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Módulo V Roteiro III (3)

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Roteiro III Identificar e descrever as seguintes estruturas
OBS: Bete disse que não tem como separar um ligamento do outro na peça, tá tudo junto. O ideal é estudar pelas imagens que tão aqui e seguir as estruturas conforme o nome. Ex: Ligamento iliofemoral: liga o ilio ao femur. 
Ligamentos sacroiliacos: anteriores, posterior e interósseos(previne a mobilidade excessiva)
Ligamento transverso do acetábulo
Ligamento da cabeça do fêmur
Cápsula articular do acetábulo: ligamento iliofemoral anterior, ligamento pubofemoral inferior, ligamento isquifemoral posterior
Identificar e descrever os tipos de pelve, diferenciando em masculina e feminina
Ginecóide: arredondada, mais favorável ao parto. É a mais comum entre as mulheres.
Andróide: forma de coração. É a mais comum entre os homens.
Antropóide: alongada
Platipelóide: achatada
Identificar os músculos que participam dos movimentos do quadril: 
 FLEXÃO DO QUADRIL: É a diminuição do ângulo formado entre os segmentos que se articulam. Os músculos são: 
ìliopsoas:
Sartório: 
Reto Femoral:
Tensor da fáscia lata: 
Adutor Magno: 
Pectíneo: 
Glúteo médio: 
Glúteo Mínimo: 
Adutor curto (auxilia): 
Adutor Longo (auxilia): 
Grácil (auxilia): 
EXTENSÃO DO QUADRIL: É o aumento do ângulo entre os segmentos que se articulam: 
Glúteo máximo: 
Semitendíneo: 
Semimembranoso: 
Bíceps Femoral (longo): 
Adutor Magno
Glúteo Médio 
ABDUÇÃO DO QUADRIL: É quando um segmento corporal se afasta da linha média: 
Tensor da fáscia lata
Sartório
Glúteo máximo
Glúteo médio 
Glúteo mínimo 
Piriforme: 
Obturador Interno (auxilia): 
Obturador externo (auxilia): 
ADUÇÃO DO QUADRIL: É a aproximação dos segmentos em direção à linha média do corpo. 
Pectíneo
Grácil
Íliopsoas
Glúteo Máximo
Semitendinoso (auxilia)
Semimembranoso (auxilia) 
Adutor longo: 
Adutor curto: 
Adutor magno: 
ROTAÇÃO INTERNA: É o movimento em torno do eixo longitudinal, aproximando o segmento da linha média do corpo. 
Tensor da fáscia lata 
Glúteo mínimo 
Glúteo médio
Semitendinoso (auxilia)
Semimembranoso (auxilia)
ROTAÇÃO EXTERNA: É o movimento em torno do eixo longitudinal, afastando o segmento da linha média do corpo.
Glúteo médio
Piriforme
Obturador interno
Obturador externo
Sartório
Pectíneo
Grácil
Bíceps Femoral
Adutores: longo, curto e magno
Quadrado da coxa: 
Gêmeo Superior: 
Gêmeo inferior: 
CIRCUNDAÇÃO DO QUADRIL: movimento circular de um segmento corporal, associando os movimentos de flexão, extensão, abdução e adução. O segmento descreve, aproximadamente, um círculo em torno de um ponto fixo. 
Íliopsoas
Sartório
Pectíneo
Tensor da fáscia lata
Reto femoral
Adutores: longo, curto e magno
Glúteo médio
Glúteo mínimo 
Glúteo máximo
Bíceps femoral
Obturador externo
Obturador interno
Semitendinoso
Semimembranoso
Piriforme
Quadrado femoral
Adutor Magno
Reto abdominal
Oblíquo interno 
Oblíquo externo
Músculos lombares:
Identificar e descrever as seguintes articulações
Articulação Sacroilíaca
Articulação Interpúbica
Articulação do Quadril ou Coxofemoral
Articulação Sacroilíaca
Classificação: Diartroanfiartrose
Anteriormente: Uma cápsula sinovial 
Posteriormente: Formada por uma união fibrosa de curtos feixes colágenos espessos do ligamento sacroilíaco interósseo. 
