Buscar

trabalho desenvolvimento2 Cópia

Prévia do material em texto

O PAPEL DO SINDICATO E SUAS INFLUENCIAS NAS ORGANIZAÇÕES
RESUMO 
Os sindicatos são organizações de representação dos interesses dos trabalhadores, criada para compensar o poder dos empregados na relação contratual sempre desigual e reconhecidamente conflituosa entre capital e trabalho. Pode associar o sindicato a noção de justiça e de defesa de um grupo em uma associação estável e permanente de trabalhadores que se unem a partir da constatação de problema e necessidade em comum. Sua função social e que mais motiva os trabalhadores a participarem das eleições sindicais e se engajarem com uma posição mais ativa na defesa sindical. Contudo esta pesquisa apresenta como objetivo central como funciona os sindicatos e qual sua importância nas organizações.
Palavra-chaves: Sindicato. Organizações.
1 INTRODUÇÃO
A pesquisa presente se propõem a apresentar o papel do sindicato e suas influencias nas organizações: O sindicato tem sua importância por visar a representatividade da classe trabalhadora regidos pela CLT buscando dessa forma a diminuição da relação existente de hiposuficiencia da sua importância na relação do emprego. O sindicato tem um papel essencial para as relações de trabalho, desde o contato mais intenso com o trabalhador, como a perspectiva positiva de melhores condições de trabalho. Este trabalho busca analisar as dificuldades dos sindicatos nas grandes organizações. Mensurar a atuação do sindicato em âmbito nacional referente as organizações .
Sua função social é o que mais motiva os trabalhadores a participarem de eleições sindicais e se engajarem com uma posição mais ativa na esfera sindical. A atuação sindical ao longo dos anos vem sofrendo danos, uma vez que há uma desvirtuação dos próprios dirigentes sindicais em relação ao conceito de sindicato e sua função. mesmo com previsões legais, a atuação do sindicato gera polêmica, uma vez que há uma desvirtuação do que seja o efetivo papel do sindicato como colaboração da justiça social.
O sindicato se fortalece por meio de esforço positivo: a cada necessidade satisfeita surge outra seguinte e maior com a expectativa de ser atendida. Cada concessão passa a representar um custo adicional para a organização.
Nossa metodologia será pesquisa em acervo digitais e também debate com os colegas.
	
