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CASOS CONCRETOS- TRABALHO I SEMANA 06 Anacleto, policial militar, trabalhou para a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. como agente de segurança, nos horários em que não estava a serviço da corporação militar. Na referida empresa, Anacleto cumpria expressamente as ordens emanadas da direção, recebia um salário mensal, e trabalhava de forma contínua e ininterrupta, todas as vezes que não estava escalado na corporação. Considerando a situação apresentada e a jurisprudência sumulada pelo TST, esclareça se é possível o reconhecimento de um contrato de emprego entre Anacleto e a Indústria Mundo Novo Ltda? Anacleto pode vir a ser reconhecido como empregado, tendo em vista tratar-se de objeto lícito e presentes os elementos que configuram a relação de emprego. Esse é o entendimento do TST, sem prejuízo de eventuais penalidades que possa vir a sofrer na corporação. SEMANA 07 A empresa Olimpos Metalúrgica decidiu terceirizar o setor de limpeza contratando os serviços de Atlas Limpadora que forneceu três faxineiras por um período de 10 meses. Após o término do contrato entre as empresas, as três faxineiras foram dispensadas pela empresa Atlas Limpadora, sem receber qualquer indenização rescisória, com 2 meses de salários em atraso e ausência do recolhimento do FGTS do período. Nessa situação, conforme entendimento sumulado pelo TST, bem como a Legislação em vigor, sabendo-se que a terceirização foi regular, qual a responsabilidade da empresa Olimpos em relação aos direitos das faxineiras? Responsabilidade subsidiária alcançando todos os direitos não cumpridos pela empresa empregadora no período. SEMANA 08 (importante!) Luciano, chefe de departamento de uma grande rede de supermercados, após quatro anos e meio de vínculo de emprego, foi promovido ao posto de gerente, sendo designado para atuar em outra filial da empresa, instalada na periferia da mesma cidade onde possui domicílio, com plenos poderes de gestão e representação. Com a promoção, ele passou a perceber gratificação adicional de função, equivalente a 80% de sua anterior remuneração pelo exercício do cargo de confiança. Passados onze anos de vigência dessa situação, resolveu a empresa destituir Luciano do posto gerencial, revertendo-o ao seu cargo efetivo sem justo motivo e suprimindo a gratificação de função. Inconformado, Luciano, procura você como advogado e solicita que ingresse com ação judicial para que o adicional seja restabelecido, alegando, que houve uma alteração prejudicial em seu contrato de trabalho. Analisando a situação hipotética e com base na Lei 13467/2017, esclareça se Luciano possui ou não razão em sua argumentação? Luciano não faz jus ao adicional pelo cargo de confiança e a alteração é lícita, conforme o art.468, parágrafo 2 da CLT. SEMANA 09 (não cai na prova!) João, empregado da empresa Beta, sentiu-se mal durante o exercício da sua atividade e procurou o departamento médico do empregador, que lhe concedeu 15 (quinze) dias de afastamento do trabalho para o devido tratamento. Após o decurso do prazo, João retornou ao seu mister mas, 10 (dez) dias depois, voltou a sentir o mesmo problema de saúde, tendo sido encaminhado ao INSS, onde obteve benefício de auxílio doença comum. Diante da situação, responda, justificadamente, aos itens a seguir. A) A quem competirá o pagamento do salário em relação aos primeiros 15 dias de afastamento? B) Caso o INSS concedesse de plano a João, dada a gravidade da situação, a aposentadoria por invalidez, que efeito jurídico o benefício previdenciário teria sobre o contrato de trabalho? SEMANA 10 (importante!) Marilene foi admitida em 01 do corrente ano e trabalha na Sociedade Empresária ABC Ltda., e, mensalmente faz viagens a trabalho. O valor das diárias é variável, mas a média que ela recebe é no importe de 70% do salário do seu salário. O empregador informou que as diárias para a viagem não são consideradas salário, e, portanto não constituem base de incidência. Marilene disse que o empregador esta errado, tendo em vista que a lei estabelece que se o percentual ultrapassar 50% os valores devem ser considerados salário. Analisando o caso concreto, e, com base nas alterações trazidas pela Lei 13467/2017, esclareça se Marilene possui ou não razão em sua argumentação? Marilene não possui razão em sua argumentação, visto que as diárias para viagem não são mais consideradas salário, art.457, parágrafo 