Tipo: Plana e Irregular (Plana - permite movimentos de deslizar ou escorregar / Irregular - as superfícies ósseas possuem depressões irregulares, que resultam em um encaixe parcial dos ossos, ajustando-se com segurança e não sendo facilmente deslocadas)
Movimentos: Nutação (movimento causado pelo crescimento desigual em duas faces opostas de um órgão vegetal, resultando na sua curvatura para o lado de menor crescimento) e Contra Nutação (oscilação) 
É uma enorme articulação estável que tem componentes fibrosos e móveis.
As superfícies auriculares do ílio e do sacro se articulam para formar esta articulação.
Os densos ligamentos anteriores e posteriores sacroilíacos ancoram os ossos um contra o outro, enquanto servem como pontos de fixação para importantes ligamentos que se inserem: Na tuberosidade isquiática (através do ligamento sacrotuberoso), no cóccix (através dos ligamentos sacro tuberoso e sacrococcígeo dorsal) e na coluna lombar inferior (através do ligamento iliolombar).
A sacroilíaca apresenta um ligamento especial chamado ligamento interósseo, que ajuda a prevenir a mobilidade excessiva, já que a sacroilíaca estabiliza a pelve. Demonstrando a natureza fibrosa desta articulação.
As conexões a partir dos ligamentos da articulação sacroilíaca se misturam com o ligamento iliolombar, a mesma inserção para os músculos quadrado lombar e ilíaco. Estes dois músculos servem como estabilizadores para esta articulação.
Se ocorre um desequilíbrio muscular entre estes dois (ilíaco e quadrado lombar), a estabilidade dinâmica para a articulação sacroilíaca é alterada.
2) Articulação Interpúbica
A sínfise púbica está formada por uma fibrocartilagem - o disco interpúbico, que une o púbis direito ao púbis esquerdo na linha média ventral
Classificação: Anfiartrose
Tipo: Fibrocartilaginosa-sínfise (São as articulações nas quais os ossos estão unidos por um disco fibrocartilaginoso de espessura variável, formando um verdadeiro ligamento interósseo. 
Movimento: Discreto deslizamento
Meios de fixação: disco interpúbico, ligamento púbico superior, ligamento interpúbico ou púbico anterior e ligamento arqueado de púbis
3) Articulação do Quadril ou Coxofemoral
A cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo do osso ilíaco.
Classificação: Diartrose (sinovial)
Tipo: Esferóide (Esferoidal)
Orla acetabular: É uma margem fibrocartilagínea que tem como função aprofundar a cavidade acetabular
Grau de liberdade: Três graus (Triaxial)
Movimentos: Flexão, Extensão, Abdução, Adução, Rotação interna, Rotação externa, Circundução
Os ligamentos que formam essa articulação são:
Cápsula Articular – A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a articulação coxo-femoral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer maior resistência. Posteriormente e distalmente é delgada e frouxa.
Ligamento Iliofemoral – É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à articulação. Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la.
Ligamento Pubofemoral – Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da pube; distalmente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical do ligamento iliofemoral.
Ligamento Isquiofemoral – Consiste de um feixe triangular de fibras resistentes, que nasce no ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da cápsula.
Ligamento da Cabeça do Fêmur – É um feixe triangular, um tanto achatado, inserindo-se no ápice da fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do acetábulo. Tem pequena função como ligamento e algumas vezes está ausente.
Orla Acetabular – É uma orla fibrocartilagínea inserida na margemdo acetábulo, tornando assim mais profunda essa cavidade. Ao mesmo tempo protege e nivela as desigualdades de sua superfície, formando assim um círculo completo que circunda a cabeça do fêmur e auxilia na contenção desta em seu lugar.
