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2016 DESENVOLVIDO POR Concurseiros Abençoados 18/08/2016 Apostila de Exercícios - Português Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro 100 QUESTÕES DE PORTUGUÊS (BANCA IBFC) www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 01 Que é Segurança do Trabalho? Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tomar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016 Hoje em dia, muito se fala sobre as variantes linguísticas e a valorização de todos os falares, levando em consideração a situação da fala. Com base nesta teoria, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: O texto acima apresentado foi escrito em uma linguagem___________ , levando ao leitor informações sobre Segurança do trabalho. a) Formal b) Regional c) Científica d) Literária 02 Em textos em Língua Portuguesa sabe-se que a alteração de pontuação pode prejudicar a organização do texto e, muitas vezes, mudar o sentido da frase. Leia a sentença abaixo e indique a alternativa em que a alteração da pontuação mantém o texto correto: “O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho.” a) O quadro de Segurança do Trabalho, de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. b) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa, compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. c) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por: Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. d) O quadro de, Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se, de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. 03 São variadas as possibilidades de se identificar os Gêneros textuais. Tendo como referência o texto acima, identifique a alternativa correta. a) O texto referido é do gênero informativo, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando múltiplas interpretações. b) O texto referido é do gênero científico, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando múltiplas interpretações. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 c) O texto referido é do gênero científico, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando única interpretação. d) O texto referido é do gênero informativo, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando única interpretação. 04 Leia o texto abaixo e identifique qual das alternativas apresenta correta aplicação de crase, seguindo a mesma lógica do texto. “A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações...” a) O curso de português discute assuntos associados à gramática, à literatura e à produção de textos. b) O professor fez correções à respeito dos erros de ortografia presentes no texto. c) O referido texto apresenta informações de grande importância à alunos de Engenharia. d) A literatura sobre Segurança do Trabalho presente na faculdade apresenta informações importantes à seus alunos. 05 O novo acordo ortográfico nos apresentou algumas alterações de acentuação de palavras em Língua Portuguesa. Leia as alternativas abaixo e assinale a que apresenta somente palavras acentuadas corretamente. a) Seqüência, idéia, caráter, bóia, saúde. b) Sequência, idéia, carater, bóia, saúde. c) Sequência, ideia, caráter, boia, saúde. d) Seqüência, ideia, caráter, bóia, saude. 06 Das opções abaixo, assinale a única que apresenta corretamente a colocação do pronome. a) Esqueci de te contar que vi ele na rua. b) Nunca pode-se falar mal de quem não conhece-se. c) Esta situação se-refere a assuntos empresariais. d) Precisa-se de bons funcionários. 07 Leia a citação abaixo e assinale a que apresenta emprego correto dos conectivos: “Aproveita agora, ______ ele ainda não tem cólicas noturnas______ ainda mama nas horas certas,______ depois a sua vida se transformará num verdadeiro inferno noturno.” (Mário Prata) a) cujo - mas - onde b) onde - cujo - pois c) que - e - porque d) pois - e - onde 08 Leia o poema abaixo e assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente no texto: Amor é fogo que arde sem se ver Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; (Camões) a) Onomatopéia b) Metáfora c) Personificação d) Pleonasmo 09 Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. Os estudantes de medicina fazem os exercícioscom dedicação e empenho. II. A maioria dos estudantes de engenharia estavam na sala de aula. III. As estudantes estão meio tristes com a mudança de professora. IV. Há uma hora e meio o curso se encerrou. a) I e II estão corretas. b) Somente IV está correta. c) I e III estão corretas. d) Somente II está correta. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 10 Uma Vela para Dario (Dalton Trevisan) Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata. Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá- las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade. Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes. O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão. A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto. Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. O texto apresenta uma estrutura cujo o processo de composição predominante é o narrativo. Todos os elementos abaixo são característicos desse tipo de texto, EXCETO: a) presença de personagens b) referências temporais c) indicação espacial d) defesa de ponto de vista 11 O texto sugere que a morte de Dario acaba sendo resultado do descaso das pessoas. Assinale a única opção cuja passagem transcrita revele um exemplo desse descaso. a) “O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.” (2°§) b) “A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo.”(5°§) c) “Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida?”