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Leptospira: Características e Diagnóstico

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Leptospirose
 Espiroquetas
 Ordem: Spirochetales
 Família: Leptospiraceae
 Gênero: Leptospira
 0,1 m x 6 a 20 m
 Móveis
Crescimento e morfologia em meios de 
cultivo
Classificação antiga (até 1989)
Etiologia
L. biflexa
não patogênica
L. interrogans
patogênica
+ 250 variantes sorológicas (sorovares)
L. interrogans 
L. borgpetersenii
L. santarosai
L. kirshneri
L. weilli
L. noguchii;
L. inadai
L. fainii
L. alexanderi
L. alstonii
L.wolffii
L licerasiae; 
L.broomii
L.biflexa
L. meyeri
L.wolbachii
L. kmetyi
L. vanthiellii
L.terpstrae
L.yanagawae
Variabilidade nas sequências de DNA genômico
Classificação atual
Importância
Econômica
Saúde pública
penetração 
ativa
Patogenia
Leptospiremia: 
circulação sanguínea
 Lesão no endotélio vascular: hemorragias
 Atração de neutrófilos e plaquetas: trombos
 Isquemia e necrose
 Fígado, rins, pulmões, tecidos reprodutivos
Fase de leptospiremia
Fase de imunidade ou leptospirúria
 Resposta imune humoral: fagocitose
 Persistência tecidual: portadores crônicos (evasão da RI)
túbulos renais proximais
leptospirúria
nefrite intersticial crônica
Útero, ovários 
Testículos, epidídimos
Semana 
1
Incubação 
2 a 20 dias
leptospiremia
imunidade: anticorpos
leptospirúria
Semana 
2
Semana 
3
Semana 
4
Meses/ 
anos
3 dias PI
Forma não ictérica 
animais de produção adultos (reprodutiva)
homem
Forma ictérica
animais jovens
homem
Sinais clínicos
 Febre
 Apatia
 Cefaléia
 Mialgia
 Dores abdominais
 Erupções cutâneas
Forma não ictérica nos humanos
Maioria das infecções 
 Febre
 Depressão
 Anorexia
 Diarreia
 Apatia
 Vômito 
 Hemorragia
Forma ictérica
Pneumonia
 Apatia
 Anorexia
 Dispnéia
 Tosse
 Hemoptise
Forma ictérica
Envolvimento pulmonar
 Vômitos
 Hematúria
 Desidratação
 Ulceração oral
 Alta letalidade
Insuficiência renal
Forma ictérica
Uveíte anterior recidivante
 Opacidade da câmara anterior
 Cegueira
Forma ocular
Equinos, cães e homem
Distribuição geográfica
 Cosmopolita
 Regiões tropicais e subtropicais x temperadas
 Áreas urbanas e rurais
 América Latina, África e Ásia
 Sorovariantes x região
Epidemiologia
FI VT S
VE
Hospedeiro manutenção x 
acidental
Sintomáticos
Assintomáticos
Machos x fêmeas
Contato direto
Ingestão
Cutânea
Transplacentária
PE
Hospedeiros 
suscetíveis
Qualquer idade
Urina 
Leite
Sêmen
Urina 
Pele
Mucosas
Contato indireto
Iatrogênica
Ambiente
Alimentos
Fontes de infecção
Ecossistemas silvestres
Ecossistemas rurais
Ecossistemas urbanos
Hospedeiros de manutenção
Hospedeiros acidentais
 Roedores: portadores universais
 Sorovariantes:
Icterohaemorrhagiae, Ballum
Marsupiais: Gryppotyphosa
Ruminantes:
Hardjo
Cães:
Canicola
Suínos: Pomona
Principais sorovares isolados de cada espécie animal no Brasil
Roedores sinantrópicos: Icterohaemorrhagiae*
Marsupiais: Gryppotyphosa*
Bovídeos: Hardjo*, Wholfii, Pomona, Gryppotyphosa
Suínos: Pomona*, Bratislava, Tarassovi, Icterohaemorrhagiae
Equinos: Icterohaemorrhagiae
Cães: Canicola*, Icterohaemorrhagiae, Copenhageni
Ovinos e caprinos: Hardjo*, Canicola, Icterohaemorrhagiae, Pomona,
Panama, Castellonis, Autumnalis
* Hospedeiros de manutenção
FI VT S
VE
Hospedeiro manutenção x 
acidental
Sintomáticos
Assintomáticos
Machos x fêmeas
Contato direto
Ingestão
Cutânea
Transplacentária
PE
Hospedeiros 
suscetíveis
Qualquer idade
Urina 
Leite
Sêmen
Urina 
Pele lesada
Pele íntegra
Mucosas
Contato indireto
Iatrogênica
Ambiente
Alimentos
 Sinais reprodutivos: animais de produção
 Doença hemorrágica, icterícia
Diagnóstico clínico
Diagnóstico epidemiológico
 Possível exposição ao agente
 Contato com indivíduos infectados 
 Contato com ambiente contaminado
• Métodos alternativos
• Não utilizado como rotina
Diagnóstico microbiológico e 
molecular
Isolamento em meio de cultivo
• Baixa sensibilidade
• Material clínico x fase da infecção
• Bactéria lábil
• Contaminação secundária
• Alta especificidade
Reação em cadeia pela polimerase (PCR)
Alta sensibilidade
 Leptospiras patogênicas x saprófitas
Alta especificidade ?
