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desafios contemporaneos unidade 4

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Guilherme M. C. Airam Darrieux 
Desafios
contemporâneos
Sumário
03
CAPÍTULO 4 - Os desafios da política do país enfrentados na profissão ...............................05
Introdução ....................................................................................................................05
4.1 A política brasileira e o poder no ambiente de trabalho ................................................05
4.1.1 A importância de saber e falar de política no ambiente de trabalho ......................07
4.1.2 Contexto histórico da política e das relações de trabalho .....................................08
4.1.3 Questões políticas e relações de poder nas organizações e no mercado profissional .. 10
4.2 Como o profissional deve lidar com a política em seu dia a dia na empresa ................... 12
4.2.1 As principais facetas da política no ambiente de trabalho ...................................... 14
Síntese ..........................................................................................................................18
Referências Bibliográficas ................................................................................................19
Capítulo 4
05
Introdução
Antes de começar este capítulo, vamos refletir sobre quais fatores compõem um país. São inúme-
ros, não é mesmo? Entre eles, podemos pontuar a economia, a política, a cultura, a cidadania, 
etc. Enfim, todos os fatores são de extrema importância para que a nossa sociedade possa existir. 
No entanto, eles precisam aprender a se relacionar, a fim de proporcionar um melhor habitat 
para todos nós. Por exemplo, o fator empresarial tem correlação com a economia, já que ajuda 
na geração de empregos, na transformação da matéria-prima em produtos, na movimentação 
monetária, entre outros. 
Além de se relacionarem, os fatores impactam mudanças expressivas um nos outros. É o caso da 
política. Para entender melhor essa questão, vamos voltar no tempo. Do século XX para cá, houve 
muitas mudanças políticas em nosso país, inclusive nas políticas sociais, certo? Isso fez a socie-
dade se adequar às novas leis, trazendo outra forma de atuação, principalmente no mercado de 
trabalho, na economia e na cidadania. 
Um exemplo disso é o direito adquirido na Constituição Federal de 1988 de que todo cidadão 
é agente ativo, participando do processo político do país e da escolha de seus representantes. 
E essa escolha é de extrema importância, já que ela influenciará toda a sociedade. Afinal, os 
eleitos discutirão e aprovarão as regras que devem ser seguidas por todos, sejam estes indivíduos 
ou organizações. 
Por isso, é necessário refletir e discutir sobre a política brasileira atual e como ela pode influen-
ciar o profissional contemporâneo, inclusive, levando em conta os desafios que os profissionais 
enfrentam por conta das mudanças políticas em nosso país.
Preparado para começar? Então vamos em frente!
4.1 A política brasileira e o poder no ambiente 
de trabalho
Cada vez mais na sociedade contemporânea, as pessoas percebem a importância da política em 
suas vidas e se engajam para participar dela. Até porque a política é vista como um caminho, ou 
seja, uma forma de mudança, possibilitando, assim, uma diminuição nas desigualdades sociais 
e econômicas enfrentadas pela globalização.
Mas como a política pode influenciar o nosso dia a dia no ambiente de trabalho? Antes de 
aprofundarmos essa questão, vamos primeiramente entender o que é política e diferenciá-la do 
conceito de poder.
Os desafios da política do país 
enfrentados na profissão
06 Laureate- International Universities
Desafios contemporâneos
De acordo com o Dicionário Moderno de Língua Portuguesa Michaelis, política significa a arte ou 
a ciência de governar. A palavra política vem do grego antigo e se refere a tudo que está rela-
cionado a polis, que quer dizer cidade/estado. Esse termo pode tratar tanto de questões relativas 
ao Estado como da sociedade, da comunidade e da vida dos indivíduos. 
O famoso e importante filósofo grego Aristóteles dizia que a política é uma ciência e que seu 
objetivo é proporcionar a felicidade humana. Inclusive, em sua visão, a política divide-se em 
ética e na política em si. Em relação à ética, o objetivo é alcançar a felicidade individual do ho-
mem na pólis; enquanto que, na política em si, o principal objetivo é se preocupar em garantir a 
felicidade coletiva. Resumindo, a política é tudo aquilo que está relacionado às ações que visam 
ao bem-estar individual e coletivo.