CONCEITUANDO SINDICATO
Pacheco (1981:20) postula que entende sindicato “por organização todo grupo humano institucionalizado e formalizado que tem como objetivo produzir algo. Neste sentido, as organizações são fábricas, bancos, financeiras, escolas, universidades, lojas, repartições públicas, asilos, hospitais e creches”.
Neste sentido, pode-se afirmar que o sindicato é uma organização e como tal, tem uma finalidade. A palavra sindicato tem origem no latim e no grego. No latim, “sindicus” significa o “procurador escolhido para defender os direitos de uma corporação” e no grego, “syn-dicos” é aquele que defende a justiça.(Mas afinal, o que é o sindicato?)
Pode-se associar o sindicato à noção de justiça e de defesa de um grupo. É uma associação estável e permanente de trabalhadores que se unem a partir da constatação de problemas e necessidades em comum. O sindicato é visto como um defensor dos direitos dos trabalhadores em relação ao empregador. As entidades sindicais, como assinala Martinez:
[...] Têm múltiplas funções. Todas elas de natureza institucional, porque ligadas às missões fundamentais que dão sentido ao associacionismo laboral, pois todas as funções sindicais decorrem da razão de existir do sindicato: defender os integrantes da categoria e empreender melhorias em suas condições de vida social. E daí destacam-se funções secundárias de cunho representativo, negocial, assistencial e político. Todas acompanhadas de algumas prerrogativas (vantagens diferenciadas) capazes de tornar viáveis os propósitos legais. [...] (2010, p. 641)
3 A ATUAÇÃO SINDICAL NO BRASIL
No Brasil, especialmente, o movimento sindical nasceu de forma bastante inexpressiva, já que na Primeira República o Estado brasileiro ainda era oligárquico e não havia nenhuma intervenção estatal no movimento. A Constituição de 1824 aboliu as corporações de oficio e a Constituição de 1891 não trouxe disposição expressa acerca das entidades sindicais. A Constituição de 1934, inspirada no liberalismo europeu, tratou da pluralidade sindical e autonomia dos sindicatos. Essa etapa é inaugurada no primeiro Governo de Vargas, na década de 30, quando tem início o Estado capitalista com uma série de intervenções estatais. Após, veio a Ditadura Militar, quando os sindicatos sofreram fortes perseguições e receberam intervenção do governo militar. Nesta época, o movimento sindical enfrentou a clandestinidade em razão das perseguições e não tinha forças suficientes para exigir reajustes salariais de acordo com a inflação.
Atualmente, perduram os sindicatos oficiais, a unicidade e imposto sindical, elementos existentes desde a década de 30. Entretanto, fica proibida a intervenção do Estado nos sindicatos, que se encontram mais afastados da política, apesar de ter um importante papel nas atividades assistencialistas e de funcionar como mediador entre governo e trabalhadores e trabalhadores e empregadores. Por fim, importa registrar que do período militar ficaram resquícios como a Lei de Greve e FGTS.
[...] ao vedar a interferência e a intervenção do Estado na organização sindical, consagrando a autonomia sindical (art. 8º, I), ao abolir a exigência de autorização do Estado para a fundação de sindicato (art. 8º, II), ao eliminar a necessidade de enquadramento sindical prévio e obrigatório (art. 8º, I e II), ao garantir a liberdade sindical individual negativa e positiva (art. 8º, V), ao prestigiar a negociação coletiva de trabalho (art. 8º, VI, art. 114, § § 1º e 2º), ao prever a estabilidade do dirigente sindical (art. 8º, VIII), e ao consagrar o direito de greve (art. 9º). Santos (2008, p. 176)
4 A IMPORTANCIA DA ORGANIZAÇÃO SINDICAL DOS TRABALHADORES
Os sindicatos são organizações de representação dos interesses dos trabalhadores, criadas para compensar o poder dos empregadores na relação contratual sempre desigual e reconhecidamente conflituosa entre capital e trabalho. Nascem na primeira metade do século XIX, como reação às precárias condições de trabalho e remuneração a que estão submetidos os trabalhadores no capitalismo. Ao final do século XIX, os sindicatos obtiveram reconhecimento institucional nos principais países industrializados. Desde então, têm exercido papel fundamental na organização da classe trabalhadora para a luta por uma sociedade justa e democrática, pressionando pela ampliação dos limites dos direitos individuais e coletivos ainda hoje estreitos em muitos países, entre os quais o Brasil.
Um dos marcos do reconhecimento da importância das organizações sindicais ocorreu em 1919, logo após a 1ª Guerra Mundial, com a criação da Liga das Nações, entidade tripartite que deu origem à Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nos documentos e convenções da OIT, são reconhecidos o direito de sindicalização, o direito de negociação coletiva e o direito de greve, instrumentos de afirmação dos interesses dos trabalhadores e do poder sindical. Também a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, reconhece esse direito fundamental no Artigo 23, que estabelece: “Toda pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses”. São resultado da ação organizada dos trabalhadores importantes avanços sociais, entre os quais se destaca a redução gradual da jornada de trabalho, de um total de até 16 horas, no século XVIII, para as atuais 8 horas ou menos, na maioria dos países.
5 DIREITO DOS TRABALHADORES E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Uma das principais atribuições das entidades sindicais é a prática de negociações coletivas, que asseguram aos trabalhadores por elas representados a possibilidade deampliar direitos garantidos por lei e adquirir novas conquistas. A própria legislação trabalhista, muitas vezes, promove a extensão a todos os assalariados de direitos antes restritos a algumas categorias de trabalhadores, que os haviam conquistado em negociações coletivas específicas. São os casos, entre outros, do 13º salário, inicialmente negociado como “Abono Natalício” e estendido a todos os trabalhadores em 1962, e de direitos inscritos na Constituição de 1988: redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais; elevação do percentual de remuneração da hora extra para 50%; ampliação da licença-maternidade para 120 dias; criação da licença paternidade de cinco dias; e do adicional de 1/3 sobre a remuneração das férias. Em outro capítulo da Carta Magna, foi estendido aos servidores públicos o direito de sindicalização e de greve, que, na prática, já eram exercidos por esses trabalhadores.
A importância das Centrais Sindicais na sociedade brasileira foi formalmente reconhecida em 2008, através da Lei 11.468. Esse diploma legal veio trazer personalidade jurídica a essas organizações nacionais que já atuavam de forma destacada desde a primeira metade dos anos 1980. Mais recentemente, o Movimento Sindical teve, também, relevante protagonismo nas Mesas Nacionais para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho no Setor de Cana de Açúcar e no Setor da Construção Civil, compostas pelas Centrais Sindicais, governo e entidades nacionais representativas de empresas de ambos os setores. Como resultado, foram firmados Compromissos Nacionais, de adesão voluntária pelas empresas.
 