 Leptospiras inviáveis
Reação em cadeia pela polimerase (PCR)
Utilização
 Controle de doadores de sêmen e embriões
 Pesquisa de causas de abortamento
Diagnóstico sorológico
Soroaglutinação microscópica (SAM)
 Diagnóstico individual: cães, equinos, abortamento, 
doadores de sêmen e embriões
 Diagnóstico de rebanhos
 Inquéritos epidemiológicos
 Antígenos: leptospiras vivas
 Sorovar-específico
 Coleção de 22 antígenos
Soroaglutinação microscópica (SAM)
Amostras de 
soro que 
apresentarem 
aglutinação 
2+ em diante 
serão tituladas
Falsos negativos
Soroaglutinação microscópica (SAM)
 Início de infecção
 Portadores crônicos
 Antígenos: isolados não prevalentes na região
Falsos positivos
Soroaglutinação microscópica (SAM)
 Reações heterólogas
 Animais vacinados
 Infecção passada
Infecção passada/reação vacinal x infecção ativa
 Período de espera após vacinação: 6 meses
 Amostras pareadas: 2 a 4 semanas de intervalo
 Título de anticorpos: aumento > 4 vezes 
Soroaglutinação microscópica (SAM)
 Diagnóstico individual: amostras pareadas
 Diagnóstico populacional: sorotipo mais frequente e 
com títulos mais elevados
Reações heterólogas: determinação do sorogrupo
predominante
Soroaglutinação microscópica (SAM)
ID 
ani
mal
Sv
1
Sv
2
Sv
3
Sv
4
Sv
5
Sv
6
Sv
7
Sv
8
Sv
9
Sv
10
Sv
11
Sv
12
1 200 NR NR 200 NR NR NR NR 200 NR NR 800
2 NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR
3 NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR
4 NR NR NR 800 NR NR NR NR 800 NR NR NR
5 NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR
6 NR NR 100 NR NR NR NR NR NR NR 200 800
7 NR NR NR 100 NR 100 NR NR NR NR NR NR
8 NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR
9 NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR 100 NR
10 NR NR 400 NR NR NR NR NR NR NR NR NR
11 200 NR NR NR NR NR NR NR 100 NR 200 200
12 NR NR NR 800 NR NR NR NR NR NR NR 3200
13 NR NR 100 NR 200 NR NR NR NR NR NR NR
14 NR NR NR 400 NR NR NR NR 400 NR 800 1600
15 NR NR NR 200 NR NR NR NR 200 NR NR 800
Profilaxia
FI S
VT
Meio 
Ambiente
Identificação
Isolamento
Tratamento
Desinfecção
Saneamento ambiental
Quarentena
Vacinação
Tratamento
 Penicilina, ampicilina, amoxiciclina, doxiciclina: leptospiremia
 Estreptomicina: portadores renais
Profilaxia
Cães
Vacinação 
 Sorovares
 Icterohaemorrhagiae e Canicola
 Grippotyphosa e Pomona
 Copenhageni
Profilaxia
Ruminantes, suínos e equinos
Vacinação 
 5 a 10 sorovares
 Icterohaemorrhagiae, Canicola, Bratislava, Copenhageni, Pomona, 
Hardjo, Andamana, Ballum, Wolffii, Pyrogenes
Profilaxia

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