Buscar

Farmacocinética: Absorção, Distribuição, Biotransformação e Excreção

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FARMACOCINÉTICA
GABRIEL BIANCHINI
KATIANE BOLAN
MATEUS XAVIER
LUIZ AUGUSTO
RAMON VIEIRA
INTRODUÇÂO
FARMACOCINÉTICA: O que o corpo faz com o fármaco.
FARMACODINÂMICA: O que o fármaco faz com o corpo.
Ingestão
Absorção
Distribuição 
Interação fármaco receptor
Biotransformação 
Excreção.
-Farmacocinética: é a relação entre a administração de um fármaco e a evolução
temporal de sua distribuição e magnitude de ação. É o caminho que o medicamento faz
no organismo. Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação mais sim as etapas que
a droga sofre desde a administração até a excreção, que são: ingestão, absorção,
distribuição, interação fármaco receptor, biotransformação e excreção.
2
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1-Enteral: Nestas vias para que um medicamento seja absorvido e passe para a
circulação sistêmica, é necessário que ele seja liberado da sua forma farmacêutica
(suspensão, comprimidos, cápsulas, etc.), isto é, que ocorra a dissolução do mesmo, e
que este tenha a capacidade de atravessar barreiras celulares do trato gastrointestinal.
Possui 3 vias:
3
www.veterinariandocs.com.br
-Oral
-Sublingual
-Retal
Atua localmente ou é absorvida em algum segmento do tubo digestivo.
1.1 – Oral (VO): mais utilizado, ação local e sistêmica.
Vantagens: -via mais conveniente em animais dóceis
-baixo custo
-não precisam ser estéreis
-indolor
-baixa incidência de reação adversa
Desvantagens: -não se usa em emergências, em animais
vomitando ou inconscientes
-sofrem influência do suco gástrico, pH.
-irritação da mucosa gástrica
-sofrem metabolismo de 1a passagem
*Metabolismo de 1a passagem (pré-sistêmico): o fármaco penetra pela veia porta no
fígado, ocorrendo então uma biotransformação hepática no fígado, diminuindo o efeito
real do fármaco. Essa primeira passagem diminui significativamente a
biodisponibilidade da droga.
*Em animais poligástricos, o rúmen, na maioria das vezes, impede o uso da via oral
para administração de medicamentos, pois sua capacidade, sendo consideravelmente
grande (cerca de 60 litros para bovinos e 4,5 litros para ovinos e caprinos), funciona
como um compartimento diluidor, alterando a velocidade de absorção de determinados
fármacos.
Contra indicação: náusea, vômito e diarréia.
1.2 – Sublingual:
Vantagens: -latência curta
-não sofre influência do pH
-não sofre o metabolismo de 1a passagem
Desvantagem: poucos medicamentos são adequadamente
absorvidos.
4
www.veterinariandocs.com.br
Absorção de Drogas na Via gastrointestinal:
1-Cavidade oral e absorção sublingual: as drogar por essa via penetram
diretamente na circulação geral. Mesmo com a área de absorção pequena, as drogas
podem ser absorvidas rapidamente, dependendo do coeficiente de participação
água/lipídio do fármaco.
2-Estômago: a absorção de fármacos nessa região varia muito (pelo fato do
volume gástrico variar, tipo e viscosidade da refeição, posição do corpo). As drogas
básicas podem ficar retidas ou ser perdidas no estômago.
3-Intestino Delgado: tem maior capacidade de absorção que o estômago, a maior
parte de absorção de drogas acontece no jejuno.
4-Intestino Grosso: o grau de absorção é baixo pelo fato da natureza sólida dos
conteúdos intestinais impedirem a difusão da droga a partir do conteúdo da mucosa. A
porção mais distal (o reto) pode ser utilizada como local de administração de drogas,
geralmente é utilizada para drogas que causem irritação gástrica em pacientes que foram
submetidos alguma cirurgia gástrica. O sangue que tem passagem pelo reto não é
conduzido diretamente ao fígado e, portanto, a droga não sofre o metabolismo de 1a
passagem.
Fatores que afetam a Taxa de absorção Gastrointestinal
1-Tempo de esvaziamento gástrico
2-Motilidade intestinal: o aumento da motilidade aumenta a absorção da droga
3-Alimentos: a presença de alimento geralmente retarda a absorção
4-Fatores da formulação: tipo dos comprimidos, seus revestimentos
5-Metabolismo: as drogas podem ser inativadas na via gastrointestinal antes de
serem absorvidas
2- Parenteral: o fármaco não passa pelo tubo digestivo.
