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Disciplina: Estudos Hídricos Notas de Aula 04: Perdas de Carga Localizadas e Condutos em Sifão – Condutos Forçados. Professor: MSc. Eng.o Alexandre Marcos F. da C. e Silva Natal – Rio Grande do Norte. Perdas de Cargas Localizadas:“São as perdas, que severificam devido aos obstáculos (conexões e peças especiais) quenormalmente existem ao longo das canalizações”.As conexões e peças especiais são empregadas com diversosobjetivos, tais como: mudança de sentido da tubulação, derivaçãode ramais de abastecimento, registro de manobra, etc; assim,verifica-se perdas de energia devido a choques bruscos queocorrem em determinados locais, sendo também definida como:Perda de Carga Acidental, Singular ou Secundária.Assim por serem em pontos específicos, diferenciam-se dasperdas contínuas, porque estas ocorrem em conseqüência doescoamento ao longo da canalização (trechos retilíneos). 1. Introdução – Perda de Carga Localizada. Portanto, a perda de energia total em uma canalização seráobtida somando-se as perdas de energia localizadas com asperdas contínuas. sistema. no utilizadas conexões e peças as todasde função em sLocalizada Carga de Perda : o.canalizaçã da total ocompriment do função em Contínua Carga de Perda : Sistema, do Total Carga de Perda : :Onde :que Temos hs hf ΔH hshfH Exemplos de Peças e Conexões. ACESSÓRIOS LINHA SOLDÁVEL ACESSÓRIOS LINHA ROSCÁVEL REGISTROS ACESSÓRIOS PARA IRRIGAÇÃO 2. Perda Localizada e Linhas de Energia. Perda de Carga devido ao alargamento brusco de seção.Pelo Teorema das Quantidadesde Movimento e pelo Teorema deBernoulli define-se a perda de cargalocalizada devido ao alargamentobrusco da seção de uma tubulação. mal.infinitesi e velocidadde intervalo : líquido, corpo do massa : mal,infinitesi tempode intervalo : atuante, Força: :Onde .. :Movimento de sQuantidade das Teorema 2 1 2 1 dv m dt F dvmdtF v v t t No regime permanente,como as diferentesgrandezas são constantesnum mesmo lugar, pode-se considerar o fenômenodurante o período de 1segundo no qual a massalíquida que escoa é: 12 2 2 2 2 1 1 22 :se- temBernoulli, de Teorema pelo e e.,.:Devido. 21 hs g VPZ g VPZ Vol mgamF g Q m 12 2 2 2 1 2211221 22 :horizontal tubulaçãoa se-doconsideran Ainda, ...)( :queseTem 21 hs g VP g VP vAvAQeAPPF Devido a parte do líquido ficar emturbilhonamento, ou seja, que nãoparticipa do movimento, e somente seexpande depois de um certo trecho;na entrada, portanto, a velocidade e apressão continuam sendo v1 e P1, demodo que a força que age na seção 1 éP1.A2 e, a força atuante na seção 2 éP2.A2, para velocidade v2 e pressão P2. Bélanger-Borda de Fórmula 2 )( 221 12 g vvhs 3. Expressão Geral das Perdas Localizadas. hs: é a perda de energia localizada (mca);K: é o coeficiente de perda de energia localizada, que é função da geometria da singularidade e do número de Reynolds;V: é a velocidade média do escoamento (m/s);g: é a aceleração da gravidade (m/s2). Chegada. de Velocidade :v :onde Perdas de Carga Localizadas: Coeficiente “K”. Valores aproximados de k (perdas localizadas) Peça k Peça k Ampliação gradual 0,3 Junção 0,4 Bocais 2,75 Redução gradual 0,15 Comporta aberta 1,0 Saída de canalização 1,0 Cotovelo de 90° 0,9 Tê, passagem direta 0,6 Cotovelo de 45° 0,4 Tê, saída de lado 1,3 Curva de 90° 0,4 Tê, saída bilateral 1,8 Curva de 45° 0,2 Registro de gaveta aberto 0,2 Entrada de canalização 0,5 Registro de globo aberto 10,0 Válvula de pé 1,75 Válvula de retenção 2,5 Exercício 01. Uma tubulação nova de PVC (C=140) de 25mm dediâmetro e 100m de comprimento retilíneo, conduz água comvelocidade v = 2,1m/s e o coeficiente de viscosidade cinéticada água é 10-6m2/s. Ainda, há três peças ao longo datubulação: 01 curva de 90°, 01 registro de gaveta e 01 Têpassagem direta. Determinar o Nº de Reynolds e a perda decarga total do sistema. DvRonde e .: g vKhs hshfH 2 . 2 4. Método dos Comprimentos Virtuais ou Equivalentes.