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LIVRO TEXTO UNID II Didática do Ensino Superior Cases de Qualidade

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Didática do Ensino Superior: Cases de Qualidade 
 
Unidade 2: EaD 
 
Conteúdos trabalhados na unidade: O Ensino à distância: breve histórico a 
partir das gerações de EaD; Personagens do EaD: o aluno, o 
professor/tutor e o curso; A escolha pela modalidade de estudo à 
distância: motivação e necessidade; Carga horária do curso 
 
 
Um educador deve estar sempre antenado às modificações que ocorrem em 
seu tempo. A sala de aula, para alguns, é a mesma desde os tempos 
medievais, muito antigos, séculos passados. Para outros, ela se moderniza a 
cada dia. 
 
Como seria isso? 
 
É certo que, na grande maioria das escolas, os alunos sentam-se enfileirados, 
um atrás do outro, a mesa do professor está à frente, há um grande quadro de 
giz no qual o docente escreve as informações que seus alunos precisam 
aprender. Estes copiam as mesmas no caderno e devem decorá-las para as 
provas. 
 
Em muitas escolas é assim que acontece. Você me diria que não? 
 
Então, em algumas é assim que funciona e funcionará por muitos anos, mas, e 
as outras sobre as quais falei que se modernizam a cada dia? O que é isso? 
Como ocorre e como percebemos essa modernização? 
 
Vamos ver? Por exemplo: com a inserção de data show, computadores 
pessoais, notebooks, tablets, enfim, de recursos tecnológicos que possibilitam 
a pesquisa instantânea, de dentro da própria sala de aula. 
 
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Não vou mudar de assunto, mas te pergunto: Você já esteve em Paris? Já 
visitou um dos mais famosos e interessantes museus do mundo? Eu já! Aliás, 
nem preciso de cartão de crédito para fazê-lo, como num reclame antigo, um 
anúncio de um determinado cartão de crédito que mostrava que, ao possui-lo, 
poderíamos conhecer o mundo e ter o que quiséssemos apenas digitando uma 
senha. 
 
Ah, ok, eu tenho cartão de crédito, mas vou à Paris agora, como você, sem tirá-
lo da minha carteira. Duvida? Então, bon voyage pour nous!1 
 
Acesse a internet de seu computador e entre no endereço eletrônico a seguir: 
 
http://www.louvre.fr/accueil 
 
Voilá! C’est le musée du Louvre!2 
 
E aí, gastou quanto por isso? Nada! E foi divertido, não foi? O mesmo você 
pode fazer para conhecer qualquer lugar do mundo! 
 
Certa vez fui para Bariloche e tive uma grande curiosidade de saber como as 
pessoas estavam se vestindo por lá. Antes de viajar, eu quis saber sobre o 
clima e, assim, pude arrumar minha mala com mais tranquilidade, levando 
exatamente o que seria necessário vestir. 
 
Visitei o seguinte endereço eletrônico: 
 
http://www.bariloche.com.ar/camaras/centro-civico-infoespacio.html 
 
Nele você pode ver imagens atualizadas a cada trinta segundos. Para meu 
objetivo, arrumar a mala com roupas adequadas à temperatura, foi muito útil, 
não concorda? 
 
1 Boa viagem para nós! (tradução do francês). 
2 Aí está! É o museu do Louvre! (tradução do francês). 
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Deu para perceber o quanto a internet pode nos ajudar? Encontramos de tudo 
nela, das coisas mais corriqueiras às mais complexas. É uma ajuda e tanto na 
sala de aula! 
 
É disso que estou falando. Refiro-me à ampliação do espaço escolar para além 
das paredes da sala de aula e, mais ainda, para além dos muros da escola! 
 
Vou reproduzir um pequeno texto, do livro “Tecnologia da informação para 
todos”, da Coleção Entenda e Aprenda: 
 
 “Em que mundo vivemos, afinal? 
 
Imagine um mundo sem tecnologia. Sem celular, sem namora via 
Internet, sem futebol pela TV a cabo e, sobretudo, sem o estresse da 
vida moderna. É fácil imaginar, ou não? 
 
Um belo dia, David Byrne, o cérebro da extinta banda norte-
americana Talking Heads, resolveu fazer uma canção chamada 
(Nothing but) flowers – (nada além de ) flores – para tentar descrever 
as sensações que o homem experimentaria se, provado das 
maravilhas do mundo moderno, tivesse de retornar ao estilo de vida 
que a natureza lhe oferecia há 30 ou 40 mil anos. 
 
No início, Byrne se diverte com a delirante hipótese. Vê a si mesmo 
como um novo Adão, livre nos Jardins do Éden. E, evidentemente, 
fica feliz da vida por ter todo o tempo do mundo para não fazer nada 
ao lado da belíssima Eva. 
 
