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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru CAPÍTULO 3 DEPENDÊNCIA LINEAR 1 Combinação Linear Definição: Seja V um espaço vetorial sobre um corpo K. Um vetor Vu ∈ é dito uma combinação linear dos vetores Vv,,v,v n ∈L21 , se existem escalares na,,a,a L21 em K tais que nnvavavau +++= L2211 . De forma abreviada, pode-se escrever: ∑ = = n i iivau 1 . Exemplos: 1) Verificar se o vetor ( )520 ,,u −= pode ser escrito como combinação linear dos vetores ( )1111 −= ,,v , ( )0112 ,,v = e ( )1023 ,,v −= . Para que se possa escrever u como combinação linear dos vetores { }321 v,v,v , é preciso encontrar, se existirem, números reais a, b e c tais que 321 cvbvavu ++= . Para isso, escreve-se a sentença: ( ) ( ) ( ) ( )102011111520 ,,c,,b,,a,, −++−=− , de onde segue-se: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )ca,ba,cbac,,c,b,ba,a,a,, +−+−+=−++−=− 2020520 . Da igualdade de vetores, vem: =+− −=+ =−+ 5 2 02 ca ba cba . Resolvendo-se, por qualquer método, este sistema linear, obtém-se: 6−=a , 4=b e 1−=c . Dessa forma, pode-se escrever: 321 46 vvvu −+−= , ou seja, o vetor u pode ser escrito como combinação linear dos vetores 1v , 2v e 3v . 2) Conforme se viu no Capítulo 2, os elementos de um espaço vetorial V sobre um corpo K, independentemente de sua natureza, são chamados vetores. Também se viu que o conjunto de todos os polinômios com coeficientes reais de grau menor ou igual a n (incluindo o polinômio nulo), com as operações usuais de adição de polinômio e multiplicação por escalar, é INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru um espaço vetorial real. Esse espaço é denotado por ( )( )⋅+ℜ ,,Pn . Considerando-se 2=n , tem- se o espaço ( )( )⋅+ℜ ,,P2 , dos polinômios de grau menor ou igual a 2, com coeficientes reais. Assim, mesmo que os elementos deste espaço sejam polinômios, eles são chamados de vetores. Considerando-se os vetores ( ) ttp +−= 11 , ( ) 22 tttp −= e ( ) 23 23 ttp += deste espaço, verificar se o vetor ( ) 2522 tttq +−= é combinação linear desses vetores. Para que o vetor q possa ser escrito como combinação linear dos vetores 1p , 2p e 3p é preciso encontrar números reais a, b e c tais que: ( ) ( ) ( ) ( )tcptbptaptq 321 ++= . Assim, vem: ( ) ( ) ( )222 231522 tcttbtatt ++−++−=+− , ou seja, ( ) ( ) ( )222 23522 ctcbtbtatatt ++−++−=+− , ou, ainda, ( ) ( ) ( ) 22 23522 tcbtbacatt +−++++−=+− . Da igualdade de polinômios, vem: =+− −=+ =+− 52 2 23 cb ba ca ; Resolvendo-se o sistema linear, obtém-se: 1=a , 3−=b e 1=c e se pode escrever que: ( ) ( ) ( ) ( )tptptptq 321 3 +−= , isto é, q é uma combinação linear de 1p , 2p e 3p . 3) Verificar se o vetor ( )112 ,,u = pode ser escrito como combinação linear dos vetores ( )2111 −−= ,,v , ( )1232 −= ,,v e ( )3143 −= ,,v . Para que o vetor u possa ser escrito como combinação linear dos vetores { }321 v,v,v , é preciso encontrar escalares a, b e c tais que 321 cvbvavu ++= . Escreve-se, então: ( ) ( ) ( ) ( )314123211112 −+−+−−= ,,c,,b,,a,, , ou seja, ( ) ( ) ( ) ( )c,c,cb,b,ba,a,a,, 34232112 −+−+−−= , isto é, ( ) ( )cba,cba,cba,, 32243112 −−−++−++= . Da igualdade de vetores, conclui-se que: =−−− =++− =++ 132 12 243 cba cba cba ; é preciso, agora, resolver o sistema linear obtido. A partir da 1ª equação, tem-se: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru 243 +−−= cba ; substituindo na 2ª e 3ª equações, vem: =+ =+ 555 355 cb cb , que demonstra uma inconsistência, pois não é possível que se tenha, ao mesmo tempo, 355 =+ cb e 555 =+ cb (se isso fosse possível, concluir-se-ia que 53 = , o que é falso). Sendo o sistema impossível (ou incompatível), conclui-se que não é possível encontrar os escalares a, b e c tais que seja possível escrever 321 cvbvavu ++= . Logo, o vetor u não é uma combinação linear dos vetores 1v , 2v e 3v . 