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Apostila de Exercícios Português

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Prévia do material em texto

2016 
 
DESENVOLVIDO POR 
Concurseiros Abençoados 
 
18/08/2016 
Apostila de Exercícios - Português 
Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro 
 
 100 QUESTÕES DE PORTUGUÊS 
(BANCA IBFC) 
 
www.concurseirosabencoados.com.br 
 
Lei 9610/98. Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. 
Concurseiros Abençoados / Uso Individual. Cópia registrada para Edmilson Soares França Beatriz / CPF: 08800393705 
 
01 
 
Que é Segurança do Trabalho? 
 
 Segurança do trabalho pode ser entendida como 
os conjuntos de medidas que são adotadas visando 
minimizar os acidentes de trabalho, doenças 
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a 
capacidade de trabalho do trabalhador. 
 A Segurança do Trabalho estuda diversas 
disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e 
Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de 
Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, 
Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação 
e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia 
de Segurança, O Ambiente e as Doenças do 
Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de 
Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, 
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção 
do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção 
contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. 
 O quadro de Segurança do Trabalho de uma 
empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar 
composta por Técnico de Segurança do Trabalho, 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes 
profissionais formam o que chamamos de SESMT - 
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e 
Medicina do Trabalho. Também os empregados da 
empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a 
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do 
trabalho, de modo a tomar compatível 
permanentemente o trabalho com a preservação da 
vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
 A Segurança do Trabalho é definida por normas e 
leis. No Brasil, a Legislação de Segurança do 
Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, 
leis complementares, como portarias e decretos e 
também as convenções Internacionais da 
Organização Internacional do Trabalho, ratificadas 
pelo Brasil. 
 
http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 
24/04/2016 
 
Hoje em dia, muito se fala sobre as variantes 
linguísticas e a valorização de todos os falares, 
levando em consideração a situação da fala. Com 
base nesta teoria, assinale a alternativa que completa 
corretamente a lacuna: 
 
O texto acima apresentado foi escrito em uma 
linguagem___________ , levando ao leitor 
informações sobre Segurança do trabalho. 
 
a) Formal 
 
b) Regional 
c) Científica 
 
d) Literária 
 
 
02 
 
Em textos em Língua Portuguesa sabe-se que a 
alteração de pontuação pode prejudicar a 
organização do texto e, muitas vezes, mudar o 
sentido da frase. Leia a sentença abaixo e indique a 
alternativa em que a alteração da pontuação mantém 
o texto correto: 
 
“O quadro de Segurança do Trabalho de uma 
empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar 
composta por Técnico de Segurança do Trabalho, 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho.” 
 
a) O quadro de Segurança do Trabalho, de uma 
empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar 
composta por Técnico de Segurança do Trabalho, 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. 
 
b) O quadro de Segurança do Trabalho de uma 
empresa, compõe-se de uma equipe multidisciplinar 
composta por Técnico de Segurança do Trabalho, 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. 
 
c) O quadro de Segurança do Trabalho de uma 
empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar 
composta por: Técnico de Segurança do Trabalho, 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. 
 
d) O quadro de, Segurança do Trabalho de uma 
empresa compõe-se, de uma equipe multidisciplinar 
composta por Técnico de Segurança do Trabalho, 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. 
 
 
03 
 
São variadas as possibilidades de se identificar os 
Gêneros textuais. Tendo como referência o texto 
acima, identifique a alternativa correta. 
 
a) O texto referido é do gênero informativo, já que 
apresenta informações sobre a Segurança do 
Trabalho, possibilitando múltiplas interpretações. 
 
b) O texto referido é do gênero científico, já que 
apresenta informações sobre a Segurança do 
Trabalho, possibilitando múltiplas interpretações. 
 
 
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c) O texto referido é do gênero científico, já que 
apresenta informações sobre a Segurança do 
Trabalho, possibilitando única interpretação. 
 
d) O texto referido é do gênero informativo, já que 
apresenta informações sobre a Segurança do 
Trabalho, possibilitando única interpretação. 
 
 
04 
 
Leia o texto abaixo e identifique qual das alternativas 
apresenta correta aplicação de crase, seguindo a 
mesma lógica do texto. 
 
“A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas 
como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do 
Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em 
Máquinas, Equipamentos e Instalações...” 
 
a) O curso de português discute assuntos associados 
à gramática, à literatura e à produção de textos. 
 
b) O professor fez correções à respeito dos erros de 
ortografia presentes no texto. 
 
c) O referido texto apresenta informações de grande 
importância à alunos de Engenharia. 
 
d) A literatura sobre Segurança do Trabalho presente 
na faculdade apresenta informações importantes à 
seus alunos. 
 
 
05 
 
O novo acordo ortográfico nos apresentou algumas 
alterações de acentuação de palavras em Língua 
Portuguesa. Leia as alternativas abaixo e assinale a 
que apresenta somente palavras acentuadas 
corretamente. 
 
a) Seqüência, idéia, caráter, bóia, saúde. 
 
b) Sequência, idéia, carater, bóia, saúde. 
 
c) Sequência, ideia, caráter, boia, saúde. 
 
d) Seqüência, ideia, caráter, bóia, saude. 
 
 
06 
 
Das opções abaixo, assinale a única que apresenta 
corretamente a colocação do pronome. 
 
a) Esqueci de te contar que vi ele na rua. 
 
b) Nunca pode-se falar mal de quem não conhece-se. 
 
c) Esta situação se-refere a assuntos empresariais. 
 
d) Precisa-se de bons funcionários. 
07 
 
Leia a citação abaixo e assinale a que apresenta 
emprego correto dos conectivos: 
 
“Aproveita agora, ______ ele ainda não tem cólicas 
noturnas______ ainda mama nas horas 
certas,______ depois a sua vida se transformará num 
verdadeiro inferno noturno.” (Mário Prata) 
 
a) cujo - mas - onde 
 
b) onde - cujo - pois 
 
c) que - e - porque 
 
d) pois - e - onde 
 
 
08 
 
Leia o poema abaixo e assinale a alternativa que 
indica a figura de linguagem presente no texto: 
 
Amor é fogo que arde sem se ver 
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer; 
(Camões) 
 
a) Onomatopéia 
 
b) Metáfora 
 
c) Personificação 
 
d) Pleonasmo 
 
 
09 
 
Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa 
correta: 
 
I. Os estudantes de medicina fazem os exercícioscom dedicação e empenho. 
 
II. A maioria dos estudantes de engenharia estavam 
na sala de aula. 
 
III. As estudantes estão meio tristes com a mudança 
de professora. 
 
IV. Há uma hora e meio o curso se encerrou. 
 
a) I e II estão corretas. 
 
b) Somente IV está correta. 
 
c) I e III estão corretas. 
 
d) Somente II está correta. 
 