(5°§) d) “Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos” (8°§) www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 12 A partir de uma leitura atenta do texto, é correto afirmar que: a) A curiosidade das pessoas que estavam em uma cafeteria impediu-as de continuarem comendo. b) O sumiço de vários pertences de Dario sugere que foram roubados apesar da condição em que ele se encontrava. c) As crianças revelam indiferença pela cena uma vez que apenas os adultos têm consciência do que se passa. d) A referência à ambulância, à polícia e ao rabecão revela a rapidez com que esses serviços foram prestados. 13 No 11° parágrafo, tem -se “A última boca repete — Ele morreu, ele morreu”. Nessa passagem, pode-se perceber um exemplo de discurso: a) indireto b) direto c) indireto livre d) não-verbal 14 Em “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.” (14°§), considerando as vozes do verbo, pode-se reescrever, corretamente, o trecho em destaque da seguinte forma: a) O toco de vela é apagado b) O toco de vela apaga a si mesmo c) Apagam o toco de vela d) O toco de vela pode ser apagado 15 No primeiro parágrafo, a oração “Dario vem apressado. Guarda-chuva no braço esquerdo.” revela, por meio do adjetivo em destaque, uma característica: a) típica de Dario ao longo do texto b) comum a todos os demais passantes c) exclusiva de pessoas que passam mal d) circunstancial, momentânea de Dario 16 “Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§) Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma “espalha” é: a) composto tendo “homem” e “multidão” como núcleos. b) indeterminado e sem referência gramatical explícita. c) simples e representado pela construção “a multidão”. d) desinencial marcado pela terceira pessoa. 17 “Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§) O emprego do vocábulo “Apenas” sugere, em relação ao homem morto: a) irrelevância b) remorso c) piedade d) revolta 18 “Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.” (12°§). O termo em destaque é um conectivo que, ao relacionar orações, introduz o sentido de: a) tempo b) lugar c) modo d) condiçãowww.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 19 Aprendendo a pensar (Frei Beto) Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que carregamos é considerar criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem. O educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase da vida aprendemos as coisas mais importante que sabemos? As coisas mais importantes que todos sabemos é falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos, cores, fatores que representam perigo, diferentes sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que é importante para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e seis anos, período que Doman considera “a idade do gênio”. Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida. Glenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro sadio. Hoje são adultos que falam diversos idiomas, dominam música, computação etc. São pessoas felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método dele, foi recebido por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais velha tinha quatro anos... Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro anos, aprender um instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso específico de alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu certo. Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através de fichas. A mãe lia para ele histórias infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De repente, o menino começou a ler antes de ir para a escola. [...] (Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado) Em relação às ideias apresentadas pelo texto, só é correto afirmar que: a) biologicamente, as crianças possuem pouca capacidade de aprendizagem. b) cientificamente, limitações físicas sempre comprometem o desenvolvimento intelectual. c) politicamente, os investimentos em educação deveriam focar na autoalfabetização. d) culturalmente, é comum que os adultos considerem as crianças ignorantes. 20 Considerando o contexto em que se encontra, assinale a única opção em que o vocábulo destacado NÃO corresponde a um exemplo de substantivo. a) “Nosso olhar está impregnado de preconceitos” (1°§) b) “Uma das miopias que carregamos é considerar criança ignorante".(1°§) c) “Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso cérebro.” (4°§) d) “Hoje são adultos que falam diversos idiomas” (5°§) 21 “Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem.” (1°§) Ao empregar o vocábulo “adultos” entre vírgulas no trecho acima, o autor pretende: a) provocar uma ambiguidade intencional. b) excluir-se do processo enunciativo. c) delimitar o grupo a que faz referência. d) referir-se a uma fase imprecisa da vida. 22 Há, entre as duas orações do período, uma relação semântica. Desse modo, sem prejuízo de sentido, no lugar do ponto e vírgula que as separam poderia ser empregado o seguinte conectivo: “Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem.” a) desde que b) contudo c) visto que d) como 23 De acordo com o texto, “a idade do gênio” (3°§) faz referência à fase em que: a) se aprendem as coisas mais importantes para o ser humano. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 b) a genialidade de uma criança distingue-se da de outra de mesma idade. c) a formação do caráter deve ser privilegiada em relação à formação cultural. d) todas as crianças deveriam ser iniciadas na educação musical ou artística. 