2 Subespaço Gerado Definição: Seja S um subconjunto não vazio de um espaço vetorial V sobre um corpo K. O subespaço gerado por S é o conjunto de todos os vetores de V que se escrevem como combinação linear dos vetores de S. Notação: [ ]S Exemplos: 1) Seja ( ) ( ){ }121201 ,,,,,S −= um subconjunto do espaço vetorial real 3ℜ . Determinar o subespaço gerado por S. É preciso determinar todos os vetores do 3ℜ que podem ser escritos como combinação linear dos vetores de S. Toma-se, assim, um vetor genérico ( )z,y,xv = do 3ℜ e escreve-se v como combinação linear dos vetores de S: ( ) ( ) ( )121201 ,,b,,az,y,xv −+== , de onde se segue que: ( ) ( ) ( ) ( )ba,b,bab,b,ba,,az,y,x +−=−+= 22220 ; da igualdade de vetores, vem: += = −= baz by bax 2 2 A partir da segunda equação, pode-se escrever: yb 2 1 = ; Substituindo esse valor de b na primeira equação, vem: yxa 2 1 += Substituindo os valores de a e b na terceira equação, obtém-se: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru yyxz 2 1 2 1 2 + += , ou, equivalentemente: 0234 =−+ zyx . Essa é a equação de um plano que contém a origem, isto é, o ponto ( )000 ,, pertence ao plano. Conclui-se, assim, que o subespaço gerado por S é: [ ] ( ){ }02343 =−+ℜ∈= zyx/z,y,xS . Com o objetivo de exemplificar o que se obteve, considere-se um ponto qualquer do plano, por exemplo, ( )521 ,, . Observe que este ponto satisfaz a equação do plano: 0522314 =⋅−⋅+⋅ . Lembra-se aqui que, a todo ponto do nℜ e, portanto, em particular, do 3ℜ , associa-se um vetor, chamado vetor-posição, com origem no ponto ( )000 ,, e extremidade no ponto considerado, cujas coordenadas são as mesmas do próprio ponto. Assim, ao ponto ( )521 ,, associa-se um vetor com estas coordenadas. Mostrar-se-á que esse vetor pode ser escrito combinação linear dos vetores ( )201 ,, e ( )121 ,,− , ou seja: ( ) ( ) ( )121201521 ,,b,,a,, −+= . Para encontrar os escalares a e b, usam-se as equações que permitiram encontrar a equação do plano, isto é: yxa 2 1 += e yb 2 1 = ; para 1=x e 2=y , obtém-se 2=a e 1=b . Assim, pode-se escrever: ( ) ( ) ( )12112012521 ,,,,,, −⋅+⋅= , o que mostra que o vetor de coordenadas ( )521 ,, é uma combinação linear dos vetores de S. FIGURA 4 Se for considerado um outro ponto do plano obtido, por exemplo, 2 5 1 2 1 ,, , seu vetor-posição também será uma combinação linear dos vetores de S, diferente da anterior, isto é, serão outros valores dos escalares a e b: 1 2 1 2 1 =+=a e 2 1 =b . Assim, tem-se: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru ( ) ( )121 2 1 2011 2 5 1 2 1 ,,,,,, −⋅+⋅= . A representação gráfica deste subespaço é feita na Figura 4. Nela, os vetores de S estão designados por u e v, isto é: ( )201 ,,u = e ( )121 ,,v −= . 2) Seja − − − = 11 00 03 01 00 12 ,,S um subconjunto do espaço vetorial real das matrizes quadradas de ordem 2, isto é, do espaço ( )ℜ2M . Determine o subespaço gerado por S. É preciso determinar todas as matrizes quadradas de ordem 2 que podem ser escritas como combinação linear das matrizes de S. Para isso, considere-sea matriz genérica dc ba do espaço ( )ℜ2M ; escreve-se essa matriz como combinação linear das matrizes de S: − −− = = − + − + − = − + − + − = ppn mnm ppn nmm pnm dc ba 3 2 00 03 0 00 2 11 00 03 01 00 12 . Da igualdade de matrizes, vem: = −= −= −= pd pnc mb nma 3 2 Quer-se determinar, aqui, de que tipo são as matrizes de ordem 2 que são combinações lineares das matrizes de S, ou seja, como são os elementos dessas