De repente, começa a sentir saudade do micro-ondas, dos shopping 
centers, dos letreiros luminosos de Nova York e até da Pizza Hut e do 
7-Eleven – duas das mais tradicionais redes americanas de fast-food. 
Da saudade á insatisfação é um pulo e, em segundos, Byrne 
compreende ser impossível viver sem os referenciais que, mal ou 
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bem, ajudaram a moldar sua identidade. 
 
 Quando a canção (Nothing but) flowers começou a ser tocada, houve 
quem taxasse o trabalho de Byrne como “antiecológico”. Nada mais 
falso. Na verdade, o artista fez uma radiografia perfeita de como a 
tecnologia nos transformou, atendendo (ou criando) novas 
necessidades. 
 
Sempre se pode dizer, por exemplo, que “inventaram o computador para 
resolver problemas que você não tinha antes”. Em certa medida, isso é 
verdade, pois ninguém ficaria preocupado em recarregar o cartucho de 
uma impressora há 20 anos. Em compensação, há 20 anos você teria 
que gastar uns bons trocados se resolvesse imprimir aqueles poemas 
infames feitos para reconquistar a sua namorada. 
 
Nesse novo mundo, o computador está transformando a maneira de 
pensar, falar, amar, estudar, ganhar dinheiro, visitar um médico e até 
eleger o presidente. Em termos de Internet, então, iremos precisar de 
uma enciclopédia para descrever as mudanças que a rede mundial de 
computadores vem operando. Banco on-line (seu computador conectado 
ao da instituição bancária), bibliotecas e shoppings virtuais, educação a 
distância, cirurgias complicadíssimas (com o médico nos Estados Unidos 
e o paciente na Europa) e, claro, tarefas prosaicas, como declarar seu 
imposto de renda e fazer o licenciamento do seu carro. 
 
Se não bastasse, ainda inventaram o celular conectado á Internet. Agora 
a gente nem precisa estar mais em casa, diante do computador, para 
receber e-mails, consultar os horários do cinema, ver o saldo ou xeretar 
a previsão do tempo. 
 
Então, dá para se imaginar sem tecnologia? Boa parte vai responder 
com um sonoro “nãããããoooo!”. Seja por gosto, fascínio, necessidade 
ou, sem dúvida, imposição – basta pensar no mercado de trabalho. E já 
que quem está na chuva “é pra se queimar”, citando o antológico Vicente 
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Matheus, entender um pouco dessa tecnologia circundante acaba sendo 
fundamental, tanto para elogiar quanto para criticar. Filosófica e 
empolgadamente: pensar nos progressos da tecnologia significa rever 
em perspectiva a própria aventura do ser humano” (2002, pp. 9-10). 
 
Após o lançamento do livro do qual extraí o texto acima já se passaram onze 
anos, mas, ele descreve bem nossa realidade, certo? 
 
Assim, lhe pergunto: podemos viver sem tecnologia? Não, não mesmo e isso 
inclui a escola. 
 
O que precisamos saber é que nem sempre foi assim. Nem sempre a 
educação contou com recursos tão modernos, como a lousa digital, por 
exemplo, para auxiliá-la. 
 
Os recursos foram modernizando-se, aos poucos ou rapidamente, como hoje 
em dia. 
 
Vamos ver como isso aconteceu, como foi a história do EaD? 
 
2.1 O Ensino à distância: breve histórico a partir das gerações de EaD 
 
De qualquer forma, a educação a distância não é 
propriamente uma novidade. O uso de novas 
tecnologias para educação também não o é. (...) Há 
um claro conflito de culturas de uso: de um lado, a 
lógica da Internet, fugaz, rápida fria (no sentido de 
McLuhan). De outro, a lógicaeducacional, onde são 
necessárias a persistência, a fidelidade e a 
informação quente (BLIKSTEIN e ZUFFO, 2003, p. 
36). 
 
O Ensino a Distância não é uma modalidade educacional tão recente. Ressalto 
que, para pensar em EaD, partimos do pressuposto que alunos e professores 
estão separados por espaço e/ou tempo e, com isso, lançam mão dos recursos 
tecnológicos para que possam interagir e aproximar-se. 
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Quando, em pleno século XXI pensamos em EaD, na hora nos vem à mente 
um computador conectado à Internet. 
 
Ah, eu penso nisso também, mas, nem sempre foi assim e, ainda hoje, 
encontramos iniciativas que fazem EaD sem computador, ou, sem Internet. É 
verdade! 
 
Você já ouviu falar do Instituto Universal Brasileiro? Ele está há mais de setenta 
anos no mercado, oferecendo diversos cursos à distância. 
 
Os alunos do Instituto recebiam o material impresso do curso escolhido em 
suas casas, estudavam e, se tivessem qualquer dúvida, poderiam enviá-la via 
Correios ou via telefone aos tutores que procurariam saná-las no menor tempo 
possível. 
 
Hoje, o IUV tem até site e vende cursos pela Internet, como o de Unhas 
decoradas ou de Comida árabe. Ainda apoia-se nas apostilas, mas elas estão 
digitalizadas e você pode estudar em seu computador. 
 