2.1 – Injeção:
Vantagens: -utilizada em emergências, anestesias
-100% de biodisponibilidade
-maior precisão de dosagem
-controle da velocidade de injeção
Desvantagens: -invasiva, com risco de infecção
-precisam ser estéreis
5
www.veterinariandocs.com.br
-necessitam de desinfecção local
-dolorida
2.1.1 – Via endovenosa (EV):
Desvantagens: -dolorosa
-reação alérgica
-alto risco de infecção
-risco de embolia
Vantagens: -obtenção rápida de efeitos farmacológicos
-possibilidade de administração de grandes volumes
Local de administração:
-Eqüinos e bovinos: veia jugular
-Suínos: veia marginal da orelha e cava cranial
-Cães e gatos: veia cefálica
2-Intravenosa: garante resposta farmacológica imediata. É amplamente empregada em
anestesia e medicina de emergência. A velocidade de injeção deve ser suficientemente
lenta para evitar concentrações locais muito elevadas da droga e para permitir a
suspensão da injeção caso surjam efeitos indesejáveis.
2.1.2 – Via intramuscular (IM):
Vantagens: -efeito mais rápido que oral
-evita-se o efeito de 1a passagem
-menos dolorida
-absorção lenta e regular
Desvantagens: -não exceder o volume de 5ml
-formação de abscessos
-lesões nos nervos por aplicação errada
*Locais: região lombar, entre os músculos
semimembranoso e semitendinoso ou na tábua do pescoço.
2.1.3- Via subcutânea (SC):
Vantagens: -fácil aplicação
6
www.veterinariandocs.com.br
-evita o efeito de 1a passagem
-permite controlar a velocidade
-absorção lenta e contínua
Desvantagens: -mais dolorosa das vias
-dano tissular
Absorção Intramuscular e subcutânea: a absorção intramuscular é mais rápida do que a
subcutânea por um fluxo sanguíneo tecidual elevado e a capacidade de difusão lateral da
solução injetada.
2.2 – Sem injeção:
2.2.1 – Tópica: é utilizada para obtenção de efeitos terapêuticos não
sistêmicos, isto é, localizado. Pode haver absorção pela pele integra, mas isto só ocorre
quando o medicamento tem na fórmula gorduras ou solventes de gordura.
Absorção: depende da natureza da droga, características
do veículo, grau de hidratação do animal e local da aplicação
-Absorção rápida: ocorre em mucosas
-Absorção lenta: intramamária, transdérmica (aplicação na
pele)
-Maior absorção: áreas esfoliadas ou queimadas.
Vantagens: -minimiza ocorrência de efeitos adversos
-evita o efeito de 1a passagem
Desvantagem: -fotossensibilidade
Absorção de Drogas pela Pele:
A taxa de difusão de uma droga através da pele é, em grande parte, determinada
pelo coeficiente de participação lipídio-água do composto. O estrato córneo (camada
mais externa da epiderme) constitui uma barreira contra a penetração rápida da maioria
das drogas, isto se deve principalmente à arquitetura celular relativamente compacta e à
pequena quantidade de lipídios nessas células. Já a derme é bem suprida por vasos
sanguíneos e é permeável à compostos lipossolúveis e hidrossolúveis.
2.2.2 – Respiratória:
Vantagens: -sem efeito de 1a passagem
-efeito local (broncodilatador)
7
www.veterinariandocs.com.br
-efeito sistêmico (anestésico)
-membranas de fácil acesso
Desvantagens: -necessita técnicas especiais
-evitar em doenças pulmonares
-pode causar irritações
-tem um custo elevado
Absorção das Drogas a partir do Pulmão:
As drogas podem ser inaladas como gases ou aerossóis. A absorção de agentes a
partir dos pulmões é facilitada pela ampla área de superfície das membranas alveolares
pulmonares e por um grande fluxo sanguíneo na região.
2.2.3 – Via retal: se o fármaco for aplicado no início do reto, não sofrerá
metabolismo de 1a passagem.
2.2.4 – Via Intraperitoneal: é utilizada quando se necessita administrar
grandes volumes de solução, isto porque esta via é constituída de grande superfície de
absorção.
Outras: intradermal, intracardíaca, intratecal, epidural e intra-articular.