 
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10 
 
Uma Vela para Dario 
(Dalton Trevisan) 
 
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço 
esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o 
passo até parar, encostando-se à parede de uma 
casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, 
ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o 
cachimbo. 
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se 
não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os 
lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de 
branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. 
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na 
calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de 
bigode pediu aos outros que se afastassem e o 
deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a 
gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario 
rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto 
da boca. 
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, 
não o pode ver. Os moradores da rua conversam de 
uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à 
janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se 
na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, 
encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê 
guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. 
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está 
morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da 
esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o 
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam 
chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e 
recostado à parede - não tem os sapatos nem o 
alfinete de pérola na gravata. 
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não 
carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim 
do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado 
na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe 
cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-
las. 
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam 
o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as 
delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau 
da peixaria, sem o relógio de pulso. 
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, 
retirados - com vários objetos - de seus bolsos e 
alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do 
nome, idade; sinal de nascença. O endereço na 
carteira é de outra cidade. 
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a 
essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a 
polícia. O carro negro investe a multidão. Várias 
pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado 
dezessete vezes. 
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode 
identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão 
esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando 
vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia 
decide chamar o rabecão. 
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A 
gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas 
para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. 
Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um 
defunto. 
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe 
apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não 
consegue fechar olho nem boca, onde a espuma 
sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se 
espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela 
alguns moradores com almofadas para descansar os 
cotovelos. 
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, 
que acende ao lado do cadáver. Parece morto há 
muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado 
pela chuva. 
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, 
lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na 
pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco 
de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que 
volta a cair. 
 
O texto apresenta uma estrutura cujo o processo de 
composição predominante é o narrativo. Todos os 
elementos abaixo são característicos desse tipo de 
texto, EXCETO: 
 
a) presença de personagens 
 
b) referências temporais 
 
c) indicação espacial 
 
d) defesa de ponto de vista 
 
 
11 
 
O texto sugere que a morte de Dario acaba sendo 
resultado do descaso das pessoas. Assinale a única 
opção cuja passagem transcrita revele um exemplo 
desse descaso. 
 
a) “O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia 
sofrer de ataque.” (2°§) 
 
b) “A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está 
morrendo.”(5°§) 
 
c) “Já no carro a metade do corpo, protesta o 
motorista: quem pagaria a corrida?”(5°§) 
 
d) “Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, 
retirados - com vários objetos” (8°§) 
 
 
 
 
 
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12 
 
A partir de uma leitura atenta do texto, é correto 
afirmar que: 
 
a) A curiosidade das pessoas que estavam em uma 
cafeteria impediu-as de continuarem comendo. 
 
b) O sumiço de vários pertences de Dario sugere que 
foram roubados apesar da condição em que ele se 
encontrava. 
 
c) As crianças revelam indiferença pela cena uma vez 
que apenas os adultos têm consciência do que se 
passa. 
 
d) A referência à ambulância, à polícia e ao rabecão 
revela a rapidez com que esses serviços foram 
prestados. 
 
 
13 
 
No 11° parágrafo, tem -se “A última boca repete — 
Ele morreu, ele morreu”. Nessa passagem, pode-se 
perceber um exemplo de discurso: 
 
a) indireto 
 
b) direto 
 
c) indireto livre 
 
d) não-verbal 
 
 
14 
 
Em “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas 
da chuva, que volta a cair.” (14°§), considerando as 
vozes do verbo, pode-se reescrever, corretamente, o 
trecho em destaque da seguinte forma: 
 
a) O toco de vela é apagado 
 
b) O toco de vela apaga a si mesmo 
 
c) Apagam o toco de vela 
 
d) O toco de vela pode ser apagado 
 
 
15 
 
No primeiro parágrafo, a oração “Dario vem 
apressado. Guarda-chuva no braço esquerdo.” 
revela, por meio do adjetivo em destaque, uma 
característica: 
 
a) típica de Dario ao longo do texto 
 
b) comum a todos os demais passantes 
 
c) exclusiva de pessoas que passam mal 
 
d) circunstancial, momentânea de Dario 
 
 
16 
 
“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, 
as mesas do café ficam vazias.” (12°§) 
 
Em função da necessidade de concordância do verbo 
com o sujeito a que se refere, pode-se afirmar o 
seguinte sobre o sujeito da forma “espalha” é: 
 
a) composto tendo “homem” e “multidão” como 
núcleos. 
 
b) indeterminado e sem referência gramatical 
explícita. 
 
c) simples e representado pela construção “a 
multidão”. 
 
d) desinencial marcado pela terceira pessoa. 
 
 
17 
 
“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, 
as mesas do café ficam vazias.” (12°§) 
 
O emprego do vocábulo “Apenas” sugere, em relação 
ao homem morto: 
 
a) irrelevância 
 
b) remorso 
 
c) piedade 
 
d) revolta 
 
 
18 
 
“Não consegue fechar olho nem boca, onde a 
espuma sumiu.” (12°§). O termo em destaque é um 
conectivo que, ao relacionar orações, introduz o 
sentido de: 
 
a) tempo 
 
b) lugar 
 
c) modo 
 
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19 
 
Aprendendo a pensar 
(Frei Beto) 
 
 Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma 
das miopias que carregamos é considerar criança 
ignorante. Nós, adultos, sabemos; as crianças não 
sabem. 
 O educador e cientista Glenn Doman se colocou a 
pergunta: em que fase da vida aprendemos as coisas 
mais importante que sabemos? 
 As coisas mais importantes que todos sabemos é 
falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos, cores, 
fatores que representam perigo, diferentes sabores 
etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que 
é importante para fazer de nós seres humanos, 
aprendemos entre zero e seis anos, período que 
Doman considera “a idade do gênio”. 
 Ocorre que a educação não investe nessa idade. 
Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso 
cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de 
maneira acelerada nos primeiros anos da vida. 
 Glenn Doman tratou crianças com deformações 
esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro sadio. 
Hoje são adultos que falam diversos idiomas, 
dominam música, computação etc. São pessoas 
felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão 
um professor que adotou o método dele, foi recebido 
por uma orquestra de crianças; todas tocavam 
violino. A mais velha tinha quatro anos... 
 Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, 
de três ou quatro anos, aprender um instrumento 
musical ou se autoalfabetizar sem curso específico de 
alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu 
certo. Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através 
de fichas. A mãe lia para ele histórias infantis e, em 
seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De 
repente, o menino começou a ler antes de ir para a 
escola. 
[...] 
 