matrizes. Na resolução do sistema linear acima, pode-se, por exemplo, obter-se o elemento a escrito em função dos demais elementos b, c e d: 3 6 dcb a ++ −= . Assim, as matrizes de ordem 2 que são combinações lineares das matrizes de S têm a forma: ++ − dc b dcb 3 6 , isto é, o subespaço gerado por S é: [ ] ℜ∈∀ ++ −= d,c,b; dc b dcb S 3 6 . Por exemplo, se 1−=b , 2=c e 0=d , tem-se 3 4 =a ; assim, a matriz −= 02 1 3 4 M é uma matriz do subespaço gerado por S. Logo, pode ser escrita como combinação linear das INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru matrizes de S. De fato, usando-se as equações do sistema linear resolvido acima, obtém-se: 1=m , 0=p e 3 2 =n e, portanto, pode-se escrever: − ⋅+ − ⋅+ − ⋅= − 11 00 0 03 01 3 2 00 12 1 02 1 3 4 . Observação: os exemplos anteriores mostram como determinar o subespaço gerado [ ]S a partir de um sistema de geradores { }nv,,v,vS L21= . É possível determinar o sistema de geradores { }nv,,v,vS L21= , a partir de um subespaço gerado [ ]S , como mostram os exemplos a seguir. Exemplos: 1) Seja ( ){ }tzx/t,z,y,xW 24 +=ℜ∈= . Determinar um sistema de geradores para W. Observe que W é um subconjunto do espaço vetorial real 4ℜ . Assim, o sistema de geradores para W será composto de vetores deste espaço vetorial. O que se pretende é determinar um subconjunto S do 4ℜ tal que o conjunto W seja gerado por S, ou seja, [ ]SW = . Isso significa que os elementos de W serão combinações lineares dos elementos do conjunto S que se procura. O conjunto W pode ser escrito na forma: ( ){ }42 ℜ∈+= t,z,y,tzW , ou seja, todo vetor de W é da forma ( )t,z,y,tz 2+ . Isso significa que há três “variáveis livres”, isto é, variáveis para as quais se pode atribuir valores. A primeira variável, x, não é livre, pois depende das outras três. Por exemplo, se 1=== tzy , tem-se 32 =+ tz e, portanto, o vetor ( )1113 ,,, é um elemento de W. Observando que: ( ) ( ) ( ) ( )t,,,t,z,,z,,y,t,z,y,tz 002000002 ++=+ , ou, equivalentemente, ( ) ( ) ( ) ( )1002010100102 ,,,t,,,z,,,yt,z,y,tz ++=+ , vê-se que cada elemento de W é uma combinação linear dos vetores ( )0010 ,,, , ( )0101 ,,, e ( )1002 ,,, . Diz-se que cada uma das variáveis livres “gerou” um vetor. Como há três variáveis livres, foram gerados três vetores, os quais formam um sistema de geradores de W. Assim, o conjunto procurado é: ( ) ( ) ( ){ }100201010010 ,,,,,,,,,,,S = e pode-se afirmar que [ ]SW = . INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru 2) Seja ( ) ===−=−+ℜ∈ = bef;bc;fba/M fe dc ba W x 02023 . Determinar um sistema de geradores para W. Quer-se determinar um subconjunto S do espaço vetorial real ( )ℜ23xM tal que W seja o subespaço gerado por S, isto é, [ ]SW = e, portanto, todo elemento de W é uma combinação linear dos elementos de S. Das condições impostas para os elementos das matrizes de W, conclui-se que 0=a e bc 2= . Portanto, pode-se reescrever o conjunto W: ℜ∈∀ = d,b, bb db b W 2 0 , o que indica que há duas variáveis livres: b e d. Portanto, cada uma delas deverá gerar uma matriz. Tem-se: + = + = 00 10 00 11 02 10 00 0 00 02 0 2 0 dbd bb b b bb db b . Logo, a matriz bb db b 2 0 é uma combinação linear das matrizes 11 02 10 e 00 10 00 , as quais formam, portanto, um sistema de geradores de W. Logo, o conjunto procurado é: = 00 10 00 11 02 10 ,S e se pode afirmar que [ ]SW = . 3 Vetores Linearmente Dependentes e Linearmente Independentes Definição: Seja V um espaço vetorial sobre um corpo K. Diz-se que os vetores Vv,,v,v n ∈L21 são linearmente dependentes sobre K se existirem escalares K,,, n ∈ααα L21 , não todos nulos, tais que 02211 =+++ nnvvv ααα L . Em caso contrário, diz-se que os vetores são linearmente independentes sobre K. Observações: 1) Se os vetores são linearmente dependentes, diz-se, de forma abreviada, que eles são LD. De modo análogo, se são linearmente independentes, diz-se que são LI. