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6 Aula saúde da criança

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Saúde da Criança e 
do adolescente 
Elaborada por: Enf.ª Elaine Soares 
Revisada por: Marcelo Marôcco 
 
 
INTRODUÇÃO 
• O termo RN de risco se refere àquele exposto a situações em que há 
maior risco de evolução desfavorável, que devem ser prontamente 
reconhecidas pela equipe de saúde, pois demandam atenção especial 
e prioritária. 
• Essas situações podem estar presentes no nascimento – RN de risco 
ao nascer – ou acontecer ao longo da vida da criança. 
ATENÇÃO À SAÚDE DO RECÉM-NASCIDO 
 Guia para os Profissionais de Saúde, Vol. 1, 2012. 
 CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DO RN DE RISCO 
• Baixo nível socioeconômico. 
• História de morte de criança menor de 5 anos na família. 
• Criança explicitamente indesejada. 
• Mãe adolescente (<20 anos) 
• RN pré-termo (<37 semanas) 
• RN com baixo peso ao nascer (<2500g) 
• Mãe com baixa instrução (<8anos de estudo) 
ATENÇÃO À SAÚDE DO RECÉM-NASCIDO 
 Guia para os Profissionais de Saúde, Vol. 1, 2012. 
CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAR O RN DE ALTO RISCO 
• RN com asfixia grave ao nascer (Apgar < 7 no 5ºmin) 
• RN pré-termo com peso ao nascer <2.000g. 
• RN < 35 semanas de idade gestacional. 
• RN com outras doenças graves. 
 
Obs.: O RN de alto risco deve ser acompanhado até pelo menos o 
segundo ano completo de vida (mínimo de duas avaliações por ano); o 
acompanhamento até o quinto ano é desejável, para melhor avaliação 
da função cognitiva e da linguagem. 
ATENÇÃO À SAÚDE DO RECÉM-NASCIDO 
 Guia para os Profissionais de Saúde, Vol. 1, 2012. 
CLASSIFICAÇÃO DE PESO AO 
NASCER 
BAIXO PESO: < 2500g 
MUITO BAIXO PESO: < 1500g 
EXTREMO BAIXO PESO: < 1000g 
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/WebHelp/definicoes.htm 
Cuidados na Hora do Nascimento 
• No Brasil, nascem cerca de 3 milhões de crianças ao ano, das quais 
98% em hospitais. 
• Sabe-se que a maioria delas nasce com boa vitalidade; entretanto, 
manobras de reanimação podem ser necessárias de maneira 
inesperada. 
• São essenciais o conhecimento e a habilidade em reanimação 
neonatal para todos os profissionais que atendem RN em sala de 
parto, mesmo quando se esperam crianças hígidas sem hipóxia ou 
asfixia ao nascer. 
• O risco de haver necessidade de procedimentos de reanimação é 
maior quanto menor a idade gestacional e/ou o peso ao nascer. 
ATENÇÃO À SAÚDE DO RECÉM-NASCIDO 
 Guia para os Profissionais de Saúde, Vol. 1, 2012. 
Preparo para a assistência 
• O preparo para atender o RN na sala de parto inclui necessariamente: 
• Realização de anamnese materna. 
• Disponibilidade do material para atendimento. 
• Presença de equipe treinada em reanimação neonatal. 
 
 
Obs.: Quando se antecipa o nascimento de um concepto de alto risco, 
podem ser necessários dois a três profissionais treinados e capacitados 
para reanimar o RN de maneira rápida e efetiva. 
Avaliação da vitalidade ao nascer 
• Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação 
depende da avaliação rápida de quatro situações referentes à 
vitalidade do concepto, sendo feitas as seguintes perguntas: 
• Gestação a termo? 
• Ausência de mecônio? 
• Respirando ou chorando? 
• Tônus muscular bom? 
Se a resposta é sim a todas as perguntas, considera-se que o RN está 
com boa vitalidade e não necessita de manobras de reanimação. 
• A determinação da necessidade de reanimação e a avaliação de sua 
eficácia dependem da avaliação simultânea de dois sinais: 
• Respiração. 
• Frequência cardíaca (FC). 
 
Obs. 1: A FC é o principal determinante da decisão de indicar as diversas 
manobras de reanimação. Logo após o nascimento, o RN deve respirar de 
maneira regular e suficiente para manter a FC acima de 100bpm. 
Obs. 2: O processo de transição para alcançar saturação de oxigênio acima 
de 90% requer cinco minutos ou mais em RNs saudáveis que respiram ar 
ambiente. 
Assistência ao RN a termo com boa vitalidade ao nascer 
• Se, ao nascimento, verifica-se que o RN é a termo, está respirando ou 
chorando e com tônus muscular em flexão, sem a presença de líquido 
amniótico meconial, a criança apresenta boa vitalidade e não 
necessita de qualquer manobra de reanimação. 
• O RN a termo com boa vitalidade deve ser secado e posicionado 
sobre o abdome da mãe ou ao nível da placenta por, no mínimo, um 
minuto, até o cordão umbilical parar de pulsar (aproximadamente 
três minutos após o nascimento), para só então realizar-se o 
clampeamento. 
• Após o clampeamento do cordão, o RN poderá ser mantido sobre o 
abdome e/ou tórax materno, usando o corpo da mãe como fonte de 
calor, garantindo-se que o posicionamento da criança permita 
movimentos respiratórios efetivos. 
• O contato pele a pele imediatamente após o nascimento, em 
temperatura ambiente de 26°C, reduz o risco de hipotermia em RNs a 
termo que nascem com respiração espontânea e que não necessitam 
de ventilação, desde que cobertos com campos preaquecidos. 
• Nesse momento, pode-se iniciar a amamentação. 
• A Organização Mundial da Saúde recomenda que o aleitamento 
materno seja iniciado na primeira hora de vida, pois está associado à 
menor mortalidade neonatal, ao maior período de amamentação, à 
melhor interação mãe-bebê e ao menor risco de hemorragia materna. 
• Após a realização dos cuidados de rotina na sala de parto, o RN em 
boas condições clínicas deve ser encaminhado com a mãe ao 
alojamento conjunto. 
Assistência ao RN com líquido amniótico meconial 
• Na presença de líquido amniótico meconial, fluido ou espesso, o 
obstetra não deve realizar a aspiração das vias aéreas, pois esse 
procedimento não diminui a incidência de síndrome de aspiração de 
mecônio, a necessidade de ventilação mecânica nos RNs que 
desenvolvem pneumonia aspirativa, nem o tempo de oxigenoterapia 
ou de hospitalização. 
• Caso o neonato com líquido meconial fluido ou espesso apresente, 
logo após o nascimento, movimentos respiratórios rítmicos e 
regulares, tônus muscular adequado e FC maior que 100bpm, a 
conduta deverá ser, nesta ordem: 
• Levar o RN à mesa de reanimação. 
• Colocá-lo sob fonte de calor radiante. 
• Posicionar sua cabeça com uma leve extensão do pescoço. 
• Aspirar o excesso de secreções da boca e do nariz com sonda de 
aspiração traqueal nº 10. 
• Secar e desprezar os campos úmidos, verificando novamente a 
posição da cabeça. 
• Avaliar a FC e a respiração. 
• Quando o neonato com líquido amniótico meconial fluido ou espesso, 
logo após o nascimento, não apresentar ritmo respiratório regular 
e/ou o tônus muscular estiver flácido e/ou a FC for menor que 
100bpm, o profissional deve: 
• Realizar a retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traqueia 
sob visualização direta e fonte de calor radiante. 
• A aspiração traqueal propriamente dita deve ser feita com cânula 
traqueal conectada a um dispositivo para aspiração de mecônio e ao 
aspirador a vácuo, com pressão máxima de 100mmHg. 
• Recomenda-se aspirar o excesso de mecônio uma única vez; se o RN 
permanecer com FC < 100bpm, respiração irregular ou apneia , deve-
se iniciar a ventilação com pressão positiva (VPP). 
Assistência ao RN com necessidade de reanimação 
• Se o RN é pré-termo ou se, logo após nascer, não estiver respirando 
e/ou apresenta-se hipotônico, indicam-se os passos iniciais, que 
consistem em: 
• Prover calor. 
• Posicionar a cabeça em leve extensão. 
• Aspirar vias aéreas, se houver excesso de secreções. 
• Secar e desprezar os campos úmidos(se RN >1500g). 
• Reposicionar a cabeça, se necessário. 
 