Viu que EaD é muito mais que Internet? Podemos dizer, diante disso, que 
houve várias gerações de produção de EaD. Vamos conhecê-las? 
 
A cada época a EaD utilizou-se de determinadas mídias através das quais ela 
pôde acontecer. Cada um destes momentos específicos ficou conhecido como 
“geração”. 
 
 Conforme Moore e Kearsley (1996) há três gerações, que são as seguintes: 
 
As 3 gerações da EaD 
Geração Características
1ª 
Estudo por correspondência, no qual o principal meio 
de comunicação eram materiais impressos, geralmente 
um guia de estudo, com tarefas ou outros exercícios 
enviados pelo correio. 
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2ª 
Surgem as primeiras universidades abertas, com 
design e implementação sistematizadas de cursos a 
distância, utilizando, além do material impresso, 
transmissões por televisão aberta, rádio e fitas de áudio 
e vídeo, com interação por telefone, satélite e TV a 
cabo. 
 
 
3ª 
Esta geração é baseada em redes de conferência por 
computador e estações de trabalho multimídia. 
 
 
 
Moore e Kearsley publicaram este livro em 1996. De lá para cá, muitas coisas 
mudaram, assim, houve a necessidade de ampliar sua classificação. A partir 
deste quadro, temos que as gerações de EaD, portanto, são cinco (In: 
http://ftp.comprasnet.se.gov.br/sead/licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos/Eve
ntos_modulo_I/topico_ead/Aula_02.pdf, adaptado de MOORE, M.; KEARSLEY, 
G. 1996: 
 
1ª. Geração – 1880 
Tecnologia e mídia 
utilizadas 
Imprensa e Correios. 
Objetivos pedagógicos Atingir alunos desfavorecidos socialmente, 
especialmente as mulheres. 
Métodos pedagógicos Guias de estudo, auto-avaliação, material 
entregue nas residências. 
Formas de comunicação Correios e correspondência. 
Tutoria Instrução por correspondência. 
Interatividade Aluno/material didático escrito. 
 
 
Nesta época EaD tinha um caráter assistencial e acontecia totalmente distante 
de um tutor. A intenção era de que o aluno estudasse sozinho, em sua casa. 
 
 
2ª. Geração – 1921 
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Tecnologia e mídia 
utilizadas 
Difusão de rádio e TV. 
 
Objetivos pedagógicos Apresentação de informações aos alunos, à 
distância. 
 
Métodos pedagógicos Programas teletransmitidos e pacotes 
didáticos (todo o material referente ao curso é 
entregue ao aluno pelos correios ou 
pessoalmente). 
Formas de comunicação Rádio, TV e outros recursos didáticos, como: 
caderno didático, apostilas, fita K-7. 
 
Tutoria Atendimento esporádico, apenas por contatos 
telefônicos, quando possível. 
 
Interatividade Pouca ou nenhuma interação 
professor/aluno. 
 
 
Aqui, a interação era entre aluno e material. Ainda, como na geração anterior, o 
indivíduo estudava sozinho, assistindo aos vídeos ou ouvindo sons preparados 
pela equipe. O contato era raro entre alunos e tutores. 
 
3ª. Geração – 1970 
Tecnologia e mídia 
utilizadas 
Universidades Abertas. 
 
Objetivos pedagógicos Oferecer ensino de qualidade com custo 
reduzido para alunos não universitários. 
 
Métodos pedagógicos Orientação face a face, quando ocorrem 
encontros presenciais. 
 
Formas de comunicação Integração áudio e vídeo e correspondência. 
Suporte e orientação ao aluno. 
Tutoria Discussão em grupo de estudo local e uso de 
laboratórios da universidade nas férias. 
 
Interatividade Guia de estudo impresso, orientação por 
correspondência, transmissão por rádio e TV, 
AUDIOTEIPES gravados, conferências por 
telefone, kits para experiências em casa e 
biblioteca local. 
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Nesta geração começa a proposta de trabalho híbrido, ou seja, que mescla 
momentos presenciais e à distância. 
 
<Saiba mais início> 
Recomenda-se a leitura do capítulo 7 (Modelos de ensino e aprendizagem de 
instituições específicas) do livro “Didática do ensino a distância”, de Otto 
Peters, para conhecer diversas iniciativas nesta modalidade de EaD, como a 
University of Air, do Japão e a Open University inglesa. 
<Saiba mais fim> 
 
4ª. Geração – 1980 
Tecnologia e mídia 
utilizadas 
Teleconferências por áudio, vídeo e 
computador. 
 
Objetivos pedagógicos Direcionado a pessoas que aprendem 
sozinhas, geralmente estudando em casa. 
 
Métodos pedagógicos Interação em tempo real de aluno com aluno 
e instrutores à distância. 
 
Formas de comunicação Recepção de lições veiculadas por rádio ou 
televisão e audioconferência. 
 