Agora, o conceito de poder, também de acordo com o Dicionário Moderno de Língua Portugue-
sa Michaelis, é definido como ter autoridade, domínio ou influência sobre algo ou alguém. No 
aspecto político, o poder é algo imposto, que não aceita desacato ou desobediência. Por isso, 
ele está ligado às relações sociais e à política. Afinal, o Estado se expressa perante a sociedade, 
muitas vezes, por meio do poder. Margaret Thatcher, política britânica e primeira-ministra do 
Reino Unido entre 1979e 1990, já costumava dizer que “o poder é como ser uma dama […] Se 
você tem que dizer às pessoas que você é, você não é”.
Figura 1 – Margaret Thatcher, conhecida na política mundial como “a dama de ferro”.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Em resumo, o poder é algo deliberativo, ou seja, é um mandar e um agir. Podemos pegar o 
exemplo de um juiz: ele tem o poder de decidir e julgar sobre uma determinada situação e ação, 
se alguém é inocente ou culpado, etc. Já no caso da política, em que se pode exercer o poder 
público e governar, podemos pensar em nossos políticos, como prefeitos, governadores, depu-
tados e presidentes. Eles têm o poder político apenas, de governar cidades, estados e nações, 
decidindo sobre os assuntos voltados à política pública em geral. É importante não confundir 
poder com autoridade, já que são conceitos bastante distintos. A autoridade é um indicativo de 
ordem que é aceita, como, por exemplo, a autoridade da polícia.
07
NÃO DEIXE DE VER...
Para entender melhor como é a estrutura do poder e da política de nosso país, assista 
ao vídeo intitulado A estrutura política do Brasil, de Fernanda Fortes, no endereço: <ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=FIm4cb8R9TQ>. Por meio de animações, a autora 
explica de forma simples e direta os conceitos de poder e política, inclusive como eles 
estão estruturados em nosso país. 
No ambiente de trabalho, tanto a política quanto o poder têm características bem distintas. A 
política, por exemplo, pode ser abordada em duas vertentes:
•	 a política brasileira: aquela que afeta as relações de trabalho;
•	 a política empresarial: aquela que influencia as ações organizacionais.
Nesses dois tipos de política, podemos perceber algumas relações de poder. Por exemplo, o 
Estado restringindo as formas de contratação trabalhista, bem como a empresa controlando 
a produtividade de seus funcionários. Nos próximos tópicos, entenda um pouco mais sobre as 
questões políticas e de poder envolvidas no mercado de trabalho.
4.1.1 A importância de saber e falar de política no ambiente de trabalho
Assim como futebol e religião, o termo política por si só já é controverso. Ao ouvir ou falar essa 
palavra, vem imediatamente à nossa cabeça a imagem de nossos políticos, não é mesmo? E 
nas rodas de amigos, quando o assunto gira em torno disso, pode até mesmo haver brigas e 
desentendimentos.
Só que a política faz parte de nossas vidas e é quase impossível não falar dela ou discuti-la, em 
especial nos períodos de eleição. Porém, devemos ter o cuidado de não tomar partido e acabar 
gerando desconfortos ou calorosas discussões, que podem deixar um clima ruim no local de 
trabalho. 
Sabemos que o tema nos ronda e, às vezes, acabamos falando sobre a política de nosso país. 
Afinal, essa discussão pode até ser saudável, desde que tenhamos o cuidado denão impor aqui-
lo que pensamos e em que acreditamos, além de ter respeito pela opinião de nossos colegas e 
líderes. Para tanto, o primeiro passo é tentar evitar certa euforia quando o assunto for citado. No 
entanto, outra forma de também ter a imagem arranhada diante de colegas e chefia é de não 
saber ou falar nada sobre política. 
