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IP 18 Comentários Penal Cláudio

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PROVA INVESTIGADOR DE POLÍCIA 2018 
 
NOÇÕES DE DIREITO: PENAL – PROF. CLÁUDIO 
 
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37. No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria: 
(A) da atividade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou 
omissão, no todo ou em parte. 
(B) da extraterritorialidade, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido no 
estrangeiro contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. 
(C) da ubiquidade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação 
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
(D) da territorialidade estendida, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido a 
bordo de embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer 
que se encontrem. 
(E) do resultado, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar onde se produziu ou 
deveria produzir-se o resultado. 
Comentários Dr. Cláudio: 
a) ERRADA, pois a teoria da atividade foi adotada no que pertine ao tempo do crime, nos exatos termos do artigo 
04° do Código Penal; 
b) ERRADA, pois extraterritorialidade é instituto afeto à aplicação da lei brasileira à alguns crimes praticados em 
território estrangeiro, nos termos do artigo 07º do Código Penal; 
c) CORRETA, nos exatos termos do artigo 06° do Código Penal; 
d) ERRADA, pois teoria da territorialidade estendida é adotada em um dos casos de extraterritorialidade da lei 
penal. Ademais, ao contrário do que consta na assertiva, ela somente se aplica quando as embarcações ou 
aeronaves estiveram em território estrangeiro em que não sejam julgados e não onde quer que se encontrem; 
e) ERRADA, pois a teoria do resultado defende que o crime é praticado no momento da produção do resultado e 
não da ação ou omissão, não sendo, portanto, adotada por nós. 
 
38. Quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é 
impraticável consumar-se o crime, configura-se o instituto: 
(A) do arrependimento posterior. 
(B) da tentativa. 
(C) do arrependimento eficaz. 
(D) do crime impossível. 
(E) da desistência voluntária. 
Comentários Dr. Cláudio: 
a) ERRADA, pois nos termos do artigo 16 do Código Penal, o arrependimento posterior se verifica nos crimes sem 
violência ou grave ameaça à pessoa, quando o agente repara o dano ou restitui a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, tendo a pena reduzida de um a dois terços; 
b) ERRADA, pois nos termos do artigo 14, Inciso II do Código Penal, a tentativa ocorre quando, iniciada a 
execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente; 
c) ERRADA, pois nos termos do artigo 15 “in fine”, o arrependimento eficaz se verifica quando o agente, embora 
tenha iniciado os atos de execução, impede que o resultado se produza, sendo que nesse caso, responderá somente 
pelos atos já praticados; 
d) CORRETA, nos exatos termos do artigo 17° do Código Penal. Vale ressaltar que é a única hipótese de tentativa 
impunível e que doutrinariamente, o crime impossível também é conhecido como tentativa inidônea. 
e) ERRADA, pois nos termos do artigo 15 “primeira parte”, a desistência voluntária se verifica quando o agente 
desiste de prosseguir nos atos de execução. 
 
39. Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, 
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se: 
(A) não comete crime, pois age amparado pelo estado de necessidade. 
(B) comete crime, embora esteja amparado por causa excludente de punibilidade. 
(C) não comete crime, pois age amparado pela legítima defesa. 
(D) não comete crime, pois age amparado pelo estrito cumprimento do dever legal. 
(E) comete crime, embora esteja amparado por causa excludente de culpabilidade. 
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Comentários Dr. Cláudio: 
a) CORRETA, nos exatos termos do artigo 24 do Código Penal; 
b) ERRADA, pois o texto da questão retrata fielmente o instituto do estado de necessidade, que é uma excludente da 
ilicitude e não mera excludente de punibilidade; 
c) ERRADA, pois age em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, nos termos do artigo 25 do Código Penal; 
d) ERRADA, pois estrito cumprimento do dever legal, é uma excludente que recai sobre a conduta dos agentes 
públicos, que, no desempenho de suas funções, acabam atingindo direitos individuais, em detrimento da 
coletividade, garantindo assim, exercício da sua função em nome do Estado; 
e) ERRADA, pois quem age acobertado por uma excludente de ilicitude não comete crime algum, vez que a norma 
permissiva (artigo 23) retira a antijuridicidade da conduta. 
 
40. No que diz respeito ao concurso de pessoas e às expressas regras do CP (arts. 29 a 31): 
(A) mesmo que o crime sequer seja tentado, o ajuste, a determinação ou a instigação e o 
auxílio sempre são puníveis. 
(B) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime. 
(C) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua punibilidade. 
(D) aplica-se a mesma pena a todos os coautores, ainda que a participação seja de menor 
importância. 
(E) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua voluntariedade. 
 