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru 2) Observe-se que a relação 02211 =+++ nnvvv ααα L é sempre válida se os escalares ( )nii ≤≤1α são todos nulos. Se essa relação é válida somente neste caso, isto é, se 02211 =+++ nnvvv ααα L somente se 021 ==== nααα L , então os vetores são linearmente independentes. Por outro lado, se a relação também é válida quando pelo menos um dos ( )nii ≤≤1α é diferente de zero, então os vetores são linearmente dependentes. 3) A diferença entre um conjunto de vetores ser LI ou LD está na relação que existe entre eles: se os vetores são LD é porque existe uma "dependência" entre eles; como se verá adiante, esta dependência será uma combinação linear, o que justifica o nome da relação entre os vetores. Se os vetores são LI, não existe nenhuma "dependência" entre eles. 4) Se um dos vetores nv,,v,v L21 é nulo, por exemplo, se 01 =v , então os vetores nv,,v,v L21 são LD, pois: 00001001 21 =+++⋅=⋅++⋅+⋅ LL nvvv ; uma vez que o coeficiente de 1v não é nulo, conclui-se que os vetores são LD. 5) Qualquer vetor não nulo v é, por si só, LI, pois: 0=vα , com 0≠v , implica, necessariamente, que 0=α . 6) O vetor nulo 0 é LD, pois: 00 =α é verdadeira, para qualquer valor de α . Exemplos: 1) Verificar se os vetores ( )12,u = e ( )31,v = são LD ou LI. Têm-se, aqui, elementos do espaço vetorial real 2ℜ . Para verificar a dependência linear entre os vetores, escreve-se a equação: 021 =+ vu αα , onde 1α e 2α são escalares e o “zero” do 2º membro é o vetor nulo: ( )000 ,= . Tem-se: ( ) ( ) ( )003112 21 ,,, =+ αα . Deve-se, agora, determinar os valores dos escalares 1α e 2α que tornam a sentença verdadeira. Tem-se: ( ) ( ) ( )0032 2211 ,,, =+ αααα , isto é, ( ) ( )0032 2121 ,, =++ αααα. Da igualdade de vetores, segue-se que: =+ =+ 03 02 21 21 αα αα ; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru a resolução desse sistema leva à solução trivial 021 == αα , que é única. Assim, 021 =+ vu αα implica, necessariamente, em que 021 == αα e, portanto, os vetores u e v são LI. Observe-se que não há possibilidade de que os vetores sejam LD. Para que isso acontecesse, deveria acontecer uma das três situações abaixo: (1) 01 ≠α e 02 =α ; (2) 01 =α e 02 ≠α ; (3) 01 ≠α e 02 ≠α . A situação (1) não pode ocorrer, pois, se 02 =α , a equação 021 =+ vu αα ficaria: 01 =uα ; como o vetor u não é nulo, concluir-se-ia que 01 =α . De modo análogo, se 01 =α , ter-se-ia 02 =vα e, como v não é nulo, concluir-se-ia que 02 =α , ou seja, a situação (2) também não ocorre. FIGURA 5 Supondo-se, então, que 01 ≠α e 02 ≠α , da equação 021 =+ vu αα se poderia escrever: vu 1 2 α α −= , ou, chamando k=− 1 2 α α , kvu = . Isso significaria que os vetores u e v têm a mesma direção, isto é, são paralelos, o que não é verdade. A Figura 5 mostra uma representação gráfica desses vetores. 2) Considerem-se, agora, os vetores ( )12,u = e ( )24,v = do 2ℜ . Mostrar-se-á que esses vetores são LD. De fato, escrevendo-se a equação 021 =+ vu αα , INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru vem: ( ) ( ) ( )002412 21 ,,, =+ αα , ou seja, ( ) ( ) ( )00242 2211 ,,, =+ αααα , isto é, ( ) ( )00242 2121 ,, =++ αααα , de onde se segue que: =+ =+ 02 042 21 21 αα αα . Observe-se que as duas equações do sistema se reduzem a uma só: 02 21 =+ αα , de onde se conclui que 21 2αα −= , ou seja, o sistema tem infinitas soluções, já que se pode atribuir a 2α qualquer