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A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
CURSO DE GRADUAÇÃO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
RONEY PEREIRA DA CRUZ
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Rio Verde – GO
2018
RONEY PEREIRA DA CRUZ
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto de Ensino e Pesquisa apresentado à Unopar, como Requisito parcial para a conclusão do Curso de Educação Física.
Tutor eletrônico: Franciele Fernanda Souza Ferreira.
Tutor de sala: Lucius Pereira da Cunha.
Rio Verde – GO
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................03
1 JUSTIFICATIVA......................................................................................................04
2 SÉRIE/ANO PARA QUAL O PROJETO SE DESTINA...........................................04
3 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................05
4 OBETIVOS..............................................................................................................05
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................06
6 METODOLOGIA......................................................................................................10
7 CRONOGROMA......................................................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................11
REFERÊNCIAS..........................................................................................................12
ANEXOS....................................................................................................................14
INTRODUÇÃO
O presente projeto originou-se a partir do interesse em compreender a inserção de crianças com necessidades especiais nas aulas escolares de Educação Física, por ser um dos conteúdos relacionado com as temáticas do Curso de graduação dessa mesma disciplina na UNOPAR (EAD).
Nesse sentido, esse projeto de pesquisa é pertinente, pois foca-se em abordagens que tratam da inclusão de sujeitos com necessidades especiais, tendo em consideração a realidade, a que encontra-se submetida à escola brasileira na contemporaneidade.
Atualmente, no meio educacional tem-se difundido os debates sobre o direito à educação inclusiva, um assunto voltado principalmente a indivíduos com necessidades especiais e que tem gerado mudanças e apreensão no ambiente escolar diante dos desafios e perspectivas desse processo. Por este contexto surge o tema deste projeto de pesquisa, que aborda a inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física na escola.
Os PCNs (1988, p. 56) mencionam em sua composição que “por desconhecimento, receio ou mesmo preconceito, a maioria dos portadores de necessidades especiais tendem a ser excluídos das aulas de Educação Física’’; desconsidera-se assim, os benefícios que a aula de Educação Física proporciona a essas crianças, como o melhoramento de suas competências físicas, afetivas e de integração e inserção social.
As aulas de Educação Física, para alunos com necessidades especiais é relevante, pois além de proporcionar o desenvolvimento de diversas capacidades e formação de conceitos, esse processo é uma forma que possibilita o contato desses sujeitos especiais com os demais alunos, construindo valores e rompendo estigmas que levam à exclusão “do diferente”.
Para idealizar essa visão anterior, é necessário preocupar-se em elaborar metodologias não destinadas somente para um determinado grupo de alunos, mas sim, que envolvam todos os alunos de uma sala de aula, como um “todo”, isto é, atendendo a todos os alunos a partir da perspectiva da diversificação.
Essa afirmação antecedente vem ao encontro das fundamentações de Ameida; Cordeiro (2014) ao sustentarem que “o grande objetivo do processo de inclusão é garantir que os alunos com necessidades especiais tenham o mesmo acesso à educação dada aos demais alunos’’, e da mesma forma, garantir a sua “participação nas aulas práticas de Educação Física’’. 
Tendo em pauta as considerações apresentadas, evidencia-se no próximo ato a justificativa em que se estrutura o presente projeto de pesquisa.
1 JUSTIFICATIVA
Em contexto real, as aulas de Educação Física, na maioria das vezes, limitam-se à atuação didática e pedagógica, planejadas a partir de paradigmas tradicionais, sem o reconhecimento da realidade e fundamentas em estereótipos.
Rodrigues (2013, p. 24) observa que historicamente, a Educação Física é marcada por “conteúdos rígidos esportivizados e competitivos e inúmeras dispensas médicas que sustentam a constatação do não enfrentamento dos professores” perante a carência de “conhecimento sobre o outro e suas possibilidades’’. Diante desse apontamento, a autora indica a necessidade da “reconstrução dos conhecimentos para enfrentamento situacional” em si e a manifestação na prática pedagógica da perspectiva de novas ações (RODRIGUES, 2013, p. 24).