24 Em “As sinapses, conexões cerebrais, se dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida.” (4°§), encontra-se destacada uma função sintática . Trata-se do: a) complemento nominal b) vocativo c) predicativo do sujeito d) aposto 25 Ao fazer uso do vocábulo “miopias”, no primeiro parágrafo, o autor emprega esse termo no sentido: a) irônico b) cômico c) metafórico d) científico www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 Visite nosso site: www.concurseirosabencoados.com.br N° GAB PORTUGUÊS 01 a 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 02 c 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 03 d 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 04 a 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 05 c 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 06 d 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 07 c 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 08 b 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 09 c 2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do Trabalho 10 d 2016 – IBFC – MGS - Advogado 11 c 2016 – IBFC – MGS - Advogado 12 b 2016 – IBFC – MGS - Advogado 13 b 2016 – IBFC – MGS - Advogado 14 a 2016 – IBFC – MGS - Advogado 15 d 2016 – IBFC – MGS - Advogado 16 c 2016 – IBFC – MGS - Advogado 17 a 2016 – IBFC – MGS - Advogado 18 b 2016 – IBFC – MGS - Advogado 19 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 20 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 21 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 22 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 23 a 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 24 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 25 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 26 Aprendendo a pensar (Frei Beto) Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que carregamos é considerar criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem. O educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase da vida aprendemos as coisas mais importante que sabemos? As coisas mais importantes que todossabemos é falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos, cores, fatores que representam perigo, diferentes sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que é importante para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e seis anos, período que Doman considera “a idade do gênio”. Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de maneira acelerada nos primeiros anos da vida. Glenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro sadio. Hoje são adultos que falam diversos idiomas, dominam música, computação etc. São pessoas felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método dele, foi recebido por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais velha tinha quatro anos... Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro anos, aprender um instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso específico de alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu certo. Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através de fichas. A mãe lia para ele histórias infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De repente, o menino começou a ler antes de ir para a escola. [...] (Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado) O vocábulo “a” que está presente no título possui a mesma classificação morfológica do que se encontra destacado em: a) “Ocorre que a educação não investe” (4°§) b) “A mais velha tinha quatro anos...“ (5°§) c) “A mãe lia para ele histórias infantis” (6°§) d) “o menino começou a ler antes” (6°§) 27 No sexto parágrafo, ao descrever a experiência de alfabetização de seu sobrinho-neto, o autor refere-se, indiretamente, a tese do cientista Glenn Doman por meio da: a) exemplificação b) explicação c) retificação d) enumeração 28 Todas as palavras listadas abaixo são acentuadas em função da mesma regra, EXCETO: a) “cérebro” (4°§) b) “esqueléticas” (5°§) c) “método” (5°§) d) “incorrigíveis” (5°§) 29 Sonhos Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se fechando são como as luzes do cinema se apagando, e seu sonho é como um filme projetado na tela. Só que... Só que, mesmo que você não saiba exatamente o que vai ver no cinema, tem uma ideia. Leu uma sinopse do filme no jornal, viu o cartaz. Sabe se vai ser um drama ou uma comédia. Sabe quem são os atores. Sabe que, se for filme de horror, vai se assustar, se for um filme com o Silvester Stallone, vai ter soco etc. Quer dizer: você entra no cinema preparado. Mas você nunca dorme sabendo o que vai sonhar. (Luís Fernando Veríssimo, fragmento) Nas duas primeiras frases, Veríssimo confere expressividade ao seu texto, ao fazer uso da seguinte figura de linguagem: www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 a) metáfora b) personificação c) símile d) eufemismo 30 Segundo o texto, a diferença essencial entre o filme e o sonho é: a) a objetividade do primeiro. b) o desconhecimento do segundo. c) a recorrência do primeiro. d) a previsibilidade do segundo. 31 Em “Só que, mesmo que você não saiba”, o verbo em destaque, em função do modo em que se encontra flexionado, apresenta um sentido de: a) ordem b) possibilidade c) certeza d) sugestão 32 No fragmento “Seus olhos se fechando são como as luzes do cinema se apagando,”, o emprego dos pronomes oblíquos em destaque: a) retrata a variante coloquial b) ilustra o padrão culto da língua. c) aponta para uma preferência regional. d) representa uma exigência da linguagem escrita. 33 A regência do verbo “ir” em “Sonhar é como ir ao cinema”, segue a exigência da norma padrão da língua. Assinale a opção em que essa exigência NÃO está sendo respeitada, ilustrando uma transgressão à norma. a) Preferimos televisão a cinema. b) Esse comportamento implicará advertência. c) Nós lembramos de tudo que aconteceu. d) O candidato aspirava a um bom resultado. 34 Crise de Identidade Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim, o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente, com a crença da quase totalidade de seus moradores de que o pão e o presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de assunto e estou perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No Leblon. Ia ao dentista. Mal pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia quando, na outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos, esguia, bem vestida, ela veio se aproximando. Abriu um sorriso. Me conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. Correspondí, dei-lhe um abraço e ela gritou entusiasmada: “Artur da Távola!” Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola?Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em meio a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra velhinha se aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não estava escrevendo), que se identificava com as minhas histórias, e que minha coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que eu tentei dizer que nunca escreví às sextas, mas ela me interrompeu e acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros. Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduoque tenha sido nas páginas do jornal, sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já tive os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar, nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me identificar nas ruas. Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando, pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me responde com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar com uns livros do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade. Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony autografar. As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?” Adianta eu dizer que o programa é da Maria Beltrão? Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente, retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço pelo Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não analiso a conjuntura política, nunca escreví um livro de mistério. Sou o outro, aquele outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas... lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano. Ainda não lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele que tem muita honra em estar em página próxima aos textos do Zuenir, do Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com menos talento, o que todo mundo confunde com os outros, mas que não cabe em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo. Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho? (Artur Xexéo) A leitura da crônica revela que as colocações feitas por Artur Xexéo traduzem o objetivo central de: a) Criticar os moradores do Leblon. b) Confrontar defeitos e virtudes de dois bairros cariocas. c) Refletir sobre seu desconhecimento pelo público. d) Homenagear grandes autores. e) Informar que voltará a escrever mensalmente. 35 Com base no texto, a crise de identidade a que o título faz menção justifica-se: a) Pelo autor estar confuso com seus valores e convicções depois de tanto tempo escrevendo para o mesmo público. b) Devido ao autor estar sem assunto para escrever depois de tanto tempo. c) Devido à crônica falar sobre vários autores, destacando a grandiosidade dos mesmos frente a sua pequenez. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 d) Devido ao autor crer que sua existência enquanto pessoa está atrelada ao seu reconhecimento nas ruas. e) Pelo fato de o autor ser confundido, constantemente, com outros escritores. 36 “Copacabanense” (1°§) é um adjetivo criado pelo autor. De acordo com o texto, é possível inferir que ele é um indicador de: a) Seu estado emocional b) Seu local de moradia c) Suas convicções políticas d) Sua profissão e) Suas pretensões culturais 37 Assinale a opção que apresenta, corretamente, a classificação sintática dos termos em destaque na frase “Bonita, cabelos brancos, esquia, bem vestida, ela veio se aproximando” (1°§): a) Predicativo do Sujeito. b) Adjunto adnominal. c) Sujeito. d) Predicativo do objeto. e) Aposto. 38 Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder à questão: “Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. ” A pontuação, além de um recurso gramatical sujeito a regras, pode contribuir, significativamente, para a expressividade do texto, sugerindo, inclusive, efeitos de sentido. Sendo assim, levando em consideração o contexto em que aparece, assinale a opção que MELHOR expressa a idéia sugerida pela interrogação em “E já estão me confundindo com Artur da Távola?”: a) Possibilidade b) Medo c) Piedade d) Ressentimento e) Raiva 39 Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em “Faz oito meses que parei”: a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos. b) Todos haviam chegado cedo. c) Havia pessoas demais na festa. d) Todos se fizeram presentes na festa. e) A mãe faz tudo o que ela quer. 40 Atentando-se às regras de regência verbal e preocupando-se em manter o sentido original, a reescritura da frase “Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo.” estaria correta apenas em: a) Prefiro não ter o talento do mestre do que continuar vivo. b) Prefiro não ter o talento do mestre a continuar vivo. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 c) Prefiro continuar vivo a ter o talento do mestre. d) Prefiro continuar vivo do que ter o talento do mestre. e) Prefiro ter o talento do mestre do que continuar vivo. 41 Um texto bem construído é marcado pelas relações entre as palavras, as frases e os parágrafos que o constituem, estabelecendo nexos coesivos. Assim, ao mesmo tempo em que um texto progride, há a constante retomada de elementos já mencionados. Nesse sentido, no último parágrafo, ao dizer “Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente, retomo esta coluna, agora só aos domingos (...)”, o pronome em destaque tem seu referente corretamente indicado em: a) O Programa da Maria Beltrão, cuja apresentadora também é confundida. b) Todos os casos de não-identificação do colunista. c) Os textos de Artur da Távola, os quais admira. d) O engano ocorrido no táxi, no qual foi confundido com Cony. e) Sua antiga coluna, publicada por 23 anos. 42 No quarto parágrafo, Artur Xexéo faz uma reflexão acerca dos motivos que teriam causado a dificuldadede seu reconhecimento frente a autores. Sobre isso, assinale a única alternativa que, segundo ele, pode ser o motivo determinante: a) Oito meses de afastamento fizeram com que os leitores o esquecessem. b) Ele e outros autores têm o mesmo estilo de escrita. c) Ele não escreve bem como os outros, que são superiores tanto em qualidade quanto em quantidade