Há profissionais que, por não gostarem de política ou não se identificarem com ela, acabam 
evitando saber mais sobre o assunto. Essa atitude os faz serem considerados até mesmo um 
pouco alienados perante os demais. Por isso, todo o cuidado é pouco quando, em uma conversa 
informal, o tema surgir no ambiente de trabalho.
Como o mundo está cada vez mais globalizado, a informação está ao nosso alcance e deve ser 
usada ao nosso favor. Assim, o profissional contemporâneo deve estar atualizado sobre os temas 
do cotidiano, principalmente aqueles que o cercam, pois isso influenciará diretamente na sua 
vida particular e profissional.
08 Laureate- International Universities
Desafios contemporâneos
Figura 2 – A política e o poder.
Fonte: Shutterstock, 2015.
4.1.2 Contexto histórico da política e das relações de trabalho
Hoje em dia, existem políticas públicas voltadas para emprego, trabalho e renda no Brasil. Vale 
ressaltar que a legislação trabalhista possui alguns marcos históricos importantes. Veja, no qua-
dro a seguir, as principais mudanças envolvendo política e as relações de trabalho no último 
século.
09
1930	a	1970 1970	a	1990 A	partir	da	década	de	1990
Criação do Minis-
tério do Trabalho 
(MTE) em 1930.
Criação do Sistema Nacional de 
Emprego em 1976.
Criação de programas de assistên-
cia social, já que o crescente de-
semprego, a atividade informal e a 
necessidade de se garantir condi-
ções dignas para a sobrevivência 
passaram a ser uma realidade no 
país.
Consolidação das 
Leis Trabalhistas 
em 1943.
Em 1986, foi criado o seguro-de-
semprego.
Atualmente, temos Bolsa Família, 
Merenda Escolar e Erradicação 
do Trabalho Infantil, entre outros. 
Há, inclusive, programas de qua-
lificação profissional, como o Pla-
no Brasil Sem Miséria, gerando 
emprego e renda às populações 
humildes. Essa foi uma forma en-
contrada pelo governo de poder 
atacar a atual situação de crise 
econômica do nosso país, além da 
pouca oferta de empregos formais 
x a demanda necessária. Esses 
programas foram criados visando 
a atingir a população carente, já 
que a sociedade contemporânea 
exige que os trabalhadores possu-
am novas competências e muitas 
dessas necessidades estão além 
das competências ocupacionais.
Criação do FGTS – 
Fundo de Garantia 
por Tempo de Ser-
viço em 1966.
Na década de 1990, a criação do 
FAT – Fundo de Amparo ao Traba-
lhador, fundo ligado ao MTE,em 
que são custeados programas 
como o seguro-desemprego e 
abono salarial. A fonte de recur-
sos principal do FAT é vinda das 
contribuições do PIS – Programa 
de Integração Social e o Pasep– 
Programa de Formação do Patri-
mônio do Servidor Público. Com a 
criação do FAT, o sistema público 
de emprego pode ter uma autono-
mia financeira, já que ele é basi-
camente composto pelas políticas 
de transferência de rendas tempo-
rárias, como o próprio abono sala-
rial e o seguro-desemprego, além 
da prestação de serviços como a 
intermediação da mão de obra e 
da qualificação profissional e tam-
bém da concessão do crédito pro-
dutivo.
IMPORTANTE: Esta foi a forma que 
a política governamental encon-
trou para atender a uma deman-
da da qualificação que ajudeesses 
trabalhadores na inclusão no mer-
cado de trabalho formal.
10 Laureate- International Universities
Desafios contemporâneos
Atualmente, apolítica de emprego, trabalho e renda vem mostrando um avanço das políticas 
públicas voltadas ao mercado, embora de forma limitada e restrita. Afinal, os resultados da efe-
tiva contratação e inserção de profissionais no mercado formal ainda não são muito expressivos 
frente à grande demanda necessária.
Como vimos aqui, o Governo Federal possui políticas públicas voltadas a emprego, 
trabalho e renda no Brasil. Essas políticas apresentam programas de formação profis-
sional de jovens e adultos, inclusive incentivos ao empreendedorismo em nosso país. 