4
VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS VIAS
Oral(VO).
Sublingual.
Via endovenosa(EV).
Via intramuscular.
Via Subcutânea(SC).
Tópica.
Respiratória
Via Retal
Depende de onde vais er administrado a dose muda o tempo de absorção, de efeito
6
ESCOLHA DA VIA
1- Tipo qualitativo.
2-Propriedade dos fármacos
3-Estado patológico
4-Pode exigir modificação da dose
5-Características físico-químicas do medicamento (resistente a hidrólise em meio ácido).
Escolha da via:
1-Tipo qualitativo: em determinado local tem efeitos diferentes.
Ex.: Sulfato de magnésio
VO: purgante
E.V.: relaxante
Gentamicina
VO: modificador da flora
Parenteral: infecção sistêmica
2-Propriedade dos fármacos: fármacos que são destruídos por algum mecanismo
(ácido gástrico).
3-Estado patológico:
Ex.: Animal com choque circulatório (estado em que o organismo
concentra sangue no centro): VO, SC e IM prejudicados
4-Pode exigir modificação da dose:
Ex.: Digoxina – VO: dose maior
E.V.: dose menor
8
9
VANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL
Menos latência.
Menor posologia.
Maior eficácia.
Menor toxicidade.
‘O problema é saber se o medicamento poderá atingir ou não seu local de ação.
Os fármacos não atuam a distância.’
-A maioria dos medicamentos devem atravessar inúmeras barreiras biológicas
antes de atingir o local de ação.
Vantagens da administração local:
-Menos latência (tempo para o fármaco fazer efeito);
-Menor posologia;
-Maior eficácia;
-Menor toxicidade;
A via escolhida é aquela que nos permite maior biodisponibilidade e uma
concentração mais adequada à biofase.
10
DISTRIBUIÇÃO
Depois de administrado e absorvido, o fármaco é distribuído.
Transportado pelo sangue e outros fluidos para todos os tecidos do corpo.
Ligação às proteínas plasmáticas.
Permeabilidade do endotélio capilar.
Após absorção, um medicamento pode ficar sob a forma livre no sangue, ligar-se
a proteínas plasmáticas, ou não.
*Somente o medicamento livre é distribuído para os tecidos.
Conceito: fenômeno em que um medicamento, após ter chegado ao sangue (após
usa absorção), sai deste compartimento e vai para seu local de ação.
Os medicamentos abandonam a via circulatória para o espaço intercelular por
processos de difusão através das membranas celulares dos capilares ou por poros ou
fenestrações existentes nas paredes dos capilares.
A velocidade a concentração de um fármaco livre demora para se equilibrar
entre o plasma e o líquido dos demais compartimentos depende basicamente do grau
específico de vascularização de determinado tecido. É mais rápido em compartimentos
centrais e mais lento em compartimentos periféricos.
Compartimentos centrais: coração, fígado, rins e cérebro
Compartimentos periféricos: pele, ossos e depósitos de gordura
11
FATORES QUE INFLUENCIAM NA DISTRIBUIÇÃO
Local de ação.
Os fármacos não atuam a distância.
Barreiras biológicas.
Permeabilidade capilar.
Mecanismos de transportes disponiveis.
‘O problema é saber se o medicamento poderá atingir ou não seu local de ação.
Os fármacos não atuam a distância.’
-A maioria dos medicamentos devem atravessar inúmeras barreiras biológicas
antes de atingir o local de ação.
13
LIGAÇÃO ÀS PROTEINAS PLASMÁTICAS
O grau de ligação depende de: 
Afinidade dos fármacos com as proteínas.
Concentração plasmática do fármaco.
Concentração proteica. 
Um fármaco ligado a albumina pode ser deslocado dependendo da afinidade.
Muitos fármacos têm a tendência em se ligar às proteínas plasmáticas
reversivelmente. Mas somente a porção livre é que atuará no local de ação específico.
9
www.veterinariandocs.com.br
Quando a fração livre abandona a circulação, uma nova porção de medicamento ligado
às proteínas liberam-se das proteínas, refazendo o equilíbrio.
*Com mudanças no nível de proteínas plasmáticas (hipoproteinemias) ocorre o aumento
da toxicidade de fármacos que apresentam afinidade por essas proteínas.