(Disponível em: 
http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. 
Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado) 
 
Em relação às ideias apresentadas pelo texto, só é 
correto afirmar que: 
 
a) biologicamente, as crianças possuem pouca 
capacidade de aprendizagem. 
 
b) cientificamente, limitações físicas sempre 
comprometem o desenvolvimento intelectual. 
 
c) politicamente, os investimentos em educação 
deveriam focar na autoalfabetização. 
 
d) culturalmente, é comum que os adultos 
considerem as crianças ignorantes. 
20 
 
Considerando o contexto em que se encontra, 
assinale a única opção em que o vocábulo destacado 
NÃO corresponde a um exemplo de substantivo. 
 
a) “Nosso olhar está impregnado de preconceitos” 
(1°§) 
 
b) “Uma das miopias que carregamos é considerar 
criança ignorante".(1°§) 
 
c) “Nascemos com 86 bilhões de neurônios em 
nosso cérebro.” (4°§) 
 
d) “Hoje são adultos que falam diversos idiomas” 
(5°§) 
 
 
21 
 
“Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem.” 
(1°§) 
 
Ao empregar o vocábulo “adultos” entre vírgulas no 
trecho acima, o autor pretende: 
 
a) provocar uma ambiguidade intencional. 
 
b) excluir-se do processo enunciativo. 
 
c) delimitar o grupo a que faz referência. 
 
d) referir-se a uma fase imprecisa da vida. 
 
 
22 
 
Há, entre as duas orações do período, uma relação 
semântica. Desse modo, sem prejuízo de sentido, no 
lugar do ponto e vírgula que as separam poderia ser 
empregado o seguinte conectivo: 
 
“Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem.” 
 
a) desde que 
 
b) contudo 
 
c) visto que 
 
d) como 
 
 
23 
 
De acordo com o texto, “a idade do gênio” (3°§) faz 
referência à fase em que: 
 
a) se aprendem as coisas mais importantes para o 
ser humano. 
 
 
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b) a genialidade de uma criança distingue-se da de 
outra de mesma idade. 
 
c) a formação do caráter deve ser privilegiada em 
relação à formação cultural. 
 
d) todas as crianças deveriam ser iniciadas na 
educação musical ou artística. 
 
 
24 
 
Em “As sinapses, conexões cerebrais, se dão de 
maneira acelerada nos primeiros anos da vida.” 
(4°§), encontra-se destacada uma função sintática . 
Trata-se do: 
 
a) complemento nominal 
 
b) vocativo 
 
c) predicativo do sujeito 
 
d) aposto 
 
 
25 
 
Ao fazer uso do vocábulo “miopias”, no primeiro 
parágrafo, o autor emprega esse termo no sentido: 
 
a) irônico 
 
b) cômico 
 
c) metafórico 
 
d) científico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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N° GAB PORTUGUÊS 
01 a 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
02 c 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
03 d 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
04 a 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
05 c 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
06 d 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
07 c 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
08 b 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
09 c 
2016 – IBFC – COMLURB – Técnico de Segurança do 
Trabalho 
10 d 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
11 c 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
12 b 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
13 b 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
14 a 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
15 d 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
16 c 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
17 a 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
18 b 2016 – IBFC – MGS - Advogado 
19 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
20 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
21 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
22 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
23 a 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
24 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
25 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
 
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26 
Aprendendo a pensar 
(Frei Beto) 
 
 Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma 
das miopias que carregamos é considerar criança 
ignorante. Nós, adultos, sabemos; as crianças não 
sabem. 
 O educador e cientista Glenn Doman se colocou a 
pergunta: em que fase da vida aprendemos as coisas 
mais importante que sabemos? 
 As coisas mais importantes que todossabemos é 
falar, andar, movimentar-se, distinguir olfatos, cores, 
fatores que representam perigo, diferentes sabores 
etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que 
é importante para fazer de nós seres humanos, 
aprendemos entre zero e seis anos, período que 
Doman considera “a idade do gênio”. 
 Ocorre que a educação não investe nessa idade. 
Nascemos com 86 bilhões de neurônios em nosso 
cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de 
maneira acelerada nos primeiros anos da vida. 
 Glenn Doman tratou crianças com deformações 
esqueléticas incorrigíveis, porém de cérebro sadio. 
Hoje são adultos que falam diversos idiomas, 
dominam música, computação etc. São pessoas 
felizes, com boa autoestima. Ao conhecer no Japão 
um professor que adotou o método dele, foi recebido 
por uma orquestra de crianças; todas tocavam 
violino. A mais velha tinha quatro anos... 
 Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, 
de três ou quatro anos, aprender um instrumento 
musical ou se autoalfabetizar sem curso específico de 
alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu 
certo. Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através 
de fichas. A mãe lia para ele histórias infantis e, em 
seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De 
repente, o menino começou a ler antes de ir para a 
escola. 
[...] 
 
(Disponível em: 
http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. 
Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado) 
 
O vocábulo “a” que está presente no título possui a 
mesma classificação morfológica do que se encontra 
destacado em: 
 
a) “Ocorre que a educação não investe” (4°§) 
 
b) “A mais velha tinha quatro anos...“ (5°§) 
 
c) “A mãe lia para ele histórias infantis” (6°§) 
 
d) “o menino começou a ler antes” (6°§) 
 
27 
 
No sexto parágrafo, ao descrever a experiência de 
alfabetização de seu sobrinho-neto, o autor refere-se, 
indiretamente, a tese do cientista Glenn Doman por 
meio da: 
 
a) exemplificação 
 
b) explicação 
 
c) retificação 
 
d) enumeração 
 
 
28 
 
Todas as palavras listadas abaixo são acentuadas em 
função da mesma regra, EXCETO: 
 
a) “cérebro” (4°§) 
 
b) “esqueléticas” (5°§) 
 
c) “método” (5°§) 
 
d) “incorrigíveis” (5°§) 
 
 
29 
 
Sonhos 
 
 Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se 
fechando são como as luzes do cinema se apagando, 
e seu sonho é como um filme projetado na tela. Só 
que... Só que, mesmo que você não saiba 
exatamente o que vai ver no cinema, tem uma ideia. 
Leu uma sinopse do filme no jornal, viu o cartaz. 
Sabe se vai ser um drama ou uma comédia. Sabe 
quem são os atores. Sabe que, se for filme de horror, 
vai se assustar, se for um filme com o Silvester 
Stallone, vai ter soco etc. Quer dizer: você entra no 
cinema preparado. Mas você nunca dorme sabendo o 
que vai sonhar. 
 
 (Luís Fernando Veríssimo, fragmento) 
 
Nas duas primeiras frases, Veríssimo confere 
expressividade ao seu texto, ao fazer uso da seguinte 
figura de linguagem: 
 
 
 
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a) metáfora 
 
b) personificação 
 
c) símile 
 
d) eufemismo 
 
 
30 
 
Segundo o texto, a diferença essencial entre o filme e 
o sonho é: 
 
a) a objetividade do primeiro. 
 
b) o desconhecimento do segundo. 
 
c) a recorrência do primeiro. 
 
d) a previsibilidade do segundo. 
 