Obs.: Os passos iniciais devem ser executados em, no máximo, 30 
segundos. 
Prover calor 
• O primeiro passo consiste em manter a temperatura corporal entre 36,5°C 
e 37° C. Relatos recentes consideramque a hipotermia na admissão à 
terapia intensiva neonatal, (temperatura corporal abaixo de 36,50 C) é um 
fator independente de risco para mortalidade e morbidade. 
• A hipotermia agrava ou favorece o desequilíbrio ácido-básico, o 
desconforto respiratório, a enterocolite necrosante e a hemorragia 
intraperiventricular em RN de muito baixo peso. Assim, para diminuir a 
perda de calor nesses RNs, é importante preaquecer a sala de parto e a 
sala onde serão realizados os procedimentos de reanimação, mantendo 
temperatura ambiente de, no mínimo, 26° C. 
• Após o clampeamento do cordão, o RN é recepcionado em campos 
aquecidos e colocado sob calor radiante. 
BERÇO AQUECIDO 
 
• Em RN com idade gestacional inferior a 29 semanas ou peso ao 
nascer inferior a 1.500g, recomenda-se o uso de saco plástico 
transparente de polietileno de 30x50cm. 
• Assim, logo depois de posicioná-lo sob fonte de calor radiante e antes 
de secá-lo, introduz-se o corpo do RN pré-termo, exceto a face, 
dentro do saco plástico e, a seguir, realizam-se as manobras 
necessárias. Todos os procedimentos da reanimação são executados 
com o RN dentro do saco plástico. 
• Tal prática pode ser suplementada pelo emprego de touca para 
reduzir a perda de calor na região da fontanela. Cuidado especial 
deve ser tomado no sentido de evitar a hipertermia, pois pode 
agravar a lesão cerebral em RNs asfixiados. 
Ventilação com pressão positiva 
• A ventilação com pressão positiva (VPP) é indicada quando, após 
execução dos passos iniciais em 30 segundos, o RN apresenta pelo 
menos uma das seguintes situações: 
• Apneia. 
• Respiração irregular. 
• FC menor que 100bpm. 
 
 
 
A VPP, quando indicada, deve 
ser iniciada nos primeiros 60 
segundos de vida (“minuto de 
ouro”). 
 
 Massagem cardíaca 
• A asfixia pode desencadear vasoconstrição periférica, hipoxemia tecidual, 
diminuição da contratilidade miocárdica, bradicardia e, eventualmente, 
parada cardíaca. 
• A ventilação adequada reverte esse quadro na grande maioria dos casos. 
Deve-se lembrar que, como a massagem cardíaca diminui a eficácia da 
ventilação, ela só deve ser iniciada quando a expansão e a ventilação 
pulmonares estiverem bem estabelecidas. 
• A massagem cardíaca só deve ser iniciada se, após 30 segundos de 
ventilação com oxigênio suplementar, o RN apresentar ou persistir com FC 
inferior a 60bpm. 
• A compressão cardíaca é realizada no terço inferior do esterno 
preferencialmente por meio da técnica dos dois polegares 
posicionados logo abaixo da linha intermamilar, poupando-se o 
apêndice xifoide. 
• De modo eventual, pode-se aplicar a técnica dos dois dedos, 
posicionando-se os dedos indicador e médio no terço inferior do 
esterno, quando houver desproporção entre o tamanho das mãos do 
reanimador e do tórax do RN ou houver necessidade de cateterismo 
umbilical. 
• As complicações da massagem cardíaca incluem fratura de costelas, 
com pneumotórax e hemotórax, e laceração de fígado. 
Massagem cardíaca 
• A profundidade da compressão deve ser de cerca de 1/3 da dimensão 
ântero-posterior do tórax, de maneira a produzir um pulso palpável. 
Essa manobra deve ser suave, com o tempo de compressão 
discretamente inferior ao de relaxamento. A massagem cardíaca deve 
ser sempre acompanhada de ventilação com pressão positiva com 
oxigênio suplementar. 
• 
• No RN, a massagem cardíaca e ventilação são realizadas de forma sincrônica, 
mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, 3 movimentos de massagem cardíaca 
para 1 movimento de ventilação, com uma frequência de 120 eventos por minuto 
(90 movimentos de massagem e 30 ventilações). 
• A massagem deve continuar enquanto a FC estiver inferior a 60bpm. 
• Com a melhora do RN, isto é, quando, após ventilação acompanhada de 
massagem cardíaca, ele apresentar FC acima de 60bpm, interrompe-se apenas a 
massagem. 
• Caso existam respirações espontâneas regulares e a FC atingir níveis superiores a 
100bpm, a ventilação também é suspensa, sendo então administrado oxigênio 
inalatório através de cateter, com retirada gradual de acordo com a saturação de 
O2 verificada na oximetria de pulso. 
• Em geral, quando o RN recebeu massagem cardíaca na sala de parto, é mais 
prudente transportá-lo intubado à UTI Neonatal em incubadora de transporte, 
sendo a decisão quanto à extubação realizada de acordo com a avaliação global 
do RN na unidade. 
 