O site do Governo Federal tem uma página exclusiva a essas práticas, em que explica 
cada uma delas. Para saber mais como funcionam os programas, acesse o site<http://
www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/05/politicas-publicas-asseguram-mais-
-trabalho-e-renda-aos-brasileiros>.
NÃO DEIXE DE LER...
4.1.3 Questões políticas e relações de poder nas organizações e no 
mercado profissional
A política também exerce um papel atuante no que diz respeito às organizações sindicais, que 
representam os profissionais de sua categoria dentro das empresas. Inclusive, existe atualmente 
o Direito Coletivo do Trabalho, que é uma ramificação do Direito do Trabalho, para tratar das 
diretrizes dos sindicatos, dos conflitos e das soluções coletivas de trabalho e, dessa forma, de 
representação, além da garantia da “dignidade da pessoa humana”, um dos fundamentos nor-
teadores da Carta Magna.
Você sabe o que é Carta Magna? Nada mais é do que a nossa Constituição Federal. 
A primeira Constituição do Brasil foi proclamada em 1824, e a que temos em vigor 
hoje em dia é datada de 1988. É nela que encontramos as principais regras que regem 
nosso país. Por isso, chamamos a Constituição Federal de Carta Magna (expressão 
em latim para “carta grande”). Porém, ela também é conhecida como Carta Mãe, Lei 
Suprema ou Lei das Leis. Afinal, ela aborda os três poderes, os fundamentos, os direitos 
individuais e coletivos, os direitos sociais, as normas de nacionalidade e elegibilidade, 
a organização da administração direta e indireta, além de impor limites e deveres. Ou 
seja, nenhuma outra lei pode ir contra algum artigo da Constituição Federal. 
NÓS QUEREMOS SABER!
Falando em Carta Magna, vamos resgatar um ponto importante para a relação de trabalho 
instituída na Constituição Federal de 1988. Foi a partir dela que a importância e o conceito de 
cidadania foram reforçados em nosso país, garantindo sua livre expressão e a liberdade sindical. 
Essa liberdade sindical é o princípio básico da organização sindical atual, que tem como pilares 
a democracia e as relações coletivas.
Atualmente, a organização sindical tem suas relações baseadas no diálogo e na negociação, 
alcançando, assim, a garantia dos direitos dos trabalhadores e a justiça social. No entanto, 
precisamos deixar claro que a liberdade sindical não pode obrigar ninguém a se associar a 
um determinado sindicato, mesmo sendo o de sua categoria, para favorecer seu crescimento e 
aumento do número de filiados. Até porque o principal objetivo do sindicato é defender e repre-
11
sentar os trabalhadores dentro das empresas, verificando e orientando acerca das convenções 
e acordos coletivos. Isto é, há uma relação mútua de poder entre sindicato e os trabalhadores 
representados por ele.
Como já vimos, poder é quando algo ou alguém pode exercer autoridade e influência sobre 
os demais. Assim, podemos entender que, quando nós usamos o poder, estamos, na verdade, 
utilizando-o na busca de conseguir alguma coisa. O poder não é algo errado ou ruim, muito 
pelo contrário. Quando bem aplicado, ele pode ajudar e muito, especialmente nas relações de 
trabalho. Os principais tipos de poder que encontramos nas organizações hoje são:
•	 poder que se tem por estar em uma determinada posição em uma empresa, para punir 
outros (poder coercitivo);
•	 poder de influenciar a opinião de outras pessoas dentro da empresa (poder de conexão);
•	 poder que vem da experiência da pessoa e, com isso, ela é muito valorizada na organização 
(poder de expertise);
•	 poder de ter acesso a informações confidenciais e valiosas(poder de informação);
•	 poder relacionado ao título e ao cargo que a pessoa tem na empresa, assim como de suas 
responsabilidades no dia a dia de trabalho (poder legítimo ou posicional);
•	 poder de grande empatia, que a torna respeitada e querida nas organizações (poder de 
referência);
•	 poder ligado à capacidade de as pessoas oferecerem recompensas na organização, que 
podem vir como benefícios diversos, inclusive de salários (poder de recompensa).
