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Casos PTH - androgenios -

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Estudo de casos: Fisiologia Endócrina 
 
Caso 1 
Paciente de 62 anos, sexo masculino, deu entrada no serviço de emergência com dor                           
severa na região lombar. A análise da urina revelou hematúria e o raio X mostrou um                               
cálculo localizado no ureter esquerdo. O cálculo foi expulso espontaneamente.                   
Recentemente o paciente relata letargia, poliúria, polidipsia e dor difusa e profunda pelo                         
corpo. Exames laboratoriais revelaram níveis plasmáticos de cálcio total 12,3 mg/dl                     
(normal 8,6 a 10,6 mg/dl); fosfato 1,9 mg/dl (normal 2,5 a 4,5 mg/dl); albumina 5,9 mg/dl                               
(normal: 3,8­4,5 g/dl). A excreção urinária de cálcio está em 390 mg/dia e a osmolaridade                             
da primeira urina da manhã não excedeu 290 mOsm. 
 
1. Se você tivesse em mãos apenas os exames bioquímicos acima (sem                       
considerar o quadro clinico) você poderia afirmar que o paciente tem uma hipercalcemia                         
biologicamente significativa?  Por quê? 
2. Pode­se dizer que a causa mais comum de hipercalcemia é o aumento na                           
secreção de paratormônio, em alguns casos, o excesso de vitamina D. Quais os                         
mecanismos responsáveis pela hipercalcemia em cada caso? Para cada um dos casos,                       
como estariam os níveis do outro hormônio (PTH ou vitamina D) que regula o                           
metabolismo do cálcio?  
3. Qual a causa provável da hipercalcemia nesse paciente?  
4­ Como você explica as pedras renais?  
5­ Como você explica a polidipsia, a poliúria e a baixa concentração da urina? 
6­ Após o diagnóstico de adenoma, a paratireoide comprometida foi                   
cirurgicamente removida e os níveis de cálcio plasmático caíram para 6 mg/dl. O que                           
você acha que pode ter acontecido? Como estariam os níveis de PTH e fosfato nesse                             
paciente? 
 
Caso 2. 
Uma adolescente de 16 anos procura o seu ginecologista com queixa de amenorréia                         
primária. Apesar do desenvolvimento normal de algumas características sexuais                 
secundárias como alargamento do quadril, crescimento das mamas e deposição de                     
gordura típica do sexo feminino, nota­se a ausência de pêlos púbicos e axilares. A                           
paciente também apresenta pele com pouca oleosidade e sem acne. Peso e altura são                           
normais para a sua idade. A genitália externa é feminina, porém o médico nota a                             
presença de massas inguinais bilaterais. As avaliações pélvica e ultrassonográfica                   
revelam a ausência de ovários, útero e cérvix, notando­se apenas a presença de uma                           
vagina curta e em fundo cego. A investigação laboratorial posterior revela cariótipo 46,                         
XY, níveis moderadamente elevados de LH e testosterona e mutação no receptor                       
androgênico.  
Após a remoção cirúrgica das massas inguinais é iniciada a terapia de tratamento                         
com hormônios estrogênios.  
 
1. Como você explicaria a presença da genitália externa feminina em um indivíduo                       
com sexo genético e gonadal masculinos? 
2. Como você explicaria a ausência de genitais internos femininos e masculinos? 
3. Por que os níveis de testosterona e LH encontram­se elevados? Qual a origem da                           
testosterona circulante? 
4. Por que a paciente não apresenta crescimento de pêlos pubianos e axilares? 
5. Considerando o sexo genético e gonadal, como explicar o desenvolvimento das                     
mamas e de outras características sexuais secundárias femininas? 
6. Por que é necessário realizar a retirada das massas testiculares inguinais?

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