valor real e, a partir dele, obter-se o valor de 1α . Por exemplo, são soluções do sistema: 01 =α e 02 =α ; 21 −=α e 12 =α ; 11 −=α e 2 1 2 =α , entre outras infinitas soluções. Assim, existem escalares 1α e 2α , não ambos nulos, tais que a equação 021 =+ vu αα é verdadeira e, portanto, os vetores u e v são LD. Uma vez que, da resolução do sistema, concluiu-se que 21 2αα −= , pode-se escrever: 02 22 =+− vu αα , ou seja, vu 2 1 = , ou, equivalentemente, uv 2= . Isso significa que os vetores u e v têm a mesma direção, isto é, são paralelos. A Figura 6 ilustra esse fato. FIGURA 6 3) Verificar se os vetores ( )4326 ,,,u = , ( )1350 ,,,v −= e ( )2700 −= ,,,w são LD ou LI. Para verificar a dependência linear entre os vetores, escreve-se a equação: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru 0321 =++ wvu ααα , ou seja: ( ) ( ) ( ) ( )0000270013504326 321 ,,,,,,,,,,,, =−+−+ ααα . Deve-se, agora, determinar os valores dos escalares 321 ααα ,, que tornam a sentença verdadeira. Tem-se: ( ) ( ) ( ) ( )000027003504326 332221111 ,,,,,,,,,,,, =−+−+ ααααααααα , isto é, ( ) ( )000024733526 321321211 ,,,,,, =−++−+ ααααααααα . Da igualdade de vetores, segue-se que: =−+ =+− =+ = 024 0733 052 06 321 321 21 1 ααα ααα αα α ; a primeira equação conduz a 01 =α ; a segunda, com 01 =α , conduz a 02 =α ; a terceira, com 01 =α e 02 =α , leva a 03 =α . Assim, 021 =++ wvu nααα implica em que 01 =α , 02 =α e 03 =α . Portanto, os vetores u, v e w são LI. 4) Verificar a dependência linear entre os vetores abaixo: (a) { }22 35221 tt,tt,t +−+−− (b) −− − 25 1010 95 43 10 21 ,, (a) Aqui, os vetores são polinômios de grau menor ou igual a 2, ou seja, são elementos do espaço vetorial real ( )( )⋅+ℜ ,,P2 , os quais serão chamados de ( )tf , ( )tg e ( )th , respectivamente. Para estudar a dependência linear entre eles, escreve-se a equação homogênea: ( ) ( ) ( ) 0=⋅+⋅+⋅ thctgbtfa . O 2º membro desta equação, isto é, 0 , representa, aqui, o polinômio nulo 20000 tt ++= . Tem-se, assim: ( ) ( ) ( ) 222 00035221 ttttcttbta ++=++−+−+− , ou seja, ( ) ( ) ( ) 222 0003522 ttctctbtbtbata ++=++−+−+− , ou, ainda, ( ) ( ) ( ) 22 0003522 tttcbtcbaba ++=+−+++−+− . Da igualdade de polinômios, vem: =+− =++− =− 03 052 02 cb cba ba INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru A resolução desse sistema, por qualquer método que se utilize, leva à solução trivial, ou seja, 0=== cba . Assim, a equação ( ) ( ) ( ) 0=⋅+⋅+⋅ thctgbtfa implica em que 0=== cba e, portanto, os vetores ( )tf , ( )tg e ( )th são LI. (b) Neste caso, os vetores são matrizes quadradas de ordem 2, ou seja, são elementos do espaço vetorial real ( )ℜ2M . Chamando: = 10 21 A , − = 95 43 B e −− = 25 1010 C e considerando-se escalares α , β e γ , escreve-se a equação homogênea: 0=++ CBA γβα . Aqui, o 0 que figura no 2º membro da equação representa a matriz nula de ordem 2, ou seja, = 00 00 0 . Então, vem: = −− + − + 00 00 25 1010 95 43 10 21 γβα , ou seja, = −− + − + 00 00 25 1010 95 43 0 2 γγ γγ ββ ββ α αα ou, ainda, = −+− +++− 00 00 2955 1042103 γβαγβ γβαγβα . Da igualdade de matrizes, vem: =−+ =− =++ =+− 029 055 01042 0103 γβα γβ γβα γβα Da 3ª equação, tem-se que γβ = ; substituindo na 1ª equação, obtém-se que γα 7−= . Substituindo-se na 2ª equação, obtém-se: 00 =⋅ γ , que é verdadeira para qualquer número real γ . De modo análogo, se substituir-se γβ = e γα 7−= na 4ª equação, obtém-se 00 =⋅ γ . Conclui-se, então, que o sistema tem infinitas soluções, já que γ pode assumir qualquer valor e α e β dependem de γ . A solução (na verdade, as infinitas soluções) do sistema pode ser colocada na forma: { }ℜ∈∀=−= γγβγα ,e7 . Por exemplo, se 2=γ , tem-se 14−=α e 2=β , ou seja, ( )2214 ,,− é uma solução do sistema. Para essa solução, tem-se: = −− + − + − −− = −− + − + − 00 00 410 2020 1810 86 140 2814 25 1010 2 95 43 2 10 21 14 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru Assim, existem escalares não nulos que tornam verdadeira a equação 0=++ CBA γβα , ou seja, as matrizes A, B e C são LD. Teorema: Seja V um espaço vetorial sobre um corpo K. Um conjunto de vetores Vv,,v,v n ∈L21 é LD se, e somente se, um deles é combinação linear dos demais vetores. Observação: este é um teorema de condição necessária e suficiente; o termo "se, e somente se" significa que o teorema tem duas implicações: (i) "se um conjunto de vetores é LD, então um deles é combinação linear dos demais vetores" e (ii) "se, em um conjunto de vetores, um deles é combinação linear dos demais, então esses vetores são LD".Assim, a demonstração do teorema contém duas partes: uma para demonstrar a condição necessária (i) e a outra para demonstrar a condição suficiente (ii). Demonstração: (i) Condição necessária Hipótese: os vetores Vv,,v,v n ∈L21 são LD Tese: um deles é combinação linear dos demais vetores Se, por hipótese, os vetores nv,,v,v L21 são LD, então, existem escalares n,,, ααα L21 , não todos nulos, tais que: 02211 =+++ nnvvv ααα L . Supondo, por exemplo, que 01 ≠α , pode-se escrever: n n vvvv −++ −+ −= 1 3 1 3 2 1 2 1 α α α α α α L ; chamando: 1 2 2 α α β −= ; 1 3 3 α α β −= ;...; 1α α β nn −= , vem: nnvvvv βββ +++= L33221 , e, portanto, o vetor 1v é combinação linear dos demais vetores. Observe-se que, assim como se supôs que 01 ≠α e se mostrou que 1v é combinação linear dos demais vetores, pode-se supor que qualquer um dos escalares ( )nii ≤≤1α é diferente de zero e concluir-se que iv é combinação linear dos demais vetores. (ii) Condição suficiente Hipótese: um dos vetores é combinação linear dos demais vetores Tese: os vetores Vv,,v,v n ∈L21 são LD Por hipótese, um dos vetores é combinação linear dos demais; pode-se supor, por exemplo, que esse seja o vetor 1v . Isso significa que existem escalares n,,, βββ L32 tais que: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru nnvvvv βββ +++= L33221 ; pode-se escrever, equivalentemente: ( ) 01 33221 =++++− nnvvvv βββ L . Sendo o escalar que multiplica o vetor 1v não nulo, já que é igual a -1, conclui-se que os vetores nv,,v,v L21 são LD. É claro que, fazendo-se a suposição de que qualquer vetor ( )niv i ≤≤1 seja combinação linear dos outros vetores, concluir-se-á, de maneira análoga, que os vetores nv,,v,v L21 são LD. Exemplo: Mostrou-se, em exemplo anterior, que o conjunto de matrizes −− = − = = 25 1010 95 43 10 21 C,B,A é LD. Portanto, pelo teorema anterior, uma delas é combinação linear das outras duas. Escrever-se-á uma das matrizes como combinação linear das demais. Uma das maneiras de se fazer isso, é escrever a equação: 0=++ CBA γβα , lembrando que o “zero” que figura no segundo membro da equação representa a matriz nula de ordem 2. Então: = −− + − + 00 00 25 1010 95 43 10 21 γβα , de onde vem que: = −+− +++− 00 00 2955 1042103 γβαγβ γβαγβα . Da igualdade de matrizes, segue-se que: =−+ =− =++ =+− 029 055 01042 0103 γβα γβ γβα γβα ; Da terceira equação, conclui-se que γβ = ; substituindo-se essa informação em qualquer outra das três equações restantes, obtém-se a relação 07 =+ γα , isto é, γα 7−= . Atribuindo-se um valor numérico a γ , por exemplo, 1−=γ , obtém-se 1−=β e 7=α , Assim, pode-se escrever: 07 =−− CBA . Essa equação mostra que as matrizes A, B e C são LD. A partir dela, pode-se escrever, por exemplo: BAC −= 7 . Esta última equação mostra a matriz C escrita como