Tutoria Atendimento síncrono e assíncrono, 
dependendo de contatos eletrônicos. 
 
Interatividade Comunicação síncrona e assíncrona com o 
tutor, professor e colegas. 
 
 
Esta foi uma geração que preparou o que temos na atualidade. Foi muito 
importante e marcou, definitivamente, o fazer EaD. 
 
5ª geração – 2000 
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Tecnologia e mídia 
utilizadas 
Aulas virtuais baseadas no computador e 
na internet. 
 
Objetivos pedagógicos Alunos planejam, organizam e implementam 
seus estudos por si mesmos. 
 
Métodos pedagógicos Métodos construtivistas de aprendizado em 
colaboração. 
 
Formas de comunicação Síncrona e assíncrona. 
 
Tutoria Atendimento regular por um tutor, em 
determinado local e horário. 
 
Interatividade Interação em tempo real ou não, com o 
professor do curso e com os colegas de 
curso. 
 
Ah, esse modelo soa familiar, não é? Na UNIP Interativa ministramos aulas 
virtuais, nas quais os professores vão aos estúdios da universidade para gravá-
las e, depois, as mesmas são disponibilizadas para você, que interage, a partir 
da mesma, com seus colegas e professores. 
 
<Saiba mais início> 
Consulte a aula sobre EaD que está em: 
http://ftp.comprasnet.se.gov.br/sead/licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos/Eve
ntos_modulo_I/topico_ead/Aula_02.pdf. Lá você poderá estudar mais sobre o 
histórico do EaD mundo a fora. Será muito enriquecedor! 
 
<Saiba mais fim> 
 
 
É importante refletir, após analisar o histórico do EaD, a partir das cinco 
gerações, que simplesmente utilizar recursos tecnológicos não é fazer EaD 
muito menos garantir ensino e aprendizagem. 
 
Como educadores, temos que ter em mente a importância de nosso papel 
diante da realidade que está posta e como podemos fazer cada dia melhor a 
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docência. 
 
O objetivo é ensinar e aprender. O recurso é um auxílio. O (A) professor (a) 
continuará sendo a figura mais importante na tomada de decisões sobre o 
“como” fazer,o “como” ensinar. 
 
Veja, os recursos com os quais contamos nos dias de hoje requerem que 
nossos conhecimentos e dúvidas desenvolvam-se num fazer apurado e 
reflexivo. 
 
Reflexão, sempre! 
 
Para isso, discutiremos agora quem são as personagens do EaD. Quem faz 
EaD acontecer? Quais os diferentes papéis necessários que devem ser 
assumidos pelos protagonistas neste processo de ensinar e aprender? 
 
 
<Observação – início> 
 
Você, aluno da UNIP Interativa, é parte integrante e sujeito no processo de 
educação à distância. O que você está fazendo aqui é exatamente participar e 
viver ativamente esta inovação que a EaD trouxe para os processos 
educacionais! Já pensou nisso? Você também faz EaD! 
 
<Observação – fim> 
 
 
2.2 Personagens do EaD: o aluno, o professor/tutor e o curso 
 
Se EaD é uma 
 
“modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação, envolvendo estudantes e 
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professores no desenvolvimento de atividades educativas em lugares ou 
tempos diversos” (BRASIL, 2005, p. 1), 
 
é imprescindível o papel de um professor/tutor que acompanhe seus alunos em 
toda sua navegação durante um curso. Sem esses elementos, não haverá 
interação e, possivelmente, não haverá aprendizagem. 
 
Se em outros tempos havia a possibilidade de um aluno estudar sozinho, hoje, 
é fundamental um tutor, alguém que o acompanhe ou pelo AVA – ambiente 
virtual de aprendizagem, ou pela própria forma de construção do curso. 
 
Os tutores podem ser personagens que estão indicando, todo o tempo, o que 
fazer, onde clicar, o que acontecerá em seguida ao clique, ou seja, eles são 
programados para monitorar toda a navegação dos participantes, já antevendo 
possíveis percursos e oferecendo possibilidades. 
 
Claro que não se comparam aos tutores “de verdade”, de carne e osso... Gente 
é sempre melhor do que programa de computador. 
 
Gente pensa, sente, sofre, aprende. 
 
Programa de computador só faz aquilo que alguém já pensou por ele, mas não 
toma decisão, não escolhe o que fazer. 
 
O papel do tutor pode, porém, ser outro. Este papel se amplia a partir da 
possibilidade de interação, propiciada pelas tecnologias digitais interativas. É 
aqui que entra o tutor “de verdade”. Aquela pessoa para quem pedimos socorro 
quando precisamos ou para quem desejamos um bom final de semana após 
árduos dias de trabalho diante da máquina. 
 