[...] está a de caráter obrigacional, porque a negociação pode servir para criar direitos e obrigações entre os próprios sujeitos estipulantes, sem nenhum reflexo sobre as relações individuais de trabalho. E, com essa finalidade, a negociação é usada apenas para estabelecer deveres e direitos que se restringem às organizações pactuantes, de caráter nitidamente obrigacional entre elas, sem qualquer projeção fora da esfera dos sujeitos, não atingindo os empregados e empregadores do setor. Todavia, cumpre à negociação uma função principal, a compositiva. Nascimento (2009, p. 485)
	
6 A REFORMA TRABALHISTA E O PAPEL DOS SINDICATOS
Os movimentos sociais e as revoluções comprovam a importância de os trabalhadores permanecerem unidos, para garantirem seus direitos e o equilíbrio na relação patrão/empregado na distribuição de riquezas proveniente do trabalho. A aprovação da Reforma trabalhista demonstra a perda de poder e beleza da ideologia sindicalista. Vejamos os principais pontos que comprovam tal assertiva: não haverá mais a obrigatoriedade de o sindicato homologar a rescisão de contratos de trabalho de empregados com contratos de trabalho firmados há mais de um ano, valendo a assinatura firmada no termo de rescisão apenas entre o empregado e o empregador. Assim como a demissão individual, a demissão em massa não carecerá mais da concordância do sindicato, podendo ser feita diretamente pela empresa sem a interferência sindical. Dentre tantas perdas, a menor delas é a alteração da natureza da contribuição sindical que passa de compulsória à facultativa tanto para os empregados como para os empregadores.
Não surpreende a facultatividade da contribuição sindical, afinal, ao observarmos as mudanças, as maiores proteções oferecidas pelos sindicatos deixaram de existir com a Reforma Trabalhista. A nova era do Direito do Trabalho rouba dos contratos de trabalho o equilíbrio, antes assegurado pelos sindicatos, enfraquecidos politicamente e agora legalmente com a aprovação da Reforma Trabalhista.
Por outro lado, o ponto positivo da Reforma é que ela fará com que o sindicalismo tenha que evoluir a fim de, efetivamente, garantir representatividade e legitimidade aos trabalhadores. Esperamos uma espécie de “reforma sindical”! Afinal, o sindicalismo terá que evoluir e conquistar novos meios de atrair o interesse coletivo, o interesse dos trabalhadores. Podemos estar prestes a viver uma nova era da ideologia do sindicalismo, que há muito tempo se perdeu na história porque, com o tempo, os sindicatos deixaram de atuar com as técnicas necessárias para garantir os direitos dos trabalhadores, lembrando apenas da ideologia, o que não costuma ser suficiente para a maioria dos trabalhadores. Caberá essa missão aos novos lideres sindicais, que deverão estar dispostos à luta pelo resgate do equilíbrio entre a relação trabalhador/empregador, diante das novas modalidades de empregos da atualidade.
7 O TEMPO MUDOU E AO QUE PARECE O SINDICATO NÃO
Em uma economia estabilizada esta mudança se acentua ainda mais porque os ganhos salariais são de caráter menor do que em uma economia inflacionada. O próprio aquecimento da economia faz com que as pessoas tenham novas aspirações e necessidades a serem satisfeitas pelas organizações. É exatamente neste patamar que podemos colocar a atual função do sindicato: ajudar aos trabalhadores e as organizações a obter um maior resultado de seus esforços.