de publicações. d) Há entre ele e os demais autores semelhanças físicas e de hábitos, como pegar táxi e frequentar hortifrutigranjeiros. e) O autor não foi capaz de marcar os textos com seu estilo, por meio do qual ele seria identificado nas ruas. 43 Observando o padrão culto da língua, assinale a alternativa cujo fragmento transcrito do texto represente um emprego INCORRETO de colocação pronominal: a) “Me conquistou.” (1°§) b) “E já estão me confundindo com Artur da Távola?” (2 °§) c) “Disse que me lia sempre (...) (3°§) d) “(...)sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me lembro (...)” (4 °§) e) “(...)nunca escrevi às sextas, mas ela me interrompeu (...)” (4 °§) 44 Os bolsos do morto (Luis Fernando Veríssimo) O morto não é exatamente um amigo. Mais um conhecido, mas daqueles que você não pode deixar de ir ao velório. E lá está ele, estendido dentro do caixão forrado de cetim, de terno azul-marinho e gravata grená, esperando para ser enterrado. Se fosse um amigo você ficaria em silêncio, compungido, lembrando o morto em vida e lamentando sua perda. Como é apenas um conhecido, você comenta com o homem ao seu lado - que também não parece ser íntimo do morto: - Poderiam ter escolhido outra gravata... - É. Essa está brava. - Já pensou ele chegando lá com essa gravata? - “Lá” onde? - Não sei. Onde a gente vai depois de morto. Onde vai a nossa alma. - Eu acho que a alma não vai de gravata. - Será que não? E de fatiota? www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 - Também não. - Bom. Pelo menos esse vexame ele não vai passar. - Você é da família? - Não. Apenas um conhecido. Você examina o morto. Engraçado: ele vai partir para a viagem mais importante, e mais distante, da sua vida, mas não precisa carregar nada. Identidade, passaporte, nada. Nem dinheiro, o que dirá cheques de viagem ou cartões de crédito. Nem carteira! Você diz para o outro: - A coisa mais triste de um defunto são os bolsos. O outro estranha. - Como assim? - Os bolsos existem para carregar coisas. Coisas importantes, que definem sua vida. CPF, licença para dirigir, bloco de notas, caneta, talão de cheques, remédio para pressão... - Pepsamar... - Pepsamar, cartão perfurado da Sena, recortes de artigos sobre a situação econômica, fio dental... Isso sem falar em coisas com importância apenas sentimental. Por exemplo: um desenho rabiscado por uma possível neta que parece, vagamente, um gato, e que ele achou genial e guardou. Entende? - Sei. - E aí está ele. Com os bolsos vazios. Despido da vida e de tudo que levava nos seus bolsos, e que o definia. O homem é o homem e o que ele leva nos bolsos. Poderiam ter deixado, sei lá, pelo menos um chaveiro. - Você acha? - Claro. As chaves da casa. As chaves do carro. Qualquer coisa pessoal, que pelo menos fizesse barulho num bolso da fatiota, pô! Você se dá conta de que está gritando. As pessoas se viram para reprová-lo. “Mais respeito” dizem as caras viradas. Você faz um gesto, pedindo perdão. Sou apenas um conhecido, desculpem. Mas continua, falando mais baixo: - A morte é um assaltante. Nos mata e nos esvazia os bolsos. - Sem piedade. - Nenhuma. Vocabulário: Fatiota - roupa de melhor qualidade, usada em situações mais formais Pepsamar - tipo de medicamento A partir da leitura atenta do texto, assinale a opção que apresenta um comentário correto sobre seu conteúdo. a) Trata-se de uma crítica ao comportamento desrespeitoso das pessoas nos enterros, mesmo tendo intimidade com o morto e sua família. b) Percebe-se uma crítica às roupas de má qualidade que o defunto e os convidados usavam. c) Embora explore algumas situações de humor, o texto propõe uma reflexão sobre a morte. d) Trata-se de uma valorização dos bens materiais que acompanham as pessoas, mesmo depois de mortas. 45 No fragmento “Mais um conhecido, mas daqueles que você não pode deixar de ir ao velório.”(1°§), estão destacadas duas palavras que se aproximam quanto à pronúncia, contudo diferenciam-se quanto à classificação morfológica. Assinale a opção que indica, respectivamente, o valor semântico que elas introduzem. a) intensidade e oposição b) adição e explicação c) oposição e conclusão d) retificação e intensidade 46 Em “Se fosse um amigo você ficaria em silêncio, compungido.” (2°§), a palavra em destaque tem como sinônimo: a) indiferente b) aflito c) calado d) reflexivo www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 47 Pode-se entender, de acordo com o texto, que os bolsos: a) devem estar sempre vazios. b) funcionam como adereços dos ternos. c) cumprem papel apenas utilitário. d) revelam traços da identidade da pessoa. 48 Considere o fragmento abaixo para responder a questão. "- Claro. As chaves da casa. As chaves do carro. Qualquer coisa pessoal, que pelo menos fizesse barulho num bolso da fatiota, pô!“ (25°§) Adjetivos ou locuções adjetivas são termos que acompanham substantivos caracterizando-os. Desse modo, assinale a única opção cuja palavra destacada NÃO cumpra esse papel caracterizador. a) “As chaves da casa” b) Qualquer coisa pessoal” c) “pelo menos fizesse barulho” d) “num bolso da fatiota” 49 O amor acaba (Paulo Mendes Campos) O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro erranteque passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles momos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba. A partir da leitura atenta do texto, é correto afirmar que: a) o autor, ao longo do texto, desconstrói sua tese inicial apresentando exemplos que, por serem triviais, não ilustram um posicionamento efetivo. b) a duração do amor está diretamente relacionada com o modo pelo qual esse sentimento é tratado pelas pessoas. c) as diferentes experiências retratadas reforçam o posicionamento que revela a noção de finitude atribuída ao amor. d) a abordagem objetiva feita pelo autor sobre um tema mais abstrato aproxima o texto de um enfoque jornalístico ou científico. e) no texto, os exemplos pessoais, caracterizados pela primeira pessoa, complementam a estrutura lingüística subjetiva encontrada no título. 