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UPO 0222 – DOSIMETRIA E CÁLCULO DE BLINDAGEM - Radioterapia Professora: Camila Cristina 2014.2 2 Radioterapia RADIAÇÃO IONIZANTE A radiação é dita ser ionizante quando ela tem energia o suficiente para ejetar um ou mais elétrons dos átomos ou moléculas do meio irradiado. A radiação ionizante produz pares de íons. Os íons quebram as ligações químicas. Podem resultar em danos as células afetando seu DNA. 3 Radioterapia Radiação diretamente ionizante: São consideradas diretamente ionizantes, todas as partículas carregadas (alfa, beta, prótons, íons pesados...), pois produzem ionizações ao perder energia. 4 Radioterapia Radiação indiretamente ionizante Nas radiações indiretamente ionizantes (raios X, gama e nêutrons), a energia é transmitida para a matéria por meio das ionizações produzidas pelas partículas carregadas secundárias, geradas pela radiação primária. São formadas por partículas não-carregadas 5 Radioterapia Efeitos Radioinduzidos 1º efeitos relatados - Físicos pioneiros 6 Radioterapia Proteção Radiológica Justificação Otimização Limitação de dose CNEN NN 3.01 7 Radioterapia PARÂMETROS EM RADIOPROTEÇÃO Tempo Distância Blindagem PRINCÍPIO ALARA 8 Radioterapia Considerações Operacionais para as Exposições Terapêuticas • A Exposição do tecido normal durante a radioterapia deve ser mantida tão baixo quanto razoavelmente possível, consistente com o planejamento da entrega da dose necessária ao volume alvo, sendo usada a proteção de órgãos quando viável e adequado. PRINCÍPIO ALARA ETAPAS DE PRODUÇÃO DO EFEITO BIOLÓGICO Radioterapia ETAPAS DE PRODUÇÃO DO EFEITO BIOLÓGICO Fase física: ocorre a deposição de energia pela radiação na forma de ionização e/ou excitação de alguns átomos e moléculas do sistema biológico. Isto geralmente leva cerca de 10-13 segundos; Fase química: esta fase dura cerca de 10-10 segundos, e nela, os radicais livres, íons e os agentes oxidantes podem atacar moléculas importantes da célula, inclusive as substâncias que compõem o cromossomo; Radioterapia 10 ETAPAS DE PRODUÇÃO DO EFEITO BIOLÓGICO Fase biológica: esta fase varia de minutos a anos, dependendo dos sintomas. As alterações químicas produzidas podem afetar uma célula de várias maneiras: morte prematura, retardo na divisão celular ou modificação permanente. O surgimento de efeito biológico não significa uma doença e sim a resposta do organismo a um agente agressor; Radioterapia 11 ETAPAS DE PRODUÇÃO DO EFEITO BIOLÓGICO Fase orgânica: quando os efeitos biológicos desequilibram o organismo humano ou o funcionamento de um órgão, surgem sintomas clínicos da incapacidade de repara tais danos, as doenças. Radioterapia 12 CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS Os efeitos radioinduzidos podem receber denominações em função : do valor da dose e forma de resposta (estocástico e determinístico), em termos de tempo de manifestação (imediatos e tardios) e em função do nível de dano (somáticos e hereditários ou genéticos). Radioterapia 13 Os efeitos radioinduzidos: Nível de dano (somáticos e hereditários ou genéticos). Somáticos ― surgem do dano nas células do corpo e o efeito aparece na própria pessoa irradiada. Dependem da dose absorvida, da taxa de absorção da energia da radiação e da área do corpo irradiada; Radioterapia 14 Os efeitos radioinduzidos: Nível de dano (somáticos e hereditários ou genéticos). Hereditários ou genéticos ― são efeitos que surgem no descendente da pessoa irradiada, como resultado do dano produzido pela radiação em células dos órgãos reprodutores, as gônadas. Têm caráter cumulativo e independe da taxa de absorção da dose. Radioterapia 15 Os efeitos radioinduzidos: Valor da dose e forma de resposta (estocástico e determinístico). Estocástico ― a probabilidade de ocorrência é proporcional à dose de radiação recebida, sem a existência de limiar. Isto significa, que doses pequenas, abaixo dos limites estabelecidos por normas e recomendações de radioproteção, podem induzir tais efeitos. Entre