Medicações 
• A bradicardia neonatal é, em geral, resultado de insuflação pulmonar 
insuficiente e/ou de hipoxemia profunda. Dessa maneira, a ventilação 
adequada é o passo mais importante para corrigir a bradicardia. 
• Quando a FC permanecer abaixo de 60bpm a despeito de ventilação 
efetiva e de massagem cardíaca adequada, o uso de adrenalina, 
expansor de volume ou ambos está indicado. 
 
Adrenalina endovenosa Adrenalina endotraqueal Expansores de volume 
Diluição 1mL adrenalina em 9mL 
de SF 0,9% 
1mL adrenalina em 9mL 
de SF 0,9% 
SF 0,9% Ringer lactato 
Sangue Total 
Preparo 1mL 5mL 2 seringas de 20mL 
Dose 0,1 – 0,3mL/kg 0,5 – 1,0mL/kg 10mL/kg EV 
Velocidade e Precauções Infundir rápido na veia 
umbilical e, a seguir, 
infundir 0,5 – 1,0mL de SF 
0,9% 
Infundir diretamente na 
cânula traqueal e ventilar 
a seguir. USO ÚNICO 
 
Infundir o expansor de 
volume na veia umbilical 
lentamente, em 5 a 10 
minutos 
 
• A via preferencial para a infusão de medicações na sala de parto é a 
endovenosa, sendo a veia umbilical de acesso fácil e rápido. O cateter 
venoso umbilical deve ser inserido apenas 1 – 2cm após o ânulo, 
mantendo-o periférico de modo a evitar a sua localização em nível 
hepático. 
• A administração de medicações por via traqueal só pode ser usada 
para a adrenalina, uma única vez, sabendo-se que a absorção por via 
pulmonar é lenta e imprevisível. 
CATETER UMBILICAL 
• A adrenalina está indicada quando a ventilação adequada e a massagem cardíaca 
efetiva não elevaram a FC acima de 60bpm. 
• A adrenalina deve ser sempre usada na diluição de 1:10.000. Quando não há 
reversão da bradicardia com o uso de adrenalina, pode-se repeti-la a cada 3 – 5 
minutos (sempre por via endovenosa) e considerar uso de expansores de volume 
caso o RN esteja pálido ou existam evidências. 
• Os expansores de volume podem ser necessários para reanimar o RN com 
hipovolemia. A suspeita é feita se houver perda de sangue ou se existirem sinais 
de choque hipovolêmico, como palidez, má perfusão e pulsos débeis, e não 
houver resposta adequada da FC às outras medidas de reanimação. Com o uso do 
expansor, espera-se o aumento da pressão arterial e a melhora dos pulsos e da 
palidez. 
• Se não houver resposta, deve-se verificar a posição da cânula traqueal, o uso do 
oxigênio a 100%, a técnica da ventilação e da massagem e a permeabilidade da 
via de acesso vascular. 
• Deve ser enfatizado que a interrupção da reanimação só pode ser realizada após 
10 minutos de assistolia na vigência de reanimação adequada. 
Conhecendo o RN 
• O exame físico geral é de suma importância na avaliação clínica do 
RN. 
 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
Pele 
A pele apresenta diversas características que devem ser atentamente observadas durante 
o exame físico do RN. 
Deve-se avaliar: 
• Textura. 
• Umidade. 
• Cor. 
• Presença de Milium. 
• Presença de Lanugo. 
• Presença de Vérnix. 
• Presença de Mancha mongólica. 
• Presença de Icterícia. 
• Presença de anomalias. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
Pele 
A textura da pele depende muito da idade gestacional. 
• O RN pré-termo extremo possui pele muito fina e gelatinosa, 
• O atermo tem pele lisa, brilhante, úmida e fina, e 
• O RN pós-termo ou com insuficiência placentária, pele seca, 
enrugada, apergaminhada e com descamação acentuada. 
• Por esse motivo a textura da pele é um dos parâmetros utilizados na 
avaliação da idade gestacional. Nos casos de hipotireoidismo 
congênito pode-se observar pele seca e áspera. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
Cor 
• A pele normal do RN apresenta cor rosada, mais evidente nas crianças de pele 
clara. Crianças filhas de pais negros podem apresentar pele clara no nascimento. 
No entanto, pode-se detectar nesses RNs maior quantidade de melanina nos 
mamilos, região periungueal, na pele da borda do umbigo e na genitália. 
• A palidez acentuada pode ser um dado importante para o diagnóstico de anemia 
(aguda ou crônica), vasoconstrição periférica ou choque; traduz situação grave e 
deve ter sempre investigada a causa de seu aparecimento. 
• A presença de uma linha delimitando um hemicorpo com eritema e outro com 
coloração normal é conhecida como fenômeno de Arlequim. É uma ocorrência 
em geral benigna, não muito rara, de causa desconhecida, sugerindo algum grau 
de instabilidade vasomotora. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
Fenômeno de Arlequim 
• A cianose, coloração azulada, é intercorrência relativamente comum 
no RN, que frequentemente possui níveis de hemoglobina acima de 
15g/dL. É comum a presença de cianose de extremidades, que se 
apresentam frias ao toque. Essa condição costuma regredir com o 
aquecimento. 
• A cianose central, no entanto, é preocupante e associa-se geralmente 
com doenças cardiorrespiratórias. 
• Na vigência de líquido amniótico meconiado, a pele e o coto umbilical 
podem estar impregnados, apresentando cor esverdeada 
característica. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
Mecônio 
• Alguns achados comuns como presença de milium, lanugo, vérnix e 
mancha mongólica não têm repercussão clínica. Outros, também comuns, 
como eritema tóxico, hemangiomas e icterícia devem ser mais bem 
avaliados quanto ao diagnóstico diferencial e, eventualmente, à adoção de 
medidas. 
• Milium sebáceo está presente em 40% dos RNs. Manifesta-se por 
pequenos pontos brancos (menor que 1mm), localizados na base do nariz, 
queixo e fronte, devido à distensão e obstrução das glândulas sebáceas, 
decorrentes da ação do estrógeno materno; desaparecem em poucas 
semanas. 
• Lanugo é a denominação dada aos pelos finos que costumam recobrir a 
região do ombro e da escápula. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
Aspecto do ombro de RN com grande quantidade de lanugo 
• Os RNs prematuros entre 34 e 36 semanas costumam estar recobertos por 
material gorduroso e esbranquiçado, o vérnix caseoso, cujas funções 
primordiais são a proteção da pele e o isolamento térmico. 
• Esse material pode ser retirado após o estabelecimento do controle 
térmico, geralmente após algumas horas do nascimento. 
• Nos RNs a termo, a quantidade costuma ser menor, podendo ser 
observado em locais protegidos como nas dobras dos membros e na 
genitália feminina, entre os pequenos e os grandes lábios. 
• Manchas mongólicas são manchas azul-acinzentadas localizadas 
preferencialmente no dorso e nas regiões glútea e lombossacra, podendo 
ser disseminadas; traduz imaturidade da pele na migração dos 
melanócitos, relacionada a fatores raciais. 
• São mais comuns nas raças negra e oriental e regridem nos primeiros 4 
anos de idade. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
Manchas mongólicas 
 