Ligamento Transverso do Acetábulo – É uma parte da orla acetabular, diferindo desta por não ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras achatadas que cruzam a incisura acetabular.
OSSOS
FÊMUR
Fêmur – Vista anterior
 
 Fêmur – Vista posterior
 
 
 
 
Ossos do Quadril
Vista lateral, Quadril direito
 
Vista lateral, Quadril direito
OBS: O A-S está ERRADO! Na verdade é P-S (Póstero-Superior)
 	A: Anterior / P:Posterior / I: Inferior
 V
Vista medial, Quadril direito.
 	
 
Imaginologia: 
RX QUADRIL: 
Identificar as seguintes incidências, descrevendo a indicação e as estruturas avaliadas: 
Radiografia da bacia em AP: A radiografia da bacia em AP é a principal incidência na série radiográfica do quadril e da bacia; no entanto, sua realização com carga é controversa na literatura. Somente nos pacientes com coxartrose há diminuição do espaço articular comparando-se com a radiografia sem carga. No entanto, em pacientes com quadril normal ou em casos de artrose inicial, o uso da radiografia com carga não é necessário
Falso perfil de Lequense: É um falso perfil, pois corresponde ao perfil da cabeça e do fêmur proximal e não do acetábulo. É uma incidência útil para a visibilização do pinçamento medial e anterossuperior da articulação coxofemoral. Portanto, é importante para a avaliação da coxartrose e displasia acetabular. Paciente em ortostatismo com pelve rodada 65o em relação ao tubo com o pé paralelo ao filme
Perfil de Ducroquet: Paciente posicionado em decúbito dorsal, quadril acometido com flexão de 90° e abdução de 45° (portanto, precisa de boa mobilidade do quadril para a realização). Raio centrado verticalmente na articulação coxofemoral; A incidência de Dunn é um perfil semelhante, realizada com flexão do quadril de 45° e abdução de 20°. Nessa incidência também observa-se bem o segmento anterossuperior da transição cabeça-colo femoral; Pode-se realizar a mensuração do ângulo alfa em ambas as incidências (ângulo formado entre o eixo longitudinal do colo femoral e uma linha passando pelo centro de rotação da cabeça femoral e pelo ponto da junção cabeça-colo a partir da qual a distância ao centro da cabeça excede o raio, ou seja, perde a esfericidade. Seu valor normal não deve exceder 55°)
Perfil cirúrgico de Arcelin ou cross table: Paciente em decúbito dorsal com flexão de 90 graus do quadril contralateral. A ampola de raios-X deve ser angulada 45° cranialmente no plano horizontal, em direção à raiz da coxa (não necessita mobilização do quadril acometido, sendo ideal para pacientes traumatizados). Observa-se o colo femoral em perfil e a transição cabeça-colo.
Radiografia de bacia Lauenstein (posição de rã): Paciente em posição supina com dupla abdução dos membros inferiores; raio incidente na linha mediana, logo acima da sínfise púbica, orientado verticalmente. Dada a superposição de imagens no lado femoral e no acetabular, trata-se de uma radiografia igual de bacia frente, sendo questionada sua utilidade no adulto.
 
IMUNOLOGIA: 
Definir imunidade natural (inata) e descrever seus componentes
A imunidade inata (também denominada imunidade natural ou nativa) fornece a primeira linha de defesa contra microorganismos. Ela consiste em mecanismos de defesa celulares e bioquímicos que estão em vigor mesmo antes da infecção e são preparados para responder rapidamente a infecções.Esses
mecanismos reagem aos produtos dos microrganismos e células lesionadas, e elas respondem essencialmente da mesma forma para exposições repetidas. Os mecanismos da imunidade inata são específicos para estruturas que são comuns a grupos de microrganismos relacionados e podem não distinguir pequenas diferenças entre os microrganismos. Os principais componentes da imunidade inata são: (1) barreiras físicas e químicas, tais como epitélio e agentes antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; (2) células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), células dendríticas e células assassinas naturais (NK, do inglês natural killer) e outras células linfóides; e (3) proteínas sanguíneas, incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação.