 
31 
 
Em “Só que, mesmo que você não saiba”, o verbo 
em destaque, em função do modo em que se 
encontra flexionado, apresenta um sentido de: 
 
a) ordem 
 
b) possibilidade 
 
c) certeza 
 
d) sugestão 
 
 
32 
 
No fragmento “Seus olhos se fechando são como as 
luzes do cinema se apagando,”, o emprego dos 
pronomes oblíquos em destaque: 
 
a) retrata a variante coloquial 
 
b) ilustra o padrão culto da língua. 
 
c) aponta para uma preferência regional. 
 
d) representa uma exigência da linguagem escrita. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
A regência do verbo “ir” em “Sonhar é como ir ao 
cinema”, segue a exigência da norma padrão da 
língua. Assinale a opção em que essa exigência NÃO 
está sendo respeitada, ilustrando uma transgressão à 
norma. 
 
a) Preferimos televisão a cinema. 
 
b) Esse comportamento implicará advertência. 
 
c) Nós lembramos de tudo que aconteceu. 
 
d) O candidato aspirava a um bom resultado. 
 
 
34 
 
Crise de Identidade 
 
 Foi na semana passada. No Leblon. Como todo 
mundo sabe — será que ainda sabe? —, o Leblon não 
é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim, o 
Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante 
em suas ruas. Olho para o bairro com olhos de 
turista, admirado com suas madames que almoçam 
fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, 
principalmente, com a crença da quase totalidade de 
seus moradores de que o pão e o presunto foram 
inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no 
Leblon por acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. 
Mas mudei de assunto e estou perdendo o fio da 
meada. Como estava dizendo, foi na semana 
passada. No Leblon. Ia ao dentista. Mal pisei na 
calçada do quarteirão a que me dirigia quando, na 
outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, 
cabelos brancos, esguia, bem vestida, ela veio se 
aproximando. Abriu um sorriso. Me conquistou. Já 
bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. 
Correspondí, dei-lhe um abraço e ela gritou 
entusiasmada: “Artur da Távola!” 
 Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma 
coluna que, em alguns momentos, era publicada três 
vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já 
estão me confundindo com Artur da Távola?Não que 
essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã 
dos textos do Távola. Mas ele já não está entre nós 
há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas 
continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar 
tentando alcançar o seu estilo. 
 
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 Será que colunista afastado é colunista morto? 
Será que oito meses fora do jornal é tempo bastante 
para deixar de habitar a lista de colunistas que o 
leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez 
em Copacabana, em meio a compras num mercado 
de produtos hortifrutigranjeiros, outra velhinha se 
aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu 
conta de que eu não estava escrevendo), que se 
identificava com as minhas histórias, e que minha 
coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às 
sextas-feiras. Bem que eu tentei dizer que nunca 
escreví às sextas, mas ela me interrompeu e 
acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava 
do Botafogo. Ela gostava mesmo de outro Arthur, o 
Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha se 
encontrado com o ídolo. Pra que discutir com 
madame? E, depois, pensa bem, é muita ingenuidade 
da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo 
compras num mercado de produtos 
hortifrutigranjeiros. 
 Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo 
do esquecimento do leitor. Nesses 23 anos, por mais 
assíduoque tenha sido nas páginas do jornal, sempre 
fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... 
só não me lembro de terem me confundido com a 
Cora. E olha que eu também já tive os meus gatos. 
Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha 
conseguido criar, nos meus textos, uma 
personalidade que levasse o leitor a me identificar 
nas ruas. 
 Deve acontecer algo assim com a minha voz 
também. De vez em quando, pego um táxi e, logo 
após dizer ao motorista meu destino, ele me 
responde com alegria: “O senhor é o Cony, não é? 
Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu confirmo e vou 
em frente. Ainda não desisti do plano de andar com 
uns livros do Cony na mochila para dar edições 
autografadas aos motoristas da cidade. Só não decidi 
ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony 
autografar. 
 As vezes, desconfio que tenha transferido essa 
crise de identidade para os que me cercam. É muito 
comum encontrar algum admirador que me conhece 
da televisão. “Não deixo de ver o senhor no 
programa da Andréa Beltrão.” Ou “o senhor não está 
mais no programa da Maria Padilha?” Adianta eu 
dizer que o programa é da Maria Beltrão? 
 Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam 
definitivamente, retomo esta coluna, agora só aos 
domingos, na esperança de um dia o leitor me 
identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de 
gatos, não torço pelo Botafogo, não vejo a confusão 
em Ipanema da minha janela, não analiso a 
conjuntura política, nunca escreví um livro de 
mistério. Sou o outro, aquele outro, aquele que fala 
de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas... 
lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do 
Ano, já fez o concurso do Zum de Besouro e teve 
uma ou duas brigas com o Caetano. Ainda não 
lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser 
identificado como aquele que tem muita honra em 
estar em página próxima aos textos do Zuenir, do 
Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do 
Dapieve, dos Arnaldos, do Agualusa... São muitos 
colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com 
menos talento, o que todo mundo confunde com os 
outros, mas que não cabe em si de satisfação em ter 
a oportunidade de voltar a se encontrar 
semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. 
Não,basta eu escrever. Tem que ter você aí do outro 
lado para ler. É um prazer reencontrá-lo. 
 Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho? 
 
(Artur Xexéo) 
 
A leitura da crônica revela que as colocações feitas 
por Artur Xexéo traduzem o objetivo central de: 
 
a) Criticar os moradores do Leblon. 
 
b) Confrontar defeitos e virtudes de dois bairros 
cariocas. 
 
c) Refletir sobre seu desconhecimento pelo público. 
 
d) Homenagear grandes autores. 
 
e) Informar que voltará a escrever mensalmente. 
 
 
35 
 
Com base no texto, a crise de identidade a que o 
título faz menção justifica-se: 
 
a) Pelo autor estar confuso com seus valores e 
convicções depois de tanto tempo escrevendo para o 
mesmo público. 
 
b) Devido ao autor estar sem assunto para escrever 
depois de tanto tempo. 
 
c) Devido à crônica falar sobre vários autores, 
destacando a grandiosidade dos mesmos frente a sua 
pequenez. 
 
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d) Devido ao autor crer que sua existência enquanto 
pessoa está atrelada ao seu reconhecimento nas 
ruas. 
 
e) Pelo fato de o autor ser confundido, 
constantemente, com outros escritores. 
 