“Uma canalização que possui diversas peças e singularidades,sob o ponto de vista de perda de energia (carga), equivale a umaoutra canalização retilínea, sem peças, mas de comprimentomaior”.Assim, este método consiste em se adicionar à extensão dacanalização, para simples efeito de cálculo, comprimentos taisque correspondam à mesma perda de carga que causariam aspeças especiais existentes na canalização. f DKL gD vLf g vK Temos hfhsseFazendo gD vLfhfe g vKhsseTem . 2. .. 2 . : : 2. .. 2 .: 22 22 Portanto, os comprimentosequivalentes normalmente sãotabelados em função da peça, domaterial e do diâmetro. Tabela – Perda de Carga Localizada (comprimento equivalente). Instalações Hidráulicas, Hélio Creder. Manual de Hidráulica, Azevedo Netto. Tabela – Perda de Carga Localizada (comprimento equivalente). Tabela – Perda de Carga Localizada (comprimento equivalente). 5. Velocidades empregadas nas canalizações. a) IntroduçãoNão é possível aumentar a velocidade de escoamento nascanalizações, além de certos limites, pois velocidades elevadasimplicam em consequências desagradáveis à operação dosistema.b) Consequências negativas devido a grandes velocidades nastubulações:- Grandes perdas de carga,- Redução de pressão disponível na tubulação,- Perda de potência nas hidrelétricas e sistemas de recalque,- Perigo de corrosão das tubulações,- Sensibilidade a golpes de ariete. c) Componentes de um sistema público de abastecimento deágua:1 – Manancial,2 – Captação e adução de água bruta,3 – Tratamento,4 – Elevação/Recalque (quando necessário),5 – Adução de água tratada,6 – Reservação,7 – Distribuição (consumo).d) Velocidades comuns nas canalizações dos sistemas deabastecimento de água:1. Nos Anéis Principais: v = 1 a 2m/s.2. Na Rede de Distribuição: v = 0,6 a 0,9m/s.OBS.: Velocidade Máxima na Rede de Distribuição, recomendadasegundo a fórmula de Owin: v = 0,6 + 1,5.D. v em “m/s” e D em “m”. 3. Em canalizações de recalque : v = 0,6 a 2,40m/s.4. Em instalações prediais de edificações segundo a ABNT:vmáx = 2,50m/s.5. Nas instalações industriais:v = 1 a 2m/s.6. Nas canalizações para:- Gasolina: v = 1 a 2m/s,- Óleo Diesel: v = 0,5 a 2m/s,- Ar comprimido: v = 15 a 20m/s,- Instalações domiciliares de gás: v = 1m/s, 6. Consideração prática sobre as linhas energética (de carga) e piezométrica.Como na prática, a velocidade da água nos encanamentos élimitada, costuma-se por isso, para efeito de estudo da posiçãorelativa dos encanamentos, admitir a coincidência das linhasde carga (v2/2g) e piezométrica (p/γ). 7. Posição dos encanamentos em relação a Linha de Carga (Piezométrica). 8. Condutos em Sifão. a) DefiniçãoSifões são os condutos em que parte da canalização seencontra acima do nível do reservatório que o alimenta de modoque o líquido é elevado acima daquele nível e depoisdescarregado em ponto mais baixo que o mesmo.b) Tipos de Sifão: c) Condições para funcionamento do sifão:1. Para que se verifique o escoamento através do sifão, faz-senecessário que o mesmo seja previamente escorvado.2. Para que o sifão funcione normalmente, é necessário que apressão no ponto mais alto da tubulação seja, no mínimo, igual atensão de vapor do líquido à temperatura ambiente.OBS.: quando essa condição não é satisfeita, o sifão poderáfuncionar precariamente (vazão reduzida), pois o fenômeno dacavitação é iminente no vértice (ponto mais alto) da canalização.Nota. Cavitação é umfenômeno originadoem quedas repentinasde pressão, geralmenteobservado em sistemashidráulicos. d) Velocidade de escoamento no Sifão: A expressão (I) nos mostra que no ramodescendente, odesnível (H2), teoricamente tem que ser menor que 10,33m, poiscaso contrário p/γ= 0.Limites Práticos: Costuma-se adotar 6,00m como o desnívelmáximo no ramo ascendente e 8,00m como o desnível máximo noramo descendente. e) Considerações sobre os desníveis dos ramos ascendente(H1) e descendente (H2) do sifão: → Expressão (I) f) Explicação do Fenômeno do Sifão: hPaPhaPP AaPAhaPAPFFF AhaPF AaPF onde RatmatmR atmatmRR atm atm ).(.. . ).( : 12 2 1 Exercício 02.O sifão da figura abaixo, cujo diâmetro é 150mm,descarrega um água na extremidade “B”, cuja a densidade é1,0. Pede-se para determinar a vazão e a pressão absoluta novértice.
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