50 A pontuação, no texto, cumpre um papel expressivo e delimita sua estrutura sintática. Nesse sentido, é correto afirmar que o texto apresenta: a) apenas duas orações absolutas. b) dois períodos compostos. c) apenas uma frase nominal. d) um período simples e um composto. e) mais de dois períodos simples. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 Visite nosso site: www.concurseirosabencoados.com.br N° GAB PORTUGUÊS 26 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 27 a 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 28 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 29 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 30 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 31 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 32 a 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 33 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 34 c 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 35 e 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 36 b 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 37 a 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 38 d 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 39 c 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 40 c 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 41 b 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 42 e 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 43 a 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 44 c 2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do Trabalho 45 a 2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do Trabalho 46 b 2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do Trabalho 47 d 2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do Trabalho 48 c 2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do Trabalho 49 c 2015 – IBFC – EBSERH – Engenheiro de Segurança do Trabalho 50 a 2015 – IBFC – EBSERH – Engenheiro de Segurança do Trabalho www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 51 O amor acaba (Paulo Mendes Campos) O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor podeacabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles momos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba. O texto não aborda apenas o amor de um casal, mas outras manifestações do sentimento amoroso. Assim, assinale a opção que contenha uma passagem do texto que ilustre, exclusivamente, uma manifestação ou referência ao relacionamento de um casal. a) “às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres;" b) “no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar;" c) “na epifania da pretensão ridícula dos bigodes;" d) “nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas;" e) “no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu," www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 52 Por meio de sua seleção vocabular, o autor também imprime efeitos de sentido ao seu texto. Assim, a linguagem por ele empregada pode ser caracterizada como predominantemente: a) simbólica b) técnica c) objetiva d) popular e) informal 53 Considere o fragmento abaixo para responder à questão. “depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão:" Observando as possibilidades de recursos coesivos da língua, analise as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a opção correta. I. A primeira ocorrência da conjunção “e" contribui para a progressão do texto apresentando valor semântico de alternância. II. A segunda ocorrência da conjunção “e" também contribui para a progressão do texto, mas apresenta valor semântico de oposição, podendo ser substituída por “mas" sem prejuízo de sentido. III. Tanto o pronome “elas" quanto o “se" apontam para um mesmo referente que é o vocábulo “mãos". a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas a I está correta. d) Apenas II e III estão corretas. e) Apenas a III está correta. 54 Considere o fragmento abaixo para responder à questão. “depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão:" As construções destacadas no fragmento em análise revelam o emprego de figuras de estilo que reforçam o sentido do texto. Trata-se de exemplos de: a) Hipérboles b) Comparação c) Metáfora d) Metonímia e) Ironia 55 No trecho “na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno;", as palavras em destaque, no contexto em que se encontram, podem ser classificadas, morfologicamente, como: a) verbos b) adjetivos c) advérbios d) pronomes e) substantivos 56 A opção do autor por enunciar, no título do texto, o verbo “acabar" no presente do Indicativo cumpre o seguinte papel semântico: a) revela uma ação que ocorre no momento em que é enunciada. b) indica uma ação presente com valor de passado. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 c) aponta para uma ideia que assume sentido de futuro, uma previsão. d) ilustra uma ação que se repete com “status" de verdade absoluta. e) denota uma possibilidade relacionada ao presente da enunciação. 57 Observe o fragmento: “depois de três goles mornos de gim à beira da piscina". Nele, o acento grave é compreendido também pelo papel sintático da construção em que ele se encontra. Considerando o contexto, assinale a opção em que se destaca um exemplo de palavra ou expressão que, embora não corresponda ao mesmo valor semântico, exerça a mesma função sintática do termo destacado neste enunciado. a) “num domingo de lua nova" b) “polvilhando de cinzas o escarlate das unhas" c) “na compulsão da simplicidade simplesmente" d) “e amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos" e) “e acaba nas encruzilhadas de Paris" 58 Acerca da conclusão proposta pelo texto, é INCORRETO afirmar que: a) A finitude do amor está na impossibilidade de um novo recomeço em função das experiências anteriores. b) A finalidade do término de um amor está diretamente relacionada à ideia de um recomeço em uma experiência descrita como cíclica pelo