Tendo em vista que a inclusão visa garantir a todas as crianças o direito à educação, surge a importância de se produzir reflexões que venham a situar a prática didática e pedagógica para as aulas de Educação Física de maneira a contemplar todos os alunos sem privações, conforme recomendado pelos PCNs (1988) ao indicar que: a Educação Física escolar deve favorecer todos os alunos para o desenvolvimento de suas potencialidades, “de forma democrática e não seletiva”, objetivando seu aperfeiçoamento “como seres humanos’’. Os PCNs (1988) estabelecem ainda, que os alunos com necessidades especiais não poderão ser excluídos das aulas de Educação Física.
Diante dessas inferências anteriores, instaura-se a justificativa desse presente projeto de pesquisa, expondo a importância do professor de Educação Física em refletir em relação ao desenvolvimento de metodologias que abarquem a realidade da inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas dessa disciplina.
2 SÉRIE/ANO PARA QUAL O PROJETO SE DESTINA
Este projeto de pesquisa, poderá ser aplicado em todas as séries da Educação básica na disciplina de Educação Física, tendo em vista as necessidades metodológicas que margeiam as aulas de Educação Física, de forma a contribuir para a elaboração de planejamentos didáticos/metodológicos, que buscam a inclusão dos alunos com necessidades especiais, colaborando para o seu desenvolvimento completo.
3 PROBLEMATIZAÇÃO
Este projeto aborda sobre como pode ser efetuada a inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física; quais métodos e estratégias podem ser utilizadas para se atingir esse objetivo e qual é a importância da reflexão para a construção dessas ações pedagógicas. As estratégias e reflexões apresentadas vem ao encontro dos conteúdos do curso de Educação Física da UNOPAR que elegem a ludicidade, as manifestações da cultura corporal, caracterizada pela expressão e comunicação mediante gestos na presença de ritmos, sons e música para a construção da expressão corporal, a busca da autonomia do aluno, entre outros pontos.
4 OBETIVOS
Objetivo Geral
O presente projeto possui como objetivo geral, buscar reflexões relacionadas à aplicação das práticas pedagógicas nas aulas de Educação Física Escolar, que contemplam os alunos com necessidades especiais, integrados ao grupo geral, concebendo-se assim o verdadeiro sentido de inclusão.
Objetivos específicos:
Conhecer o processo de inclusão nas aulas de Educação Física;
Descrever estratégias que enfatizem a inclusão dos alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física escolar.
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino comum nas escolas brasileiras se efetivou, pelo menos na teoria, com a criação da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996,conforme os artigos 58, 59, 60, que estabelecem a oferta de educação escolar para pessoas com deficiência; esse processo de inclusão para indivíduos com necessidades especiais ficou mais clarificado com a Resolução 2/2001 do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica, de 11 de fevereiro de 2001, que determinou as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BOATO, 2013).
Porém isto não significou que o processo de inclusão alcançou êxito, pois segundo Rodrigues (2013) ocorreu um impacto devido ao modelo educacional caótico e desprovido de estrutura para abrigar a demanda social emergente desse programa. Chicon (2013, p. 84) esclarece de maneira pormenorizada esses problemas:
Dessa forma, os alunos com NEEs passaram a ter o direito à matrícula na escola regular em classes regulares, recebendo atendimento educacional de todos os profissionais que atuam com as respectivas turmas. Essa situação nova para os profissionais da educação passou a ser um desafio e um problema ao mesmo tempo. Um desafio, no sentido de buscar os meios para educar a todos, indistintamente, no mesmo espaço-tempo. Um problema, no sentido da desinformação, da falta de estrutura das escolas, do despreparo profissional, em função de não ter estudado o assunto na graduação e, de repente, se verem às voltas com o ensino de crianças que apresentam características tão peculiares.
Percebe-se por meio dessa afirmação anterior, que o processo de inclusão de crianças com necessidades especiais na escola comum, deparou-se em seu início, situação que ainda se mantém, com a falta de apoio técnico e de orientação que viesse a consolidar as suas bases, o que veio a prejudicar o seu estabelecimento. Tanto é, que Rodrigues (2013, p.12-13) menciona: “a atenção educacional que não possui qualidade e excelência impede o reconhecimento do que é legitimo no processo de inclusão, que é a constituição da diversidade na unicidade relacional’’.