uma combinação linear das matrizes A e B. Outra forma de encontrar uma combinação linear entre as matrizes, é escolher uma delas para ser escrita como uma combinação linear das outras. Por exemplo, escrevendo a matriz C como combinação linear das matrizes A e B, tem-se: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru BAC βα += ; então, vem: − + = −− 95 43 10 21 25 1010 βα , isto é, + +− = − + = −− βαβ βαβα ββ ββ α αα 95 423 95 43 0 2 25 1010 . Da igualdade de matrizes, segue-se que: −=+ −= =+ =− 29 55 1042 103 βα β βα βα . Da 3ª equação, segue-se que 1−=β ; substituindo-se esse valor em qualquer uma das outras três equações, obtém-se 7=α . Assim, pode-se escrever: BAC −= 7 . Teorema: Se nv,,v,v L21 são vetores LD, então, os vetores kv,,v,v L21 são LD, para todo nk ≥ . Demonstração: Hipótese: os vetores Vv,,v,v n ∈L21 são LD Tese: os vetores kv,,v,v L21 são LD, para todo nk ≥ Por hipótese, os vetores nv,,v,v L21 são LD; então, existem escalares n,,, ααα L21 , não todos nulos, tais que: 02211 =+++ nnvvv ααα L . A esse conjunto de n vetores, acrescentem-se mais ( )nknk ≥− vetores, isto é, considere-se, agora, o conjunto: { }knnn v,,v,v,v,,v,v LL 2121 ++ . Escrevendo-se a equação: 022112211 =+++++++ ++++ kknnnnnn vvvvvv αααααα LL , conclui-se, a partir dela, que os vetores knnn v,,v,v,v,,v,v LL 2121 ++ são LD, pois, mesmo que os escalares knn ,,, ααα L21 ++ sejam todos nulos, entre os escalares n,,, ααα L21 há pelo menos um deles que não é nulo, já que os vetores nv,,v,v L21 são LD. Logo, o conjunto de vetores { }knnn v,,v,v,v,,v,v LL 2121 ++ é LD. Observações: 1) Por esse teorema, conclui-se que, se um conjunto de vetores é LD, aumentando-se o número de vetores deste conjunto, o novo conjunto será LD. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru 2) Observe-se que o teorema é apenas de condição necessária, ou seja, a recíproca não é verdadeira. Isso significa que, se um conjunto de n vetores nv,,v,v L21 é LD, isso não implica que o conjunto de vetores mv,,v,v L21 é LD, para nm ≤ . Assim, quando se sabe que um conjunto de vetores é LD, se forem retirados desse conjunto um ou mais vetores, não se pode afirmar que o novo conjunto seja LD. Exemplo: Considere o conjunto ( ) ( ) ( ) ( ){ }21111001 4321 ,v,,v,,v,,vA ===== de vetores do 2ℜ . Tem-se: ( ) ( ) ( ) 321 111001 v,,,vv ==+=+ ; Assim, pode-se escrever: 4213 011 vvvv ⋅+⋅+⋅= , ou seja, 3v é combinação linear dos demais, de onde se conclui que o conjunto A é LD. Pode- se ver, ainda, que 4v é combinação linear dos demais vetores, pois: ( ) ( ) ( ) 421 21102012 v,,,vv ==⋅+=⋅+ , isto é, 3214 021 vvvv ⋅+⋅+⋅= . Acrescentando-se ao conjunto A um vetor qualquer ( )y,xu = do 2ℜ , vê-se que as combinações lineares já existentes continuarão a existir, pois: uvvvvvvv ⋅+⋅+⋅+⋅=⋅+⋅+⋅= 0011011 4214213 e uvvvvvvv ⋅+⋅+⋅+⋅=⋅+⋅+⋅= 0021021 3213214 . Assim, o conjunto A continuará sendo um conjunto de vetores LD. Por outro lado, retirando-se vetores do conjunto A, não se pode garantir que o conjunto continue sendo LD ou passe a ser LI. De fato, retirando-se de A o vetor 4v , obtém-se um novo conjunto: ( ) ( ) ( ){ }111001 321 ,v,,v,,vB ==== , o qual também é LD, já que, como se mostrou anteriormente, o vetor 3v é combinação linear de 1v e 2v . Entretanto, retirando-se de A os vetores 3v e 4v , obtém-se um novo conjunto ( ) ( ){ }1001 21 ,v,,vC === , que é LI, pois, escrevendo-se a equação: 02211 =+ vv αα , vem: ( ) ( ) ( )001001 21 ,,, =+ αα , isto é, INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru ( ) ( ) ( )0000 21 ,,, =+ αα , de onde se segue que 01 =α e 02 =α e, portanto 1v e 2v são LI. Teorema: Se nv,,v,v L21 são