Comentários Dr. Cláudio: 
a) ERRADA, pois nos termos do artigo 31 do Código Penal, para que o ajuste, a determinação, a instigação e o 
auxílio sejam puníveis, o crime deve ser ao menos tentado. A exceção só ocorre quando o legislador criminaliza 
um ato preparatório, como fez no artigo 05º da Lei Antiterrorismo, o que doutrinariamente se dá o nome de 
“crime obstáculo” 
b) CORRETA, nos exatos termos do artigo 30 do Código Penal, que trata das circunstâncias incomunicáveis; 
c) ERRADA, pois o artigo 29 do Código Penal, preceitua que aquele que de qualquer modo, concorre para o crime, 
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade e não da sua punibilidade; 
d) ERRADA, pois nos termos do artigo 29, parágrafo 01 do Código Penal, quando a participação for de menor 
importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço; 
e) ERRADA, pois o artigo 29 do Código Penal, preceitua que aquele que de qualquer modo, concorre para o crime, 
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade e não da sua voluntariedade. 
 
41. O crime de estupro cometido contra vítima de 17 anos não vulnerável (CP, art. 213), o 
crime de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A) e o crime de assédio sexual cometido 
contra vítima de 21 anos não vulnerável (CP, art. 216-A) são processados, 
respectivamente, por: 
(A) ação pública incondicionada; ação pública condicionada à representação; ação pública 
condicionada à representação. 
(B) ação pública incondicionada; ação pública incondicionada; ação penal privada. 
(C) ação pública condicionada à representação; ação pública condicionada à representação; 
ação penal privada. 
(D) ação pública condicionada à representação; ação pública incondicionada; ação pública 
condicionada à representação. 
(E) ação pública incondicionada; ação pública incondicionada; ação pública condicionada à 
representação. 
 
 
 
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Comentários Dr. Cláudio: 
a) ERRADA, pois crime de estupro de vulnerável é de ação penal pública incondicionada; 
b) ERRADA, poiscrime de assédio sexual é de ação pública condicionada à representação e não de ação penal 
privada, a qual, inclusive, não se aplica mais aos crimes contra a dignidade sexual após a reforma da Lei 
12.015/2009; 
c) ERRADA, pois os crimes de estupro cometido contra vítima menor de 18 anos e de estupro de vulnerável, são 
ambos de ação penal pública incondicionada, ao passo que o crime de assédio sexual é de ação pública 
condicionada à representação e não de ação penal privada; 
d) ERRADA, pois crime de estupro de vulnerável é de ação penal pública incondicionada; 
e) CORRETA, pois nos exatos termos do artigo 225, parágrafo único do Código Penal, quando a vítima for menor 
de 18 anos ou vulnerável, os crimes são de ação penal pública incondicionada, ao passo que o artigo 225 “caput”, 
preceitua que os demais crimes são de ação penal pública condicionada à representação. 
 
42. Aquele que faz, publicamente, apologia de fato criminoso pratica: 
(A) crime de “exercício arbitrário das próprias razões”. 
(B) fato atípico, em vista de revogação expressa do CP trazida pela ordem constitucional de 
1988. 
(C) crime de “incitação ao crime”. 
(D) crime de “associação criminosa”. 
(E) crime de “apologia de crime”. 
 
Comentários Dr. Cláudio: 
a) ERRADA, pois nos termos do artigo 345 do Código Penal, comete crime de “exercício arbitrário das próprias 
razões”, aquele que faz justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei 
o permite; 
b) ERRADA, pois a conduta de quem faz publicamente, apologia de fato criminoso é típica, tratando-se de crime 
contra a paz pública, descrito no artigo 287 do Código Penal; 
c) ERRADA, pois o crime de “incitação ao crime” não se verifica através da conduta de quem faz apologia, mas 
sim, quando o agente incita a prática de um crime publicamente, nos termos do artigo 286 do Código Penal; 
d) ERRADA, pois o crime de “associação criminosa” se verifica quando três ou mais pessoas, associam-se, para o 
fim específico de cometer crimes, nos termos do artigo 288 do Código Penal; 
e) CORRETA, pois nos exatos termos do artigo 287 do Código Penal, comete crime de “apologia ao crime” aquele 
faz, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime.

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