Chicon (2013) acredita que a inclusão de pessoas com necessidades especiais para a prática de educação Física na escola comum, de maneira sistematizada, anteriormente não ocorria e na atualidade ainda não ocorre de forma satisfatória, necessitando assim, que muito seja realizado para se ter êxito; fica explicito nas palavras do autor, que o conhecimento pedagógico escolar não obtém a materialização da prática pedagógica nas aulas de Educação Física de acordo com a realidade a que se encontram os alunos com necessidades especiais.
A esse respeito, Boato (2013) afirma que apesar da legislação brasileira sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais, no Ensino Regular ser inovadora, na prática não apresenta de maneira clara e seu desenvolvimento é vagaroso.
Continuando em suas reflexões, Chicon (2013, p.88) aponta um diagnóstico de que na Educação Física, o despreparo profissional dos professores e a desinformação representam as causas do não atendimento educacional dos alunos com necessidades especiais que estudam nas classes regulares. O autor observa que a inclusão na Educação Física, não se trata meramente de adaptar essa disciplina para que alunos com necessidades especiais tenham condições de participar da aula, ao contrário, é empregar uma visão educacional formada de objetivos, conteúdos e métodos valorizadores da “diversidade humana e que esteja comprometida com a construção de uma sociedade inclusiva’’.
Para Boato (2013, p. 113) os discursos pedagógicos não tiveram êxito, pois as aulas atuais são semelhantes às aulas de décadas passadas, assim tem se a passagem de modismos e insuficientes mudanças na prática pedagógica, “apesar do reconhecimento dos valores pedagógicos da Educação Física” e de sua pertinência para a melhoria das condições cardiorrespiratórias e qualidade de vida. Ocorre assim, “uma falta de clareza quanto aos seus rumos’’ (BOATO, 2013, p. 113).
De acordo com os apontamentos antecedentes é possível observar que a inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física, se esbarra em diversos obstáculos que não conseguiram ser resolvidos no decorrer do tempo, necessitando-se de novas perspectivas que traduzam os discursos metodológicos em ações inovadoras e contempladoras dos alunos com necessidades especiais.
Diante disso, Mandarino (2013, p. 61) apresenta a seguinte proposta:
Temos de começar a olhar para o nosso cotidiano escolar e para as práticas pedagógicas que utilizamos, procurando entender o que estamos produzindo com elas. Não é possível, pois, tratar aqui de uma pedagogia homogênea e padronizada. Uma proposta com esse enfoque deve partir de um lugar de normalidade, de uma média. A profanação desta pedagogia é importante para entender que a verdade que poderá surgir não é a única verdade, que os saberes não serão os únicos saberes, e que devemos perceber que existem mais desencaixes e deslocamentos do que lugares fixos, seguros e estáveis.
Rodrigues (2013, p. 19) corrobora essa sugestão ao recomendar “a focalização de um sistema reprodutivo nas relações que se estabelecem com as pessoas com deficiência’’, pois segundo a autora, o verdadeiro confronto ocorre entre “os horizontes da organicidade escolar e os horizontes curriculares para atender a essa população” ou outras, por meio da perspectiva da diversidade.
Dessa forma, compreender o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física, é buscar os fundamentos expostos nas palavras de Chicon (2013, p. 88) ao esclarecer que uma proposta para a Educação Física “deve respeitar a diversidade humana em qualquer de suas expressões: gênero, biótipo, cor, raça, deficiência, etnia, sexualidade, aceitando e elegendo as diferenças individuais como fator de enriquecimento cultural’’.
Boato (2013, p. 116) estabelece a questão chave que ladeia a inclusão de alunos especiais nas aulas de Educação Física ao levantar a seguinte questão: “como incluir, num meio que sempre excluiu, classificou, separou, cobrou performances extraordinárias, deixando de lado os ‘incapazes’ pessoas que têm deficiência e que’’ no decorrer da história, constantemente “estiveram excluídas da participação social?”.