 
36 
 
“Copacabanense” (1°§) é um adjetivo criado pelo 
autor. De acordo com o texto, é possível inferir que 
ele é um indicador de: 
 
a) Seu estado emocional 
 
b) Seu local de moradia 
 
c) Suas convicções políticas 
 
d) Sua profissão 
 
e) Suas pretensões culturais 
 
 
37 
 
Assinale a opção que apresenta, corretamente, a 
classificação sintática dos termos em destaque na 
frase “Bonita, cabelos brancos, esquia, bem 
vestida, ela veio se aproximando” (1°§): 
 
a) Predicativo do Sujeito. 
 
b) Adjunto adnominal. 
 
c) Sujeito. 
 
d) Predicativo do objeto. 
 
e) Aposto. 
 
 
38 
 
Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a 
seguir, para responder à questão: 
 
“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna 
que, em alguns momentos, era publicada três vezes 
por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me 
confundindo com Artur da Távola? Não que essa 
confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos 
textos do Távola. Mas ele já não está entre nós há 
oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas 
continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar 
tentando alcançar o seu estilo. ” 
 
A pontuação, além de um recurso gramatical sujeito 
a regras, pode contribuir, significativamente, para a 
expressividade do texto, sugerindo, inclusive, efeitos 
de sentido. Sendo assim, levando em consideração o 
contexto em que aparece, assinale a opção que 
MELHOR expressa a idéia sugerida pela interrogação 
em “E já estão me confundindo com Artur da 
Távola?”: 
 
a) Possibilidade 
 
b) Medo 
 
c) Piedade 
 
d) Ressentimento 
 
e) Raiva 
 
 
39 
 
Assinale a opção cuja concordância verbal seja 
equivalente a que aparece em “Faz oito meses que 
parei”: 
 
a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que 
nos arrependemos. 
 
b) Todos haviam chegado cedo. 
 
c) Havia pessoas demais na festa. 
 
d) Todos se fizeram presentes na festa. 
 
e) A mãe faz tudo o que ela quer. 
 
 
40 
 
Atentando-se às regras de regência verbal e 
preocupando-se em manter o sentido original, a 
reescritura da frase “Prefiro não ter o talento do 
mestre, mas continuar vivo.” estaria correta apenas 
em: 
 
a) Prefiro não ter o talento do mestre do que 
continuar vivo. 
 
b) Prefiro não ter o talento do mestre a continuar 
vivo. 
 
 
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c) Prefiro continuar vivo a ter o talento do mestre. 
 
d) Prefiro continuar vivo do que ter o talento do 
mestre. 
 
e) Prefiro ter o talento do mestre do que continuar 
vivo. 
 
 
41 
 
Um texto bem construído é marcado pelas relações 
entre as palavras, as frases e os parágrafos que o 
constituem, estabelecendo nexos coesivos. Assim, ao 
mesmo tempo em que um texto progride, há a 
constante retomada de elementos já mencionados. 
Nesse sentido, no último parágrafo, ao dizer “Isso 
tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam 
definitivamente, retomo esta coluna, agora só aos 
domingos (...)”, o pronome em destaque tem seu 
referente corretamente indicado em: 
 
a) O Programa da Maria Beltrão, cuja apresentadora 
também é confundida. 
 
b) Todos os casos de não-identificação do colunista. 
 
c) Os textos de Artur da Távola, os quais admira. 
 
d) O engano ocorrido no táxi, no qual foi confundido 
com Cony. 
 
e) Sua antiga coluna, publicada por 23 anos. 
 
 
42 
 
No quarto parágrafo, Artur Xexéo faz uma reflexão 
acerca dos motivos que teriam causado a dificuldadede seu reconhecimento frente a autores. Sobre isso, 
assinale a única alternativa que, segundo ele, pode 
ser o motivo determinante: 
 
a) Oito meses de afastamento fizeram com que os 
leitores o esquecessem. 
 
b) Ele e outros autores têm o mesmo estilo de 
escrita. 
 
c) Ele não escreve bem como os outros, que são 
superiores tanto em qualidade quanto em quantidade 
de publicações. 
 
d) Há entre ele e os demais autores semelhanças 
físicas e de hábitos, como pegar táxi e frequentar 
hortifrutigranjeiros. 
 
e) O autor não foi capaz de marcar os textos com seu 
estilo, por meio do qual ele seria identificado nas 
ruas. 
 
 
43 
 
Observando o padrão culto da língua, assinale a 
alternativa cujo fragmento transcrito do texto 
represente um emprego INCORRETO de colocação 
pronominal: 
 
a) “Me conquistou.” (1°§) 
 
b) “E já estão me confundindo com Artur da Távola?” 
(2 °§) 
 
c) “Disse que me lia sempre (...) (3°§) 
 
d) “(...)sempre fui confundido com o Zuenir, o 
Veríssimo, o Arnaldo... só não me lembro (...)” (4 °§) 
 
e) “(...)nunca escrevi às sextas, mas ela me 
interrompeu (...)” (4 °§) 
 
 
44 
 
Os bolsos do morto 
(Luis Fernando Veríssimo) 
 
 O morto não é exatamente um amigo. Mais um 
conhecido, mas daqueles que você não pode deixar 
de ir ao velório. E lá está ele, estendido dentro do 
caixão forrado de cetim, de terno azul-marinho e 
gravata grená, esperando para ser enterrado. 
 Se fosse um amigo você ficaria em silêncio, 
compungido, lembrando o morto em vida e 
lamentando sua perda. Como é apenas um 
conhecido, você comenta com o homem ao seu lado 
- que também não parece ser íntimo do morto: 
 - Poderiam ter escolhido outra gravata... 
 - É. Essa está brava. 
 - Já pensou ele chegando lá com essa gravata? 
 - “Lá” onde? 
 - Não sei. Onde a gente vai depois de morto. 
Onde vai a nossa alma. 
 - Eu acho que a alma não vai de gravata. 
 - Será que não? E de fatiota? 
 
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 - Também não. 
 - Bom. Pelo menos esse vexame ele não vai 
passar. 
 - Você é da família? 
 - Não. Apenas um conhecido. 
 Você examina o morto. Engraçado: ele vai partir 
para a viagem mais importante, e mais distante, da 
sua vida, mas não precisa carregar nada. Identidade, 
passaporte, nada. Nem dinheiro, o que dirá cheques 
de viagem ou cartões de crédito. Nem carteira! 
 Você diz para o outro: 
 - A coisa mais triste de um defunto são os 
bolsos. O outro estranha. 
 - Como assim? 
 - Os bolsos existem para carregar coisas. Coisas 
importantes, que definem sua vida. CPF, licença para 
dirigir, bloco de notas, caneta, talão de cheques, 
remédio para pressão... 
 - Pepsamar... 
 - Pepsamar, cartão perfurado da Sena, recortes 
de artigos sobre a situação econômica, fio dental... 
Isso sem falar em coisas com importância apenas 
sentimental. Por exemplo: um desenho rabiscado por 
uma possível neta que parece, vagamente, um gato, 
e que ele achou genial e guardou. Entende? 
 - Sei. 
 - E aí está ele. Com os bolsos vazios. Despido da 
vida e de tudo que levava nos seus bolsos, e que o 
definia. O homem é o homem e o que ele leva nos 
bolsos. Poderiam ter deixado, sei lá, pelo menos um 
chaveiro. 
 - Você acha? 
 - Claro. As chaves da casa. As chaves do carro. 
Qualquer coisa pessoal, que pelo menos fizesse 
barulho num bolso da fatiota, pô! 
 Você se dá conta de que está gritando. As 
pessoas se viram para reprová-lo. “Mais respeito” 
dizem as caras viradas. Você faz um gesto, pedindo 
perdão. Sou apenas um conhecido, desculpem. Mas 
continua, falando mais baixo: 
 - A morte é um assaltante. Nos mata e nos 
esvazia os bolsos. 
 - Sem piedade. 
 - Nenhuma. 
 
