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-- O sistema Límbico e o comportamento
 Sistema ativadores-pulsionais do cérebro
Controle direto do córtex
Excitatório
	- Local responsável é o núcleo reticular pontina;
	- Os sinais passam para o tálamo e este distribui os estímulos para o córtex, que pode ser estímulos rápidos ou lentos;
	- Pode haver um feedback positivo: o cérebro emite sinais para o tronco encefálico continuar a mantê-lo desperto;
b) Inibitório
	- O núcleo reticular bulbar é o responsável por essa inibição;
	- Liberação de serotonina, que atuam como neurotransmissor inibitório;
Controle neuro-hormonal do córtex
O sistema noradrenalina
		- O locus ceruleus é o local responsável pela secreção desse neurotransmissor;
		- Geralmente, essa substância aumenta a atividade cortical;
		- Desempenha papel importante no sono REM;
b) O sistema da dopamina
		- A substância negra é a secretora da dopamina;
		- É um neurotransmissor inibitório para os núcleos da base, mas pode ser excitatório para alguma outra parte do córtex.
c) O sistema da serotonina
		- Local de secreção: núcleos da rafe;
		- Está relacionada ao processo de analgesia, enviando fibras para o córtex e para o diencéfalo;
		- Relaciona-se também com a produção do sono normal.
d) O sistema da acetilcolina
		- O local responsável é a região magnocelular da área excitatória da formação reticular;
		- É um neurotransmissor excitatório que ajuda a manter o sistema nervoso (córtex e medula) despertos.
e) Outros
		- Encefalinas, GABA, glutamato, ADH, ACTH, epinefrina, histamina, endorfinas, angiotensina II e neurotensina.
02) O sistema límbico
Anatomia funcional
	a) Formado por: hipotálamo, hipocampo, amígdalas, tálamo (núcleos anteriores), giro cingulado, giro subcaloso e área órbito-frontal. Os 3 ultimos são considerados o córtex límbico ou paleocórtex;
	c) O feixe prosencefálico medial é um importante meio de comunicação do sistema límbico com o tronco encefálico;
	d) Hipotálamo
		- Eferências: I) para a formação reticular e daí para o sistema autônomo; II) para o tálamo e córtex límbico e III) para a hipófise.
		- Controle vegetativo e endócrino
			I) Regulação cardiovascular: responsável pela modificação da pressão arterial e da freqüência cardíaca. Esses estímulos são conduzidos para a formação reticular da ponte e bulbo;
			II) Regulação da temperatura: o sangue que passa no hipotálamo determina a temperatura corporal e faz com que o hipotálamo tente regular a temperatura;
			III) Regulação da hídrica: controla de duas formas, estimulando a sede no indivíduo ou retendo a água na urina. Quando os eletrólitos do hipotálamo se tornam mais concentrados essa área é estimulada;
			IV) Contração do útero e ejeção do leite: relaciona-se com a produção de ocitocina.
			V) Regulação gastrointestinal: o hipotálamo possui uma área que é o centro da fome e está relacionada com a ingestão de alimentos e saciedade da fome;
			VI) Controle sobre a hipófise: o hipotálamo secreta hormônio que atuam como liberadores dos hormônios da hipófise anterior.
		- Funções comportamentais
			I) Hipotálamo lateral: relaciona-se com a sede, fome e agressividade;
			II) Hipotálamo ventromedial: relacionado com a saciedade da fome e da sede e tranqüilidade;
			III) Região periventricular do hipotálamo: relaciona-se com a postura de medo ou de reação de punição;
			IV) Hipotálamo anterior e posterior: relacionado com a atividade sexual.
		- Centro de recompensa: núcleos laterais e ventromediais do hipotálamo, juntamente com a amígdala, septo, alguns gânglios da base e algumas áreas do tálamo.
		- Centro de punição: substância cinzenta periquedutal e periventricular e amígdalas. O estímulo dessas áreas desencadeia no animal um comportamento de raiva.
		- Punição e Recompensa X Comportamento: o efeito dos tranqüilizantes nesses centros de punição e recompensa fazem com que o indivíduo reduza sua reatividade afetiva.
		- Punição e Recompensa X Memória: para que um estímulo fique certamente armazenado na memória é preciso que ele desencadeie uma reação de punição ou de recompensa. É como se fosse uma resposta reforçada para desencadear a memória.
	e) Hipocampo
		- Qualquer estímulo sensorial causa a estimulação de pelo menos alguma área do hipocampo;
		- Desse modo, o hipocampo é uma porta de entrada para o sistema límbico, pois dele, sai fibras (pelo fórnix) para o hipotálamo, tálamo e outras estruturas do sistema límbico;
		- Cada parte do hipocampo se relaciona com partes diferentes do sistema límbico para produzir respostas comportamentais diferentes;
		- Pequenos estímulos podem hiperexcitar o hipocampo devido a sua formação cortical diferenciada
		- Aprendizagem e o hipocampo: a lesão do hipocampo traz a amnésia anterógrada, a qual faz com que o indivíduo não consiga memorizar informações baseadas em simbolismos verbais, ou seja, não se é possível gravar os nomes das pessoas que conhece, porém a memória passada permanece armazenada. O hipocampo é importante no processo de transição da memória a curto prazo para memória a longo prazo: faz com que a mente repita várias vezes aquela informação a fim de que seja consolidada a memória para aquela informação.
	f) Amígdala
		- Mantém amplas conexões com o hipotálamo e o restante do sistema límbico;
		- É considerada a janela do sistema límbico, onde se vê o indivíduo no mundo;
		- Seu estímulo pode causar alguns efeitos parecidos aos vegetativos do hipotálamo;
		- Pode, ao ser estimulada, causar algumas experiência comportamentais como: prazer, raiva, sexualidade, medo;
		- Síndrome de Klüver-Bucy: secção bilateral das amígdalas (porção anterior do lobo temporal, onde ficam localizadas) causa: I) perda do medo, II) extrema curiosidade, III) esquecimento rápido, IV) coloca-se tudo na boca, V) grande impulso sexual.
		- Função global da amígdala: responsável pela percepção semiconsciente; parece padronizar as respostas comportamentais apropriadas para cada ocasião.
	g) Córtex límbico
		- Atua como um área de associação de controle do comportamento;
		- A ablação da parte posterior do córtex orbital frontal traz insônia e inquietude;
		- Os giros cingulados anteriores e giros subcalosos mantêm a conexão entre o sistema límbico e o córtex pré-frontal. A ablação dessa região pode trazer um alta grau de raiva.
- Bibliografia:
	Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 10ª Ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2005.

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