O próprio Boato nos traz a resposta a está complexa interrogação, ao afirmar que a Educação Física Escolar, ultimamente, busca um projeto pedagógico que seja capaz de atender as diversas necessidades de seus alunos, visando o seu desenvolvimento integral, atentando para suas limitações e potencialidades e ao mesmo tempo, “respeitando as diferenças dentro de uma escola inclusiva que recebe as mais diversas pessoas’’ (BOATO, 2013, p. 117).
Esse mesmo autor (BOATO, 2013) afirma que os alunos com deficiência que estão incluídos em turmas comuns, frequentemente não participam regularmente das aulas de suas turmas, ficando exclusos desse processo a que possuem igual direito assim como os outros. Sendo assim, necessário a abordagem de “caminhos para a Educação Física Escolar, diferentes do ensino de movimentos predeterminados, mecânicos e sem função objetiva fora da prática esportiva’’ (BOATO, 2013, p. 118). O autor indica para promover essa postura as seguintes sugestões:
Para tanto, é importante procurar novas concepções e paradigmas que consigam atender o universo dos alunos, tentando construir um ensino que possa participar da produção da cultura escolar e incentivar a participação de todos, independente de potencialidades ou deficiências (BOATO, 2013, p. 118).
Compreende-se que a afirmação antecedente de Boato (2013) propõe um rompimento com as fórmulas tradicionais que sempre permearam as aulas de Educação Física Escolar, uma herança antiga de outros modelos que foram implantados no decorrer do tempo e encontram-se escassos diante da nova visão implantada para o meio educacional; esse novo parâmetro envolve o processo de inclusão e para alcançar êxito, necessita envolver todos os elementos citados pelo autor no apontamento anterior.
Nesse sentido, Lima (2013) assinala que preparar a Educação Física com as viabilidades de ação pedagógicapara alcançar todos os alunos de uma turma é imprescindível reconhecer os pontos subsequentes: 1) as diferenças individuais entre seus alunos; 2) partir da premissa de que cada aluno pertence à turma; 3) promover o aprendizado que oportunize apoio e ajuda para com o outro; 4) promover atividades com jogos cooperativos; 5) estimular atividades que experenciem movimentos corporais de forma livre, com materiais e com o outro; 6) desenvolver atividades que fomentem o respeito entre a equipe escolar, os pais, os alunos e a comunidade; 7) aplicar metodologias instrucionais diversificadas.
Segundo Lima (2013) a pretensão de ações educacionais em uma compreensão em que todos os alunos sejam capazes de participar, abrange paradigmas atitudinais e ideais, e para essa realização, é fundamental a ressignificação de paradigmas para a materialização de uma educação sem preconceitos, “não somente relacionados às pessoas com deficiência, mas para todos’’. Percebe-se com as palavras da autora, que essa atitude de ressignificação de paradigmas, apresenta um resgate dos alunos excluídos da Educação Física escolar, tanto por motivos de deficiência quanto por aspectos físicos, étnicos, entre outros.
Boato (2013) observa que pessoas com deficiência, embora possuem competências e habilidades para a prática da Educação Física não são compatíveis para determinadas propostas pedagógicas indicadas pelos professores, pois na maioria das vezes, tais propostas visam somente desenvolver e treinar habilidades esportivas para disputar competições, abandonando assim, aspectos relevantes como a sociabilidade, ludicidade, criatividade, entre outros.
Para superar essas falhas, o autor (2013) fundamentado na teoria de Picanço, sugere a construção de um novo eixo metodológico denominado de princípios binominais norteadores, que vem descritos em seguida: ludicidade / aprendizagem; individualidade / sociabilidade; competitividade / cooperatividade; progressividade / continuidade; heteronomia / autonomia; orientação / criatividade; totalidade / sinergia.
Estas sugestões não se encerram e nem se limitam, pois existem vários outros aspectos a serem considerados, a partir de reflexões que poderão levara propostas claras e objetivas de inclusão dos alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física, e com base no autor (BOATO, 2013), o professor deverá utilizar-se de intervenções pedagógicas que levem os alunos sem necessidades especiais a experimentar o universo das pessoas com deficiência.
