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CILINDROS São formações cilíndricas moldadas na luz dos túbulos renais devido a maior acidez urinária nesses locais. O principal componente dos cilindros é uma mucoproteína, Tamm- Horsfall, secretada pelas células tubulares. A precipitação dessa mucoproteína ocasiona a formação de cilindros. Existem situações fisiológicas que facilitam a formação de cilindros como: aumento da acidez urinária, concentração de solutos, diminuição do volume urinário, e baixa velocidade do fluxo de urina. LAUDO: RARAS: até 3 p/c; ALGUMAS: de 4 a 10 p/c; NUMEROSAS: >10 p/c; MACIÇO: Campo Repleto. (100x) Obs.: É necessário identificar no laudo o tipo de cilindro. HIALINOS São estruturas cilíndricas incolores, com refringência semelhante ao meio, fato que os torna, muitas vezes, desapercebidos se não forem examinados em baixa luz. Constituído quase totalmente pela proteína de Tamm-Horsfall. É o tipo mais frequente na urina. A presença destes em até 2 p/c é considerado normal. Podem aparecer em quantidades elevadas em situações, como: glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, estresse, desidratação, calor, exercícios físicos intensos etc. LEUCOCITÁRIOS Cilindros refringentes que contém leucócitos ao seu redor e em seu interior. A presença na urina pode indicar infecção ou inflamação no interior dos néfrons, como ocorre na pielonefrite, glomerulonefrite e outras doenças renais. Geralmente ocorre concomitante com a leucocitúria. HEMÁTICOS Cilindros refringentes, contendo na matriz as hemácias ou hemoglobina ao seu redor e em seu interior, que podem estar claramente identificáveis ou agrupadas. Com o envelhecimento, as células são lisadas e liberam hemoglobina, e os cilindros se tornam mais homogêneos mantendo a cor marrom-amarelada. A presença destes é frequente nos casos de sangramento no interior dos néfrons, indicando lesão do glomérulo ou tubular. Não são muito importantes para definir se é lesão glomerular, uretral, da bexiga, da próstata, ou da uretra. EPITELIAIS Cilindros que contém na matriz proteica células do epitélio tubular aprisionadas no seu interior. São cilindros de ocorrência rara, cuja formação é devido a destruição ou descamação ocorrida nos túbulos, indicando uma doença renal grave. Podem estar presentes na glomerulonefrite, pielonefrite, nas infecções virais, e nas intoxicações e exposições a agentes nefrotóxicos (mercúrio, etilenoglicol). GRANULOSOS Cilindros que possuem granulação em seu interior devido a desintegração dos elementos celulares (hemácias, leucócitos, epitélios). São formados em função da estase urinária, em que os cilindros permanecem nos túbulos com consequente desintegração e formação das granulações. Normalmente os grânulos são grossos mas quando há estase urinária prolongada estes podem se quebrar e formar grânulos finos. Os cilindros granulosos estão ou não presentes na urina juntos com os cilindros celulares (hemáticos, leucocitários, epiteliais) nas doenças glomerulares e tubulares. Junto com os hialinos podem ocorrer em períodos de estresse ou após exercícios intensos. CÉREOS São cilindros largos, refringentes, de textura rígida que se fragmentam ao passar pelos túbulos renais. Possuem cor amarela, acinzentada, ou incolor e tem aparência lisa, homogênea, com bordas serrilhadas. São de ocorrência rara na urina formados pela degeneração dos cilindros granulosos, indicando casos de estase urinária extensa. Estão associados aos casos de doença renal crônica (síndrome nefrótica, amiloidose renal, hipertensão maligna, rejeição de transplantes).
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