Vocabulário: 
Fatiota - roupa de melhor qualidade, usada em 
situações mais formais 
Pepsamar - tipo de medicamento 
 
A partir da leitura atenta do texto, assinale a opção 
que apresenta um comentário correto sobre seu 
conteúdo. 
 
a) Trata-se de uma crítica ao comportamento 
desrespeitoso das pessoas nos enterros, mesmo 
tendo intimidade com o morto e sua família. 
 
b) Percebe-se uma crítica às roupas de má qualidade 
que o defunto e os convidados usavam. 
 
c) Embora explore algumas situações de humor, o 
texto propõe uma reflexão sobre a morte. 
 
d) Trata-se de uma valorização dos bens materiais 
que acompanham as pessoas, mesmo depois de 
mortas. 
 
 
45 
 
No fragmento “Mais um conhecido, mas daqueles 
que você não pode deixar de ir ao velório.”(1°§), 
estão destacadas duas palavras que se aproximam 
quanto à pronúncia, contudo diferenciam-se quanto à 
classificação morfológica. Assinale a opção que 
indica, respectivamente, o valor semântico que elas 
introduzem. 
 
a) intensidade e oposição 
 
b) adição e explicação 
 
c) oposição e conclusão 
 
d) retificação e intensidade 
 
 
46 
 
Em “Se fosse um amigo você ficaria em silêncio, 
compungido.” (2°§), a palavra em destaque tem 
como sinônimo: 
 
a) indiferente 
 
b) aflito 
 
c) calado 
 
d) reflexivo 
 
 
 
 
 
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47 
 
Pode-se entender, de acordo com o texto, que os 
bolsos: 
 
a) devem estar sempre vazios. 
 
b) funcionam como adereços dos ternos. 
 
c) cumprem papel apenas utilitário. 
 
d) revelam traços da identidade da pessoa. 
 
 
48 
 
Considere o fragmento abaixo para responder a 
questão. 
 
"- Claro. As chaves da casa. As chaves do carro. 
Qualquer coisa pessoal, que pelo menos fizesse 
barulho num bolso da fatiota, pô!“ (25°§) 
 
Adjetivos ou locuções adjetivas são termos que 
acompanham substantivos caracterizando-os. Desse 
modo, assinale a única opção cuja palavra destacada 
NÃO cumpra esse papel caracterizador. 
 
a) “As chaves da casa” 
 
b) Qualquer coisa pessoal” 
 
c) “pelo menos fizesse barulho” 
 
d) “num bolso da fatiota” 
 
 
49 
 
O amor acaba 
(Paulo Mendes Campos) 
 
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num 
domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; 
acaba em cafés engordurados, diferentes dos 
parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, 
ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um 
automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, 
polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na 
acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à 
alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no 
desenlace das mãos no cinema, como tentáculos 
saciados, e elas se movimentam no escuro como dois 
polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes 
que o amor tinha acabado; na insônia dos braços 
luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias 
diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e 
espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro erranteque passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos 
braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas 
as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se 
lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã 
dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da 
pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, 
nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma 
se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o 
amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na 
compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, 
depois de três goles momos de gim à beira da 
piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes 
vingado por alguns dias, mas que não floresceu, 
abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen 
e o gineceu de duas flores; em apartamentos 
refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, 
onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na 
poeira que vertem os crepúsculos, caindo 
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas 
esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos 
roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no 
ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas 
de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; 
no inferno o amor não começa; na usura o amor se 
dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, 
frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São 
Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o 
amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor 
acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes 
acaba na mesma música que começou, com o 
mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas 
vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre 
astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, 
Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o 
médico sentencia imprestável para o amor; e acaba 
no longo périplo, tocando em todos os portos, até se 
desfazer em mares gelados; e acaba depois que se 
viu a bruma que veste o mundo; na janela que se 
abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é 
simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, 
que continua reverberando sem razão até que 
alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o 
amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; 
mas pode acabar com doçura e esperança; uma 
palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na 
verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na 
floração excessiva da primavera; no abuso do verão; 
 
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na dissonância do outono; no conforto do inverno; 
em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o 
amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para 
recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto 
o amor acaba. 
 
A partir da leitura atenta do texto, é correto afirmar 
que: 
 
a) o autor, ao longo do texto, desconstrói sua tese 
inicial apresentando exemplos que, por serem triviais, 
não ilustram um posicionamento efetivo. 
 
b) a duração do amor está diretamente relacionada 
com o modo pelo qual esse sentimento é tratado 
pelas pessoas. 
 
c) as diferentes experiências retratadas reforçam o 
posicionamento que revela a noção de finitude 
atribuída ao amor. 
 
d) a abordagem objetiva feita pelo autor sobre um 
tema mais abstrato aproxima o texto de um enfoque 
jornalístico ou científico. 
 
e) no texto, os exemplos pessoais, caracterizados 
pela primeira pessoa, complementam a estrutura 
lingüística subjetiva encontrada no título. 
 
