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N2 EQUINOS

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GENITAL MASCULINO 
- RUMINANTES 
Preparo do rufião: detecta fêmeas no cio, libido destacada e incapacidade de fecundar. Escolher animais sadios com libido destacada e prepúcio curto (18 meses) 
Técnicas:
- QUE INTERROMPEM EMISSÃO DE SPTZ 
Deferectomia/vasectomia: simples execução, animal em estação com anestesia local e pouco material. Não impede ato sexual. 
Indicada pelo ministério da saúde e agricultura. 
Deferentectomia: retira porção do ducto deferente. Necessário jejum. 
Faz anestesia local após traquilização, animal deitato em decúbito lateral ou dorsal. 
Incisão de 5cm sobre o cordão espermático cranial ao escroto e incisão sobre túnica vaginal que recobre o testiculopara liberar o cordão espermático. Identificar o ducto deferente, separa do vas deferens do ducto e realiza duas ligaduras antes de fazer a ressecção, 5 cm, do ducto deferente com fio n absorvível. Dermorrafia com PSI. 
Pós com atb 5d e espermograma. Tira pontos com 10 a 14 d e mante-los longe das fêmeas. 
Epididimectomia caudal: ressecção da cauda do epidídimo. Anestesia local e tranquilização com xilazina. Incisão de pele em região ventral do escroto. Palpa o epidídimo e faz a incisão, 3 a 5cm, sobre a área e dissecciona a cauda o epidídimo. Ligadura, cranial e caudal, e ressecção da mesma. Dermorrafia com wolff ou psi. 
Pós com atb 5d e espermograma 
- QUE IMPEDE A CÓPULA
Fixação da flexura sigmoide: anestesia local e tranquilização, decúbito dorsal. Incisão na região do períneo de 5 a 10 cm sobre o pênis (entre escroto e períneo). Divulsão do subcutâneo e identificação do pênis. Suturas, com 1 cm de espaço entre elas, que ancorem a flexura sigmoide ( 4psi).
Desvio lateral do pênis e prepúcio: 6 a 12 meses de idade 
Anestesia local infiltrativa bem ampla e tranquilização; decúbito lateral ou dorsal. 
Remove um circulo de pele de 8 cm onde ficará anova saída do pênis com desvio de 30 a 45 graus. Sutura do prepúcio original e incisão circular ao redor do mesmo prolongada pela linha media. Divulsão bilateral do prepúcio para liberar o pênis e chegar até a porção distal da flexura sigmoide. Abertura de túnel no sc a partir do orifício, cobertura do pênis e tração pelo túnel. Fechar com PSI.
Orquiectomia: manejo para criação, criptorquidia, orquites recorrentes. Técnica fechada sem abertura da túnica vaginal fazendo ligadura na porção vascular e muscular. 
Fazer jejum, sedação e anestesia local. Secção circular com bisturi do seg distal ao escroto. Divulsão do sc ao redor dos testículos sem abertura da túnica vaginal. É feita manualmente por tração do testículo e empurra escroto pra cima. Transfixação ou ligadura do funículo espermático e ducto deferente junto com a túnica. 
Não sutura pele nem escroto por risco de edema e infecção, cicatriza por segunda intenção. 
Pós curativo local com repelente e larvicida, antitetânica, ATB E AINE. 
- EQUINOS 
As gônadas se formam no polo caudal do rim e descem para a bolsa escrotal. O ligamento gibernáculo testus faz a descida do testículo. O peritônio tem 2 folhetos, parietal e visceral, quando desce o testículo leva com ele parte do peritônio ao passar pelo anel inguinal. 
Nos equinos o cremaster se limita ao funículo espermático. Quando o peritônio sai ele se transforma nas túnicas: vaginal (parietal e visceral), albugínea (mais fibrosa e grosseira) e dartus (rente à camada da pele). 
O funículo espermático é composto do plexo + ligamento mesorque + ducto
Orquiectomia
- técnica fechada: abre somente a bolsa escrotal e mantém todas as túnicas
- técnica aberta: abre todas as túnicas. Mais usada, mas pode haver evisceração, peritonite.
- técnica semi fechada: abre tudo e depois sutura as túnicas
Técnica aberta: Todos os tecidos do escroto e túnicas vaginais são incisados e o testículo e cordão espermático são removidos. Este método é facilmente realizável a campo e pode ser realizado em decúbito, sob anestesia geral ou posição quadrupedal, sob anestesia local. A principal desvantagem desta técnica é que uma porta de entrada para a cavidade peritoneal permanece aberta, existindo o risco potencial de prolapso intestinal por esta abertura.