*A administração simultânea de dois fármacos com alta percentagem de ligação
plasmática pode ocasionar um aumento da atividade ou toxicidade de um deles, pelo
fato desses fármacos competirem pelo mesmo sítio de ligação na proteína.
14
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
ALBUMINA: A mais importante proteína plasmática, com preferencia por medicamentos ácidos.
LIPOPROTEÍNAS: Possuem classificação definida quanto a sua densidade.
GLICOPROTEÍNAS ÁCIDA: Determina ligações de proteínas plasmáticas a drogas básicas
Albumina: é a mais importante das proteínas plasmáticas e tem
preferência por medicamentos ácidos. A ligação das drogas às proteínas plasmáticas
geralmente é inespecífica, ou seja, muitas drogas podem interagir com o mesmo local de
ligação. Uma droga com afinidade maior pode deslocar a outra. Alguns estados
patológicos (hiperalbuminemia, hipoalbuminemia, uremia e hiperbilirrubinemia) foram
associados com alterações na ligação das proteínas plasmáticas das drogas. Em
pacientes urêmicos, por exemplo, a ligação a proteínas plasmáticas de determinadas
drogas ácidas (penicilina, sulfonamidas e barbituratos) fica reduzida.
LIPOPROTEINASComposto que contém lipídios e proteínas e que podem transportar o colesterol na corrente sangüínea. As lipoproteínas possuem classificação definida quanto a sua densidade e função. Há 5 tipos diferentes que numa ordem crescente de densidade são os quilomícrons, VLDL, IDL, LDL e HDL.
Lipoproteínas: a capacidade de ligação de lipoproteínas específicas
deveria depender de seu teor lipídico, ou seja, lipoproteínas de densidade muito baixa
VLDL > LDL > HDL.
Glicoproteínas Ácida (α1-AGP): determina ligações de proteínas
plasmáticas à drogas básicas (drogas psicoterápicas como clorpromazina, imipramina).
Existem evidências do aumento dos níveis de α1-AGP em determinadas condições
fisiológicas e patológicas como lesões, estresse, cirurgia, traumatismo, entre outras.
15
ACUMULO DE FÁRMACOS
Afinidade.
Pode ser utilizado de forma terapêutica.
Iodo radioativo.
Exemplos:
Tetraciclinas
Anestésicos voláteis
Metais pesados
Acumulo e Estoque nos Diversos Compartimentos Orgânicos:
Certos fármacos, por características intrínsecas, têm maior afinidade por
determinadas estruturas orgânicas, tanto que isso pode ser utilizado terapeuticamente,
como, por exemplo, o emprego de iodo radioativo para o tratamento de tumores
tiroidianos.
Ex.: Tetraciclina (acúmulo nos dentes e ossos), Anestésicos voláteis (acúmulo
no tecido adiposo), Metais pesados (acúmulo nos rins por conter a proteínas
metalotioneína)
16
BIOTRANSFORMAÇÃO 
Consiste na transformação química de substâncias.
Classicamente para inativar o fármaco.
Lipofílico em hidrofílico.
Facilitar a excreção.
Biotransformação de medicamentos
Consiste na transformação química de substâncias, sejam elas medicamentos ou
agentes tóxicos visando favorecer sua eliminação. Este processo permite a formação de
metabólitos que são habitualmente mais polares ou menos lipossolúveis do que a
molécula original, favorecendo a eliminação desta.
A biotransformação também auxilia na inativação de drogas. Mas muitos
metabólitos de medicamentos apresentam ainda atividade farmacológica, podendo
provocar efeitos similares ou diferentes das moléculas originais.
Há mecanismos enzimáticos localizados no fígado, responsáveis pela
biotransformação de compostos lipossolúveis (estas enzimas localizam-se no R.E.
Liso).
*Citocromo P450: componente primordial para a biotransformação de substâncias
químicas (medicamentos, agentes tóxicos, etc.).
17
BIOTRANSFORMAÇÃO
Têm-se 2 etapas, ou seja, as reações de fase I e de fase II:
1: Local – Função - Resultado Final.
( Oxidação, Redução, Hidrólise).
2: Reações de conjugação – Envolvimento do medicamento a um substrato endógeno.
-FASE I:
Local: as reações acontecem no sistema microssomal hepático, no interior do
R.E. Liso.
