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FICHAMENTO FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA – Capítulo 39– MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS

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Aderaldo, Fabiane M. 
 
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
Capítulo 39 – MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS 
MARGARIDA AIRES – FISIOLOGIA 
 
INTRODUÇÃO 
 Durante a inspiração a cavidade torácica aumenta de volume e os pulmões se expandem para preencher o 
espaço deixado. Com o aumento da capacidade pulmonar e queda da pressão no interior do sistema, o ar 
ambiente é sugado para dentro dos pulmões. 
 A expiração promove a expulsão do gás alveolar e provoca a diminuição do volume pulmonar. 
 A expiração em condições normais, respiração basal, é passiva, pois não provoca contração da 
musculatura expiratória. 
 A contração dos músculos respiratórios depende de impulsos nervosos originados dos centros 
respiratórios – localizados no tronco cerebral, às vezes diretamente de áreas corticais superiores e 
também da medula. 
 
 
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS 
 São músculos estriados esqueléticos que tem por característica maior resistência à fadiga, fluxo 
sanguíneo elevado, maior capacidade oxidativa e densidade capilar. 
 
 
INSPIRAÇÃO 
 DIAFRAGMA: é o músculo mais importante da inspiração. É divido em duas porções, a costal e 
a crural. É inervado pelos nervos frênicos esquerdo e direito. Durante a respiração basal, a 
inspiração depende da contração do diafragma; quando o diafragma se contrai, o conteúdo 
abdominal é forçado para baixo e para frente, aumentando o diâmetro céfalo-caudal do tórax, e as 
margens das costelas são empurradas para cima e para fora, aumentando o diâmetro ântero-
posterior e látero-lateral torácico. 
O diafragma apresenta importante reserva funcional. 
 
Zona de aposição: corresponde ao músculo inserido na borda interna da costela. 
 
 MÚSCULOS INTERCOSTAIS: possui duas porções, uma interna e outra externa. O músculo 
intercostal superficial externo é inspiratório, eleva as costelas no qual está inserido, já o 
intercostal interno abaixa a costela, logo é expiratório. 
 
 MÚSCULOS PARAESTERNAIS E ESTERNO TRIANGULAR: os músculos intercostais 
paraesternais são músculos primários da inspiração, e esses músculos são acionados durante a 
respiração basal. A contração desses músculos auxilia no levantamento do gradil costal superior. 
Os músculos intercostais paraesternais são cobertos em sua superfície interna por um músculo 
chamado esterno triangular ou transverso torácico, suas fibras estão orientadas 
perpendicularmente àquelas dos intercostais paraesternais e paralela aos intercostais externos, e 
são considerados expiratórios. 
Os músculos intercostais externos e paraesternais são inspiratórios. E, os intercostais interósseos 
internos e o esterno triangular tem função expiratória. 
 
 MÚSCULOS ESCALENOS: são inseridos na porção superior da primeira e segunda costelas. E 
estão sempre ativos na inspiração basal. 
 A ativação dos músculos escalenos anterior, médio e posterior começam no início da 
inspiração juntamente com o diafragma e a musculatura paraesternal, e atingem sua 
atividade máxima no final da inspiração. 
 A contração desse músculo eleva o esterno e as duas primeiras costelas, acarretando a 
expansão para cima e para fora do gradil costal superior. 
Aderaldo, Fabiane M. 
 
 
MÚSCULOS ACESSÓRIOS 
 
 MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO: é o principal músculo acessório na 
inspiração. Quando contrai, ele eleva o esterno e expande o gradil costal superior. É inervado 
pelo 11º par craniano e por alguns nervos da coluna cervical superior e funcionam mesmo em 
lesões cervicais altas, como de C1-C2. Em situações normais, ele é acionado em condições de 
hiperventilação como em exercício e altos volumes pulmonares. 
 
 OUTROS MÚSCULOS ACESSÓRIOS: quando a demanda ventilatória excede a capacidade 
dos músculos respiratórios primários da inspiração ou quando houver disfunção de algum deles, 
os músculos acessórios assumem o papel dos músculos primários. A maioria deles são oriundas 
do gradil costal e tem inserção extratorácica, como o trapézio, grande dorsal, peitoral maior e 
elevador da espinha. 
 Tetraplégicos com lesão alta utilizam vários músculos do pescoço na inspiração como o 
platisma, mio-hióide, esterno-hióide, que elevam o esterno, expandindo a porção superior 
do gradil costal. 
 Os músculos abdominais podem funcionar como músculos acessórios da inspiração 
durante a hiperventilação, exercício e na paralisia diafragmática. 
 
 
MÚSCULOS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES 
 A ventilação efetiva depende da atividade coordenada entre os músculos das vias aéreas superiores. 
 A ativação elétrica dos músculos adutores da laringe ocorre imediatamente antes da ativação do 
diafragma e persiste durante toda a inspiração. A ativação desses músculos mantém a estabilidade das 
vias aéreas e diminui o trabalho respiratório. 
 A insuficiência desses músculos combinado a fraqueza dos músculos inspiratórios levam a um quadro de 
hipoventilação e hipoxemia. 
 
 
EXPIRAÇÃO 
 Durante a respiração basal, a expiração é comumente passiva. 
 A retração dos tecidos distendidos e a liberação de energia armazenada promovem a expiração. 
 Os músculos expiratórios contraem-se ativamente apenas durante o exercício, em altos níveis de 
ventilação, obstrução moderada a grave das vias aéreas e na fadiga. 
 
 MÚSCULOS ABDOMINAIS: os músculos reto abdominal, oblíquos externo e interno e o 
transverso abdominal são os músculos expiratórios mais importantes. A contração desses 
músculos movimenta o gradil costal para baixo e para dentro, acarreta a flexão do tronco e 
compressão do conteúdo abdominal para cima, deslocando o diafragma para dentro do tórax e 
reduzindo o volume pulmonar. 
* Esses músculos também se contraem fisiologicamente durante a tosse, o vômito e na defecação. 
 
 MÚSCULO PEITORAL MAIOR E TRANSVERSO DO TÓRAX: a contração do peitoral 
maior desloca o manúbrio e as costelas superiores para baixo, comprimindo o gradil costal 
superior e aumentando a pressão intratorácica. Simultaneamente, o gradil costal inferior e o 
abdômen se movem para fora. 
O músculo transverso do tórax é acionado durante expirações forçadas, fonação e tosse. Ele puxa 
as costelas caudalmente, desinsuflando o gradil costal.

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