• Eritema tóxico geralmente aparece nos primeiros dias de vida sob a forma 
de lesões eritematosas multiformes (pápulas, máculas e até algumas 
vesículas), esparsas ou confluentes. O exame microscópico da secreção 
contida nas lesões mostra migração eosinofílica. Possui causa desconhecida 
e pode ser desencadeado por estímulos mecânicos de atrito ou pressão na 
pele. Regride espontaneamente, muitas vezes em poucas horas. Tem 
aspecto facilmente confundível com impetigo. 
• Impetigo é a infecção piogênica, mais comumente causada por 
Staphylococcus aureus. Inicia-se com lesões eritematosas puntiformes que 
em um ou dois dias evoluem para vesículas, que a seguir se pustulizam ou 
tornam-se bolhas (impetigo bolhoso). As lesões se propagam por 
inoculação e, quando se rompem, formam crostas amarelo-acastanhadas. 
Deve-se tomar cuidado para não contaminar outras crianças próximas. O 
tratamento pode ser tópico com soluções antissépticas e cremes 
antibióticos, chegando, nos casos mais graves, a ser necessária 
antibioticoterapia sistêmica. 
• Máculas vasculares são manchas de cor salmão que desaparecem à 
pressão, e estão presentes principalmente na nuca, pálpebra superior e 
fronte. Não possuem importância clínica ou estética. As máculas de face 
desaparecem em alguns meses, e as da nuca podem persistir por mais 
tempo. Estão presentes em 25% dos adultos. 
• Hemangiomas são formas vasculares mais extensas e elevadas que podem 
ter significado patológico. Por exemplo, quando localizadas em segmento 
cefálico e face, com coloração vinhosa, podem estar associadas a angiomas 
das leptomeninges (síndrome de Sturge-Weber), estando relacionadas a 
convulsões e hemiplegias. Outra eventualidade é a presença de 
hemangioma cavernoso, composto de elementos vasculares maduros e 
grandes, que na maioria dos casos cresce durante o primeiro ano de vida, 
regredindo a seguir. Aproximadamente 50% dos hemangiomas 
desaparecem até os 5 anos de idade e 70% até os 7 anos. 
 
Hemangioma Impetigo 
Avaliação da IG pelo 
Método do Capurro 
ICTERÍCIA 
• Síndrome caracterizada pela cor amarelada da pele decorrente de sua 
impregnação por bilirrubina, é achado comum, especialmente nas 
crianças com idades entre 48 e 120 horas de vida. 
• Para melhor detecção o exame deve ser feito sob luz natural. Deve-se 
descrever a intensidade da coloração amarelada detectada e sua 
distribuição nos diferentes segmentos do corpo, haja vista a icterícia 
evoluir no sentido crânio-caudal. 
• A icterícia sempre deve ter sua causa investigada se detectada nas 
primeiras 24h de vida ou quando apresentar-se de forma intensa. 
Quando detectada mais tardiamente, após 24h de vida, pode ser 
fisiológica ou patológica. 
ICTERÍCIA NEONATAL ou 
HIPERBILIRRUBINEMIA 
HIPERBILIRRUBINEMIA 
• O termo Hiperbilirrubinemia refere-se a uma quantidade excessiva de 
bilirrubina acumulada no sangue. 
• Epidemiologia mostra que cerca de 60% dos RNT e 80% dos RNPT 
apresentam algum grau de icterícia nos primeiros dias de vida em um 
pico entre os 3º e 4º dias. 
ICTERÍCIA NEONATAL 
 
FISIOLÓGICA PATOLÓGICA 
APÓS 24H 
 
PRIMEIRAS 
24H 
CAUSAS DA ICTERÍCIA FISIOLÓGICA 
• Imaturidade da função hepática associada à sobrecarga de bilirrubina 
secundária à hemólise dos glóbulos vermelho. 
Manifestações Clínicas e Complicações 
• Pigmentação amarelo alaranjado na pele, esclera e mucosa. 
• Complicação: Bilirrubina não conjugada é altamente toxica ao 
neurônio, levando encefalopatia bilirrubínica denominada 
KERNICTERUS. 
• A hiperbilirrubinemia significante, presente na primeira semana de 
vida, é um problema comum em RN a termo e pré-termo tardio. 
• Com frequência, está associada à oferta láctea inadequada, perda 
elevada de peso e desidratação. 
Classificação por Kramer 
Tratamento 
• Farmacológico: Fenobarbital 
 
• Fototerapia: Consiste na exposição da pele do RN a luz florescente. É 
a utilização de energia luminosa na transformação da bilirrubina em 
produtos mais hidrossolúveisassim facilitando sua excreção. 
FOTOTERAPIA 
FOTOTERAPIA 
INDICAÇÕES EFEITOS COLATERAIS 
• Hiperbilirrubinemia não conjugada 
(indireta) 
• Prematuros 
• Hemólise 
• Acidose metabólica 
• Insuficiência respiratória 
• Hipotermia 
• Hipoglicemia 
• Jejum prolongado 
• Aumento da perda hídrica 
• Erupção cutânea; 
• Aumento do número de evacuações 
(esverdeadas) 
• Urina mais escura 
• Hipertermia 
• Irritabilidade 
• Bronzeamento 
Assistência de enfermagem em fototerapia 
• Proteção ocular para evitar a lesão dos fotorreceptores da retina; 
• Retirar o protetor ocular durante amamentação e cada troca de plantão; 
• Manter RN sem roupa, protegendo apenas genitália com fralda; 
• Monitoramento da temperatura constante 
• Não colocar lubrificante ou loções óleo na pele para evitar o efeito de 
bronzeamento 
• Observar sinais de desidratação 
• Controlar eliminações vesico intestinal 
• Trocar com frequência a fralda 
• Incentivar o aleitamento materno 
Exsanguineotransfusão 
• Atualmente, a maioria dos casos de hiperbilirrubinemia indireta é controlada por 
meio de fototerapia, quando administrada de maneira adequada. A doença 
hemolítica grave por incompatibilidade Rh tem sido a principal indicação de 
exsanguineotransfusão. 
• A escolha do tipo de sangue para a exsanguineotransfusão depende da etiologia 
da icterícia. 
• Se a causa for doença hemolítica por incompatibilidade Rh, utiliza-se o tipo 
sanguíneo do RN, Rh negativo ou tipo O Rh negativo. No caso de hemólise por 
incompatibilidade ABO, as hemácias transfundidas podem ser as do tipo 
sanguíneo da mãe (O) e o plasma Rh compatível com o do RN ou hemácias tipo O 
com plasma AB Rh compatível. 
• Quando a etiologia não for a hemólise por anticorpos, pode ser utilizado o tipo 
sanguíneo do RN. 
• Qualquer que seja o tipo de sangue escolhido é obrigatória a realização da prova 
cruzada entre o sangue do doador e o soro da mãe, antes do início da 
exsanguineotransfusão. 
Exsanguineotransfusão 
• A exsanguineotransfusão deve ser realizada em ambiente asséptico, 
com o RN sob calor radiante, em monitorização contínua da 
temperatura e das frequências cardíaca e respiratória. 
• A duração preconizada é de 60–90 minutos. 
• A técnica mais utilizada é a do puxa-empurra, por meio da veia 
umbilical, sendo conveniente a localização radiográfica do cateter em 
veia cava inferior. 
Método Canguru(MC) 
• É uma política de saúde instituída pelo Ministério da Saúde no 
contexto da humanização da assistência neonatal. 
• É regulamentada por norma técnica lançada em dezembro de 1999, 
publicada em 5 de julho de 2000 pela Portaria Ministerial n° 693 e 
atualizada pela Portaria GM nº 1683 de 12 de julho de 2007. 
• O Método Canguru é uma tecnologia que vem mudando o paradigma 
da assistência neonatal no Brasil porque amplia os cuidados 
prestados ao bebê e agrega a necessidade de uma atenção voltada 
para os pais, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido, 2011. 
• Essa abrangência deriva da compreensão de que: O sucesso do 
tratamento de um RN internado em UTI neonatal não é determinado 
apenas pela sua sobrevivência e alta hospitalar, mas também pela 
construção de vínculos que irão garantir a continuidade do 
aleitamento materno (AM) e dos cuidados após a alta. 
 
Conceito MC 
• É um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pele 
o mais cedo possível entre os pais e o RN, de forma crescente e pelo 
tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, 
promovendo autonomia e competência parental a partir do suporte 
da equipe, da interação familiar e de redes sociais. 
• o Método Canguru não pode ser confundido nem considerado como 
sinônimo de posição canguru. 
• A posição canguru, no Brasil, de acordo com a Norma do Ministério 
da Saúde, é utilizada como parte do Método. 
• Colocar o RN em posição canguru consiste em mantê-lo com o 
mínimo de roupa possível para favorecer o contato pele a pele com a 
mãe ou com o pai, que devem, portanto, estar com o tórax 
descoberto. Recomenda-se, para o bebê, apenas o uso de fraldas. Em 
regiões mais frias, podem também ser utilizados luvas, meias e gorro. 
O bebê é colocado contra o peito, em decúbito prono na posição 
vertical. 
• Como está claro no próprio conceito, não existe determinação quanto 
ao tempo que o bebê deve permanecer em posição canguru. Essa é 
uma decisão partilhada com os pais que, se desejarem, podem utilizá-
la por tempo integral. Recomenda-se, no entanto, que após ser 
colocado na posição, o bebê não seja retirado em um tempo muito 
curto, devendo permanecer pelo menos durante uma hora, 
considerando que precisa de tempo para se organizar e depois entrar 
em sono profundo, o que é muito importante para o 
desenvolvimento cerebral e sua recuperação.6 
Vantagens 
• Redução do tempo de separação pai-mãe-filho. 
• Aumento do vínculo pai-mãe-filho. 
• Estímulo ao AM, permitindo maior frequência, precocidade e duração. 
• Aumento da competência e confiança dos pais no cuidado do filho, 
inclusive após a alta hospitalar. 
• Adequado controle térmico. 
• Melhor relacionamento da família com a equipe de saúde. 
• Estímulo sensorial adequado. 
• Redução de infecção hospitalar. 
• Redução do estresse e da dor dos RN. 
• Melhor qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e 
psicoafetivo dos RN de baixo peso. 
O método é desenvolvido em três etapas. 
• PRIMEIRA ETAPA 
• Pode começar no acompanhamento pré-natal de uma gestante de risco e segue 
todo o período da internação do RN na UTI neonatal. 
São passos fundamentais para a aplicação do método: 
• Acolher os pais e a família na unidade neonatal. 
• Não sobrecarregar os pais com muitas informações. 
• Esclarecer sobre as condições de saúde do RN, os cuidados a ele dispensados, a 
equipe, as rotinas e o funcionamento da unidade neonatal, de acordo com as 
demandas e necessidades. 
• Estimular o acesso livre e precoce dos pais à UTI, sem restrições de horário e 
tempo de permanência. 
• Garantir que a primeira visita seja acompanhada por alguém da equipe de saúde. 
• É importante destacar que é durante a internação do bebê, na 
primeira etapa do Método, que a mãe deve ser estimulada, 
progressivamente, a participar dos cuidados do seu filho, buscando 
conhecê-lo e desenvolver sentimento de pertencimento. 
• Com a estabilidade do bebê é iniciado o contato pele a pele, mesmo 
que ele ainda se encontre em ventilação mecânica e nutrição 
parenteral. Alguns estudos referem que RN estáveis, em ventilação 
mecânica, podem beneficiar-se do contato pele a pele. 
• Outras vantagens importantes, como melhora da imunidade e 
redução de infecção, também são citadas na literatura. 
• A primeira etapa termina quando o RN encontra-se estável e pode 
contar com o acompanhamento contínuo da mãe na segunda etapa, 
que acontece na unidade canguru. 
• Os critérios para ingresso nessa unidade devem ser relativos ao bebê 
e à mãe. 
• Critérios para ingresso na unidade canguru: 
Relativos ao bebê: 
• Estabilidade clínica. 
• Nutrição enteral plena – seio materno, sonda gástrica ou copo. 
• Peso mínimo de 1.250g. 
Relativos à mãe: 
• Desejo de participar, disponibilidade de tempo e de redes de apoio. 
• Capacidade de reconhecer sinais de estresse e situações de risco do 
RN. 
• Conhecimento e habilidade para manejar o bebê em posição canguru. 
 