Função: converter medicamentos originais em metabólitos mais polares, por
oxidação, redução ou hidrólise. Um dos processos básicos das reações
de fase I é a
hidroxilação, que é catalisada por uma enzima Citocromo P450 que exige também um
NADPH, NADH e um oxigênio molecular. É uma via oxidativa análoga à Cadeia
Transportadora de Elétrons.
Resultado final: os metabólitos resultantes podem ser mais ativos do que a
molécula original (que são denominadas de pró-fármacos ou pró-medicamentos), menos
ativos ou inativos.
18
CONJUGAÇÃO COM GLICURONÍDIO
Ocorre no fígado.
Excreção na bile e subsequentemente no intestino delgado.
Catalisada por enzimas UDP-glicuroniltransferase.
Conjugação com Glicuronídio:
É o mais comum pelo fato da grande presença de grupamentos reativos das
moléculas da droga quanto da pronta disponibilidade de glicose, o carboidrato do qual é
derivado o ac. glicurônico.
Ocorre no fígado e os metabólitos são excretados na bile e subseqüentemente no
intestino delgado. A reação é catalisada por uma família de enzimas conhecidas como
UDP-glicuroniltransferase. E necessita de cofatores como o ácido-UDP-glicurônico.
Estas enzimas estão em maior concentração no fígado, mas podem ser encontradas nos
rins, intestino, pulmão e outros órgãos.
*A glicuronidação quase sempre é uma reação de desintoxicação.
A atividade da UDP-glicuroniltransferase é muito baixa ou ausente durante a
vida fetal e nas primeiras fases pós-natais de vida, e aumenta linearmente até atingir
níveis adultos. A administração aos recém-nascidos de drogas normalmente excretadas
sob a forma de conjugados glicuronados pode resultar em níveis tóxicos da droga.
A enzima β-glicuronidase é capaz de hidrolisar conjugados de glicuronídio e esta
enzima está presente em quase todos os tecidos. A β-glicuronidase presente no intestino
ou nas bactérias intestinais, é capaz de hidrolisar o conjugado recém-formado e
consequentemente de reformar o composto submetido à glicuronidação. Caso a droga
original seja lipossolúvel, ela será reabosorvida.
19
CONJUGAÇÃO POR SULFATO
É a segunda mais comum.
Catalisada por enzimas conhecidas como sulfotransferases.
Facilmente excretados na urina
Conjugação por Sulfato:
12
www.veterinariandocs.com.br
É a segunda mais comum. É catalisada por enzimas conhecidas como
‘sulfotransferases’ presentes no citoplasma celular do fígado e de diversos outros
órgãos. O cofator essencial (doador de sulfatos) é o PAPS. Os conjugados do sulfato
costumam ser altamente polares e facilmente excretados na urina.
20
N-ACETILAÇÃO
Catalisada por enzimas N-acetiltransferases.
Utilizam como cofatores a acetilCOA.
Encontradas no citoplasma de órgãos como fígado, intestino, rim e pulmão.
Catalisam normalmente sulfonamidas.
N-Acetilação:
É catalisada por enzimas (N-acetiltranferases) que utilizam como cofatores a
acetilCoA e são encontradas no citoplasma celular de órgãos como o fígado, o intestino,
o rim e o pulmão. Essas enzimas catalisam normalmente fármacos como as
sulfonamidas.
21
METILAÇÃO
Enzimas multitransferase.
Encontrada no R.E do figado, pulmão e o rim. 
Metilação:
A enzimas metiltransferase é encontrada no citoplasma ou no R.Endoplasmático
de muitos órgãos, como o fígado, o pulmão e o rim.
22
FATORES QUE AFETAM O METABOLISMO DAS DROGAS
Idade.
Absorção.
Distribuição.
Metabolismo.
Excreção.
Nutrição.
Indução Enzimatica.
Administração das Drogas.
Fatores que afetam o Metabolismo das Drogas
1-Idade: animais muito jovens ou muito velhos são mais sensíveis às drogas,
porque nesses animais a taxa de biotransformação fica modificada.
-Absorção: pacientes idosos absorvem com mais lentidão em virtude da
redução do fluxo sanguíneo (débito cardíaco reduzido).
-Distribuição: pode sofrer alterações decorrentes da hipoalbuminemia, de
modificações qualitativas nas regiões de ligação das drogas, de reduções na massa
muscular, de aumentos na proporção de gordura corporal e na diminuição na água
corporal total. Em animais idosos há um declínio de aproximadamente 20% na
concentração dos níveis plasmáticos (devido a redução da síntese hepática de albumina).