2°, CLT. SEMANA 11 (importante!) Lino foi empregado da sociedade empresária Calçados de Borracha Ltda. por quatro anos, atuando internamente como empacotador e, depois, como auxiliar de máquinas. Trabalhava de segunda-feira a sábado, das 6h às 12h, com pausa de 15 minutos. Após ter sido dispensado por alegação de justa causa, Lino ajuizou reclamação trabalhista requerendo o pagamento de adicional de periculosidade, pois se deslocava para a empresa e dela retornava de motocicleta, conforme fotografias que juntou aos autos, tendo comprovado, documentalmente, ser proprietário de uma motocicleta e ter autorização escrita da empresa para estacioná-la no pátio da ré. Lino ainda informou que a empresa custeava 40% da mensalidade do curso supletivo que ele frequentava, conforme recibos que juntou, requerendo, então, a integração desse valor ao seu salário como utilidade, com pagamento dos reflexos devidos. Diante da situação retratada, como advogado(a) contratado(a) para defender a sociedade empresária, responda às indagações a seguir. A) Em relação ao pedido de adicional de periculosidade, que tese você advogaria? Justifique. B) Em relação ao pedido de integração dos 40% da mensalidade do curso supletivo, que tese você advogaria? Justifique. A)Em relação ao pedido de adicional de pericularidade, não assiste razão a Lino,pois ele não atuava como motociclista, mas sim se utilizava do veículo para deslocamento. Isto posto,o caso não se enquadraria em previsão legal do respectivo adicional,art.193,parágrafo 4°,CLT. B)A educação em estabelecimento próprio ou de terceiros compreendendo matrícula, mensalidade, material, não é salário “in natura”, por expressa disposição legal,art.458,II,CLT SEMANA 12 Laura trabalha na Sociedade Empresária Alfa Barra há seis anos e recebe o valor mensal de R$ 3000.00. Marília trabalha na mesma empresa há um ano e exerce idêntica função, recebendo o valor de R$ 2.500,00. Marília esta inconformada pois deseja receber idêntico salário que Laura. Ela asseverou que desempenha idênticas funções com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica. Alegou ainda, que a diferença de tempo na função é inferior a dois anos. O empregador alegou que nenhum direito é devido, tendo em vista que a diferença no tempo de serviço é superior a quatro anos. Pergunta-se: Analisando as alterações da Lei 13467/2017, esclareça se Marília possui ou não direito a equiparação salarial ? Fundamente Não há que se falar em equidade salarial, estando correto o empregador por força da nova redação do parágrafo 1° do art.461, CLT. SEMANA 13 A Sociedade Empresaria Paraíso Ltda. celebrou acordo coletivo de trabalho com o sindicato da categoria profissional, objetivando a redução do intervalo intrajornada de seus empregados para 30 (trinta) minutos. Os empregados estão inconformados e se recusam a seguir esta determinação. Esclarecem que possuem jornada de trabalho de 8 (oito) horas diárias, e, por isso possuem direito por lei ao intervalo para refeição e descanso de no mínimo 1 (uma) hora. Analisando a situação concreto e com base nas alterações da Lei 13467/2017, esclareça se a empresa possui ou não razão em sua argumentação? Aempresa está correta, com o advento da Reforma Trabalhista à luz do art.611- A,III,CLT e possível negociação coletiva à respeito do intervalo intrajornada, admitindo-se intervalo mínimo de 30 min. SEMANA 14 Marcos foi admitido para trabalhar pela Sociedade Empresaria Irmãos Neto. O regime pactuado foi o teletrabalho e é necessário q Marcos entre o assinatura digital e siga as diretrizes do empregador. Em média Marcos afirma que trabalha mais que oito horas por dia, e, em razão deste fato deseja receber horas extraordinárias. O empregador disse que não há que se falar em controle de frequência, nem, a tal direito, acrescentando que a legislação excluiu o controle deste tipo de trabalhador. Analisando as alterações trazidas pela Lei 13467/2017, esclareça se é necessário ou não controle de frequência? Não é necessário,art.62VI,CLT. SEMANA 15 Juliana é enfermeira chefe de um hospital em Recife e trabalha em plantão noturno das 18:00h às 06:00h. Considerando a sua jornada de trabalho responda justificando sua resposta: a)A empregada tem direito a receber adicional noturno em que percentual? 20% (empregada urbana) b) Pode o empregador transferi-la para o turno diurno? c) Se for possível, ela deixará de receber o adicional?
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