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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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GABRIELA RIBAS – MÓDULO IV: SEMANA 3
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Estamos falando de duas moléculas diferentes, um ligante e o receptor (molécula do organismo, célula ou órgão). O receptor sofre ação do ligante, muda sua conformação da forma inativa passa para ativa e a partir disso surge um efeito biológico da sua formação. 
Receptores são macro moléculas presentes nas células, em sua maioria proteínas que estão relacionadas diretamente com a sinalização celular. 
Possuem dois estados de conformação ativo e inativo. Tem especificidade, o receptor se liga à moléculas especificas, precisa ter interação entre as moléculas para modificar o estado do complexo, ligação do tipo chave fechadura. Existem receptores que tem maior variabilidade então aceitam mais moléculas mas nunca um receptor é ativado por todas as moléculas. 
O receptor tem atividade basal, a célula esta cheia de receptores de membrana, esses receptores não foram ativados mas não significa que não esta tendo nenhum tipo de atividade, os receptores mesmo que estejam desligados eles tem uma atividade mínima, então quando vê um gráfico de ação ele nunca começa do zero porque todo receptor tem um mínimo de atividade. 
Reciclagem de receptores, os receptores são moléculas da célula, para interagirem com seus ligantes precisam estar no local correto da célula, se tem um fármaco polar e o receptor esta dentro da célula não tem como interagirem então mesmo que ele exista não é útil, precisa ser reciclado, os receptores eles estão o tempo todo sendo produzidos e reciclados.
Inibição por Taquifilaxiamedida que você vai utilizando o fármaco, ele vai ocupando os receptores. Por isso, a cada vez que você utiliza um fármaco para desentupir o nariz, por exemplo, o seu nariz vai entupir de novo mais rápido, uma vez que você vai ocupando os receptores.
Tipo 1 Ionotropico
Tipo 2 Metabotropico
Tipo 3 Receptores Associados a TK
Tipo 4 Receptores Nucleares
Ligante é a substancia que forma um complexo com uma biomolécula para servir a um propósito biológico, substancia que forma complexo com o receptor, tem um evento de ligação, pode ser agonista e antagonista.
O receptor tem que ter afinidade e atividade intrínseca, a afinidade é a forca de ligação entre um ligante e seu objetivo, é necessário a afinidade para ter a relação mesmo que seja de bloqueio, é o quanto tem de fármaco e quanto desse fármaco esta ligado ao receptor, se tiver um fármaco que não tenha afinidade mesmo que tenha uma concentração enorme ele não estará ligado. O fármaco que tem mais afinidade é o que em mesma concentração esta mais ligado. A atividade intrínseca é a medida da capacidade do fármaco para produzir um efeito farmacológico ao unir-se ao seu receptor.
Se o efeito produzido for positivo, ou seja, se aumentar a atividade de algo, por exemplo aumentar o influxo de cálcio, a molécula ao se ligar ao receptor ela permite a entrada de cálcio. Se tem um fármaco que produz o mesmo efeito é chamado de agonista, seria o fármaco que também aumenta a entrada de cálcio. Mas se tem uma molécula que diminui, que faz diminuir o influxo de cálcio, é um antagonista ou um agonista inverso. 
L + R <> [LR] <> L + R
Ligante e Receptor existem de forma independente no organismo, concentrações de ligantes e receptores soltos/ sem interagir, quando interagem temos um complexo ativo mas esse complexo ligante receptor esta em um equilíbrio dinâmico o tempo todo se ligando e desligando e dando origem à essas moléculas de forma livre novamente. 
Agonista: biomolécula ou fármaco que se liga a um receptor para produzir uma resposta biológica, ele tem afinidade para ter relação com o receptor. Ele tem atividade intrínseca, que é o efeito que ele produz ao se ligar ao receptor. Existe um magnitude de resposta: Agonista Pleno, Agonista Parcial e Agonista Inverso , todos eles tem afinidade e todos tem atividade intrínseca que é ter ação. 
Agonista Pleno tem atividade intrínseca semelhante ao da molécula original. 