E, para sentir que há alguém ali, será através do texto produzido por ele(a) que 
vamos perceber. Será uma palavra amável, uma indicação gentil de algo que 
devemos saber melhor, ou na demonstração de um errinho nosso que se 
desenrolará o relacionamento com o tutor. 
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A Universidade Aberta do Brasil – UAB – propõe dois diferentes tipos de 
tutores: 
 
a) tutores presenciais – nos cursos em que são tutores, encontram-se com 
seus alunos em um espaço físico. Neste, os alunos acessam os conteúdos por 
meio de transmissões (televisivas ou via Internet) ao vivo ou gravadas. A maior 
parte das atividades de um curso como esse são desenvolvidas à distância e o 
tutor presencial apenas acompanha os alunos; 
b) tutores a distância – “mantêm contato com os estudantes apenas por meio 
de tecnologia – ambiente virtual de aprendizagem, telefone, e-mail etc” 
(BORTOLOZZO, 2009, p. 6162). Também são conhecidos como tutores 
técnicos, virtuais ou online. Costumam corrigir os trabalhos ou acompanhar os 
alunos na sala de aula virtual. 
 
<Lembrete início> 
O tutor é uma figura fundamental no processo de EaD. É ele quem faz a 
mediação entre alunos, conteúdos e professores. 
<Lembrete fim> 
 
Além dos tutores, há os (as) professores (as). Eles podem, em algumas 
instituições, ser a mesma pessoa, mas, de um modo geral, é o(a) professor(a) 
quem ministra as aulas (ao vivo ou gravadas), quem propõe e corrige provas e 
trabalhos, quem orienta os TCCs (trabalhos de conclusão de curso) e as 
monografias e elabora as aulas e os livros texto. 
 
Ainda, os(as) professores(as), participam dos fóruns (assíncronos) nos quais 
uma questão é proposta para dar início às discussões sobre o tema da aula 
ministrada. 
 
Uma outra figura importante, sem a qual não há o curso, é o aluno. Ele tem 
funções primordiais para o bom andamento de qualquer projeto em EaD. Sem 
sua participação nenhum curso terá vida, não se constituirá como ação 
pedagógica. 
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O aluno, assim como os tutores e os professores, também tem funções. De 
todas, a principal é colocar-se diante dos conteúdos, resolver as questões 
propostas, ler os materiais oferecidos, assistir às animações indicadas, buscar 
além daquilo que é indicado e participar dos fóruns e de todas as discussões 
pertinentes aos temas trabalhados. 
 
O curso, outro elemento importante, só acontecerá se o aluno estiver presente, 
deixando suas marcas por onde passar. 
 
Quanto a ele, o curso, é de suma importância que ele seja interativo, ou seja, 
que o aluno possa sentir que tem amis alguém por lá. 
 
Imagine a escola sem os alunos. Também sou professora presencial e, quando 
entro de ferias e vou à universidade, me dá um aperto no coração... Sinto uma 
saudade dos corredores cheios, do som das vozes dos alunos, do andar de lá 
para cá o tempo todo... Sinto até falta das conversinhas paralelas em sala de 
aula (só um pouquinho!)... 
 
Os alunos dão vida, como já disse, aos cursos. Sem sua voz, não se fala com 
ninguém. 
 
Continue imaginando: você é tutor(a) num curso em EaD. O curso começa. Os 
alunos estão empolgadíssimos, “falam” sem parar. Se você ficar uma hora fora 
do ambiente, já sabe que, ao retornar, encontrará o espaço cheio de perguntas 
e observações. 
 
Outra situação: você acessa o curso e quase nenhum aluno “aparece”. Os 
ambientes estão vazios, as atividades sem participação, nos fóruns só tem 
você chamando pelos alunos... Lembrou aqui da universidade no período de 
férias? É, triste, não é? E não pode ficar assim! 
 
É preciso motivação! É preciso trazer os alunos para o curso, incentivá-los a 
participar, a questionar, a realizar as atividades propostas, todo o tempo! É 
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preciso vida no curso! 
 
Agora, pense num curso em EaD em que os materiais são tal como no ensino 
presencial – textos xerocados, por exemplo, aqui são digitalizados. Há 
questionários intermináveis que devem ser respondidos e encaminhados por e-
mail para o(a) tutor(a), o qual lhe atribuirá uma nota pelas respostas. 
 
Não há vídeos, sons ou bonequinhos andando pela tela e sorrindo para você. 
Só há textos, intermináveis páginas com textos e mais textos. O que você acha 
desse curso? 
 
Certamente ficou cansado e torcendo para não ter que realiza-lo, certo? Sou 
sua parceira nesse sentimento. Também não quero isso para mim. 
 
Você percebeu a importância da dialogicidade num curso em EaD? Percebeu o 
quanto sentir-se fazendo parte daquilo tudo é fundamental para sentir-se 
atraído? 
 
Pois bem. Essa é a parte em que eu lhe digo: todo curso em EaD tem que 
prever a interação. Mais que interatividade, a troca, a parceria, a construção de 
laços e vínculos entre os elementos ou personagens de um curso nesta 
modalidade de ensino. 
 