Com base nesses apontamentos, descreve-se algumas sugestões de atividades (Anexo 1) úteis na aplicação da proposta desse projeto, retiradas do estudo desenvolvido por Gomes (2013, s/p). 
6 METODOLOGIA
O presente projeto é alicerçado em uma perspectiva bibliográfica, que segundo Gil (2001) é desenvolvida a partir de material já elaborado, composto sobretudo por livros e artigos científicos. Nesse sentido, buscou-se fontes de informações para fundamentação desse projeto, livros e artigos publicados, sendo averiguadas a sua origem. Para a seleção das informações cabíveis ao projeto, primeiro fez-se uma pré-leitura dos materiais obtidos, descartando aqueles que não relacionavam ao tema; logo partiu-se para uma leitura aprofundada dos materiais restantes e realizou-se a extração dos pontos pertinentes para o desenvolvimento do projeto.
7 CRONOGROMA
	Escola de Ensino (Educação Básica)
	Série/Ano (todos)
	Horário
	Tempo Aula
	Data
	Aula 01
	1º e 2º tempo da aula
	02 horas
	23/05/2018
	Aula 02
	3º e 4º tempo da aula
	02 horas
	24/05/2018
	Apresentação do Projeto
	1º, 2º e 3º tempo da aula
	03 horas
	25/05/2018
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No contexto de inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física, percebe-se a necessidade de desenvolver metodologias que propiciem a esses alunos integrarem-se aos demais alunos da sala de aula. Para que isto ocorra, é imprescindível que os professores de Educação Física assumam uma postura diferenciada à que encontra-se ligada ao ensino tradicional.
Nesse sentido, o profissional docente tem a oportunidade de reformular o seu saber de maneira a buscar caminhos alternativos para construir um modelo diferente para as aulas de Educação Física, que possa incluir todos os alunos, tanto portadores de necessidades especiais quanto os demais sujeitos da sala de aula.
A inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física, depende dos procedimentos metodológicos que os docentes utilizam em sala de aula, e esse comportamento do professor poderá resultar ao aluno, o alcance do êxito ou ao contrário, mantê-lo excluído das principais atividades praticadas nas aulas, prejudicando o seu desenvolvimento e conhecimento a partir de uma visão crítica.
Atualmente, apesar das escolar buscar desenvolver projetos para a inclusão dos alunos com necessidades especiais, ainda existe um longo caminho a percorrer para alcançar-se o triunfo. Porém, com perseverança e novas visões sobre o desenvolvimento das metodologias e estratégias, tem-se a perspectiva de significativas transformações no ensino de Educação Física para os alunos com deficiência e de um modo abrangente, a todos os demais alunos que integram o sistema educacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, G.J.J. A pessoa deficiente visual: revelações sobre atividade motora. Revista Benjamim Constant, 1999. Disponível em: http://profissional.universoef.com.br/container/gerenciador_de_arquivos/arquivos/267/a-pessoa-deficiente-visual.pdf. Acessado em: 08 abril 2018.
ALMEIDA, Edilene da Silva; CORDERO, Osvaldo Garcia Homero. A inclusão de alunos portadores de necessidades educacionais especiais nas aulas de Educação Física no Ensino Regular. FAEMA, Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente 5(2): 81-97, jul-dez, 2014. Disponível em: http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/255/372. Acessado em: 08 abril 2018.
BOATO, Elvio Marcos. A educação física escolar frente aos desafios da educação Inclusiva. In.: Educação física e os desafios da inclusão / organizadores: José Francisco Chicon, Graciele Massoli Rodrigues. - Vitória, ES: EDUFES, 2013. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/787/1/livro%20edufes%20educa%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica%20e%20os%20desafios%20da%20inclus%C3%A3o.pdf. Acessado em: 08 abril 2018.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.
CHICON, José Francisco. Compreendendo a inclusão / exclusão no contexto da educação física escolar. In.: Educação física e os desafios da inclusão / organizadores: José Francisco Chicon, Graciele Massoli Rodrigues. - Vitória, ES: EDUFES, 2013. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/787/1/livro%20edufes%20educa%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica%20e%20os%20desafios%20da%20inclus%C3%A3o.pdf. Acessado em: 08 abril 2018.
