Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Ceará Física Experimental para Engenharia Prática 3 – Pêndulo Simples Giovanni Oliveira Confalonieri – 390266 Turma 10 Professor Mauricélio 26/04/2016 – 16 horas. Sumário Objetivos..........................................................................................................................03 Material............................................................................................................................04 Introdução........................................................................................................................05 Procedimento...................................................................................................................07 Questionário.....................................................................................................................09 Conclusão........................................................................................................................11 Bibliografia......................................................................................................................12 Objetivos: A prática tem dois objetivos. Primeiramente, objetiva ao verificamento experimental das leis teóricas do pêndulo. Segundamente, objetiva a determinação da aceleração da gravidade local. Material: - Pedestal de suporte com transferidor; - Massas aferidas m1 e m2; - Cronômetro (alternativamente pode ser usado a função cronômetro de um celular); - Fita métrica; - Fio (linha zero). Introdução: O pêndulo simples consiste em uma partícula puntiforme suspensa por um fio, considerado sem massa e inextensível. Quando abandonada fora de sua posição de equilíbrio, a partícula começa a oscilar. Na figura abaixo foram relacionados os elementos atuantes e relevantes de um pêndulo simples. Pela figura, temos: - T: a tração exercida no fio pela partícula. - L: a largura do fio. - ɵ: o ângulo formado entre a normal (perpendicular à superfície) e o fio. - m.g: a força peso da partícula e suas componentes; m.g.cosɵ e m.g.senɵ. - x: a distância horizontal que a partícula percorre. Figura. 1 Como a partícula descreve um arco de circunferência (e considerando x<<L), a resultante das forças atua como força centrípeta e, portanto, tem o mesmo sentido da tensão T. senɵ=x/L Ainda considerando que x<<L (ou seja, considerando que a amplitude do movimento da partícula é pequena e que o ângulo também é pequeno), o movimento da partícula (o arco de circunferência) aproxima-se de um segmento de reta. Com isso, pode-se dizer que: Componente horizontal da força peso= -(m.g/L).x E agora, a componente horizontal antes escrita como m.g.senɵ, pode ser escrita da seguinte forma: Vale ressaltar que o sinal negativo aparece porque a componente horizontal tem valores negativos para um x positivo e valores positivos para um x negativo. Assim, para pequenas oscilações, existe uma proporcionalidade e uma troca de sentidos em relação à elongação e à força restauradora (componente horizontal do peso). Isso é equivalente a característica do movimento harmônico simples. Logo, para um m, g, e L constantes, pode-se escrever uma séria de conclusões que levam a um resultado notável: K=mg/L F=- kx T=2π T=2π Após a descoberta da equação do período(T), pode-se ainda determinar experimentalmente um valor para a aceleração da gravidade (g). T 2 =4.π 2 .L/g. Mas; Δ (T 2 )/ Δ L = 4.π 2 /g Procedimento: Para começar o procedimento, foi usado uma massa m1=50g. A massa aferida foi presa ao fio, que foi ajustado para o comprimento especificado na primeira medida (20cm). Após isso, o cronômetro foi empunhado e o fio (junto da massa) foram deslocados até a posição de 15 graus. Nesse momento, o fio e a massa foram soltos e o cronômetro começou a marcar o tempo. Quando o pêndulo simples realizou dez oscilações, o cronômetro foi parado e a medida de tempo foi anotada. Nessa primeira parte do experimento (referente à primeira tabela), manteve-se a massa e a angulação fixas e modificou-se, de uma medida para a outra apenas o comprimento da elongação. Segue a tabela. L (cm) Graus m (gramas) 10 T (s) T (s) T2 (s2) L1=20 15 50 10T1=8.66 10T1=8.81 10T1=8.90 0.87 0.75 L2=40 15 50 10T2=12.6 10T2=12.4 10T2=12.2 1.24 1.53 L3=60 15 50 10T3=15.6 10T3=15.4 10T3=15.2 1.54 2.37 L4=80 15 50 10T4=18.0 10T4=18.0 10T4=17.7 1.79 3.20 L5=100 15 50 10T5=20.1 10T5=19.8 10T5=20.0 1.99 3.98 L6=130 15 50 10T6=23.1 10T6=22.8 10T6=22.9 2.29 5.06 L7=150 15 50 10T7=24.6 10T7=24.4 10T7=24.4 2.45 6.00 Depois desses experimentos, foi feita uma mudança: quis-se medir a influência da amplitude sobre o período do pêndulo. Para isso, foi realizada duas medições onde só o que variava era a amplitude do movimento. Segue a tabela. L (cm) Graus m (gramas) 10T (s) T(s) L8=140 15 50 10T8=23.6 10T8=23.5 10T8=23.5 23.5 L9=140 10 50 10T9=23.3 10T9=23.1 10T9=23.4 23.3 Por fim, foi feita outra mudança: dessa vez quis-se medir a influência da massa sobre o período do pêndulo. Para tal, foram