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Síndrome dispéptica

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SÍNDROME DISPEPTICA 
Dis = má; pepsia = digestão 
A Síndrome dispéptica é um conjunto de sinais e sintomas como: 
▪ Dor ou ardência epigástrica; 
▪ Plenitude pós-prandial; 
▪ Saciedade precoce. 
 
Diferenciar de: gastrite (o diagnóstico de gastrite deve ser suspeitado por endoscopia e 
biópsia, nem toda vermelhidão é gastrite), no ambulatório se manifesta como S. dispéptica a 
esclarecer. 
Classificação geral 
Dispepsia orgânica: A exemplo de úlceras gástricas, CA gástrico e parasitoses. 
Dispepsia funcional: Sem alterações orgânicas, estruturais ou metabólicas. 
Dividida em: - Síndrome do desconforto pós-prandial; 
 - Síndrome da dor epigástrica. 
Etiologia 
60 a 75% dos casos são dispepsia funcional. 
25 a 40% dos casos têm causa orgânica - Úlcera 
péptica, neoplasia gástrica, AINEs, Litíase biliar, parasitoses 
intestinais – para esse caso recomenda-se a realização do 
Exame Parasitológico de Fezes (EPF). 
 
Dispepsia orgânica 
ÚLCERA PÉPTICA 
▪ Dor epigástrica 
▪ “Clocking” – Paciente acorda com dor entre 1 e 3 
a.m, que é o pico máximo de secreção ácida. 
OBS.: Segundo critérios de Roma 
IV, pacientes com H. pylori não 
se encaixam em dispepsia 
funcional, mas sim orgânica. 
▪ Náuseas 
▪ Vômitos 
 
 
NEOPLASIA GÁSTRICA 
▪ Dor epigástrica progressiva em intensidade 
▪ Vômitos 
▪ Anemia (perda de sangue) 
 
DOR BILIAR 
▪ Dor epigástrica em crises 
Pode apresentar irradiação para hipocôndrio direito e dorso, geralmente é intensa. 
▪ Vômitos 
▪ Febre caso complicar para colecistite. 
OUTRAS 
▪ Dispepsia por drogas (AINEs, aritromicina, KCl...) 
▪ Pancreatite crônica 
▪ Doença celíaca 
▪ Gastrite eosinofílica 
▪ Doença de Crohn 
Dispepsia funcional 
Síndrome da dor epigástrica: Dor ou ardência epigástrica uma ou mais vezes/semana. 
Síndrome do desconforto pós-prandial: Plenitude pós-prandial, saciedade precoce, 3x por 
semana. 
 
Para diagnóstico de síndrome dispéptica funcional é necessário que o início do quadro tenha 
sido há pelo ao menos 6 meses e que os sintomas estejam presentes nos últimos 3 meses. Além disso, 
não podem existir alterações estruturais e bioquímicas, nem sintomas como diarreia e vômitos!!! 
 
 
 
▪ Anorexia 
▪ Perda ponderal 
▪ Fadiga 
 
 
Diagnóstico 
HISTÓRIA CLÍNICA 
 
Sinais de alarme: Anemia, perda ponderal, melena (red flags), significa que não é dispepsia 
funcional. 
 
Pirose, regurgitação, tosse...........................................................................................D.R.G.E 
Uso de Aas e AINEs...........................................................Gastrite/Úlcera péptica por drogas 
Dor epigástrica com irradiação para dorso..................................................Pancreatite crônica 
Dor no hipocôndrio direito intensa, com irradiação para dorso.............................Litíase biliar 
História familiar de câncer G.I..................................................................................Neoplasia 
Perda ponderal, anorexia, vômitos, disfagia..............................................................Neoplasia 
 
EXAME FÍSICO 
Pesquisar Sinal de Carnett: 
(+) Tensão dos músculos abdominais, aumenta a sensibilidade a palpação, significa dor 
crônica da parede abdominal. 
(-) Tensão dos músculos abdominais, diminui a dor à palpação, significa acometimento de 
vísceras. 
 