Figura 3 – O poder e o profissional.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Podemos ver aqui que o poder está relacionado a muitas coisas e atitudes. Por isso, devemos sem-
pre lembrar que o maior erro ao utilizar o poder no ambiente profissional é tentar usá-lo quando 
não o temos e/ou de forma equivocada para alcançar um determinado objetivo ou resultado.
12 Laureate- International Universities
Desafios contemporâneos
4.2 Como o profissional deve lidar com a 
política em seu dia a dia na empresa
Sabemos que a política nos cerca em todos os lugares e a todo o momento. E no ambiente profis-
sional isso não poderia ser diferente. É natural nos dedicarmos ao nosso trabalho e nem sempre 
sermos notados ou termos o reconhecimento que esperamos. Mas, nessa hora, a política pode 
nos ajudar. Você deve estar se perguntando: como? Entenda a seguir.
A política da empresa engloba a forma de relacionamento entre os profissionais, além de in-
centivar comportamentos, habilidades e atitudes como negociação, administração do tempo e 
administração de conflitos, por exemplo. Ou seja, a organização tem uma grande expectativa no 
profissional quando o contrata, esperando que este realize as funções para o qual foi escolhido, 
mas que vá além da capacidade e do conhecimento técnico exigido. Ela espera que o profissio-
nal possa ser inovador, apresentando novas ideias e estratégias para o bom andamento do seu 
trabalho no dia a dia, com o fim de alcançar mais rápido os objetivos da empresa. Para isso, 
espera-se que o colaborador saiba identificar as oportunidades e que possa correr atrás delas.
CASO
Isabel é atualmente a supervisora de call center de uma grande empresa de alimentos. Ela é muito 
eficiente em suas atividades, inclusive é reconhecida pela chefia e pela equipe como uma boa em-
pregada e líder. Possui ótimo relacionamento interpessoal, além de tentar ao máximo correr atrás 
das oportunidades proporcionadas pela empresa. Isabel entrou na empresa há 3 anos como aten-
dente de call center e, ao final de seu primeiro ano, já foi promovida para supervisora. Ela veio 
de uma família humilde e, apesar de esforçada, não havia conseguido cursar o ensino superior. 
No seu primeiro ano de empresa, houve uma parceria da organização com uma importante 
instituição de ensino superior, proporcionando aos empregados que tivessem interesse a possi-
bilidade de cursar o 3º grau na modalidade EAD com um grande desconto. Isabel não pensou 
duas vezes e viu nessa parceria a oportunidade para se desenvolver e poder cursar o tão sonhado 
ensino superior. Ela fez o vestibular, passou e está finalizando ocurso de Tecnólogo em Recursos 
Humanos, já que adora trabalhar com pessoas e visa a crescer na área e na empresa. Ela só 
conseguiu a promoção para supervisora devido ao seu excelente desempenho e pelo fato de 
estar cursando o ensino superior.
A empresa possui muitos supervisores e um deles é Alexandre. Ele tem graduação em Administra-
ção de Empresas e ainda MBA em Gestão Empresarial. Possui um excelente conhecimento técni-
co, porém seu relacionamento com os colegas, líderes e subordinados não é dos melhores. Ele 
é conhecido pela rigidez e frieza, sendo considerado também rude por todos. Gosta de a todo o 
momento mostrar certa superioridade em relação aos seus colegas, já que ele, entre todos, é o 
único que possui um título de MBA.
Há pouco tempo, a empresa disponibilizou uma série de treinamentos a todos os superviso-
res, tratando os temas do dia a dia e algumas oportunidades de desenvolvimento e melhoria. 
Enquanto todos os outros supervisores adoram a ideia de cursos e cumpriram a agenda parti-
cipando ativamente, Alexandre compareceu apenas ao primeiro dia e depois não foi mais. Ele 
entendeu que já sabia de tudo que estava sendo dito ali e que nada poderia acrescentar ao que 
já conhecia e na sua forma de trabalho.