O sistema imune inato bloqueia a entrada de microrganismos e elimina ou limita o crescimento de muitos microrganismos que são capazes de colonizar os tecidos. Os principais locais de interação entre os indivíduos e seu ambiente – a pele, os pulmões e os tratos gastrintestinal e respiratório – são revestidos por um epitélio contínuo, que serve como barreira para prevenir a entrada de microrganismos a partir do meio ambiente externo. Se os microrganismos romperem com sucesso as barreiras epiteliais, eles encontrarão outras células do sistema imune. A resposta imune inata celular aos microrganismos consiste em dois tipos principais de reações – inflamação
e defesa antiviral. A inflamação é o processo de recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas do sangue, seu acúmulo nos tecidos e sua ativação para destruir os microrganismos. Muitas dessas reações envolvem citocinas que são produzidas pelas células dendríticas, macrófagos e outros tipos de células durante as reações imunes inatas. Os principais leucócitos recrutados na inflamação são os fagócitos, neutrófilos (que têm vida curta nos tecidos) e monócitos (que se desenvolvem em macrófagos teciduais). Os fagócitos ingerem os microrganismos e células mortas, destruindo-os nas vesículas intracelulares. A defesa antiviral consiste em uma reação mediada por citocina na qual as células adquirem resistência às infecções virais e morte das células infectadas por vírus pelas células especializadas do sistema imune inato, as células NK. Os microrganismos que são capazes de resistir a essas reações de defesa nos tecidos podem entrar no sangue, onde são reconhecidos pelas proteínas circulantes da imunidade inata. Entre as proteínas plasmáticas mais importantes da imunidade inata, estão os componentes do sistema complemento. Quando as proteínas do complemento são ativadas pelas superfícies microbianas, os produtos da quebra proteolítica são gerados e medeiam as respostas inflamatórias, recobrem (opsonizam) os microrganismos para aumentar a fagocitose e lisam diretamente os microrganismos.
A imunidade inata desempenha três funções essenciais que nos protegem contra microrganismos e lesões teciduais. 
É a resposta inicial aos microrganismos que previne, controla ou elimina a infecção do hospedeiro por muitos patógenos.As respostas imunes inatas a esses microrganismos podem manter a infecção sob controle até que as respostas imunes adaptativas mais especializadas sejam ativadas. As respostas imunes adaptativas, com frequência mais potentes e especializadas, são capazes de eliminar os microrganismos que resistem aos mecanismos de defesa da imunidade inata.
Os mecanismos imunes inatos eliminam células danificadas e iniciam o processo de reparo tecidual.
A imunidade inata estimula as respostas imunes adaptativas e pode influenciar a natureza das respostas adaptativas para torná-las otimamente efetivas contra diferentes tipos de microrganismos.
Os dois principais tipos de respostas do sistema imune inato que protegem contra microrganismos são a defesa inflamatória e a antiviral. A inflamação é o processo pelo qual leucócitos circulantes e proteínas plasmáticas são trazidos para os locais de infecção nos tecidos e são ativados para destruir e eliminar os agentes agressores. A inflamação também é a principal reação às células danificadas ou mortas e aos acúmulos de substâncias anormais nas células e nos tecidos. A defesa antiviral consiste em alterações nas células que previnem a replicação viral e aumentam a suscetibilidade à morte pelos linfócitos, eliminando,assim, os reservatórios de infecção viral.
Em adição à inflamação ativa e resposta antiviral às infecções, o sistema imune inato inclui defesas físicas e químicas em barreiras epiteliais tais como a pele e cobertura dos tratos gastrintestinal e respiratório, que atuam todo o tempo para
bloquear a entrada microbiana. Além disso, o sistema imune inato abrange várias células circulantes, como neutrófilos, e proteínas, como complemento, que podem eliminar os microrganismos do sangue.