Comprometimento do estado geral...........................................................................Neoplasia 
Massa palpável no epigástrio................................................................CA gástrico, hepatoma 
Sinal de Troisier.....................................................................................................CA gástrico 
Icterícia.......................................................................Colestase (cálculo), metástase hepática 
Palidez.............................................................................Anemia por perda crônica de sangue 
Ascite...............................................................................................Carcinomatose peritoneal 
 
SINAIS DE ALARME! 
▪ Pacientes > 55 anos – início recente do quadro 
▪ Histórico familiar de CA G.I 
▪ Perda ponderal involuntária 
▪ Hemorragia gastrointestinal (melena, hematoquezia) 
 
▪ Disfagia progressiva, odinofagia 
▪ Anemia ferropriva sem explicação 
▪ Vômitos persistentes 
▪ Massa palpável ou linfadenopatia 
▪ Icterícia 
 
LABORATÓRIO 
Hemograma: Avaliar anemia 
Bioquímica do sangue: Avaliar DM, hipercalcemia, insuficiência renal 
Testes de função hepática (albumina e TAP): Doença hepática crônica, colestase. 
 
Conduta inicial 
EDA com biópsia 
Recomendada para pacientes acima de 55 anos (45 no AM) com sinais de alarme: 
▪ Se H. pylori positivo, tratar; 
▪ Se EDA for normal e persistirem os sintomas: prosseguir investigação; 
▪ Pacientes com EDA e laboratório normais: dispepsia funcional. 
 
Em áreas com alta prevalência de H. pylori > 10%: 
Fazer “Test and treat” – Pesquisa com teste respiratório da ureia carbono 13 ou 14, ou 
realizar HpAg fecal (pesquisa do antígeno fecal da H. pylori. 
Teste respiratório da ureia: Paciente ingere uma cápsula de ureia associada a C13 ou 14 que 
chega a região gástrica. Se esse paciente for H. pylori positivo, a urease produzida por esses 
organismos desfaz essa associação da ureia com o carbono, a primeira então sendo eliminada pelas 
fezes e o segundo, através da respiração. Logo, se for notória a presença de C13 ou 14 no teste 
respiratório, podemos pensar em infecção por H. pylori. 
Para pacientes sintomáticos, tratar com IBPs por 4 a 8 semanas. 
Após tratamento com IBPs, se ainda permanecer sintomático, investigar mais 
profundamente o quadro dispéptico. 
 
Áreas com baixa prevalência de H. pylori < 5% 
Realizar IBP empírico por 4 semanas (máximo de 8 semanas). 
 
 
 
 
 
 
 
ESQUEMA TERAPÊUTICO PARA H. PYLORI 
Esquema 1 Amoxacilina 1g de 12 em 12 horas 
Claritromicina 500mg de 12 em 12 horas 
IBP (dose padrão*) 12 em 12 horas 
Esquema 2 Amoxacilina 1g de 12 em 12 horas 
Levofloxacina 500 mg de 12 em 12 horas 
IBP (dose padrão*) 12 em 12 horas 
Esquema 3 Tetraciclina 500mg 12 em 12 horas 
Subcitrato de bismuto 240mg 12 em 12 horas 
Metronidazol 400mg 8 em 8 horas 
IBP (dose padrão*) 6 em 6 horas 
 
*Dose padrão dos IBPs: Omeprazol (20mg), Lansoprazol (30mg), Pantoprazol (40mg), 
Exomeprazol (40mg), Rabenprazol (20mg). 
OBS.: Tratamento por 7 a 14 dias. 
 
Causas de persistência dos sintomas após conduta inicial: 
▪ H. pylori resistente ao esquema terapêutico 
▪ Outra patologia (doença celíaca, litíase biliar, gastroparesia, DM) 
▪ Dispepsia funcional – tratar ansiedade, depressão. 
 
Tratamento da dispepsia funcional 
▪ “Test and treat” nas áreas com prevalência > 10% 
▪ IBP empírico nas áreas com prevalência > 5% 
▪ Bloqueadores dos receptores de H2 
Funcionam melhor que os IBPs na dispepsia funcional! (sensação de analgesia) 
▪ Procinéticos 
▪ Buspirona (Buspar) – relaxa o fundo gástrico 
▪ Anti-depressivos tricíclicos 
 
▪ Inibidor da recaptação de serotonina 
▪ Redutor da sensibilidade visceral 
▪ Psicoterapia, acupuntura, homeopatia.

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