Vamos conceituar e explicar a diferença entre as duas? 
 
a) Interatividade: vem de “interactivity, foi cunhada para denominar uma 
qualidade específica da chamada computação interativa (interactive 
computing)” (Fragoso, 2001, p. 3), ou seja, relacionamento travado entre 
indivíduo e computador. 
 
b) Interação:é um fator muito importante e deve ser predominante em 
processos de EaD, visto que há pessoas participando. De acordo com Villardi 
(2003, p. 48), 
 
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"A educação a distância não pode realizar-se sem a interação, processo 
pelo qual o indivíduo é afetado pela presença do outro, que se dá por 
meio da colaboração, da crítica, da análise diferenciada, da presença de 
um outro ponto de vista. 
 
Ao contrário da simples interatividade, de onde podemos esperar apenas 
as trocas, a interação culmina em uma mudança de concepções, em 
uma construção de conhecimentos a partir da reflexão e da crítica, que 
se dá em ambientes cooperativos, onde é possível a aprendizagem 
significativa." 
 
Se em EaD a interação deve prevalecer, é certo que buscamos pensar em 
cursos com posições mais humanizadoras, que vejam o quanto o(a) aluno(a) 
participante e o(a) professor(a) ou tutor(a) tem a colaborar para a construção 
de conhecimento – um do outro. 
 
Aprendizagem colaborativa é sempre mais enriquecedora que aquela que se 
dá em total clausura, sem um interlocutor parceiro. 
 
Educação é interação, assim, todo curso deve ser interativo e contar com a 
colaboração dos participantes para promover e fortalecer a aprendizagem! 
 
 
<Observação início> 
 
Vou contar uma coisa para você: sou professora em EaD desde 2002 quando 
iniciei o Mestrado na PUC-SP. Foi tudo assim, meio de sopetão. Quando me 
dei conta, já estava lá, ensinando, aprendendo, criando... Percebo as 
potencialidades do EaD a cada dia crescendo e um mundo se abrindo a partir 
dele. É emocionante estar num curso em EaD e conhecer as pessoas à 
distância! 
 
 Vai uma dica: acesse a apresentação que está em: 
http://www.slideshare.net/Anated/a-importncia-da-tutoria-motivacional-na-ead 
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para saber mais sobre EaD e suas personagens. 
 
<Observação fim> 
 
2.3 A escolha pela modalidade de estudo à distância: motivação e 
necessidade 
 
Até agora temos discutido as mudanças no mundo, as novas formas de se 
ensinar e de aprender e quem pode contribuir nesse contexto, certo? 
 
Mas... EaD surge de que modo? Qual sua intencionalidade, inicialmente? E 
hoje? 
 
Cada vez mais as pessoas têm menos tempo para se deslocar entre a cidade 
em que moram e trabalham. São questões desde grandes distâncias até os 
terríveis engarrafamentos que fazem com que percamos, em média, duas 
horas desde a saída do ponto inicial até a chegada a um ponto que pode ser o 
intermediário, considerando que saímos do trabalho para o local de estudo e só 
de lá e que vamos para casa. 
 
É muito tempo jogado fora... Podemos melhorar essa conta, podemos 
preencher esse tempo negativamente ocioso com algo que seja precioso para 
nós – educação! 
 
“As rápidas mudanças no local de trabalho, o desemprego e a 
incerteza exigem alterações imediatas na educação e formação 
contínua e ao longo da vida. Sob tais circunstâncias, é irreal esperar 
que as estruturas educacionais tradicionais respondam numa base 
adequada para o desenvolvimento do conhecimento e das 
competências. Deste modo, torna-se necessário encontrar novos 
métodos para melhorar os níveis educacionais, iniciais ou de 
formação contínua” (RURATO, GOUVEIA & GOUVEIA, 2007, p. 80) . 
 
Assim sendo, uma opção pertinente é EaD. Buscar cursos que podem ser 
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realizados de acordo com o tempo disponível e com a necessidade latente dos 
alunos é uma opção grandiosa. 
 
Se podemos estudar, ter maior informação e melhor formação, mas não é 
viável frequentar uma escola presencial para tal, porquê não optar por estudar 
à distância? 
 
Essa é uma possibilidade. Pensando nisso, antes de escolher um curso em 
EaD, procure traçar um perfil de como você seria estudando nesta modalidade. 
 
Não é só responder aos questionários, mas não pode deixar de fazê-los. Não é 
decidir entrar sempre à noite, ao final do trabalho, pois você poderá estar muito 
cansado(a) e os olhinhos não abrirem o suficiente para ler os materiais e 
assistir às apresentações. Não é pensar que clicar na setinha que faz virar a 
página o conteúdo terá sido entendido. 
 
Diante disso, vai a pergunta para ser completada: Por que EaD? Você escolheu 
a modalidade EaD pois (aqui vai sua resposta). 
 
