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USG no ultrassom de baixo risco

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USG no pré-natal de baixo risco
A USG indica a viabilidade da gestação. 
No primeiro trimestre:
- Datação e diagnóstico precoce de gestações 
- Gemelaridade e corionicidade (a corionicidade só é bem definida pela USG no 1º trimestre). As gestações monocoriônicas apresentam maior risco do que as dicoriônicas.
- Viabilidade fetal
- Predição da pré-eclâmpsia e CIUR (mas essa função é reservada para as mães com fatores de risco com doppler)
- Rastreio de aneuploidia: TN de 11 a 13 semanas
No segundo trimestre: identificar a formação de todos os órgãos no feto
Terceiro trimestre: depende do exame físico do paciente e de todo o histórico da paciente (parâmetros clínicos). Avalia placenta, crescimento e vitalidade fetal.
A USG é muito importante na gestação de alto risco, mas quando se avalia a gestação de baixo risco a USG não é tão decisiva. Tanto é verdade, que o MS preconiza uma USG na gestação de baixo risco. Se precisar escolher só 1 USG é melhor fazer no 2º trimestre.
A primeira USG pode ser solicitada a partir de 7 semanas. 
- Saco gestacional: é a primeira estrutura a ser visualizada na USG, entre a 5ª e a 6ª semana. É o primeiro diagnóstico de gestação intrauterina. É uma estrutura arredondada, anecoica (com conteúdo líquido), de aspecto cístico e circundada por halo hiperecoico. 
- O embrião pode ser visualizado a partir de 6 semanas. A atividade cardíaca pode ser percebida em embriões a partir de 5 a 10mm.
Datação da IG é feito melhor entre a 8ª e a 10ª semana. Se no 1º trimestre a diferença de IG entre a DUM e USG for superior a 7 dias, dar preferência para a DUM. Se no 2º trimestre essa diferença for superior a 10 dias, dar preferência para a USG.
Primeira consulta pré-natal: A USG transvaginal tem como funções:
Datação da IG
Viabilidade da gestação (fundo uterino e BCF)
Útero e anexos
Ultrassonografia morfológica do 1º trimestre:
- É a próxima USG depois da de 1ª consulta
- Deve ser realizado entre 11 e 13 semanas e 6 dias
- A detecção de malformações é de 51%
- Possui capacidade de avaliação de:
Transluscência nucal
Osso nasal
Ângulo facial
Frequência cardíaca fetal
Morfologia
Fluxo da valva tricúspide
Fluxo do ducto venoso
- Doppler de artérias uterinas (mãe)
- Medida do colo do útero (mãe)
As malformações que podem ser diagnosticadas no 1º trimestre são:
Acrania
Microcefalia
Ventriculomegalias
Espinha bífida
Hérnia diafragmática
Cardiopatias
Defeitos de fechamento de parede abdominal
Malformações de vias urinárias
USG no 1º trimestre:
Translucência nucal: é uma expressão fenotípica causada por uma série de processos fisiopatológicos. Quando sua medida estiver acima do percentil 95 indica alguma malformação. Só se sabe qual a malformação quando se realiza o cariótipo. Em geral, 30% das alterações na TN podem não indicar malformações. A avaliação deve ser feita do terço superior do tórax até o polo cefálico 
Osso nasal: predição para trissomia do 21 em 73% dos casos. 
Emergências: ameaça de abortamento, gestação ectópica, doença trofoblástica gestacional
Morfológica do 2º trimestre
Deve ser realizado entre 18 e 24 semanas (melhor entre 20 e 22). Avalia-se a morfologia fetal (avalia todos os órgãos internos), biometria (tamanho), padrões do líquido amniótico, localização placentária. O objetivo dessa USG é melhorar o prognóstico de malformações pelo diagnóstico precoce e possibilidade de correção intrauterino (meningomielocele, hérnia). A capacidade de detecção de malformações é de 81,7% com sensibilidade de 78,6% e especificidade de 99,8%.