 
50 
 
A pontuação, no texto, cumpre um papel expressivo 
e delimita sua estrutura sintática. Nesse sentido, é 
correto afirmar que o texto apresenta: 
 
a) apenas duas orações absolutas. 
 
b) dois períodos compostos. 
 
c) apenas uma frase nominal. 
 
d) um período simples e um composto. 
 
e) mais de dois períodos simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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N° GAB PORTUGUÊS 
26 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
27 a 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
28 d 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
29 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
30 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
31 b 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
32 a 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
33 c 2016 – IBFC – Emdec – Assistente Administrativo Jr. 
34 c 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
35 e 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
36 b 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
37 a 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
38 d 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
39 c 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
40 c 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
41 b 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
42 e 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
43 a 2016 – IBFC – EBSERH - Advogado 
44 c 
2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do 
Trabalho 
45 a 
2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do 
Trabalho 
46 b 
2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do 
Trabalho 
47 d 
2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do 
Trabalho 
48 c 
2015 – IBFC – EMBASA – Técnico em Segurança do 
Trabalho 
49 c 
2015 – IBFC – EBSERH – Engenheiro de Segurança 
do Trabalho 
50 a 
2015 – IBFC – EBSERH – Engenheiro de Segurança 
do Trabalho 
 
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51 
O amor acaba 
(Paulo Mendes Campos) 
 
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num 
domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; 
acaba em cafés engordurados, diferentes dos 
parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, 
ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um 
automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, 
polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na 
acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à 
alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no 
desenlace das mãos no cinema, como tentáculos 
saciados, e elas se movimentam no escuro como dois 
polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes 
que o amor tinha acabado; na insônia dos braços 
luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias 
diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e 
espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante 
que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos 
braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas 
as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se 
lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã 
dentro de casa o amor podeacabar; na epifania da 
pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, 
nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma 
se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o 
amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na 
compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, 
depois de três goles momos de gim à beira da 
piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes 
vingado por alguns dias, mas que não floresceu, 
abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen 
e o gineceu de duas flores; em apartamentos 
refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, 
onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na 
poeira que vertem os crepúsculos, caindo 
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas 
esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos 
roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no 
ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas 
de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; 
no inferno o amor não começa; na usura o amor se 
dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, 
frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São 
Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o 
amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor 
acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes 
acaba na mesma música que começou, com o 
mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas 
vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre 
astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, 
Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o 
médico sentencia imprestável para o amor; e acaba 
no longo périplo, tocando em todos os portos, até se 
desfazer em mares gelados; e acaba depois que se 
viu a bruma que veste o mundo; na janela que se 
abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é 
simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, 
que continua reverberando sem razão até que 
alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o 
amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; 
mas pode acabar com doçura e esperança; uma 
palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na 
verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na 
floração excessiva da primavera; no abuso do verão; 
na dissonância do outono; no conforto do inverno; 
em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o 
amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para 
recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto 
o amor acaba. 
 
O texto não aborda apenas o amor de um casal, mas 
outras manifestações do sentimento amoroso. Assim, 
assinale a opção que contenha uma passagem do 
texto que ilustre, exclusivamente, uma manifestação 
ou referência ao relacionamento de um casal. 
 
a) “às vezes acaba o amor nos braços torturados de 
Jesus, filho crucificado de todas as mulheres;" 
 
b) “no andar diferente da irmã dentro de casa o amor 
pode acabar;" 
 
c) “na epifania da pretensão ridícula dos bigodes;" 
 
d) “nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas 
femininas;" 
 
e) “no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado 
por alguns dias, mas que não floresceu," 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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52 
 
Por meio de sua seleção vocabular, o autor também 
imprime efeitos de sentido ao seu texto. Assim, a 
linguagem por ele empregada pode ser caracterizada 
como predominantemente: 
 
a) simbólica 
 
b) técnica 
 
c) objetiva 
 
d) popular 
 
e) informal 
 
 
53 
 
Considere o fragmento abaixo para responder à 
questão. 
 
“depois duma noite votada à alegria póstuma, que 
não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no 
cinema, como tentáculos saciados, e elas se 
movimentam no escuro como dois polvos de 
solidão:" 
 
Observando as possibilidades de recursos coesivos da 
língua, analise as afirmativas abaixo e, em seguida, 
assinale a opção correta. 
 
I. A primeira ocorrência da conjunção “e" contribui 
para a progressão do texto apresentando valor 
semântico de alternância. 
 
II. A segunda ocorrência da conjunção “e" também 
contribui para a progressão do texto, mas apresenta 
valor semântico de oposição, podendo ser substituída 
por “mas" sem prejuízo de sentido. 
 
III. Tanto o pronome “elas" quanto o “se" apontam 
para um mesmo referente que é o vocábulo “mãos". 
 
a) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
b) Apenas I e II estão corretas. 
 
c) Apenas a I está correta. 
 
d) Apenas II e III estão corretas. 
 
e) Apenas a III está correta. 
 
 
54 
 
Considere o fragmento abaixo para responder à 
questão. 
 
“depois duma noite votada à alegria póstuma, que 
não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no 
cinema, como tentáculos saciados, e elas se 
movimentam no escuro como dois polvos de 
solidão:" 
 
As construções destacadas no fragmento em análise 
revelam o emprego de figuras de estilo que reforçam 
o sentido do texto. Trata-se de exemplos de: 
 
a) Hipérboles 
 
b) Comparação 
 
c) Metáfora 
 
d) Metonímia 
 
e) Ironia 
 
 
55 
 
No trecho “na floração excessiva da primavera; no 
abuso do verão; na dissonância do outono; no 
conforto do inverno;", as palavras em destaque, no 
contexto em que se encontram, podem ser 
classificadas, morfologicamente, como: 
 
a) verbos 
 
b) adjetivos 
 
c) advérbios 
 
d) pronomes 
 
e) substantivos 
 
 
56 
 
A opção do autor por enunciar, no título do texto, o 
verbo “acabar" no presente do Indicativo cumpre o 
seguinte papel semântico: 
 
a) revela uma ação que ocorre no momento em que 
é enunciada. 
 
b) indica uma ação presente com valor de passado. 
 
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c) aponta para uma ideia que assume sentido de 
futuro, uma previsão. 
 
d) ilustra uma ação que se repete com “status" de 
verdade absoluta. 
 
e) denota uma possibilidade relacionada ao presente 
da enunciação. 
 
 
57 
 
Observe o fragmento: “depois de três goles mornos 
de gim à beira da piscina". Nele, o acento grave é 
compreendido também pelo papel sintático da 
construção em que ele se encontra. Considerando o 
contexto, assinale a opção em que se destaca um 
exemplo de palavra ou expressão que, embora não 
corresponda ao mesmo valor semântico, exerça a 
mesma função sintática do termo destacado neste 
enunciado. 
 
a) “num domingo de lua nova" 
 
b) “polvilhando de cinzas o escarlate das unhas" 
 
c) “na compulsão da simplicidade simplesmente" 
 
d) “e amor acaba na poeira que vertem os 
crepúsculos" 
 
e) “e acaba nas encruzilhadas de Paris" 
 
 
58 
 
Acerca da conclusão proposta pelo texto, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
a) A finitude do amor está na impossibilidade de um 
novo recomeço em função das experiências 
anteriores. 
 
b) A finalidade do término de um amor está 
diretamente relacionada à ideia de um recomeço em 
uma experiência descrita como cíclica pelo autor. 
 
c) Há uma generalização na visão atribuída pelo autor 
à ideiade recomeço amoroso por meio do emprego 
do pronome indefinido “todos". 
 