realizadas duas medições onde só o que variava era a massa. Segue a tabela. L (cm) Graus M (gramas) 10T (s) T (s) L10=140 10 100 10T10=23.3 10T10=23.8 10T10=23.4 23.5 L11=140 10 50 10T11=23.3 10T11=23.1 10T11=23.4 23.3 Por fim, foi pedido que construísse os gráficos T x L e T2 x L. Eles estão a seguir. T x L T2 x L Questionário: Questões: Dos resultados experimentais, é possível concluir que os períodos independem das massas? Justifique. Dos resultados experimentais, o que se pode concluir sobre os períodos quando a amplitude passa de 10 graus para 15 graus? Justifique. Qual a representação gráfica que se obtém quando se representa T x L? Explique. Idem para T2 x L. Explique. Determine o valor de g a partir do gráfico T2 x L. Qual o peso de uma pessoa de massa 65,00kg no local onde foi realizada a experiência? Compare o valor médio de T obtido experimentalmente para L = 150 cm com o seu valor calculado pela fórmula T=2π2). Comente. Chama-se “ pêndulo que bate o segundo”,aquele que passa por sua posição de equilíbrio uma vez a cada segundo. Qual o período desse pêndulo? Determine o comprimento do “pêndulo que bate o segundo”, utilizando o gráfico T2 x L. Discuta as transformações de energia que ocorrem durante o período do pêndulo. Respostas: As experiências 10 e 11( nas quais foi mantido o ambiente da experiência similar, varindo apenas a massa do corpo) comprovaram empiricamente que o período do pêndulo independe da massa pois em 2 das 3 medições feitas, o período obtido foi exatamente o mesmo. No terceiro caso, onde a medição não foi exatamente igual, os valores obtidos foram suficientemente próximos para se considerar que a diferença ocorreu devido a um provável erro ou incapacidade dos alunos de conseguir tal precisão. Como na questão anterior, foi comprovado empiricamente que o período não depende do ângulo, pois as medições feitas com 15 e 10 graus foram suficientemente próximas para considerar que qualquer diferença nos resultados ocorreu devido aos alunos e não questionam de fato a fórmula do período do pêndulo simples. Uma reta. O período cresce linearmente com o comprimento do fio. Outra reta. O crescimentod o quadrado do período em relação ao comprimento do fio também é linear. Sabe-se que a fórmula do quadrado do período é T2=4.π2.L/g. Usando arbitrariamente um dos resultados do gráfico para determinar a gravidade, temos que T2=5.25 e L= 130cm. Logo,g=9.77 m/s2. Peso da pessoa é dado por m.g. Sendo assim, 65,00x9.77= 635,05N. Valor médio de T para L=150cm: 2,45s. Valor de T de acordo com a fórmula: 2,45s. O valor de T medido experimentalmente foi exatamente igual ao valor esperado pela fórmula, o que quer dizer que a fórmula funciona e que os alunos praticaram bem a experiência. Período desse pêndulo é de 2 segundos pois ao realizar um movimento completo de ida e volta (período) o pêndulo passa 2 vezes pela posição de equilíbrio do mesmo. O período, de acordo com o gráfico, deve ser aproximadamente igual a 49 cm. Quando o pêndulo está parado (parado nas extremidades, não na posição de repouso) a energia potencial é máxima e a cinética é zero. Quando o pêndulo está na horizontal (só com movimento horizontal, ou seja, no meio do seu movimento) a energia potencial é zero e a cinética é máxima: EM = EP + EC EP=m.g.h (onde h é a altura em relação ao ponto de altura mínima - meio do pêndulo) EC=mV2 / 2 (onde V é a velocidade da massa em um dado ponto) Não se pode dizer que há total conservação da energia mecânica, pois se não houver vácuo, haverá atrito entre a massa e o ar e o pendulo irá, mesmo que seja após muito tempo, parar. Conclusão: A prática do pêndulo simples proporcionou aos alunos e chance de comprovar as leis do pêndulo simples, equações do período e comprovar quais fatores são, de fato, relevantes e caracterizam o período do pêndulo. Assim, foi possível comprovar que o período do pêndulo não depende da massa nem da amplitude com a qual o pêndulo é testado e que os dados que influenciam e fazem o período variar são mesmo o comprimento do fio e a aceleração da gravidade. Bibliografia: 1. PÊNDULO SIMPLES. In: Grupo de ensino de Física da Universidade Federal de Santa Maria. Acesso em: 09/05/2016. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/gef/MHS/mhs05.pdf>. 2. PÊNDULO SIMPLES. In: Universidade Católica de Brasília. Acesso em: 09/05/2016. Disponível em: <https://www.ucb.br/sites/100/118/Laboratorios/Mecanica/pendulosimplesv1.pdf>. 3. SEARS, W. Francis, ZEMANSKY, W. Mark, YOUNG, D. Hugh e FREEDMAN, A. Roger, Fısica 1. 12a edicao - 2008. Pearson Addison Wesley. Sao Paulo. 4. ALONSO, Marcelo e FINN, Edward, Fısica, um curso universitario - Volume 1 Mecanica. 10a reimpressão - 2002. Editora Edgard Blucher Ltda. 5. NUSSENZVEIG, H. Moyses, Curso de Fısica Basica, Volume 1 Mecanica. 4a edicao - 2002. Editora Edgard Blucher Ltda. 6. HALLIDAY, David, RESNICK, Robert e KENNETH, Krane S., Fısica 1. 5a edicao - 2003. LTC - Livros Tecnicos e Cientıficos Editora. S.A. Rio de Janeiro.
Compartilhar