DIEHL, K.M. Jogando com as diferenças: jogos para crianças e jovens com deficiência. Revista Scielo. São Paulo, 2006.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002.
GOMES, Thamyres de Sousa. Educação Física como forma de inclusão de pessoas com necessidades especiais. Faculdade de Ciências da Educação e Saúde – FACES. Brasília, 2013. Disponível em: http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/3923/1/THAMYRES%20DE%20SOUSA%20GOMES.pdf. Acessado em: 08 abril 2018.
LIMA, Sonia Maria Toyoshima. Práticas pedagógicas na educação física para pessoas com necessidades educacionais especiais: algumas possibilidades. In.: Educação física e os desafios da inclusão / organizadores: José Francisco Chicon, Graciele Massoli Rodrigues. - Vitória, ES: EDUFES, 2013. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/787/1/livro%20edufes%20educa%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica%20e%20os%20desafios%20da%20inclus%C3%A3o.pdf. Acessado em: 08 abril 2018.
MANDARINO, Cláudio Marques. Sitiamentos sobrea in/exclusão na educação física escolar. In.: Educação física e os desafios da inclusão / organizadores: José Francisco Chicon, Graciele Massoli Rodrigues. - Vitória, ES: EDUFES, 2013. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/787/1/livro%20edufes%20educa%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica%20e%20os%20desafios%20da%20inclus%C3%A3o.pdf. Acessado em: 08 abril 2018.
MASINI, E.F.S. A educação do portador de deficiência visual - as perspectivas do vidente e não vidente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, ano 13, n° 60, 1993. Disponível em: http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/1917/1888. Acessado em: 16 abril 2018.
RODRIGUES, Graciele Massoli. O ser e o fazer na educação física: reflexões acerca do processo de inclusão escolar. In.: Educação física e os desafios da inclusão / organizadores: José Francisco Chicon, Graciele Massoli Rodrigues. - Vitória, ES: EDUFES, 2013. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/787/1/livro%20edufes%20educa%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica%20e%20os%20desafios%20da%20inclus%C3%A3o.pdf. Acessado em: 08 abril 2018.
SCHIRMER, C.R., BROWNING, N., BERSCH, R., MACHADO, R. Atendimento Educacional especializado. Brasília, 2007.
ANEXOS
Anexo 1:
	Fala que eu
Faço
	Os alunos formarão duplas sendo que um da dupla estará com venda, o outro sem. o professor fará uma espécie de ninho do tesouro em alguns cantos da quadra, utilizando bolas com guizo. O colega vidente da dupla se separa e fuça em um lugar próximo dos ninhos para auxiliar o outro colega a chegar ao ninho. As dicas poderão ser de forma simbólica. Ex.: 10 passos para frente, 10 passos para esquerda (DIEHL, 2006). 
	Passeio
pelo
bosque
	O professor deverá espalhar obstáculos pela quadra, pedir aos alunos que fiquem em duplas. Um deverá guiar o outro, e ajuda-lo a passar por todas as barreiras que encontrarem pelo caminho. Depois trocam- se o guia, para que todos tenham a mesma vivencia (ALMEIDA, 1999). 
	O corpo
Fala
	Dividir a sala em grupos, cada grupo receberá um papel com uma mensagem escrita. Cada grupo deverá transmitir sua mensagem por gestos para os outros grupos (SCHIRMER et. al., 2007).
	Pega ajuda com
Passes
	Um dos alunos será designado a ser o pegador, os demais serão fugitivos, todos deverão estar sentados espalhados pela quadra. Tanto os pegadores quanto os fugitivos não poderão se levantar, deverá se deslocar sentado. O pegador terá uma bola na mão, onde tentará arremessar nos colegas. Aquele que for atingido pela bola passará a ser o pegador, aumentando o numero de caçadores (DIEHL, 2006). 
	Dançando
livremente
	Colocar uma música e incentivar que todos dancem, compondo sua própria coreografia, para que conheça os limites do seu corpo (MASINI, 1993).

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