Agonista Parcial ele produz resposta mas não da mesma forma que a molécula, é mais deficiente. 
Agonista Inverso é o que tem resposta negativa, o receptor tem uma atividade basal e mesmo desligado tem um efeito, pode ter uma molécula que inibe o receptor para ficar abaixo do nível basal, ele consegue reduzir a atividade. Pode ser agonista parcial é nromalmente fraco porque ai ele consegue competir com a molécula, tem uma competição entre o agonista pleno e o parciral, ao dar o agonista parcial ele desloca ligação do agonista pleno com isso diminui o efeito de 100% de atividade intrinseca isso pode reduzir os efeitos de uma intoxicação, então o agonista parcial pode ser usado como antagonista competitivo
Antagonista: molécula que se liga ao receptor mas não produz efeito biológico, precisa ter uma afinidade boa para se ligar, e a atividade intrínseca é muito baixa ou nenhuma. 
O antagonista pode ser Antagonista Competitivo, tem duas moleculas que se ligam no mesmo sitio de ligação, mas elas não conseguem se ligar ao mesmo tempo é uma ou outra, nesse caso quanto mais coloca esse fármaco mais diminui a atividade dessa célula. 
Antagonista Não Competitivo/ Alostérico tem duas moléculas que tem sítios de ligação no mesmo receptor mas não competem por essa ligação, ambos podem se ligar no receptor, nesse caso a atividade inibitória não se altera com a administração de mais agonista, por exemplo se tiver fármaco A e B como os dois tem sítios de ligação se administrar mais quantidade de A não importa para o B. 
Antagonista Incompetitivo tem a formação do complexo ligante A e receptor e o fármaco B vem e bloqueia esse complexo, então impede que outras moléculas se liguem, nesse caso precisa do agonista para funcionar se não tiver o agonista o antagonista não pode impedir 
Como eu posso reduzir a atividade de um agonista pleno sem ter um agonista inverso ou um antagonista? Utilizando um agonista parcial, uma vez que isso vai gerar uma competição, deslocando o equilíbrio reduzindo o efeito resultante (efeito resultante = efeito agonista pleno + efeito agonista parcial).
Quando você usa um antagonista competitivo você desloca a curva para a direita, isso significa que você precisa de uma concentração maior de agonista para ter o mesmo efeito, isso não diminui o efeito máximo e é só administrar mais medicamento que continua tendo ação; O antagonismo competitivo vai deslocar a curva do gráfico para a direita, uma vez que, agora eu preciso de mais agonista para ter o mesmo efeito. No caso do antagonista não competitivo ele ao se ligar impede que o agonista se ligue, então ele diminui o efeito máximo, os fármacos não estão competindo, o fármaco B esta apenas inibindo; O antagonismo não competitivo faz com que eu tenha redução do efeito máximo do remédio, uma vez que não adianta eu dar mais agonista (fármaco) para esse individuo já que meu antagonista vai conseguir agir independente da competição.
CONCEITOS
Potencia é a medida do efeito máximo do fármaco 
EC50 é a quantidade de fármaco que causa 50% do efeito maximo
Eficácia é a resposta do fármaco. Emax é a eficácia máxima do fármaco 
ED50 é a quantidade desse medicamento que você tem que dar para a população para ter eficácia em 50% dos pacientes, dose que é eficaz em 50% dos pacientes
TD50 é a dose toxica em 50% doas pacientes 
Indice Terapeutico é a faixa entre a dose efetiva e a terapêutica, se ele tem índice terapêutico muito pequeno é perigoso pois a faixa entre tóxico e sem eficácia é curta. É uma razão entre a dose tóxica e a efetiva, quanto menor mais perigosa a terapia com esse remédio. Faixa Terapêutica é a dosagem segura e eficaz.
Protocolo de Monitoramento tem que ter atenção em faixa terapêutica muito estreita.
TRATAMENTOS COMPLEXOS
Diversos tratamentos são baseados na administração de diversos medicamentos, tem doencas que precisam de mais medicamentos pois um só em nível alto pode ser toxico então ao invés de escolher um com dose muito alta você administra mais de um com dose menor. 