O sistema imune inato reconhece estruturas moleculares que são produzidas pelos patógenos microbianos. As substâncias microbianas que estimulam a imunidade inata frequentemente são compartilhadas por classes de microrganismos e são chamadas de padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs). Diferentes tipos de microrganismos (p. ex., vírus, bactérias Gram-negativas, bactérias Gram-positivas, fungos) expressam diferentes PAMPs.Essas estruturas incluem ácidos nucleicos que são exclusivos dos microrganismos, tais como RNA de fita dupla encontrado em vírus
O sistema imune inato reconhece produtos microbianos que frequentemente são essenciais para a sobrevivência dos microrganismos. Essa característica do reconhecimento imune inato é importante porque garante que os alvos da imunidade inata não possam ser descartados pelos microrganismos em um esforço para evadir ao reconhecimento pelo hospedeiro.
O sistema imune inato também reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas de células danificadas ou mortas. Essas substâncias são chamadas de padrões moleculares associados ao dano (DAMPs). Os DAMPs podem ser produzidos como resultado de dano celular causado por infecções, mas eles também podem indicar lesão estéril às células causada por qualquer das inúmeras razões, tais como toxinas químicas, queimaduras, trauma ou redução no suprimento sanguíneo.
O sistema imune inato usa vários tipos de receptores celulares, presentes em diferentes localizações nas células, e moléculas solúveis no sangue e secreções mucosas para reconhecer PAMPs e DAMPs. As moléculas de reconhecimento associadas à célula, do sistema imune inato, são expressas por fagócitos (primariamente macrófagos e neutrófilos), células dendríticas, células epiteliais que formam a interface da barreira entre o corpo e o meio ambiente externo e muitos outros tipos de células que ocupam tecidos e órgãos. Esses receptores celulares para patógenos e moléculas associadas a dano frequentemente são chamados de receptores de reconhecimento de padrão. Eles são expressos na superfície, em vesículas fagocíticas e no citosol de vários tipos celulares, todos sendo localizações onde os microrganismos podem estar presentes. Quando esses receptores de reconhecimento de padrão associados a célula se ligam aos PAMPs e DAMPs, ativam vias de transdução de sinal que promovem as funções antimicrobianas e pró-inflamatórias das células nas quais eles são expressos.
A imunidade inata pode distinguir somente classes de microrganismos, ou somente células danificadas de células saudáveis, mas não espécies particulares de microrganismos ou tipos celulares.
O sistema imune inato não reage contra células e tecidos normais, saudáveis. Essa característica é, claro, essencial para a saúde do organismo. A falha em reconhecer o próprio como saudável é atribuída a três mecanismos principais – células normais não produzem ligantes para receptores imunes inatos; esses receptores estão localizados em compartimentos celulares onde não encontram moléculas do hospedeiro que eles poderiam reconhecer; e proteínas regulatórias expressas pelas células normais previnem a ativação de vários componentes da imunidade inata.
Receptores de reconhecimento de padrão associados à célula e sensores da imunidade inata
A maioria das células expressa receptores de reconhecimento de padrão, sendo, assim, capaz de atuar nas respostas imunes inatas. Fagócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos, e células dendríticas expressam a maior variedade e maior número destes receptores. Os receptores de reconhecimento de padrão são ligados às vias de transdução intracelular de sinal que ativam várias respostas celulares, incluindo a produção de moléculas que promovem inflamação e destruição dos microrganismos.