Vou tentar ajudá-lo(a): veja o esquema que segue: 
 
FATORES QUE AFETAM A DECISÃO DE PARTICIPAR EM PROCESSOS DE 
APRENDIZAGEM (adaptado de Henry e Basile, 1994). 
 
19 
 
 
 
 
A partir do esquema anterior, pense se você realmente participaria de um curso 
em EaD. Opa! Participaria, sim. Aliás, está participando desta pós-graduação, 
certo? 
 
Então, reflita: você optou por essa modalidade, pois se sente motivado a 
estudar em EaD ou é uma necessidade que você tem (independente do seu 
motivo)? 
 
Para auxiliá-lo(a), vou descrever o que é motivação e necessidade. Veja só: 
 
a) Motivação: de acordo com diversos autores, são os principais fatores 
que motivam os aprendentes adultos para realizarem cursos em EaD, a 
saber: 
 
• Desenvolvimento na carreira (MacBrayne, 1995; von Prummer, 1990); 
• Constrangimentos de tempo, distância e financeiros (Sherry, 1996); 
20 
 
 
• Flexibilidade de acesso e de tempo, oportunidade de colaborar com 
outros aprendentes distantes e com diferentes background e 
experiências (Jarmon, Frshee, Olcott, Boaz e Hardy, 1998); 
• Socialização e conveniência (Ridley, Bailey, Davies, Hash, e Varner 
1997). 
 
Ainda, de acordo com Lieb (1991), citado por Rurato, Gouveia & Gouveia 
(2007, p. 87), há seis fatores que servem de motivação ao aprendente: 
 
1) Relacionamento social – para fazer novos amigos, necessidade de 
novas associações e relacionamentos; 
2) Expectativas externas – para cumprir instruções e realizar as 
recomendações de alguém com autoridade formal; 
3) Bem-estar social – para conseguir realizar algo que ajude os outros, 
ou participar em trabalho comunitário; 
4) Desenvolvimento pessoal – para conseguir uma promoção, segurança 
profissional, ou estar alerta para possíveis necessidades de se adaptar a 
mudanças no emprego, necessidade de manter competências antigas 
ou de aprender outras novas; 
5) Escape ou estímulo – para se livrar da rotina diária; 
6) Interesse cognitivo – para aprender pelo simples fato de aprender, ter 
novos conhecimentos e satisfazer uma mente inquiridora. 
 
Você se adequa a uma dessas, ou a mais de uma? 
 
Ainda, muitos procuram estudar em EaD por: 
 
b) Necessidade: muitos alunos em EaD tem como objetivos, como 
citados anteriormente, buscar um desenvolvimento na carreira 
(MacBrayne, 1995; von Prummer, 1990); não tem tempo de ir para uma 
escola presencial por questões como distância e os gastos que isso 
implicariam (Sherry, 1996). 
 
Essas razões tanto os motivam quanto demonstram sua necessidade, em 
21 
 
 
especial a primeira, ou seja, ter um upgrade em sua carreira, que poderá levar 
a promoções, aumento de salários e diversas outras vantagens que todo 
profissional deseja obter. 
 
A questão aqui não é levar à discussão se estou em EaD por que gosto ou por 
que preciso. O que deve ser levado em consideração é se tenho o perfil para 
ser aluno(a) em EaD. 
 
Diante do exposto, espero que você esteja satisfeito por ter feito a escolha 
correta e continue buscando outros cursos – em EaD ou em educação 
presencial - para aprimorar-se cada vez mais como profissional. 
 
2.4 Carga horária do curso 
 
Estava buscando bibliografia para escrever sobre esse tópico quando me 
deparei com um curso sobre carga horária em EaD. É, um curso que ensina 
como estipular a cargahorária para cursos em EaD. 
 
Confesso que tive curiosidade e quase me inscrevi... 
 
Essa questão de como estabelecer a carga horária para estudos via Internet é 
muito curiosa. Como saber qual será o ritmo de cada aluno. Alguns realizarão 
as atividades propostas com muita facilidade, com muita rapidez. Outros vão 
demorar mais do que foi imaginado e outros nem conseguirão terminar. 
 
Não há receita pronta. 
 
Uma vez uma aluna me perguntou sobre como saber exatamente quanto de 
seu tempo seria consumido no curso (ela estava escrevendo o curso e 
pretendia vendê-lo). 
 
Minha resposta foi simples (ou não). Fiz a seguinte pergunta: para docente ou 
para alunos? É aí que está a diferença e é em cima disso que devemos nos 
prender: qual seu foco? 
22 
 
 
 
Explico melhor: para o(a) professor(a), o número de horas consumidas é 
diferente das horas dos alunos. E o momento em que você está pensando 
sobre isso importa, ou seja, você está planejando seu curso ou está 
ministrando as aulas? 
 
Para planejá-lo, certamente o consumo será maior, já que há a necessidade de 
muita pesquisa e organização de materiais até que o curso fique efetivamente 
pronto. 
 