Como a empresa está crescendo muito, foi necessária a ampliação de seu call center, sendo ne-
cessária a criação de mais uma vaga de coordenação. A diretoria da empresa decidiu que daria 
a oportunidade a algum supervisor já existente, por conhecer bem o negócio, podendo agregar 
mais rapidamente à necessidade da companhia. O gerente do setor ficou responsável por essa 
13
decisão, com o apoio do RH. Só que o gerente e o próprio RH estavam divididos entre quem de-
veria assumir o cargo, e a dúvida estava exatamente entre Isabel e Alexandre. As dúvidas eram:
Isabel – Sabia muito do seu trabalho e da empresa, era muito bem vista por sua liderança, além 
de valorizada e elogiada pelos colegas e subordinados. A questão da dúvida era o fato de que 
ainda estava concluindo o ensino superior. Embora tenha agarrado a oportunidade de estudar e 
se formar, ainda estava um pouco “imatura” para exercer a função.
Alexandre – Possui um excelente currículo, tendo se formado cedo e feito uma especialização(MBA) 
em uma renomada instituição de ensino. Tinha o embasamento teórico e também conhecia a 
profissão e quais eram os objetivos da empresa. O que pesava contra era a questão do relacio-
namento. Não era bem visto nesse quesito por seus líderes, pares e subordinados, e a preocupa-
ção é que, com mais poder, isso poderia se agravar.
O gerente pensou muito sobre o assunto e se consultou algumas vezes com o RH, até que to-
mou uma decisão. Quem você acha que foi escolhido pelo gerente? Acertou quem apostou na 
Isabel!Isabel foi escolhida porque, além de ter o conhecimento da função, era esforçada e tinha 
um excelente relacionamento, algo que era imprescindível na atuação como coordenador. Foi 
aberta uma exceção na empresa pelo fato de ainda não ser formada. Mas como ela estava con-
cluindo ocurso, foi possível à empresa adequar-se a isso. Inclusive, seu gerente se comprometera 
a acompanhar seu trabalho (coaching), orientando-a para que ela pudesse perder a “imaturida-
de” e, assim, desenvolver-se profissionalmente na empresa e na carreira.
Figura 4 – A relação da política empresarial com os colaboradores das empresas.
Fonte: Shutterstock, 2015.
O que podemos concluir do caso exposto com relação à política que ocorre nas empresas? É 
que a política empresarial contempla o bom relacionamento no trabalho, respeito aos colegas, 
subordinados e líderes, para saber agarrar as oportunidades que a empresa disponibiliza.
Assim, a política organizacional pode arruinar ou, até mesmo, alavancar o profissional. Para as-
cender profissionalmente, ser político é um “mal necessário”, mas sem ser encarado como algo 
negativo. Afinal, essa política deve ser feita com ética, seriedade e trabalho árduo.
14 Laureate- International Universities
Desafios contemporâneos
Quem nunca, ao menos uma vez na vida, viu o programa O aprendiz e ficou esperan-
do a famosa frase “você está demitido” ser proferida? Pois é, o criador do programa 
e da frase célebre é o famoso Donald Trump. Você também já deve ter escutado falar 
dele. Trump é conhecido no mercado mundial como um implacável e excelente em-
presário, dono de várias empresas e empreendimentos, além de ser um membro ativo 
na política norte-americana. O seu programa mostra um pouco como negociar, lidar 
com conflitos, aproveitar as oportunidades, além de promover que tudo seja feito com 
muita ética. Não deixe de procurar na internet e assista a pelo menos um episódio para 
entender como é o contexto empresarial atual, o que as empresas esperam de seus 
empregados e, ainda, como o profissionalpode (e deve) se diferenciar dos demais.
VOCÊ O CONHECE?
Figura 5 – Donald Trump.
Fonte: Shutterstock, 2015.