Receptores tipo Toll: Os receptores do tipo Toll (TLRs) são uma família conservada evolucionariamente de receptores de reconhecimento de padrão em muitos tipos celulares que reconhecem produtos de uma grande variedade de microrganismos, assim como moléculas expressas ou liberadas por células estressadas ou em processo de morte.O reconhecimento dos ligantes microbianos pelo TLR resulta na ativação de várias vias de sinalização e, por fim, nos fatores de transcrição, que induzem a expressão de genes cujos produtos são importantes para respostas inflamatórias e antivirais
Receptores citosólicos para PAMPS e DAMPS: detectam infecção ou célula danificada no citosol. Três classes principais destes receptores citosólicos são receptores do tipo NOD, receptores do tipo RIG e sensores citosólicos de DNA. Esses receptores citosólicos, similares aos TLRs, são ligados às vias de transdução de sinal que promovem inflamação ou produção de interferon tipo I. Os receptores do tipo NOD (NLRs) são uma família de mais de 20 proteínas citosólicas diferentes, algumas das quais reconhecem PAMPs e DAMPs erecrutam outras proteínas para formar complexos de sinalização que promovem inflamação. Esta família de proteínas é chamada de NOD (domínio de oligomerização de nucleotídio contendo proteína).
Componentes celulares do sistema imune inato
As células do sistema imune inato servem como sentinelas para detectar microrganismos e células danificadas nos tecidos e realizar várias funções essenciais para a defesa contra os microrganismos. Algumas células formam barreiras físicas que impedem as infecções. Diversos tipos celulares expressam os vários receptores de padrão de reconhecimento que acabamos de discutir e, após o reconhecimento de PAMPs e DAMPs, as células respondem com a produção de citocinas inflamatórias e proteínas antivirais e com a morte de microrganismos ou células infectadas. Além disso, algumas destas células da imunidade inata são críticas para a estimulação de subsequentes respostas imunes adaptativas.
Barreiras epiteliais: As superfícies das barreiras epiteliais formam barreiras físicas entre os microrganismos no meio ambiente externo e o tecido do hospedeiro, e as células epiteliais produzem agentes químicos antimicrobianos que impedem a entrada dos microrganismos. Essas interfaces são recobertas por camadas contínuas de células epiteliais especializadas que atendem a muitas funções fisiológicas. A função protetora da barreira epitelial é em grande parte física. As células epiteliais formam junções próximas umas às outras, bloqueando a passagem dos microrganismos entre as células. A camada externa de queratina, que se acumula à medida que os queratinócitos da superfície da pele morrem, serve para bloquear a penetração microbiana em camadas mais profundas da epiderme. O muco, uma secreção viscosa contendo glicoproteínas chamadas de mucinas, é produzido pelas células respiratórias, gastrintestinais e urogenitais e prejudica fisicamente a invasão microbiana. A função dessas barreiras é o aumento da ação ciliar na árvore brônquica e a peristalse no intestino, o que facilita a eliminação dos microorganismos. Embora essas propriedades físicas sozinhas sejam muito importantes na defesa do hospedeiro, outros mecanismos de defesa epiteliais evoluíram para complementar as barreiras mecânicas.
As células epiteliais, bem como alguns leucócitos produzem peptídios que têm propriedades antimicrobianas. Duas famílias estruturalmente distintas de peptídios antimicrobianos são as defensinas e as catelicidinas.
Defensinas: As defensinas são produzidas pelas células epiteliais das superfícies mucosas e pelos leucócitos contendo grânulos, incluindo neutrófilos, células natural killer e linfócitos T citotóxicos. As ações protetoras dasdefensinas abrangem a toxicidade direcionada aos microrganismos, incluindo bactérias, fungos e vírus em envelope, e a ativação de células envolvidas na resposta inflamatória aos microrganismos. As defensinas matam os microrganismos por uma variedade de mecanismos, muitos dos quais dependem de suas habilidades em se inserir e romper funções das membranas microbianas.
Catelicidina: é produzida pelos neutrófilos e pelas células da barreira epitelial da pele, trato gastrintestinal e trato respiratório.As catelicidinas ativas protegem contra infecções por múltiplos mecanismos, incluindo toxicidade direta a uma grande variedade de microrganismos e ativação de várias respostas em leucócitos e outros tipos celulares que promovem a erradicação dos microrganismos.