Segunda etapa 
• Para essa etapa, na unidade canguru, algumas recomendações são muito importantes: 
• Não estipular tempo em posição canguru. 
• Oferecer ajuda para que a mãe sinta-se segura tanto no posicionamento do bebê quantona 
possível identificação de sinais de alerta. 
• Certificar-se que a posição canguru traz prazer e satisfação para a criança e para a mãe. 
• Disponibilizar berço, com possibilidade de elevação da cabeceira, para os momentos em que a 
mãe e a equipe de saúde entenderem necessário. 
• Estimular a participação do pai. 
• Não obrigar a permanência da mãe na unidade durante toda a internação do bebê, permitindo 
que ela saia do hospital, com direito a retornar quando possível. 
• Permitir acesso dos irmãos e avós. 
• Oferecer todo suporte necessário para o sucesso do AM. 
• Desenvolver ações educativas que preparem a mãe para os cuidados com o bebê no domicílio. 
• A alta da segunda etapa representa a alta hospitalar, mas não do Método Canguru, o qual deverá 
ter continuidade em casa, com acompanhamento ambulatorial. 
Segunda etapa 
• A decisão da alta deve ser sempre partilhada entre a equipe, a mãe, o 
pai e a rede familiar e/ou social, e atender aos seguintes critérios: 
• Mãe segura, psicologicamente motivada, bem orientada, e familiares 
conscientes quanto ao cuidado domiciliar do bebê. 
• Compromisso materno e familiar para a realização da posição canguru 
pelo maior tempo possível. 
• Peso mínimo de 1.600g. 
• Ganho de peso adequado nos três dias que antecederem a alta. 
• Sucção exclusiva ao peito ou, em situações especiais, mãe e família 
capacitadas para realizar a complementação. 
 
Terceira etapa 
• A terceira etapa do Método Canguru tem início com a alta hospitalar. 
Implica na utilização da posição canguru e no acompanhamento do 
bebê pela equipe que o assistiu durante a internação até que alcance 
o peso de 2.500g. 
• A terceira etapa não deve estar restrita à existência de um 
ambulatório de seguimento. Deve ser realizada em todas as unidades 
que utilizam o Método Canguru. 
• Após a alta da terceira etapa, o bebê deve ser encaminhado para o 
ambulatório de seguimento na própria unidade ou em outra que seja 
sua referência. 
Algumas recomendações importantes para a terceira etapa: 
• Ter acompanhamento ambulatorial assegurado até que a criança 
atinja o peso de 2.500g, na unidade na qual esteve internada. 
• Orientar o primeiro retorno até 72 horas após a alta e os demais no 
mínimo uma vez por semana. Essa frequência pode ser adaptada às 
condições clínicas do bebê e ao grau de integração e suporte oferecidos 
pelas equipes de Saúde da Família. 
• Garantir a reinternação na unidade hospitalar de origem a qualquer 
momento, se necessário, até a alta da terceira etapa. 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para os Profissionais de Saúde, Vol. 4, 2011. 
Cuidados com o RN prematuro 
• Assistência humanizada 
• Trabalho em equipe 
• Cuidado individualizado 
• Cuidado com a pele 
• Dor 
• Inserção dos pais nos cuidados 
• Amamentação. 
 
 
Cuidados com RNTP 
Oxigenoterapia 
• A oxigenoterapia é a primeira forma terapêutica para abordar a 
hipoxemia, ou seja, a redução do conteúdo arterial de oxigênio , 
porém a toxicidade do oxigênio é uma grande limitação para seu uso. 
 
 Técnicas e materiais utilizados: 
• AMBU(reanimador manual) 
• CPAP 
• VM 
• HOOD/HALO 
REANIMADOR MANUAL 
 
 
 
• CUIDADOS DE ENFERMAGEM: 
• Utilização da válvula de alívio, 
• Uso do reservatório de O2, 
• Uso de máscara adequada(face). 
 
• Cuidado com pneumotórax. 
 
 
 
 
 
 CPAP 
 
 
 
 
 
 
 
• Indicação: Apnéia da prematuridade, Doença da Membrana Hialina e 
após extubação, na prevenção de Atelectasia Pulmonar. 
COMPLICAÇÕES CPAP 
 
• Lesão de mucosa nasal – destruição de septo; 
• Retinopatia da prematuridade 
• Escape de ar 
• Aerofagia – distensão abdominal 
VM (VENTILAÇÃO MECÂNICA) 
• Fixação adequada com 
troca diária; 
• Aspiração conforme a 
 necessidade(técnica estéril); 
• Cabeceira elevada a 30 graus; 
• Umidificação dos gases; 
• Monitorização contínua 
HOOD/HALO 
COMPLICAÇÕES: 
• Estresse pelo barulho dos gases; 
• Resfriamento (ar); 
• Toxicidade por acúmulo de CO2; 
• Ressecamento ocular; 
• Hipoxemia 
• Manutenção da FiO2 para adequada saturação de O2 
BANHO 
• Respeitar o estado comportamental; 
• Observar condição clínica do bebê; 
• RnPT não necessita de banho diário; 
• Utilizar água estéril morna nas primeiras duas semanas; 
• Rns abaixo de 1500g não devem tomar banho de aspersão; 
• Utilizar algodão para limpeza nos prematuros; 
• Temperatura da água; 
• Nas primeiras semanas deve-se evitar o uso de sabão; 
• Recomenda-se uso da técnica do bebê enrolado; 
 
PESO 
• Imprescindível diariamente; 
• Pesar o lençol previamente; 
• Enrolar o bebê despido no lençol; 
• Realizar a pesagem como rotina; 
• Quando disponível utilizar a pesagem na incubadora; 
 
• Obs: durante a troca de fraldas nunca deve-se elevar os membros de 
bebê. 
CUIDADOS ESPECÍFICOS COM A PELE 
• Racionar o uso de adesivos; 
• Utilizar adesivos menos agressivos; 
• Manter a temperatura corpórea; 
• Expor o RN o mínimo possível a procedimentos 
 invasivos; 
• Recepcionar Rns prematuros extremos 
(menos de 30 semanas) em campo estéril; 
• Manter a umidificação da incubadora 
• Evitar uso de medicamentos tópicos; 
• Realizar mudanças de decúbitos com frequência; 
• Evitar a utilização de sabão durante o banho; 
• Cuidados de banho e higiene. 
DIETA ENTERAL - PREMATURO 
• Prematuro: uso de sonda orogástrica 
(número 6) 
 OBJETIVOS: 
• Diminuir a perda de proteína endógena 
nos primeiros dias de vida; 
• Proporcionar ganho de peso de 14 a 
16g/Kg/dia após a recuperação do peso ao nascer; 
• Manter o funcionamento gastrointestinal. 
 