estes efeitos, destaca-se o câncer; Radioterapia 16 Efeitos estocásticos: Aqueles cuja probabilidade de aparecimento aumenta com a dose, porém não sua severidade. Assume-se que não existe um limiar para os efeitos estocásticos. Radioterapia 17 Os efeitos radioinduzidos: Valor da dose e forma de resposta (estocástico e determinístico). Determinístico ― São efeitos causados por irradiação total ou localizada de um tecido, causando um grau de morte celular não compensado pela reposição ou reparo do DNA (ADN), com prejuízos detectáveis no funcionamento do tecido ou órgão. Existe um limiar de dose (1Gy). Radioterapia 18 Efeitos determinísticos: Têm um limiar de dose. Sua severidade aumenta com a dose de radiação. Para cada tipo de efeito determinístico existe um limiar diferente. Morte celular detectável clinicamente. Desequilíbrio entre taxa de perda e substituição celular Radioterapia 19 Os efeitos radioinduzidos: Valor da dose e forma de resposta (estocástico e determinístico). Radioterapia 20 Os efeitos radioinduzidos: Tempo de manifestação (imediatos e tardios) . Imediato ― primeiros efeitos biológicos causados pela radiação, que ocorrem num período de poucas horas até algumas semanas após a exposição. Ex. radiodermite; Tardio ― são efeitos que aparecem depois de anos ou mesmo décadas, como por exemplo o câncer. Radioterapia 21 Os efeitos radioinduzidos: RADIODERMITE É definida como um conjunto de lesões cutâneas provocadas por uma exposição excessiva à radiação ionizante. Radioterapia 22 23 Radioterapia RADIOSSENSIBILIDADE X RADIOCURABILIDADE A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações. Depende fundamentalmente da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. 24 Radioterapia RADIOSSENSIBILIDADE: É o grau de a velocidade de resposta dos tecidos à irradiação. Segundo Tribondeau e Bergonier a radiossensibilidade está associada à atividade mitótica da célula: por um lado, quanto mais indiferenciado e proliferativo o tecido, mais sensível à irradiação e, por outro, quanto mais diferenciado e estável, mais resistente. 25 Radioterapia Fonte: Apostila Tauhata 26 Radioterapia RADIOSSENSIBILIDADE: A radiossensilidade também depende da origem do tecido: quanto mais sensível o tecido original, mais sensível o tecido derivado. 27 Radioterapia RADIOCURABILIDADE: A possibilidade real de controlar um tumor com radioterapia, ou radiocurabilidade, depende de fatores que vão desde a sensibilidade intrínseca do tumor e do seu volume, até ao estado geral do doente, que faz variar a capacidade de recuperação dos tecidos normais. A localização tumoral nas imediações de estruturas vitais com baixa tolerância às radiações impede a administração de doses tumoricidas. 28 Radioterapia É muito difícil estabelecer uma relação de causalidade entre radiossensibilidade e radiocurabilidade. Tumores de resposta tardia à irradiação, istoé, de regressão lenta após serem irradiados, podem desaparecer após certo tempo de tratamento (tumores de próstata) e tumores agudamente responsivos podem repopular rapidamente após uma resposta completa (carcinomas indeferenciados de pulmão). RADIOSSENSIBILIDADE X RADIOCURABILIDADE 29 Radioterapia Os tecidos normais tendem a repopular as regiões irradiadas com mais facilidade que os tumorais, embora os tumores também o façam. Como existem muito mais tecidos sãos do que os tumorais nas regiões irradiadas, esta característica favorece o tratamento. RADIOSSENSIBILIDADE X RADIOCURABILIDADE 30 Radioterapia Definido como resposta detectada em células não irradiadas diretamente. Ou seja, capacidade das células afetadas pela radiação para transmitir as manifestações de dano a outras células que não foram diretamente atingidas pela radiação. Efeito fora do alvo EFEITO BYSTANDER 31 Radioterapia Hormesis Curiosidade É um tipo específico de dose-resposta cuja ocorrência vem sendo documentada largamente por vários modelos biológicos e para diversos tipos de exposição. 32 Bons estudos
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