Técnica fechada: A emasculação envolve as túnicas vaginais e o cordão espermático conjuntamente, reduzindo o risco potencial de prolapso intestinal. Este método é usado em animais portadores de hérnias escrotais presentes ou suspeitas. No entanto, apresenta o inconveniente de permitir o acúmulo de líquido inflamatório.
Técnica semi-fechada: Semelhante à técnica aberta, onde todos os tecidos são incisados, porém, após a retirada dos testículos e cordão espermático, é feita a síntese da túnica vaginal.
Fazer antissepsia e anestesia local no local de incisão, intratesticular e no funículo espermático com lidocaína 2%. Incisão de pele 5 a 7cm, paralela 1cm à rafe mediana. Expor o testículo e separar do lig mesórquio, túnicas vaginais e cremaster. Aplicar emasculador sobre cordão espermático, túnicas e cremaster. 
CRIPTORQUIDISMO: falha na descida do testículo, pode estar no abdômen ou no anel inguinal. É hereditário, os animais ficam amis agressivos e tende a ser unilateral. 
Diagnostico por palpação a bolsa e transretal, US transretal ou no anel inguinal para localizar. Pode castrar e testar testosterona para ver se ainda produz. O acesso é feito pelo anel inguinal.
GENITAL FEMININO:
-RUMINANTES
Prolapso vaginal, cervico-vaginal e de útero em ruminantes: procidência da parede vaginal através da vulva (prolapso vaginal) podendo estar associado à cérvix (prolapso cérvico-vaginal) e útero. 
Estabulados: sedentarismo e obesidade, pressão intrapélvica sobre o períneo (útero gravídico) ou decúbito prolongado.
O relaxamento dos ligamentos pélvicos e perineais é fator determinante em femeas para essa afecção. 
Evolução progressiva: exposição intermitente e parcial da mucosa vaginal >ressecamento e contaminação da mucosa inflamação e infecção > aumento progressivo da massa prolapsada
Terço final da gestação ou pós-parto imediato relaxamento dos ligamentos pélvicos e perineais (resposta hormonal) + aumento do tamanho uterino gravídico.
Classificação: severidade e duração do processo
•Grau I: envolve apenas o assoalho vaginal e ocorre apenas em decúbito inflamação e disúria
•Grau II: protrusão vaginal contínua, independente do posicionamento
•Grau III: o prolapso também envolve a cérvix, com exteriorização constante 
•Grau IV: extensa necrose causada pela exposição crônica da mucosa vaginal e cervical, complicações sistêmicas (peritonite), desenvolvimento de aderências, menores chances de sobrevivência fetal. 
Sinais Clínicos
- Exposição tecidual através da rima vulvar, edema, congestão e desvitalização do tecido prolapsado
- Disúria e retenção urinária
- Inquietação
- Prolapso retal secundário à tenesmo
- Vulvite, vaginite, cervicite
- Aborto e morte fetal
Diagnostico: palpação, do meato urinário e palpação retal para viabilidade fetal e localizar bexiga. US transretal. 
Tratamento 
Limpeza, hidratação e redução (soro gelado +2% PVPI, glicerina, açucar, nitrofurazona)
Grau I: manejo
Sutura Perivulvar (estreitamento vulvar)Caslick; Bühner; Flessa
Epidural Intercoccígea
Gestantes
Recidivas 
Vaginectomia parcial (colpoplastia)
Vaginopexia Dorsal: fixação da vagina na parede dorsal da cavidade pélvica. Evita recidivas.
Epidural+ bloqueio local posicionamento de espéculo vaginal no reto (bolsa de fumo). Acesso transvaginal e 2 acessos percutâneos (5 cm borda lateral VS). Abraçadeira de nylon por 90 dias.
Cervicopexia: Epidural; L invertido. Laparotomia esquerda + acesso transvaginal, fixação da cérvix no tendão pré-púbico.
- ÉGUAS 
Defeitos na conformação perineal: 
Vulva = válvula impede a comunicação do vestíbulo da vagina com o meio ambiente Conformação normal: 2/3 da comissura, abaixo do plano horizontal do assoalho da pélvis.
O não fechamento pode acarretar em entrada de ar (pneumovagina), acumulo de fezes ou urina (urovagina) o que podem levar a rupturas perineais e infertilidade, bem comoinfecções ascendentes como vaginites e endometrites. 
Graus de rupturas de vulva e períneo: 
GRAU I Quando a laceração atinge apenas a mucosa do vestíbulo da vagina e a comissura dorsal da vulva
GRAU II Quando a laceração atinge além da mucosa e submucosa do vestíbulo da vagina, a pele da comissura dorsal da vulva e os músculos do períneo, incluindo m. constritor vulvar. 
GRAU III Quando a laceração acomete todas as estruturas atingidas em segundo grau, acompanhadas de ruptura do assoalho dorsal do vestíbulo da vagina, assoalho ventral do reto.