4.2.1 As principais facetas da política no ambiente de trabalho
Que as empresas possuem suas políticas não é novidade para ninguém. Até porque elas preci-
sam de regras e normas para se estabelecerem e fazerem seus empregados seguirem, em prol 
dos objetivos e resultados da organização. Em outras palavras, essa política organizacional é a 
segurança de que todas as orientações serão seguidas, podendo contar com o comprometimento 
dos colaboradores para segui-la. Por isso, não deixa de ser uma esfera de poder: quem não se-
guir o que foi estabelecido pela empresa poderá sofrer algumas punições. Entre elas, advertência 
e demissão.
As empresas hoje em dia precisam enfrentam mercados globalizados, exigentes e competitivos, 
com cada vez mais demandas pelo menor tempo possível. Dessa maneira, acabam exigindo cada 
vez mais das pessoas que compõem seu quadro de funcionários.
15
A política organizacional é um dos aspectos mais considerados nas empresas, já que a partir 
dela se definem quais ações deverão ser tomadas para que haja o alcance dos objetivos estabe-
lecidos, determinando, assim, o diferencial competitivo dela no mercado de trabalho. É também 
na política da organização que há a busca pela excelência, com o objetivo de atender o cliente 
da melhor forma possível e ainda valorizar o capital humano que está inserido nela, já que este 
deve sempre ser seu maior patrimônio.
De acordo Giuzi (1987), as políticas organizacionais são as guias que orientam a ação adminis-
trativa para atingir as metas e os objetivos estabelecidos para a organização. 
NÃO DEIXE DE VER...
Agora que aprendemos um pouco mais sobre política organizacional, não deixe de 
assistir ao vídeo disponível no YouTube da Fundação Dom Cabral intitulado Política 
Empresarial das Organizações, que traz a professora de comportamento organizacio-
nal Sônia Diegues discorrendo sobre o tema de forma simples e direta. Para assistir, 
acesse:<https://www.youtube.com/watch?v=twyuGastULs>.
Figura 6 – Os profissionais atuais e as políticas empresariais.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Na busca por querer ser bem visto pela organização, devemos ter cuidado apenas para não 
perder o equilíbrio e exagerar nos comportamentos e atitudes. Afinal, nós passamos a maior 
parte de nossas horas diárias na empresa, mais que em nossas próprias casas, não é mesmo? E 
é exatamente por esse motivo que devemos nos comportar de maneira mais zelosa. Até porque 
é um local público, onde devemos conviver da melhor forma possível e em harmonia com os 
colegas e líderes.
Comportamentos genéricos esperados das empresas para seus funcionários, como poder de 
negociação, inovação, trabalho em equipe, entre outros, já sabemos que são unânimes nas 
organizações. Porém, é importante que o colaborador conheça a fundo a política da empresa, 
16 Laureate- International Universities
Desafios contemporâneos
sua missão, sua visão e seus valores para que possa ver exatamente qual o perfil do profissional 
esperado, a fim de se adequar às necessidades da organização e ao comportamento esperado 
por ela.
No entanto, há algumas regras, atitudes e comportamentos que os profissionais devem sempre 
seguir, independentemente da política organizacional. Vamos ver quais são?
•	 Evite bajulação– Devemos sempre fazer um bom trabalho, mas é preciso evitar ao máximo 
tentar agradar muito a pessoa que está acima de você na hierarquia. Atitudes como esta 
não geram confiança, porque colocam em xeque o que está atrás disso, ou seja, qual é 
o real interesse em jogo.
•	 Ter cuidado nos comportamentos e temperamentos–Ser impaciente, grosso, reservado 
demais não é bom no ambiente empresarial. Mesmo que tenhamos problemas pessoais 
(e todos nós temos), devemos deixá-los do lado de fora da empresa. Por isso, ser cordial, 
tratar bem as pessoas – independentemente de seus cargos e atuações na empresa – 
sempre gera uma boa visão do profissional. Assim, você será visto como um profissional 
agregador e que valoriza o trabalho em grupo, algo hoje muito procurado e incentivado 
nas empresas. 