 
 
DIETA ENTERAL - PREMATURO 
• Dose recomendada de leite: 10 a 20ml/Kg/dia em infusão contínua 
ou por gavagem; 
• Nutrição enteral mínima ou nutrição trófica: pequeno volume 
juntamente com NP; 
• Melhor dieta: leite materno(aumento da produção de lipase) 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
DIETA ENTERAL 
• Nutrição inadequada em períodos precoces de vida provoca forte 
impacto no desenvolvimento; 
• A alimentação do RNPT deve ser adequada a sua situação clínica e 
limitações relacionadas ao desenvolvimento em cada idade 
gestacional; 
• Dois fatores importantes no processo de adaptação à nutrição 
enteral: maturação do trato gastrointestinal e composição do leite 
oferecido; 
• Encorajar à mãe o aleitamento materno exclusivo durante o 
tratamento. 
Diarreia 
• Perda de água e eletrólitos nas fezes é maior do que o normal; 
• Aumento do volume e da frequência das evacuações e diminuição da 
consistência das fezes; 
• Ocorrência de 3 ou mais defecações amolecidas ou líquidas em 24 
horas; 
• O Número de evacuações por dia considerado normal varia com a 
dieta e a idade da criança. 
Manual AIDPI Neonatal, 2014. 
Quais são os tipos de diarreia em menores de 2 meses? 
• Na maioria dos casos, as diarreias que causam desidratação são de 
fezes amolecidas ou aquosas. 
• Em crianças mesmo menores de 2 meses, se um episódio de diarreia 
dura menos de 7 dias, considera-se diarreia aguda. 
• A diarreia aguda provoca desidratação e pode levar a criança à morte. 
• Caso a diarreia persista durante 7 dias ou mais, denomina-se diarreia 
prolongada. 
• Este tipo de diarreia pode ocasionar problemas nutricionais que 
contribuem para a mortalidade das crianças acometidas. 
• A diarreia com sangue nas fezes, com ou sem muco, é denominada 
diarreia com sangue. 
• A causa mais comum de diarreia com sangue é a doença hemorrágica 
do recém-nascido secundáriaà deficiência de vitamina K, à 
enterocolite necrosante ou outros problemas de coagulação, como a 
coagulação intravascular disseminada. 
• Nas crianças de mais de 15 dias, o sangue nas fezes pode ser 
secundário à fissuras anais ou à alimentação com leite de vaca. 
• A disenteria não é comum nesta idade, porém em casos suspeitos, 
deve-se pensar em Shiguella e dar tratamento adequado. 
• Os agentes infecciosos envolvidos nos episódios de diarreia em crianças menores 
de 2 meses são geralmente, E. coli, Salmonella, ECHO vírus e Rotavírus. 
• O começo da doença pode ser repentino, acompanhado de perda do apetite e/ou 
vômitos. 
• As fezes, inicialmente, podem ser amareladas e amolecidas e, posteriormente, 
de aspecto verde com abundante quantidade de líquido e aumento do número 
de evacuações. 
• O aspecto mais sério da doença deve-se à perda aguda de líquidos e aumento do 
número de evacuações, que levam à desidratação e a alterações eletrolíticas. 
• A higienização das mãos, o aleitamento materno exclusivo e o tratamento rápido 
e adequado da criança podem evitar a desidratação e, possivelmente, a morte. 
Em TODAS as crianças, PERGUNTAR: 
• A criança tem diarreia? 
• Quanto tempo faz? 
• Tem sangue nas fezes? 
 
 
• Obs.: Diarreia Persistente - Diarreia por 14 dias ou mais 
• Melena: Criança com sangue nas fezes. 
 
VERIFICAR se há sinais de desidratação. 
• Quando uma criança começa a ficar desidratada, inicialmente ela se 
mostra inquieta ou irritada. 
• Se a desidratação persiste, a criança se torna letárgica ou 
inconsciente. 
• À medida que o corpo perde líquidos, os olhos podem parecer 
fundos. 
• Ao pesquisar o sinal da prega, observa-se que a pele volta ao seu 
estado anterior lentamente ou muito lentamente. 
Sinal da Prega 
• Avaliar o sinal da prega do abdome 
• Solicite que a mãe coloque a criança deitada de barriga para cima com os braços 
estendidos ao lado do corpo (não sobre a cabeça) e as pernas estendidas. 
• Localize a região do abdome da criança entre o umbigo e a lateral do abdome. Para fazer 
a prega cutânea, utilize os dedos polegar e o indicador; não utilize a ponta dos dedos 
porque causará dor. Coloque a mão de modo que ao levantar a pele, se forme uma prega 
longitudinal em relação ao corpo da criança e não transversal. 
• Levante firmemente todas as camadas da pele e do tecido abaixo. Levante a pele durante 
um segundo e, então, solte-a. Verifique como a pele volta ao seu lugar: 
• < muito lentamente (> 2 segundos) 
• < lentamente (a pele permanece elevada ainda que brevemente) 
• < imediatamente 
Se a pele permanece elevada, ainda que brevemente, depois de solta, significa que a 
pele volta lentamente ao seu estado anterior. 
 
 
Como classificar a diarreia? 
• < Quanto ao estado de hidratação – Desidratação ou Sem 
Desidratação 
• < Se a diarreia se prolonga por sete dias ou mais, classifique-a como 
Diarreia Prolongada 
• < Se a criança tem sangue nas fezes, classifique-a como Diarreia com 
Sangue 
 
Classificar o estado de hidratação 
• O estado de hidratação em uma criança menor de 2 meses com 
diarreia pode classificar-se de duas maneiras: 
• Desidratação 
• Sem desidratação 
 
DESIDRATAÇÃO (cor vermelha) 
• Classifique a criança menor de 2 meses com DESIDRATAÇÃO se 
apresenta dois dos seguintes sinais: estado letárgico ou inconsciente, 
inquieto ou irritado, olhos fundos, com sinal de prega cutânea, sucção 
débil ou não consegue mamar. 
• Toda criança com desidratação necessita de líquidos adicionais 
administrados rapidamente; portanto, administre tratamento com 
líquidos por via intravenosa. 
• O quadro plano C: “Tratar rapidamente a desidratação” , descreve 
como administrar líquidos às crianças gravemente desidratadas. 
 
SEM DESIDRATAÇÃO(cor verde) 
• Esta criança necessita de líquidos adicionais a fim de prevenir a 
desidratação. 
• As três regras de tratamento domiciliar incluem: 
• 1) Administrar soro oral 
• 2) Continuar a alimentação 
• 3) Retornar imediatamente se a criança apresentar sinais de perigo 
• O quadro de tratamento denominado “Plano A: Tratar a diarreia em 
casa“, descreve quais os líquidos se ensinará à mãe ofertar e em que 
quantidade. 
• Uma criança SEM DESIDRATAÇÃO também necessita de alimentos. 
 
Tratamento de uma criança menor de 2 
meses com diarreia 
• Já foi aprendido o plano A para tratar a diarreia em casa e o plano C 
para reidratar uma criança pequena com diarreia. 
• Sem dúvida, deve-se ter em conta alguns pontos importantes sobre a 
administração destes tratamentos a um lactente menor que dois 
meses de idade. 
 