Lacerações de grau I - Ténica de caslick.
 Lacerações de grau II - reconstituição dos danos perineal e de esfíncter vaginal + técnica de Caslick.
Lacerações de grau III – reconstituição em planos de sutura do esfíncter anal, assoalho da vagina e comissura dorsal da vagina
Pós: higienizar ferida e manter fezes pastosas com laxantes e linhaça 
Torção de útero: pouco frequente, ocorre mais no terço final da gestação. 
Manifestação clínica: ❖Cólica ❖Dificuldade de caminhar ❖Tensão na parede abdominal.
Diagnóstico ❖Histórico e anamnese ❖Palpação transretal 
Tratamento ❖Manobras manuais ❖Laparotomia para correção cirúrgica e retirada do feto
Prolapso de útero é pouco comum em éguas e ocorre por atonia uterina, parto distócico e em éguas mais velhas. 
Tratamento: ❖Evitar ferimentos do útero ❖Suporte ❖Lavar e envolver o útero com compressa e solução fisiológica ❖Hidrocortisona (2-4 mg/kg IV) ❖Reintrodução do útero e sutura da comissura vulvar ❖Amputação de útero
CELIOTOMIA E LAPAROTOMIA 
Celiotomia: Abertura da cavidade abdominal;
Laparotomia: Abertura da cavidade abdominal pelo flanco; Direita ou Esquerda
- RUMINANTES 
A anatomia do lado esquerdo é principalmente rúmen, baço, retículo (bem cranial). Já do lado direito encontramos, retículo, omaso, abomaso e intestino. 
Indicações:
• Laparotomia Esquerda: DAE (Abomasopexia), Rumenotomias; Reticuloperitonites traumáticas; Cesarianas
•Laparotomia Direita: exploratória; DAE e DAD (Abomasopexia e Omentopexia), ID; IG
•Celiotomia Ventral: explorar e exteriorizar alças intestinais, Cesarianas, Abomasopexia
•Vantagens:
•Laparotomia: menor risco e custo anestésico; não há necessidade de jejum prévio; sem recuperação anestésica 
•Celiotomia Ventral: melhor acesso e exteriorização do ID e IG, sem risco de mudança de decúbito ou acidentes no tronco
Pré: restaurar equilíbrio hidro-eletrolitico, ruminocentese, analgesia e sondagem ruminal. 
Para laparotomias fazer analgesia paravertebral, tricotomia e antissepsia.
A incisão de laparotomia pode ser:
1. paracostal
•2. perpendicular alta
•3. perpendicular baixa
•4. obliqua
Laparotomia: Incisão de pele: 10 –25 cm, hemostasia, divulsão SC, Incisão 3 mm oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno e abdominal transverso e incisão Peritônio.
Laparorrafia: 3 planos de sutura: Peritônio + mm abd transverso: Simples Contínuo; mm obliquo abdominal interno e externo + SC: Simples Contínuo **ancorado no plano anterior e pele: PSI
Celiotomia ventral vai ser paramediana (paralela a linha medial) ou paramamária (dorsal à veia mamária). Essa incisão secciona as bainhas interna e externa do musculo reto abdominal e o peritônio. A celiorrafia deve ser feita em 3 planos também, sendo o primeiro a ancoragem do peritoneo e bainha interna do reto no abomaso, sutura da bainha interna do reto com psc e da externa com u interrompido. Da pele pode ser feito com u continuo. 
RUMENOTOMIA 
Indicações:
Dilatações Rumenais não responsivas ao tratamento conservativo: Retirar /Extrair conteúdo ruminal→Rumenotomia:Timpanismos(espumoso); alcalose ruminal severa; empanzinamento
CE
Indigestões Traumáticas → acesso ao Retículo → Rumenotomia: Reticulite simples; Retículo-peritonite; Retículo-pericardite traumática 
Indigestões traumáticas: ingestão de corpo estranho pontiagudo causando lesão traumática na parede do retículo. Acomete principalmente vacas leiteiras adultas.
Fatores Predisponentes: exposição dos animais à CE pontiagudos, ausência de imã, ingestão do CE pontiagudos: pobre mastigação + direção caudal das papilas linguais e superfície rugosa, alojamento do CE no retículo: mucosa reticular + posicionamento do orifício retículo-omasal e perfuração da parede do retículo: contrações ruminorreticulares, movimentação diafragmática
Retículo se encontra em contato direto com veias cardíacas e o diafragma, podendo levar a perfuração destes causando pericardite ou até mesmo perfuração do diafragma. 