-Metabolismo: podem ocorrer redução da atividade enzimática hepática,
redução na massa hepática e diminuição do fluxo sanguíneo local. Alterações na meia-
vida de medicamentos administrados em animais idosos é bastante importante (há um
aumento da meia-vida com o avanço da idade).
-Excreção: a eliminação renal de compostos estranhos pode ser
drasticamente alterada pela redução do fluxo sanguíneo renal (redução do débito
cardíaco), e do número de néfrons funcionantes com o decorrer da idade.
Ex.: em humanos, a função renal começa a declinar a partir do 20
anos em cerca de 10% por década de vida.
2-Nutrição: dietas isentas de gordura ou deficientes em aminoácidos essenciais
prejudicam o metabolismo de drogas. Deficiências de vitamina A, de riboflavina (B2),
de ácido ascórbico (vitamina C), de vitamina E, cálcio e magnésio também prejudicam
o metabolismo de fármacos.
13
www.veterinariandocs.com.br
*A diminuição de Ferro capaz de reduzir a hemoglobina e o hematócrito não tem efeito
nenhum sobre o metabolismo das drogas.
3- Indução Enzimática: muitas drogas ao serem administradas cronicamente a
animais aumentam a atividade das enzimas monoxigenases e, desta forma, costumam
reduzir a duração e a intensidade da ação das drogas. Este aumento da atividade
enzimática resulta de uma neossíntese e não da ativação de um precursor já pré-
existente.
4- Co-adminstração de Drogas: uma droga capaz de ser metabolizada pelo
sistema de metabolização de drogas da monoxigenases é capaz de inibir
competitivamente o metabolismo de uma segunda droga administrada
concomitantemente.
23
EXCREÇÃO
Um medicamento pode ser excretado após a biotransformação.
Os três principais órgãos responsáveis pela excreção de medicamentos são:
Rins;
Figado;
Pulmões;
Excreção de Drogas
Um medicamento pode ser excretado após a biotransformação, ou mesmo na sua
forma inalterada. Os três principais órgãos responsáveis pela excreção de medicamentos
são: os rins (onde os medicamentos hidrossolúveis são excretados), o fígado (após a
biotransformação os medicamentos são excretados pela bile) e os pulmões (responsáveis
pela excreção de medicamentos voláteis). E pequenas quantidades de medicamentos
podem ser excretadas pela saliva ou pelo suor.
1-Excreção Renal:
É o principal processo de excreção de fármacos, principalmente os
polares e pouco lipossolúveis em pH fisiológico.
*Medicamentos ligados à proteínas plasmáticas não são excretados via rins, pelo fato de
não passarem pelos poros das membranas dos glomérulos.
Muitos medicamentos podem ser reabosorvidos na porção distal do néfron.
Medicamentos com características de ácidos orgânicos fracos com pK por volta de 3
(salicilatos por exemplo), quando em pH ácido como na urina de cães e gatos, estão em
maior proporção na forma molecular (distintos de carga – não ionizados) e são
facilmente reabsorvidos em grande quantidade.
*Intoxicação por medicamentos: com a alcalinização da urina faz com que ocorra um
aumento na excreção de ácidos orgânicos fracos e através da acidificação da urina que
se favorece a excreção de medicamentos com caráter básico.
*O pH de carnívoros oscilam entre 5 e 7 (pH ácido) e o de herbívoros oscila entre 7 e 8
(pH básico).
Há também o sistema de transporte de medicamentos para excreção, por
carreadores, que ocorre no túbulo proximal do rim com gasto de energia. Este sistema é
inespecífico (excreção de medicamentos ácidos e básicos).
14
www.veterinariandocs.com.br
A administração simultânea de dois medicamentos que sirvam de substrato para
o mesmo processo de excreção mediada por transportador tende a prejudicar a excreção
de um deles.
Ex.: probenicida e penicilina (menor secreção tubular do antibiótico).
Depuração Renal (clearance renal): descreve a eficiência com que ocorre a
eliminação de um medicamento em um organismo. Apenas para medicamentos não
modificados, na sua forma original. Contém 3 processos:
1-Filtração glomerular:
todo o sangue do organismo passa através dos
glomérulos renais, cerca de 10% são filtrados para os túbulos renais (taxa de filtração
glomerular) e somente o fármaco não ligado à proteínas passa para esse filtrado.