A interação entredois fármacos pode ser negativa e positiva (quando aumenta a eficiência do remédio, então talvez um apenas não fosse suficientemente forte e ai associou-se outro, ou quando o fármaco B faz o fármaco A ficar mais tempo no organismo, e melhorar a qualidade de vida do paciente, você não esta dando dois remédios para a farmacêutica ganhar mais e sim porque essa associação é melhor para o individuo) sempre que administrar tem que pensar em alguma interação entre esses fármacos para saber se tem reações adversas ou não. 
A interação farmacológica entre dois fármacos pode ser dinâmica ou cinética, e existem três possibilidades ao interagir dois fármacos: pode haver a indiferença farmacológica (que são fármacos que não interagem um com o outro diretamente ou indiretamente), pode haver o antagonismo, ou sinergismo. 
Antagonista Cinético: reduz a concentração eficaz reduzir a concentração do fármaco no organismo. Pode ocorrer pela redução da absorção (drogas de absorção intestinal x laxantes); aumento da velocidade de metabolização (drogas de metabolização hepatica x indutores de enzima como o fenobarbital então as enzimas vão degradar o fármaco mais rapidamente); aumento da velocidade de excreção (AAS barbitúricos x alcalinizante de urina, mudando tanto a velocidade da excreção como o pH e assim o tipo de excreção) 
Antagonismo Dinâmico: reduzir a ação dos fármacos, relacionado com interação no receptor. O antagonista competitivo reversível você desloca a curva então se aumentar a concentração continua tendo o efeito máximo pois depois o antagonista pode desligar e permitir que o agonista ligue, mas o antagonista competitivo irreversível ele se liga e não desliga então mesmo que aumente a concentração ele não tem mais o efeito máximo, vai só caindo esse efeito, pois não tem mais todos os receptores disponíveis para a molécula se ligar. No caso do antagonista não competitivo não continua a deslocar a curva pois tem uma quantidade máxima de saturação
Sinergismo Cinético: é quando provoca o aumento da concentração eficaz. Pode agir na absorção (drogas de absorção intestinal x metoclopramida que é um pró cinético, esse pro cinético aumenta a peristalse então essa droga é espalhada pelo intestino com mais facilidade e assim absorvido com mais facildiade; metabolismo (varfarina x cimetidina que é um antiácido que vai ser metabolizada pela mesma enzima que a que vai metabolizar a varfarina então se tomar a cimetidina ela vai ser metabolizada e usar as enzimas e assim a varfarina vai ficar sobrando porque as enzimas que a metabolizam ela estão sendo usadas) ; excreção (penicilina x probenecida que é um uricosurico, aumenta a excrecao de acido úrico mas impede a secreção ativa de alguns fármacos, então se esta tomando penincilina com esse farmaco voce começa a excretar menos penincilina e então ela começa a circular mais no organismo); distribuição (varfarina x fenilbutazona, precisa quantidade controlada de varfarina e grande porcao dela fica ligado a albumina, se tomar a fenilbutazona ela se liga a albumina mais e deixa a varfarina livre então aumenta a disponibilidade mas deve tomar cuidado com dose toxica)
Sinergismo Dinâmico: otimiza por meio de receptores, um receptor interagindo com dois ligantes. Podem ser: Interagindo no mesmo receptor (acetilcolina x carbacol); Interagindo em sítios receptores diferentes (salmeterol x fluticasona)
TIPOS DE SINERGISMO
Sinergismos de Adição quando o efeito dos dois fármacos somados não excede , exemplo a tem 25% de efeito, B tem 50% de efeito e o efeitos dos dois é somado, é uma relação direta
Sinergismo de Potencialização, fármaco A tem 25% de efeieto, fármaco B tem 50% mas os dois juntos tem efeito de 100% isso porque a combinacao atuam em vias metabólicas diferentes mas podem estar interligadas então o fármaco pode estar tendo seu próprio efeito e o iutro tendo também seu efeito mas alem disso um pode agir na via do outro potencializando

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