vetores LI, então, os vetores kv,,v,v L21 são LI, para todo nk ≤ . Demonstração: Hipótese:os vetores Vv,,v,v n ∈L21 são LI Tese: os vetores kv,,v,v L21 são LI, para todo nk ≤ Por hipótese, os vetores nv,,v,v L21 são LI; então, a equação 02211 =+++ nnvvv ααα L é verdadeira somente se 021 ==== nααα L . Tomando-se um índice nk ≤ , considere-se o conjunto { } { }nk v,,v,vv,,v,v LL 2121 ⊂ . Da equação: 02211 =+++ kkvvv ααα L , segue-se que 021 ==== kααα L , pois os vetores nv,,v,v L21 são LI e os vetores kv,,v,v L21 estão entre eles. Portanto, conclui-se que os vetores kv,,v,v L21 são LI, o que demonstra o teorema. Observação: 1) Por esse teorema, conclui-se que, se um conjunto de vetores é LI, diminuindo-se o número de vetores deste conjunto, o novo conjunto também será LI. 2) O teorema é apenas de condição necessária, isto é, a recíproca não é verdadeira. Isso significa que, se um conjunto de n vetores nv,,v,v L21 é LI, isso não implica que o conjunto de vetores mv,,v,v L21 é LI, para nm ≥ . Assim, quando se sabe que um conjunto de vetores é LI, se forem acrescentados a esse conjunto um ou mais vetores, não se pode afirmar que o novo conjunto é LI. Exemplo: Considere-se o conjunto ( ) ( ){ }010001 21 ,,v,,,vA === do 3ℜ , o qual é LI, pois, se 02211 =+ vv αα , vem: ( ) ( ) ( )000010001 21 ,,,,,, =+ αα , isto é, ( ) ( ) ( )0000000 21 ,,,,,, =+ αα , de onde se segue que 01 =α e 02 =α e, portanto 1v e 2v são LI. Retirando-se de A o vetor 2v , obtém-se o conjunto INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru ( ){ }0011 ,,vB == , que é também LI. Entretanto, acrescentando-se um ou mais vetores ao conjunto A, não se pode afirmar que o novo conjunto seja LI. De fato, acrescentando-se a A o vetor ( )100 ,,w = , obtém-se o conjunto ( ) ( ) ( ){ }100010001 21 ,,w,,,v,,,vC ==== , o qual é ainda LI, pois, se 032211 =++ wvv ααα , tem-se: ( ) ( ) ( ) ( )000100010001 321 ,,,,,,,, =++ ααα , isto é, ( ) ( ) ( ) ( )000000000 321 ,,,,,,,, =++ ααα , de onde se segue que 0321 === ααα e, portanto 1v , 2v e w são LI. Acrescentando-se, agora, a C o vetor ( )121 −= ,,u , obtém-se o conjunto ( ) ( ) ( ) ( ){ }121100010001 21 −===== ,,u,,,w,,,v,,,vD . Verificar-se-á que este novo conjunto é LD. De fato, escrevendo-se a equação 0432211 =+++ uwvv αααα , vem: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )000121100010001 4321 ,,,,,,,,,, =−+++ αααα , isto é, ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0002000000 444321 ,,,,,,,,,, =−+++ αααααα , ou seja, ( ) ( )0002 434241 ,,,, =−++ αααααα , de onde se segue que =− =+ =+ 0 02 0 43 42 41 αα αα αα . Resolvendo-se esse sistema linear, obtém-se: = −= −= 43 42 41 2 αα αα αα ; atribuindo-se um valor a 4α , por exemplo, -1, vem: −= = = 1 2 1 3 2 1 α α α e pode-se escrever: 01121 21 =⋅−⋅−⋅+⋅ uwvv , ou seja, os vetores são LD. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz – Departamento de Matemática – Unesp/Bauru Exercícios Propostos 1) Verificar se os vetores são LI ou LD. Se forem LD, escrever um deles como combinação linear dos outros. a) ( ) ( ) ( ){ }135122 ,c,,b,,a −==−= R: LD; cba 4 3 4 1 −−= b) − − − − 310 032 121 130 311 102 ,, R: LI 2) Determinar os valores de m para que os vetores ( )312 ,,m + , ( )12 ,m,− e ( )122 −,, sejam LD. R: 8mou2m −=−= 3) Determinar o subespaço gerado pelo conjunto { }22332 t,tS −−= . R: [ ] ( ){ }0946 21022210 =++ℜ∈++= aaa/PtataaS 4) Seja ( ){ }0253 322103332210 =+=−+ℜ∈+++= aaaaa/PtatataaW . Determinar um sistema de geradores para W. R: −++−= 32 2 1 53 tt,tS 5) Sabendo que o conjunto { }w,v,u é LI, mostrar que { }wu,wv,vu +++ também é LI.
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