2-Secreção ativa nos túbulos proximais: os túbulos proximais contêm
dois tipos de transporte ativo (bombas) para transportar o fármaco do sangue para o
túbulo renal (secreção tubular). Um dos sistemas é direcionado para ácidos fracos e o
outro para bases fracas, permitindo a competição. Fármacos ácidos competem com
fármacos ácidos e fármacos básicos competem com fármacos básicos.
3-Reabsorção passiva da urina para o sangue ao longo de todo o túbulo
renal: a grande parte do filtrado plasmático é reabsorvida durante sua passagem pelos
túbulos renais e somente 1% do filtrado inicial aparecerá finalmente na urina.
Clearance total: é a sina de todos os processos de eliminação (hepático e
renal).
2- Excreção Biliar:
Os fatores que determinam esta forma de excreção incluem o tamanho e
a polaridade da molécula do fármaco. Medicamentos com peso molecular elevado
(acima de 300), têm grande probabilidade de serem excretados na bile.
Variação nas espécies de animais:
-Ratos e cães: apresentam boa capacidade de excreção via bile;
-Gato e ovinos: apresentam moderada capacidade de excreção via bile;
-Cobaias, coelhos e primatas: má excreção por esta via;
*Moléculas maiores onde estão incluídas moléculas conjugadas com o glicuronídeo a
excreção é preferencialmente a bile.
Algumas substâncias ao alcançaram o intestino, podem ser reabsorvidas. Este
fato dependerá da lipossolubilidade, ou da conjugação destes fármacos com
glicuronídeos (o composto pode sofrer hidrólise pela β-glicuronidase sintetizada por
microorganismos da flora intestinal e se tornam aptos a serem reabsorvidos).
15
www.veterinariandocs.com.br
*Ciclo entero-hepático: excreção hepática seguida da reabsorção intestinal.
3-Excreção pelo Leite:
O epitélio secretor da glândula mamária tem características de uma
membrana lipídica e separa o sangue do leite e facilita a passagem de substâncias
apolares. O leite por ter caráter básico facilita a excreção de medicamentos básicos.
O medicamento administrado sistemicamente para a mãe, na maioria das vezes
será excretado no leite, o que freqüentemente constitui-se como um problema para os
filhotes, que estarão expostos a agentes contidos no leite, e os recém nascidos não
possuem o sistema de biotransformação hepático completamente desenvolvido, sendo
mais susceptíveis aos efeitos adversos dos diferentes medicamentos.
4-Excreção Pulmonar:
Qualquer matéria volátil, independente de sua via de administração, tem
potencial para a excreção pulmonar. A taxa de perda de gases não é constante, mas
depende da freqüência respiratória e do fluxo sanguíneo. A maioria das drogas
removidas pela via pulmonar não correspondem a metabólitos e, sim, aos compostos
originais intactos.
Mecanismos de transporte de solutos através das membranas:
Uma droga é dita ‘absorvida’ somente quando ingressa no sangue ou nos
capilares linfáticos.
Difusão Passiva: ocorre com a maioria das drogas, a velocidade depende mais
do coeficiente de participação (é uma medida de solubilidade diferencial de compostos
químicos em dois solventes geralmente octanol/água. São úteis, por exemplo, na
estimativa da absorção de drogas dentro do organismo) do que da solubilidade lipídica.
24
FARMACOCINÉTICA
Penicilina G: 
Cristalina (sódica e potassica)
Procaína.
Benzatina.
Tipos diferentes de penicilina G e sua latencia.
Apenicilina G é utilizada nas formas: cristalina sódica epotássica;procaína e benzatina. A diferença entre estas formas está nas suascaracterísticas farmacocinéticas. Assim, a penicilina G cristalina (sódica e potassica),quando administrada por via subcutânea ou intramuscular, apresenta latência decerca de 30 minutos para atingir os níveis terapêuticos, e estes se mantêm por 4 a 6horas. A penicilina G procaína, por estas mesmas vias, tem latência de 1 a 3 horaspara atingir níveis terapêuticos, que são mantidos por 12 horas. A penicilina Gbenzatina apresenta latencia de 8 horas, com niveis podendo perdurar por 3 a 30dias; ressalta-se que estes níveis vão decaindo gradativamente e, na dependênciado microorganismo, as concentrações minimas podem ser atingidas maisrapidamente ou não. Devido ao fato das penicilinas G procaina e benzatinapermanecem no organismo do animal por tempo prolongado e sao chamadas depenicilinas de longa duraçao ou de deposito
25
FARMACOCINÉTICA
Doxiciclina:
Rim.
