mostrando-se um material policristalino e com estrutura cristalina Cúbica, parâmetro de rede a= 5,51Å e volume da célula unitária igual a 0,167 nm 3 . Já no Si em forma de pó, verificou-se que houve uma disparidade nas intensidades dos picos de difração dos planos (220) e (331) como pode ser observado no gráfico da figura 21. Sendo concluído assim que é possível ter ocorrido o fator de orientação preferencial nesta amostra, devido a não regularidade no tamanho dos grãos analisados. 28 Sendo assim, com relação à caracterização do Si como material policristalino é possível concluir que apesar da forma como o mesmo se apresenta, por meio de difração de raios X é possível se determinar o material, a estrutura cristalina e a distribuição dos átomos na célula unitária. Além de se determinar as distâncias interplanares e o parâmetro de rede da célula unitária. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Pecharsky, Vitalij K. Zavalij, Peter Y, Fundamentals of Powder Diffraction and Structural Characterization of Materials.2005. Cullity, B. D. Elements of X-ray Diffraction. 2.ed. Addison-Wesley Publishing Company, INC., 1978.
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