Para ministrar será diferente, pois você já o conhece e estará dirigindo as 
atividades. Acredito que, nesse caso, duas horas diárias são suficientes. Há 
quem o faça em mais, há quem necessite apenas de uma hora para ler as 
interações e atividades dos alunos e deixar seus comentários e questões 
motivadoras. 
 
Caso você pense em realizar chats, aí cada conversa deve ter em torno de 
sessenta minutos, pois é um tempo razoável para falar com os alunos, ouvi-los, 
discutir questões previamente indicadas e tomar decisões a partir delas. Nesse 
caso, um resumo do chat precisa ser feito para que um aluno que, porventura 
não tenha conseguido estar presente, possa, em seu tempo, acompanhar as 
discussões e posicionar-se nos fóruns. 
 
É mais ou menos assim. 
 
<Observação – início> 
 
Você quer uma “formulinha”, não é? Já disse que aqui não é o espaço para 
apresentação de fórmulas ou receitas prontas, lembra-se? Ainda assim, lá via 
uma dica: procure pensar que, para o aluno, seria interessante planejar-se para 
estudar por, pelo menos, duas horas diárias e, para o tutor, pelo menos uma 
hora diária de acompanhamento dos fóruns e atividades postadas para cada 
unidade, ok? 
 
23 
 
 
Lembre-se: na verdade, cada curso será de um jeito, com exigências muito 
particulares. Essa é uma regrinha em geral! 
 
<Observação – fim> 
 
 
Todo(a) bom(a) tutor(a) de curso em EaD precisa estar presente, mesmo que 
fisicamente longe. E, como eu já disse aqui nesse material, é através de seu 
texto que conseguirá fazê-lo. 
 
 
< Exercício de aplicação - início> 
 
Analise as duas situações que seguem: 
 
Situação 1 
O aluno 1 faz uma pergunta. O tutor responde de forma seca, objetiva por 
demais. 
O aluno 2 acrescenta que não entendeu bem. O tutor refaz a resposta, mas 
continua distante. 
O aluno 3 decide nem participar. 
 
Situação 2 
O aluno 1 faz uma pergunta. O tutor responde de forma atenciosa, objetiva, 
mas propondo desmembramento da questão e sugere que os demais alunos 
coloquem-se. 
O aluno 2 coloca-se e acrescenta que não entendeu bem. O tutor refaz a 
resposta, apresentando novos exemplos, trazendo a questão da dúvida para a 
realidade prática. 
O aluno 3, que não é muito ativo, decide participar pois é convidado pelo tutor. 
24 
 
 
Outros alunos também se colocam e o tutor vai acompanhando-os. 
 
Responda: 
 
1) O tempo de participação do tutor 1 será o mesmo que o do tutor 2 no 
curso? Sim ou Não? Por que? 
2) Qual dos dois tutores terá mais a ensinar e a aprender com seus 
alunos? 
3) E quanto ao prazer de vivenciar essa experiência em EaD, qual dos 
tutores será mais “sortudo”? 
 
<Exercício de aplicação – fim> 
 
 
<Saiba mais início> 
Assista à apresentação que está no seguinte endereço eletrônico: 
http://www.slideshare.net/joaojosefonseca/evoluo-social-associada-ao-
processo-histrico-da-ead. Nela você terá um panorama completo sobre EaD. 
Ótima exploração! 
 
<Saiba mais fim> 
 
 
 
<Resumo – início> 
 
Resumo 
 
Nesta unidade foi possível conhecer um pouco mais sobre EaD – as gerações 
pelas quais passou e vem passando e seu desenvolvimento. 
 
Pudemos perceber, assim, que EaD não é uma modalidade tão recente, não é 
mesmo? O que aconteceu foi que, especialmente devido à inserção das TICs – 
Tecnologias da Informação e de Comunicação - no ensino, muita coisa mudou 
e ainda tem a mudar. 
25 
 
 
 
Foi um grande salto, realmente, que não nos deixa mais voltar aos tempos 
antigos, quando só se aprendia formalmente indo à escola. 
 
Hoje temos vários recursos, como os AVAs, ambientes virtuais de 
aprendizagem, que são salas de aula, nas quais são desenvolvidos cursos, 
inclusive de graduação e pós-graduação. 
 
Você, aluno da UNIP Interativa, é um exemplo de como a Educação a Distância 
vem mudando modos de aprender e de ensinar. 
 
Sempre repito isso! Você está aqui, estudando Didática do Ensino Superior: 
Cases de Qualidade, pois escolheu EaD para concluir sua pós graduação. Já 
pensou nisso? 
 
E ainda, veja como, além de você, a presença de um(a) tutor(a) comprometido 
é de extrema relevância. 
 
Precisamos desenvolver todos os dias novas habilidades e competências, 
diferentes daquelas desenvolvidas nas salas de aulas tradicionais presenciais 
para que possamos acompanhar as mudanças dos tempos em que vivemos, 
para que possamos ser aprendizes e ensinantes na contemporaneidade! 
 
<Resumo – fim>