autor. c) Há uma generalização na visão atribuída pelo autor à ideiade recomeço amoroso por meio do emprego do pronome indefinido “todos". d) A ideia de recomeço proposta pelo autor não assume conotação plenamente positiva em função de uma relação direta com a ideia de finitude. e) Não é possível prever o momento em que o amor pode acabar embora o autor aponte, categoricamente, a certeza de seu fim. 59 Plataforma O Rio vive uma contradição no carnaval que parece não ter saída. Não vai longe o tempo em que reclamava da decadência da folia nas ruas. O carnaval tinha se transformado no desfile de escolas de samba, uma festa elitista que se resumia ao que acontecia nos limites do Sambódromo e que era vista por apenas 30 mil pessoas que pagavam caro para participar da brincadeira. E que só durava duas noites. Para quem se diz o maior carnaval do mundo, convenhamos que é muito pouco mesmo. Agora, quando os blocos voltaram a animar as ruas da cidade durante toda a folia e ainda nas semanas que a antecedem, o Rio continua reclamando. Tem bloco demais, tem gente demais, tem pouco banheiro, tem muito banheiro... Carnaval é festa espontânea. Quanto mais organizado, pior. Chico Buarque fala sobre isso no ótimo samba "Plataforma". "Não põe corda no meu bloco/ Nem vem com teu carro-chefe/ Não dá ordem ao pessoal", já dizia ele num disco de antigamente. Bem, como antigamente as letras de Chico sempre queriam dizer outra coisa, é capaz de ele não estar falando de organização do carnaval. Mas à certa altura ele é explícito: "Por passistas à vontade que não dancem o minueto". Para quem está chegando agora, pode parecer o samba do crioulo doido. Mas o compositor faz uma referência ao desfile do Salgueiro de 1963, quando "Xica da Silva" foi apresentada à avenida. A escola "inovou" apresentando uma ala com 12 pares de nobres que dançavam o minueto. Foi um escândalo. Não pode. Passista tem que desfilar livre, leve e solto. Falando disso agora, quando passistas não têm a menor importância, quando eles mal são vistos na avenida, percebe-se que o minueto era o de menos. Mas isso é escola de samba, e o assunto aqui é carnaval de rua (faz tempo que escola de samba não é carnaval de rua). Com o renascimento dos blocos, o Rio recuperou a alegria do carnaval nas calçadas, no www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 asfalto, na areia. E agora? Basta dar uma olhada nas cartas dos leitores aqui do jornal. Reclama um leitor: "Para os moradores de Ipanema, (o carnaval de rua 2011) transformou-se num tormento. Ruas bloqueadas até para o trânsito de pedestres, desrespeito à Lei do Silêncio, atos de atentado ao pudor e, por vezes, de vandalismo". Escreve outro, sobre os mijões, figura que ficou tão popular no período quanto a colombina e o pierrô: "A Guarda Municipal deveria agir com mais atenção e no rigor da lei. Está muito sem ação". Mais um: "Com que direito a prefeitura coloca esses banheiros horrorosos nas avenidas da orla, onde se paga dos IPTUs mais caros do mundo, ocupando vagas de carros que já são tão poucas?" Como se vê, e voltando a citar o samba do Chico, o carioca tem o peito do contra e mete bronca quando o assunto é carnaval. Mas carnaval de rua muito organizado... não sei, não. É como botar o pessoal que sai nos blocos pra dançar o minueto. Carnaval de rua e organização não combinam. (Artur Xexéo. Revista O Globo, dezembro de 2011) Tendo em vista o sentido global do texto, podemos afirmar que a crônica de Artur Xexéo: a) desenvolve a temática carnavalesca sob o prisma cultural, focando a diversidade que impera nas festas de rua brasileiras. b) questiona a importância cultural do carnaval, tendo em vista os problemas logísticos que a festa traz para os moradores de bairros nobres. c) relativiza a hegemonia do samba enquanto ritmo representativo do carnaval carioca brasileiro. d) reflete acerca do carnaval de rua carioca a partir da existência de posicionamentos divergentes entre si. e) Contribui para o renascimento dos blocos de rua, que antes do texto eram relegados a uma posição inferior na hierarquia carnavalesca. 60 A contradição a que se refere a primeira frase do texto está corretamente apontada em: a) As escolas de samba fazem mais sucesso do que os blocos, embora sejam mais populares. b) Chico Buarque, embora não seja sambista, foi bastante feliz ao falar sobre a organização do Carnaval. c) As pessoas reclamavam do fim do carnaval de rua, mas quando ele voltou a ter força, isso gerou insatisfação. d) Os blocos de rua renasceram há pouco, mas já estão causando transtornos imensos para a população. e) Apesar da existência de blocos e das tradicionais escolas de samba, o carnaval do Rio ainda permanece com um ar melancólico. 61 Sobre o trecho indicado a seguir, assinale o único comentário INCORRETO: "Não vai longe o tempo em que reclamava da decadência da folia nas ruas." a) O sujeito da segunda oração é "Rio", termo recuperável na frase anterior. b) Ao dizer "não vai longe o tempo", o cronista afirma "fazer pouco tempo". c) Nesse contexto, "folia" é sinônimo de carnaval. d) "Em que" traduz um valor semântico temporal. e) O sujeito da forma verbal "vai" é indeterminado. 62 Em "Tem bloco demais, tem gente demais, tem pouco banheiro, tem muito banheiro... Carnaval é festa espontânea", o autor utiliza uma estrutura paralelística cuja principal finalidade, tendo em vista o sentido global do texto é: www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 a) enumerar as insatisfações dos moradores onde ocorrem os blocos de rua, ratificando as suas críticas. b) enfatizar as demasiadas críticas dos moradores, que considera descabidas tendo em vista a natureza da festa. c) ironizar os organizadores dos eventos, que não se preocupam com a criação de um ambiente ordeiro e agradável. d) recuperarfalas reais de moradores para, em consonãncia com as mesmas, provocar a reação das autoridades. e) destacar uma série de problemas vivenciados por ele ao longo de sua experiência em carnavais antigos e atuais. 