A necessidade de que se estabeleça uma cultura pró-ativa nos sindicatos brasileiros visa obter algum tipo de antecipação aos problemas, e quanto a isso alguns sindicatos e associações de classe já estão acordando e fazendo valer o princípio da sinergia em diversas organizações de diferentes tipos e níveis. A postura atual deve ser estabelecida de acordo com um dos melhores conceitos de Administração: fazer com que pessoas e organizações atinjam seus objetivos. Vemos a cada dia o avanço tecnológico consumindo os empregos de milhares de pessoas. Vemos políticas equivocadas de administração de recursos humanos. Vemos milhões de trabalhadores brasileiros trabalhando sem carteira assinada e na economia informal. Temos a cada dia índices que nos mostram a verdadeira cara do nosso povo. Desiludido e desesperado porque tem de aceitar seu eu trabalho muitas vezes por falta de opção melhor ou de preparo profissional e/ou educacional.
Esta Iacuna deve ser preenchida pelo sindicato e associações de classe. Aprendemos que o avanço tecnológico tira empregos, mas que também pode gerar novas formas deste. Porém, as empresa estão sempre muito preocupadas em sobreviver para dar a devida atenção sobre o assunto. Pelo menos como deveriam. Mas o sindicato não, ao invés de travar lutas incansáveis e sem fundamento, pichando muros e sujando visualmente nossas cidades, pode realmente fazer algo para garantir a manutenção do emprego como vídeo escola ou cursos de treinamento nesta ou naquela área mais crítica.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto o sindicato é uma associação estável e permanente de trabalhadores que se unem a partir da constatação de problemas e necessidades em comum. A constituição 1934, inspirada no liberalismo europeu tratou da pluralidade sindical e autonomia dos sindicatos e foi nessa etapa inaugurado o primeiro governo Vargas. Logo após veio a ditadura militar quando os sindicatos sofreram fortes perseguições e receberam intervenções do governo militar. Ficou proibida a intervenção do estado nos sindicatos, que se encontram mais afastados da política, por fim importa registrar que o período militar ficaram resquício como a lei de greves e FGTS. Desde então o sindicato tem exercido o papel fundamental na organização da classe trabalhadora para lutar por uma sociedade justa e democrática pressionada pela ampliação dos limites dos direitos individuais e coletivos. Nos documentos e convenção OIT, são reconhecidos o direito de sindicalização o direito de negociação coletivo e o direito de greve.
A importância das centrais sindicais na sociedade brasileira foi formalmente reconhecida em 2008, através da lei 11468. Os movimentos sociais e as revoluções comprovam a importância de trabalhadores permanecerem unidos para garantirem seus direitos e o equilíbrio da relação patrão/empregado. As maiores proteções oferecidos pelos sindicatos deixaram de existir com a reforma trabalhista. O sindicato terá que evoluir e conquistar novos méritos de atrairo interesse coletivo e o interesse dos trabalhadores coma reforma trabalhista .Os sindicatos brasileiros visam obter algum tipo de antecipação aos problemas, e quanto a isso alguns sindicatos e associações de classe já estão acordando e fazendo valer o principio da sinergia em diversas organizações de diferente tipos e níveis.
 REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2006. 
FORÇA SINDICAL. Um projeto para o Brasil: a proposta da Força Sindical. 2. ed. São Paulo: Geração editorial, 1993.
LENIN. Sobre os sindicatos. São Paulo: Editora Polis 1979.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 34. ed. São Paulo: LTr, 2009.
		
RODRIGUES, José Albertino. Sindicato e desenvolvimento no Brasil. Vol.XXVII. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1968.
RODRIGUES, Aluisio. O Estado e o sistema sindical brasileiro. São Paulo: LTr, 1981.
RUSSOMANO, Mozart Vitor; CABANELLAS, Guillermo. Conflitos coletivos de trabalho. São Paulo: Editora RT, 1979.

Continue navegando