Sinais: hipertermia, hiporexia ou anorexia, diminui produção de leite, posição de xifose e relutância à mov, hipomotilidade ou atonia ruminal causando timpanismo, resultado+ a testes de sensibilidade reticular e 
Sinais cardíacos: abafamento e propagação dos ruídos cardíacos, mucosas cianóticas e prova do garrote +; pulso venoso sistólico. 
Diagnóstico: anamnese, ex físico e ferroscopia +; lab: leucograma, liquido peritoneal com celular nucleadas > 600 cel/l; US. 
Principais complicações clínicas: Retículo-peritonite difusa ou crônica, Retículo-pericardite, Lesões hepáticas e esplênicas e Hérnias Diafragmáticas.
- RUMENOTOMIA: laparotomia esquerda sutura de ancoragem para fixação da serosa rumenal à pele psc para evitar extravasamento de conteúdo na cavidade, incisão longitudinal do rúmen com bisturi. Drenagem do conteúdo, exploração intraluminal ruminal e reticular, extração de ce. 
Rafia: duplo padrão sempre o segundo invaginante. Retira ancoragem e sutura das camadas musculares. 
DESLOCAMENTO DE ABOMASO (DA)
DAE- à esquerda 80% dos casos ; DAD- à direita e vólvulo abomasal tem etiologias similares com diferentes sintomas. DAD normalmente associada a vólvulo. 
Distopia abomasal de alta incidência que acomete animais no puerpério sendo o pos parto imediato mais frequente. O útero gravídico eleva o rúmen deslocando o abomaso. 
Omaso se encontra deitado na parede abdominal ventral e sua localização depende da distensão ruminal, reticular e omasal. 
Patogenia: hipomotilidade e/ou hipotonicidade abomasal causando esvaziamento retardado e distensão / timpanismo por fermentação do alimento com acumulo de gás ou alimento. 
DAD- assume posição mais dorsal; DAE- passa por baixo do rúmen e se projeta para o lado esquerdo. 
Puerpério: útero gravídico desloca rúmem da parede abdominal ventral e o abomaso cranialmente e para a esquerda; pós parto: rúmem em atonia comprime o abomaso + hipocalcemia + reposicionamento vísceras que causam distensão, deslocamento e a ruptura da fixação com o epiplon maior. 
A hipocalcemia pode levar a perda de mov e o reposicionamento das vísceras no pos parto. 
Predisposição: femea no puerpério / pós parto (4 a 7anos), grande capacidade abdominal, sobrepeso e estabulagem; vacas leiteiras de alta produção, baixa ingestão de fibras e alta ingestão de CHO, e quando há momentos de hiporexia após alta ingestão de energia. 
Aumento da liberação e histamina bloqueia o vago e causa atonia do rúmen e aumento de AGV.
Sinais: anorexia, recusa de CHO (cetose) e fezes escassas, hipomotilidade ou atonia ruminal, distensão abdominal, queda da produção, arqueamento da coluna, perda de escore corporal gradual, prostração, apatia e morte súbita. 
Exame Físico: auscultação e percussão do 1/3 médio superior abdominal entre 9ª e 13ª costelas (som hipersonoro, ruído metálico/ping). Sucussão+ auscultação. 
Omentopexia ou piloropexia: fixação do omento ou piloro na parede abdominal. 
Laparotomia direita com acesso paralelo alto ou paracostal, explorar cavidade, drenagem gasosa, reposicionar abomaso, identificar duodeno, mesoduodeno e omento maior. Tracionar o omento e suturar junto do peritônio com o mm abdominal transverso com psi e fio absorvível. 
Abomasopexia: laparotomia direita ou esquerda, sucção do conteúdo, sutura festonada continua de 10 cm na curvatura maior do abomaso com fio absorvível. Reposicionar abomaso por progressão ventral com a agulha protegida, perfurar parede abdominal e ancorar. Manter por 4 semanas. 
Complicações: peritonite,recidiva, estenose funcional do piloro e deiscência na sutura de pele. 
 - EQUINOS 
Pré: controle hidro-eletrolitico, descompressão, controle da dor, diagnostico, tricotomia e limpeza de cascos boca e região da ferida. Sondagem uretral proteção dos cascos, fechamento do prepúcio.
Celiotomias:
- mediana ventral: pré umbilical, retro umbilical, pré retro umbilical, 
- paramediana 
-inguinal 
- flanco: perpendicular, obliquia e paracostal 
- paramamária
Rapido acesso à cavidade abdominal, amplitude de movimentos por parte do cirurgião, reconstituição perfeita da parede sob o aspecto anatômico, funcional e estético e mínimo trauma.
A abertura é feita em 3 planos e a rafia deve ser feita em 3 planos também sutura da bainha externa do reto do abdômen e peritônio com sultan. Subcutaneo com psc e pele com psi. 
Complicações: infecção, peritonite, aderência, hérnia e laminite.

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