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Richard Sennett - A Corrosão do Caráter e o Significado do Trabalho - Apresentação

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A CORROSÃO DO CARÁTER
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(...) o aspecto da flexibilidade que mais confusão causa é seu impacto sobre o caráter pessoal. (p.10)
(...) a experiência se acumulava material e fisicamente; sua vida, assim, fazia sentido para ele, numa narrativa linear. (p.14)
Ele temia que as medidas que precisava tomar e a maneira como tinha de viver para sobreviver na economia moderna houvessem posto sua vida emocional, interior, à deriva. (p.19)
(...) ninguém nelas se torna testemunha a longo prazo da vida de outra pessoa. (p.20)
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“Não há longo” prazo é um princípio que corrói a confiança, a lealdade e o compromisso mútuo. (p.24)
(...) o capitalismo de curto prazo corrói o caráter dele, sobretudo aquelas qualidade de caráter que ligam os seres humanos uns aos outros, e dão a cada um deles um senso de identidade sustentável. (p.27)
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O comportamento flexível que lhe trouxe o sucesso está enfraquecendo seu caráter de um modo para o qual não há remédio prático. Se ele é o Homem Comum de nossa época, sua universalidade pode estar em seu dilema. (p.33)
A separação de casa e trabalho é, dizia Smith, a mais importante de todas as modernas divisões de trabalho. (p.40)
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Esse planejamento minucioso do tempo de trabalho estava ligado a medidas de tempo muito longas também na empresa. (p.47)
Para Mill, o comportamento flexível gera liberdade pessoal. Ainda estamos dispostos a pensar que sim; (...) A repulsa à rotina burocrática e a busca da flexibilidade produziram novas estruturas de poder e controle, em vez de criarem as condições que nos libertam. (p.54)
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Essa ausência de apego temporal está ligada a um segundo traço de flexibilidade de caráter, a tolerância com a fragmentação. (p.72)
O que é realmente novo é que, na padaria, percebi um terrível paradoxo. Nesse local de trabalho high-tech, flexível, onde tudo é fácil de usar, os empregados se sentem pessoalmente degradados pela maneira como trabalham. (p.79)
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(...) a maquinaria é o único verdadeiro padrão de ordem, e por isso tem de ser fácil para qualquer um, não importa quem, operar. (p.84)
É preciso coragem para uma mulher de meia-idade como Rose arriscar uma coisa nova, mas a incerteza sobre sua posição, combinada com a negação da experiência que vivera, minou sua coragem. “Mudança”, “oportunidade”, “novo”: tudo soava vazio (...). (p.93)
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(...) os bem-sucedidos levam a mesa toda, enquanto a massa dos perdedores fica com migalhas para dividir entre si. A flexibilidade é um elemento-chave para permitir a formação desse mercado. Sem um sistema burocrático que canalize os ganhos de riqueza através de uma hierarquia, as recompensas gravitam para os mais poderosos; (...). (p.105)
O trabalho de equipe é a prática de grupo da superficialidade degradante. (p.118)
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As pessoas ainda fazem jogos de poder nas equipes, mas a ênfase em aptidões leves de comunicação, facilitação e mediação muda radicalmente um aspecto do poder: desaparece a autoridade, (...) o poderoso apenas facilita, capacita os outros. Esse poder sem autoridade desorienta os empregados; (...). (p.130)
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Em lugar do homem motivado, surge o homem irônico. (...) as pessoas jamais são exatamente capazes de se levar a sério, porque sempre sabem que os termos em que se descrevem estão sujeitos a mudança, sempre sabem da contingência e fragilidade de seus vocabulários finais. (p.138)
O fracasso é o grande tabu moderno. (...) tornou-se mais conhecido como um fato regular nas vidas da classe média. (p.141)
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(...) concentraram-se na busca de forças externas para culpar. (p.151)
O único compromisso comunitário que eles mantêm, na verdade buscam com vigor cada vez maior, é a participação na administração de suas igrejas locais. Isso é importante para eles por causa do contato pessoal que têm com outros membros da igreja. (p.155)
Hoje, no novo regime de tempo, esse uso do “nós” se tornou um ato de autoproteção. O desejo de comunidade é defensivo, (...). (p.165)
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Um acentuado fracasso é a experiência pessoal que leva a maioria das pessoas a reconhecer que a longo prazo elas não se bastam. (p.168)
A falta de responsividade é uma reação lógica ao sentimento de que não somos necessários. (p.175)
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“Quem precisa de mim?” é uma questão de caráter que sofre um desafio radical no capitalismo moderno. O sistema irradia indiferença. Faz isso em termos dos resultados do esforço humano, como nos mercados em que o vencedor leva tudo, onde há pouca relação entre risco e recompensa. (p.174)
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SENNETT, R. A corrosão do caráter: as conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Tradução: Marcos Santarrita. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
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