Avalição do crânio na morfológica do 2º trimestre:
Medidas:
Diâmetro biparietal 
Diâmetro occipto-frontal
Circunferência cefálica
Analise da forma do crânio: integridade e regularidade da calota
Estruturas cerebrais:
Sutura inter-hemisférica
Ventrículos
Tálamo
Plexos coroides
Corpo caloso
Polígono de Willis
Cerebelo
Ossos da base do crânio
Avaliação da face:
Cortes transversais e sagitais
Orbitas: diâmetros inter-orbitários externo e interno e diâmetro orbitário
Nariz: osso nasal, fossais nasais, septo nasal
Orelhas: forma e implantação
Boca: integridade labial – narinas e bocas, avaliação do palato e língua
Coluna:
Cortes sagitais, transversos e coronais em toda sua extensão 
Analisar a integridade da coluna e descartar defeitos do tubo neural
Tórax:
Arcabouço ósseo: costelas, clavícula e escápula 
Pulmões e diafragma – Avaliar hérnia diafragmática
Coração 
Área, posição no tórax, orientação do ápice cardíaco
4 câmaras, septos, valvas, relação de átrio e ventrículo
Vias de saída: aorta e artéria pulmonar
Veia cava inferior
Abdome:
Fígado: à direita da coluna vertebral
Vesícula biliar: forma de gota
Baço
Estômago: exclusão de anomalias
Veia umbilical: entrada no abdome até o fígado
Intestino fetal: imagens tubulares ecogênicas
Urinário: rins e bexiga
Avaliação das estruturas ósseas:
Osso longos: fêmur, úmero, tíbia, fíbula, ulna e rádio
Ossos curtos: quirodáctilos e pododáctilos
Outras avaliações importantes:
- Avaliação do crescimento fetal: pode ser avaliado através do diâmetro biparietal, circunferência abdominal, comprimento do fêmur. Considera-se normal um peso de 20%
- Placenta: avaliar:
Localização: fundo uterino
Forma, espessura e volume
Grau
Local de inserção do cordão umbilical
Presença de acretismo placentário
Vascularização
- Espessura da placenta:
A partir de 30 semanas < 3cm: polidrâmnio, HÁ, RCIU, infecções, óbito fetal, anomalias cromossômicas
A partir de 30 semanas > 5 cm: diabetes, hidropsia, isoumunização, malformações fetais, anemias maternas.
Classificação de Grannum:
Grau 0: homogênea com placa corial lisa e sem calcificações
Grau 1: calcificações esparssas no parênquima e camada basal
Grau 2: áreas septais direcionadas no sentido da placa basal para a corial parcialmente calcificadas e placa basal calcificada
Grau 3: calcificações em todo compartimento lobar configurando imagem calcificada anelar do cotilédone
- Colo uterino: pode ser medido por via abdominal. Sua avaliação é importante porque se relaciona com a incompetência istmo-cervical. Quando este se apresenta abaixo de 2,5cm prediz ameaça de parto prematuro. Para avaliação a bexiga deve estar relativamente cheia. O padrão-ouro é a USG TV. 
- Líquido amniótico: relaciona-se com a vitalidade fetal, tem função imunológica para o feto e avalia indiretamente a circulação placentária. Em casos de doenças vasculares, doenças matabólicas e outras enfermidades podem desequilibrar o líquido amniótica. É uma avaliação que utiliza a medida vertical bidimensional do maior bolsão. É avaliado a partir de 20 semanas. 
Valores de referência do maior bolsão:
Oligoâmnio grave: <1 cm
Oligoâmnio: <2 cm
LA reduzido: 2-3 cm
Normal: 3-8 cm
LA aumentado: >8 cm
Polidrâmnio leve: 8-12 cm
Polidrâmnio moderado: 12-16 cm
Polidrâmnio grave: >16 cm
Valores de referência do índice de líquido amniótico:
Oligoâmnio: < 5 cm
LA reduzido: > 5 e < 8 cm
Normal: 8 a 22 cm
LA aumentado: >22 e <25 cm
Polidrâmnio: > 25 cm
- Núcleos de ossificação: grau de maturidade fetal. Gestante sem USG ou que desconheça a DUM (feto a termo ou prematuro?). Presença do núcleo de ossificação
Núcleo de ossificação na epífise distal do fêmur: 32 semanas
Núcleo de ossificação na epífise proximal da tíbia: 35 semanas
Núcleo de ossificação na epífise proximal do úmero: 38 semanas
NOF+NOT: 11mm sinal de maturidade fetal
Quais as indicações de USG:
Cálculo da IG
Discrepância de AU
Sangramento vaginal
Dúvida na apresentação
Gestação Múltipla
Procedimentos invasivos
Malformações uterinas
PBF
Suspeita de alterações do LA
Sangramentos de segunda metade
RPMO e TPPT
Antecedentes obstétricos desfavoráveis
Início tardio de pré-natal

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