A barreira epitelial contém certos tipos de linfócitos, incluindo linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e respondem aos microrganismos comumente encontrados. Os linfócitos T intraepiteliais estão presentes na epiderme da pele e no epitélio mucoso. Acredita-se que os linfócitos T intraepiteliais reconheçam um pequeno número de estruturas microbianas comumente encontradas. Os linfócitos intraepiteliais podem atuar na defesa do hospedeiro secretando citocinas, ativando fagócitos e matando células infectadas.
Fagócitos: Células que têm funções fagocíticas especializadas, principalmente macrófagos e neutrófilos, são a primeira linha de defesa contra microrganismos que rompem as barreiras epiteliais.
Células dendríticas: As células dendríticas realizam o reconhecimento essencial e papéis efetores na imunidade inata, dendritos, estão constitutivamente presentes no epitélio e na maioria dos tecidos do corpo. Além disso, as células dendríticas expressam mais tipos diferentes de TLRs e receptores de padrão de reconhecimento do que qualquer outro tipo celular, tornando-as os mais versáteis sensores de PAMPs e DAMPs dentre todos os tipos celulares no corpo. Um grupo em particular de células dendríticas, chamado de células dendríticas plasmacitoides por causa de sua morfologia similar aos plasmócitos secretores de anticorpo, é a principal fonte de citocinas antivirais, interferons tipo I, produzidos na resposta viral a infecções. As células dendríticas são as únicas capazes de disparar e direcionar as respostas imunes adaptativas mediadas por célula T, e isso depende de suas respostas imunes inatas aos microrganismos.
Células Natural Killer e outras Células Linfóides Inatas: 
As células linfoides inatas (ILCs) são células derivadas da medula óssea com morfologia linfocítica e que atendem a diversas funções antimicrobianas. As ILCs usa mecanismos efetores compartilhados pelas células T, particularmente a habilidade e produzir várias citocinas, mas elas não reorganizam os genes do receptor de antígeno e não expressam TCRs. As células natural killer (NK), as primeiras e mais bem descritas célula linfoides inatas, são um subgrupo de ILCs tipo I, que desempenham importantes papéis nas respostas imunes inatas principalmente contra víru intracelulares e bactérias. As funções efetoras das células NK são matar as células infectadas e produzir IFN-γ, que ativa macrófagos para destruírem microrganismos fagocitados. Uma proteína do grânulo da célula NK, chamada de perforina, facilita a entrada de outras proteínas granulares, denominadas granzimas, para o citosol das células- alvo. As granzimas são enzimas que iniciam uma sequência de eventos de sinalização que causam a morte das células-alvo por apoptose.
O IFN-γ derivado da célula NK aumenta a capacidade dos macrófagos para matarem as bactérias fagocitadas, similarmente ao IFN-γ produzido pelas células T
Linfócitos T e B com Diversidade Limitada de Receptor de Antígeno
Mastócitos: Os mastócitos estão presentes na pele e no epitélio mucoso e secretam rapidamente citocinas pró-inflamatórias e mediadores lipídicos em resposta às infecções e outros estímulos.essas células contêm abundantes grânulos citoplasmáticos preenchidos com vários mediadores inflamatórios que são liberados quando as células são ativadas pelos produtos microbianos ou por um mecanismo especial dependente de anticorpo. O conteúdo do grânulo inclui aminas vasoativas (como histamina) que causam vasodilatação e permeabilidade capilar aumentada e enzimas proteolíticas que podem matar as bactérias ou inativar toxina microbianas.