63 Na crônica, a referência a Chico Buarque e sua canção tem o objetivo de: a) embasar a defesa da ideia do cronista. b) usar ideias do senso comum como base da argumentação. c) construir argumentos a partir de uma relação de causa e conseqüência. d) evidenciar um posicionamento contrário ao do autor do texto. e) corroborar as reclamações dos moradores de Ipanema. 64 Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta um ponto de vista de Artur Xexéo diretamente relacionado à canção de Chico Buarque: a) “Para quem se diz omaior carnaval do mundo, convenhamos que é muito pouco mesmo.” b) “Carnaval de rua e organização não combinam”. c) “A escola “inovou” apresentando uma ala com 12 pares de nobres que dançavam o minueto”. d) “Mas isso é escola de samba, e o assunto aqui é carnaval de rua”. e) “Com o renascimento dos blocos, o Rio recuperou a alegria do carnaval nas calçadas, no asfalto, na areia”. 65 O título do texto justifica-se, corretamente: a) Pela criação de um conteúdo metafórico. b) Para estabelecer uma relação de oposição. c) Pela referência à canção de Chico Buarque. d) Para criar um efeito de humor. e) Para ironizara crítica aos moradores. 66 Ao longo do texto, faz-se a utilização intensa das aspas. Assinale a alternativa que justifica corretamente o emprego desse sinal de pontuação nos trechos em destaque abaixo: I. Chico Buarque fala sobre isso no ótimo samba“Plataforma". II. A escola “inovou" apresentando uma ala com 12 pares de nobres que dançavam o minueto. III. “Com que direito a prefeitura coloca esses banheiros horrorosos nas avenidas da orla, onde se paga dos IPTUs mais caros do mundo, ocupando vagas de carros que já são tão poucas?" a) Nos três casos as aspas marcam a citação do discurso alheio. b) No primeiro e no segundo casos, temos exemplo de ironia, ao passo que, no terceiro, as aspas marcam a fala literal de um morador insatisfeito. c) No primeiro trecho, as aspas ocorrem porque o autor está citando seu próprio texto; na seqüência, temos uma ironia e uma reflexão pessoal do autor. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 d) No primeiro e no terceiro casos, temos a citação do discurso alheio, e no segundo destaca-se, positivamente, a atitude da escola. e) Respectivamente, temos: o nome de uma obra, o questionamento de uma atitude e o discurso direto. 67 Analise as afirmativas sobre o trecho em destaque abaixo e assinale a alternativa correta: “Mas carnaval de rua muito organizado... não sei, não. É como botar o pessoal que sai nos blocos para dançar o minueto." I. As reticências contribuem para reforçar o tom de desconfiança do cronista em relação à organização do carnaval. II. A compreensão da crítica feita pelo autor está centrada na palavra “minueto", desenvolvida anteriormente pelas referências a Chico Buarque e ao desfile de uma escola de samba. III. O autor acredita que a ausência de regras é característica básica do carnaval de rua. IV. Entre a primeira frase e a segunda, há uma relação de causa e conseqüência. a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I e II est.o corretas. e) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 68 Em “Falando disso agora. quando passistas não têm a menor importância, quando eles mal são vistos na avenida, percebe-se que o minueto era o de menos”, o termo em destaque tem os corretos comentários morfológicos e semânticos indicados em: a) Advérbio de tempo; indica uma referência ao momento atual vivido pelo Carnaval. b) Pronome indefinido; expressa vagamente o momento da ação. c) Advérbio de tempo; indica uma referência exclusiva ao momento de escrita da crônica. d) Advérbio de modo; destaca a pouca relevância das passistas na atualidade. e) Advérbio de afirmação: realça a imagem negativa das passistas, nos tempos atuais, incluindo o autor nesse grupo que lhes nega importância. 69 Texto I O que é filosofia? Querida Sofia, Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte. Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura também são muito diferentes. Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances, outros ainda preferem livros sobre temas diversos como astronomia, a vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia. Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras pessoas achem o esporte uma chatice. Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existe alguma coisa que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim, querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais questões que trata este curso. Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos a mesma pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então certamente a resposta será: a companhia de outras pessoas. www.concurseirosabencoados.com.br Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles acham que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos. Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse “casual” como colecionar selos por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde quando passamos a habitar este planeta. A questão de saber como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos Olímpicos. (GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.24-25) Pode-se inferir que o objetivo principal do texto é: a) convencer Sofia de que os interesses pessoais variam de acordo com as afinidades e aptidões de um sujeito. b) revelar que necessidades mais abstratas representam indício de modernidade uma vez que, no passado, priorizavam-se elementos concretos. c) mostrar que o conhecimento sobre quem somos e de onde viemos é uma necessidade coletiva que singulariza o homem. d) indicar que é preciso respeitar as diferenças de gostos considerando a subjetividade dos indivíduos. 70 A partir da análise do texto, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA. a) O emprego inicial de um interlocutor específico, Sofia, não impede
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