PLANO A: tratar a diarreia em casa 
 
• Todas as crianças menores de 2 meses que têm diarreia precisam de mais 
líquidos e continuar a receber alimentação para prevenir a desidratação e nutrir-
se. 
• A melhor maneira de dar à criança menor de 2 meses mais líquidos é, a princípio, 
amamentar mais frequente e prolongadamente a cada amamentação. A solução 
SRO e água potável pura podem ser dadas, todavia, caso a criança se alimente 
exclusivamente de leite materno, é importante não introduzir outro líquido, além 
da solução SRO. 
• Se para uma criança menor de dois meses for administrado uma solução de SRO 
em casa, mostre à mãe a quantidade de SRO que deve administrar após cada 
evacuação diarreica. 
• Primeiro a mãe deve oferecer o peito, em seguida administrar a solução de SRO. 
Lembre à mãe que deve interromper a administração de SRO quando houver 
acabado a diarreia. 
 
PLANO C: tratar a desidratação rapidamente. 
• As crianças gravemente desidratadas necessitam recuperar 
rapidamente a água e os sais. Geralmente administra-se líquidos por 
via intravenosa (IV) com este fim. O tratamento de reidratação 
mediante líquidos por via intravenosa ou por meio de um sonda 
orogástrica (SOG) é recomendado somente para crianças com 
DESIDRATAÇÃO. O tratamento das crianças com desidratação 
depende: 
• – De que tipo de equipamento está disponível em seu serviço de 
saúde ou em um hospital próximo; 
• – Da capacitação que você tiver recebido; 
• – Da capacidade da criança de ingerir líquidos. 
 
LEI N°8069, DE 13 DE JULHO DE 1990. 
• Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras 
providências. 
• Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao 
adolescente. 
• Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e 
dezoito anos de idade. 
• Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se 
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um 
anos de idade. 
 
LEI N°8069, DE 13 DE JULHO DE 1990. 
• Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de 
tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou 
adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho 
Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências 
legais. 
• Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de 
idade, salvo na condição de aprendiz. 
RESOLUÇÃO 41, DE 13 DE OUTUBRO DE 1995 
• O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE (CONANDA), resolve: 
• I. Aprovar em sua íntegra o texto oriundo da Sociedade Brasileira de 
Pediatria, relativo aos Direitos da Criança e do Adolescente 
Hospitalizados. 
Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizados. 
• 1. Direito à proteção à vida e à saúde, com absoluta prioridade e sem 
qualquer forma de discriminação. 
• 4. Direito a ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante 
todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas. 
• 5. Direito a não serseparado de sua mãe ao nascer. 
• 6. Direito a receber aleitamento materno sem restrições. 
• 7. Direito a não sentir dor, quando existam meios para evitá-la. 
• 8. Direito a ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados 
terapêuticos e diagnósticos a serem utilizados, do prognóstico, respeitando 
sua fase cognitiva, além de receber amparo psicológico, quando se fizer 
necessário. 
Atendimento ao adolescente 
• Independentemente da razão que faz com que o adolescente/jovem 
procure o serviço de saúde, cada visita oferece ao profissional a 
oportunidade de detectar, refletir e auxiliar na resolução de outras 
questões distintas do motivo principal da consulta. 
• A entrevista é um exercício de comunicação interpessoal, que 
engloba a comunicação verbal e a não verbal. Para muito além das 
palavras, deve-se estar atento às emoções, gestos, tom de voz e 
expressão facial do cliente. 
Saúde do Adolescente: competências e habilidades, 2008. 
 
• As ações preventivas como componentes da consulta 
As visitas de rotina de adolescentes e jovens e suas famílias aos 
serviços de saúde configuram-se como oportunidades para: 
• 1. reforçar mensagens de promoção de saúde; 
• 2. identificar adolescentes e jovens que estejam sujeitos a 
comportamentos de risco ou que se encontrem em estágios iniciais 
de distúrbios físicos e/ou emocionais; 
• 3. promover imunização adequada; 
• 4. desenvolver vínculos que favoreçam um diálogo aberto sobre 
questões de saúde. 
• Os adolescentes deverão receber esclarecimentos sobre cuidados 
com a saúde oral, hábitos nutricionais adequados, incluindo os 
benefícios de uma alimentação saudável e da manutenção do peso 
ideal. 
• As consultas são momentos privilegiados para o aconselhamento de 
práticas sexuais responsáveis e seguras. 
• De acordo com os protocolos de controle de pressão arterial, todos 
os adolescentes e jovens deverão ter sua pressão arterial aferida 
anualmente. 
• O consumo de cigarros, álcool/drogas e anabolizantes deve ser 
investigado nas consultas para a adoção de medidas preventivas e, se 
necessário, encaminhamento. 
• O exame físico é o procedimento que apresenta o mais elevado grau de 
dificuldade para o profissional de saúde pouco habilitado. Isso decorre do 
fato de que, na formação do médico ou enfermeiro, não existem disciplinas 
que desenvolvem esta habilidade levando em consideração o desconforto 
causado ao profissional, pela necessidade de manipulação do corpo de um 
indivíduo em pleno desenvolvimento físico e sexual de vida. 
• Uma alternativa para o profissional em formação, ou para aqueles que não 
se sentem à vontade para proceder ao exame físico, é a participação de 
outro profissional da equipe como observador durante este momento da 
consulta. 
• No caso de o adolescente mostrar-se constrangido com a realização do 
exame físico, ou se houver algum indício de situações de sedução de ambas 
as partes, recomenda-se também a presença de um componente da equipe 
durante o procedimento. 
• A explicação prévia do que e como será realizado o exame físico é 
importante para tranqüilizar o adolescente e diminuir seus temores. 
Referências 
• Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para os Profissionais de Saúde. 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO. Volume 4. Brasília – DF:2011. 
• Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para os Profissionais de Saúde. 
CUIDADOS GERAIS. Volume 1. Brasília – DF:2012. 
• Saúde do Adolescente: competências e habilidades. Brasília – DF:2008. 
• Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso: MÉTODO CANGURU. 
Brasília – DF:2014. 
• Manual AIDPI Neonatal Série A. Normas e Manuais Técnicos. 5ª edição. Brasília – 
DF:2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Armazenamento de leite em domicílio. 
• O leite ordenhado cru (não pasteurizado) pode ser conservado em 
geladeira por 12 horas e no freezer ou no congelador por 15 dias. 
• Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, este deve ser 
descongelado, de preferência dentro da geladeira. Uma vez 
descongelado, o leite deve ser aquecido em banho-maria fora do 
fogo. Antes de oferecer o leite à criança, este deve ser agitado 
suavemente para homogeneizar a gordura. 
Atenção à Saúde do Recém-Nascido. Guia para os Profissionais de Saúde. Vol.1, 2012.

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