Lúmen Intestinal.
Bile.
Eliminação. Doxiciclina, ao contrário de outras tetraciclinas, podeser removido por diferentes mecanismos por via renal. Eles têm sidorelatados perto concentrações de doxiciclina na bílis em 50 ug / ml(25 vezes maior do que as concentrações de plasma obtidas a) (42).Remoção de doxiciclina na urina é de 20%, 75% de doxiciclinapassa a partir do sangue para o lúmen intestinal por difusão passiva,e 5% da bílis e, em seguida, ser excretado nas fezes (9,12, 46). Ameia-vida de eliminação (T1 / 2-E) é o tempo necessário para aconcentração de plasma de um fármaco em metade e é inversa paraa constante de eliminação e a eliminação mais rápida do fármaco,maior é a constante de velocidade de eliminação (Ke) e menor seráa sua meia-vida de eliminação (36).
26
FARMACOCINÉTICA
Gentamicina:
Comprometimento Renal.
Alterações auditivas.
Afecções pré existentes.
FARMACOCINÉTICA
Lactulose
ENCEFALOPATIA 
HEPÁTICA
https://www.youtube.com/watch?v=KuYGzPDpMpc
28
FARMACOCINÉTICA
Mafedrona:
Via oral
X
Via inalatória
X
Via Intravenosa
A forma de administração mais frequentemente usada pelos consumidores de mefedrona é a via inalatória, seguida pela via oral.2,6,9 Uma sondagem realizada através da internet relativamente ao consumo de mefedrona revelou que, de uma amostra de 1506 consumidores de mefedrona, 57% usavam a via inalatória como forma de administração preferencial, 28% usavam a via oral e 3% a via intravenosa e/ou intramuscular.9 A via inalatória favorece o desenvolvimento de lesões da mucosa nasal e aumenta o risco de dependência, quando comparada com a via oral.2,6 A administração oral inclui a ingestão de cápsulas, pastilhas ou da mefedrona em pó envolvida em papel (bombing) ou diluída em água ou noutra bebida, dado o seu sabor desagradável.2,6,8 As vias intravenosa, intramuscular e retal (através de enemas ou cápsulas de gelatina) são possíveis devido à moderada solubilidade da mefedrona em água.2,8 A presença do grupo cetónico torna a mefedrona mais hidrossolúvel do que as anfetaminas, o que dificulta a sua passagem pela barreira hematoencefálica, sendo, por isso, maior a dose necessária para produzir os mesmos efeitos.6,7,13 A dose normalmente consumida varia em função da via de administração utilizada e segundo alguns autores é de: 5 a 75 mg para a via inalatória; 150 a 250 mg para a via oral; 100 mg, em média, para a via retal e 75 a 167 mg (aproximadamente) para as vias intramuscular e intravenosa.2,6 Quando administrada por via oral o período de latência pode variar de 15 minutos a duas horas, em função do conteúdo gástrico, persistindo os efeitos durante duas a cinco horas. A via inalatória permite um início mais rápido dos sintomas (inferior a 30 minutos), mas com menor duração de ação (duas a três horas).2,7 Alguns consumidores utilizam simultaneamente a via oral e inalatória de forma a obter os efeitos mais rapidamente e durante um período de tempo mais longo.2 Relativamente ao metabolismo da mefedrona, estão até à data identificados os metabolitos N-desmetil-mefedrona (ou nor-mefedrona), dihidromefedrona, N-desmetil- -dihidromefedrona, hidroxitoluilmefedrona, N-desmetil- -hidroxitoluilmefedrona, 4-carboximefedrona e 4-carboxidihidromefedrona, os quais são excretados na urina.2,6,8,15-17 (Fig. 2). Em amostras de urina humana já foram também detetados, para além da mefedrona, conjugados de hidroxitoluilmefedrona e N-desmetil-hidroxitoluilmefedrona
com o ácido glucurónico e sulfato.6,15,16 A isoforma do citocromo P450, CYP2D6, foi recentemente descrita como sendo a principal enzima envolvida no metabolismo da mefedrona.17 Não existem dados na literatura, relativos ao tempo que os metabolitos permanecem detetáveis e à estabilidade em amostras biológicas
29

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando

Outros materiais