Reconhecimento solúvel e moléculas efetoras da imunidade inata
Diferentes tipos de moléculas que reconhecem microrganismos e promovem respostas inatas existem em forma solúvel no sangue e nos fluidos extracelulares. Essas moléculas fornecem defesa inicial contra patógenos que estão presentes do lado de fora das células do hospedeiro em algum estágio do seu ciclo de vida. As moléculas efetoras solúveis atuam de duas maneiras principais: Por ligação aos microrganismos, elas agem como opsoninas e aumentam a habilidade dos macrófagos, neutrófilos e células dendríticas em fagocitar os microrganismos. Após a ligação aos microrganismos, os mediadores solúveis da imunidade inata promovem respostas inflamatórias que trazem mais fagócitos para os locais de infecções e eles também podem matar diretamente os microrganismos.
Sistema Complemento
O sistema complemento consiste em várias proteínas plasmáticas que trabalham juntas para opsonizar os microorganismos promover o recrutamento de fagócitos para o local de infecção e, em alguns casos, matar diretamente os microrganismos
Resposta inflamatória 
A principal maneira pela qual o sistema imune lida com as infecções e lesões teciduais é estimulando a inflamação aguda, que é o acúmulo de leucócitos, proteínas plasmáticas e fluido derivado do sangue em tecido extravascular, local de infecção ou lesão. Neutrófilos e macrófagos que são recrutados para os locais de infecção ingerem microrganismos nas vesículas por um processo de fagocitose, destruindo-os
Resposta viral 
A principal via pela qual o sistema imune inato lida com as infecções virais é a indução da expressão de interferons tipo I, cuja ação mais importante é a inibição da replicação viral.
Microbiologia:
Diferenciar as bactérias com relação: 
Forma: As bactérias são classificadas em três grupos básicos, de acordo com a forma: cocos (esféricos), bacilos (bastonete) e espiroquetas (espiraladas). Algumas bactérias variam quanto à forma, sendo referidas como pleomórficas (com muitas formas). A forma de uma bactéria é determinada por sua parede celular rígida. O aspecto microscópico de uma bactéria corresponde a um dos critérios mais importantes utilizados em sua identificação. 
Arranjo: alguns cocos organizam-se em pares (diplococos), alguns em cadeias (estreptococos), e outros, em agrupamentos semelhantes a um cacho de uvas (estafilococos). Esses arranjos são determinados pela orientação e pelo grau de ligação das bactérias quando da divisão celular. 
Os bastonetes (ou bacilos) não se dispõem em tantos arranjos como os cocos, sendo que, na sua grande maioria, se apresentam de forma isolada. Porém, ocasionalmente podem ocorrer aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (estreptobacilos).
Os espiroquetas ocorrem, predominantemente, como células isoladas. Exibem, porém, nítidas diferenças em relação ao comprimento, largura, número e amplitude dos espirais.
 
A: Cocos (esféricos)
(A-1): em agrupamentos;
(A-2): em cadeias; 
(A-3): em pares, com extremidades afiladas;
(A-4): em pares com forma de rim.
 B: Bacilos (bastonetes) 
(B-1): com extremidades retas;
(B-2) com extremidades arredondadas;
(B-3) em forma de clava; 
(B-4)fusiformes; 
(B-5) em forma de vírgula. 
C: Espiroquetas
(C-1) em espiral relaxada
(C-2)intensamente espiralado. 
Tamanho: As bactérias variam em tamanho desde até cerca de 0,2 a 5 μm. As menores bactérias (Mycoplasma) exibem tamanho aproximadamente equivalente aos maiores vírus (poxvírus) e correspondem aos menores organismos capazes de existir fora de um hospedeiro. As bactérias bacilares mais longas exibem tamanho similar ao de algumas leveduras e hemácias humanas (7 μm).
Estruturasinternas e externas: 
as bactérias são seres procarióticos, ou seja, desprovidos de membrana nuclear (também chamada de carioteca). Elas não possuem todas as estruturas internas das células eucarióticas, sendo mais simples em todos os níveis, menos no seu envoltório celular.

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