•	 Aceite e respeite a hierarquia – Nas organizações, sempre há a escala do subordinado 
x colega x líder. O profissional deve estar atento a manter um bom relacionamento 
interpessoal com todos à sua volta, seja seu subordinado, seu par ou seu chefe. Repita 
aquilo que seus chefes lhe pedirem e disserem, afinal, ele está nessa caminhada e possui 
esse cargo porque tem competências e conhecimentos ou experiências necessárias 
para liderar. Mas se você for chefe, também deve valorizar e aceitar a opinião de seus 
subordinados e colegas.
Figura 7 – As atitudes dos profissionais que são valorizadas pela organização.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Existem também comportamentos e atitudes que devem ser banidos definitivamente do profissio-
nal. Vamos ver alguns deles.
•	 Fazer promessas e não conseguir cumprir – Por exemplo, prometer que vai entregar um 
material e não cumprir o prazo passa uma péssima impressão. Sempre negocie quando 
perceber que não conseguirá cumprir com o que prometeu.
17
•	 Cometer erros de escrita – Sempre revise seus textos e e-mails antes de enviar. É muito 
desagradável receber algo com a gramática errada. E o pior, por falta de atenção. Seja 
cuidadoso e focado.
•	 Pedir favores e não retribuí-los – É natural que tenhamos que pedir ajuda de vez em 
quando a colegas e líderes. Isso é natural em qualquer relacionamento, mas não se 
esqueça de também se colocar disponível para ajudar os demais colegas, afinal, todos 
visam ao mesmo objetivo.
•	 Demorar a responder e-mails ou não retornar ligações – Você pode estar atarefado e com 
muitas entregas a realizar, mas e-mails e telefonemas fazem parte da rotina de trabalho 
da empresa e devem receber toda a atenção, além de que ali podem constar requisições 
importantes para a realização do trabalho solicitado pela empresa.
•	 Não ter humildade e não agradecer – Como em qualquer relação, precisamos do outro 
para nos ajudar e apoiar. Por isso, a humildade é uma competência muito valorizada 
nas organizações. Assumir um erro ou admitir que não sabe ou não compreendeu algo 
é muito melhor do que omitir a informação. Outro ponto importante é o de sempre 
agradecer às pessoas que o ajudam. Então, nunca deixe de agradecer aos colegas que o 
ajudaram em alguma tarefa ou orientação.
Alguns profissionais, às vezes, precisam de um auxílio para seguir esses passos e se tornarem 
pessoas e profissionais melhores. Para isso, existem cursos e profissionais de coaching, para os 
indivíduos poderem aprender como devem agir no dia a dia, e ainda quais são as atitudes posi-
tivas e negativas que influenciam nas relações de trabalho. Essas estratégias trazem benefícios e 
podem ser um caminho de sucesso para a trajetória profissional e, até mesmo, pessoal, já que 
conhecimento e desenvolvimento influenciam todos os aspectos de nossas vidas, não é mesmo?
Coaching, você sabe o que ele quer dizer? É uma palavra em inglês que significa “ser 
um mentor”. Ou seja, um instrutor, que acompanha, orienta e forma profissionais para 
evoluir na carreira. Hoje em dia, há coaching também voltado à vida pessoal, espor-
tiva, entre outros. 
NÓS QUEREMOS SABER!
Figura 8 – O coaching como aliado no desenvolvimento profissional.
Fonte: Shutterstock, 2015.
18 Laureate- International Universities
Síntese
Neste capítulo, entendemos:
•	 sobre a política brasileira e sua influência nas organizações;
•	 como a política e o poder fazem parte do ambiente de trabalho;
•	 sobre a política organizacional e a importância do profissional contemporâneo em 
entender e se adequar a ela;
•	 o que se é esperado do profissional atual e o que deve ser abolido para evolução da 
carreira;•	 as estratégias que podem apoiá-lo a alcançar o desenvolvime
Síntese
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Referências
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São Paulo: Cortez Editora, 2006.
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Bibliográficas

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