 
 
 
d) A ideia de recomeço proposta pelo autor não 
assume conotação plenamente positiva em função de 
uma relação direta com a ideia de finitude. 
 
e) Não é possível prever o momento em que o amor 
pode acabar embora o autor aponte, 
categoricamente, a certeza de seu fim. 
 
 
59 
 
Plataforma 
 
 O Rio vive uma contradição no carnaval que 
parece não ter saída. Não vai longe o tempo em que 
reclamava da decadência da folia nas ruas. O 
carnaval tinha se transformado no desfile de escolas 
de samba, uma festa elitista que se resumia ao que 
acontecia nos limites do Sambódromo e que era vista 
por apenas 30 mil pessoas que pagavam caro para 
participar da brincadeira. E que só durava duas 
noites. Para quem se diz o maior carnaval do mundo, 
convenhamos que é muito pouco mesmo. Agora, 
quando os blocos voltaram a animar as ruas da 
cidade durante toda a folia e ainda nas semanas que 
a antecedem, o Rio continua reclamando. Tem bloco 
demais, tem gente demais, tem pouco banheiro, tem 
muito banheiro... Carnaval é festa espontânea. 
Quanto mais organizado, pior. Chico Buarque fala 
sobre isso no ótimo samba "Plataforma". "Não põe 
corda no meu bloco/ Nem vem com teu carro-chefe/ 
Não dá ordem ao pessoal", já dizia ele num disco de 
antigamente. Bem, como antigamente as letras de 
Chico sempre queriam dizer outra coisa, é capaz de 
ele não estar falando de organização do carnaval. 
Mas à certa altura ele é explícito: "Por passistas à 
vontade que não dancem o minueto". Para quem 
está chegando agora, pode parecer o samba do 
crioulo doido. Mas o compositor faz uma referência 
ao desfile do Salgueiro de 1963, quando "Xica da 
Silva" foi apresentada à avenida. A escola "inovou" 
apresentando uma ala com 12 pares de nobres que 
dançavam o minueto. Foi um escândalo. Não pode. 
Passista tem que desfilar livre, leve e solto. Falando 
disso agora, quando passistas não têm a menor 
importância, quando eles mal são vistos na avenida, 
percebe-se que o minueto era o de menos. Mas isso 
é escola de samba, e o assunto aqui é carnaval de 
rua (faz tempo que escola de samba não é carnaval 
de rua). Com o renascimento dos blocos, o Rio 
recuperou a alegria do carnaval nas calçadas, no 
 
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asfalto, na areia. E agora? Basta dar uma olhada nas 
cartas dos leitores aqui do jornal. Reclama um leitor: 
"Para os moradores de Ipanema, (o carnaval de rua 
2011) transformou-se num tormento. Ruas 
bloqueadas até para o trânsito de pedestres, 
desrespeito à Lei do Silêncio, atos de atentado ao 
pudor e, por vezes, de vandalismo". Escreve outro, 
sobre os mijões, figura que ficou tão popular no 
período quanto a colombina e o pierrô: "A Guarda 
Municipal deveria agir com mais atenção e no rigor 
da lei. Está muito sem ação". Mais um: "Com que 
direito a prefeitura coloca esses banheiros horrorosos 
nas avenidas da orla, onde se paga dos IPTUs mais 
caros do mundo, ocupando vagas de carros que já 
são tão poucas?" Como se vê, e voltando a citar o 
samba do Chico, o carioca tem o peito do contra e 
mete bronca quando o assunto é carnaval. Mas 
carnaval de rua muito organizado... não sei, não. É 
como botar o pessoal que sai nos blocos pra dançar o 
minueto. Carnaval de rua e organização não 
combinam. 
 
(Artur Xexéo. Revista O Globo, dezembro de 2011) 
 
Tendo em vista o sentido global do texto, podemos 
afirmar que a crônica de Artur Xexéo: 
 
a) desenvolve a temática carnavalesca sob o prisma 
cultural, focando a diversidade que impera nas festas 
de rua brasileiras. 
 
b) questiona a importância cultural do carnaval, 
tendo em vista os problemas logísticos que a festa 
traz para os moradores de bairros nobres. 
 
c) relativiza a hegemonia do samba enquanto ritmo 
representativo do carnaval carioca brasileiro. 
 
d) reflete acerca do carnaval de rua carioca a partir 
da existência de posicionamentos divergentes entre 
si. 
 
e) Contribui para o renascimento dos blocos de rua, 
que antes do texto eram relegados a uma posição 
inferior na hierarquia carnavalesca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
A contradição a que se refere a primeira frase do 
texto está corretamente apontada em: 
 
a) As escolas de samba fazem mais sucesso do que 
os blocos, embora sejam mais populares. 
 
b) Chico Buarque, embora não seja sambista, foi 
bastante feliz ao falar sobre a organização do 
Carnaval. 
 
c) As pessoas reclamavam do fim do carnaval de rua, 
mas quando ele voltou a ter força, isso gerou 
insatisfação. 
 
d) Os blocos de rua renasceram há pouco, mas já 
estão causando transtornos imensos para a 
população. 
 
e) Apesar da existência de blocos e das tradicionais 
escolas de samba, o carnaval do Rio ainda 
permanece com um ar melancólico. 
 
 
61 
 
Sobre o trecho indicado a seguir, assinale o único 
comentário INCORRETO: 
 
"Não vai longe o tempo em que reclamava da 
decadência da folia nas ruas." 
 
a) O sujeito da segunda oração é "Rio", termo 
recuperável na frase anterior. 
 
b) Ao dizer "não vai longe o tempo", o cronista 
afirma "fazer pouco tempo". 
 
c) Nesse contexto, "folia" é sinônimo de carnaval. 
 
d) "Em que" traduz um valor semântico temporal. 
 
e) O sujeito da forma verbal "vai" é indeterminado. 
 
 
62 
 
Em "Tem bloco demais, tem gente demais, tem 
pouco banheiro, tem muito banheiro... Carnaval 
é festa espontânea", o autor utiliza uma estrutura 
paralelística cuja principal finalidade, tendo em vista 
o sentido global do texto é: 
 
 
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a) enumerar as insatisfações dos moradores onde 
ocorrem os blocos de rua, ratificando as suas críticas. 
 
b) enfatizar as demasiadas críticas dos moradores, 
que considera descabidas tendo em vista a natureza 
da festa. 
 
c) ironizar os organizadores dos eventos, que não se 
preocupam com a criação de um ambiente ordeiro e 
agradável. 
 
d) recuperarfalas reais de moradores para, em 
consonãncia com as mesmas, provocar a reação das 
autoridades. 
 
e) destacar uma série de problemas vivenciados por 
ele ao longo de sua experiência em carnavais antigos 
e atuais. 
 
 
63 
 
Na crônica, a referência a Chico Buarque e sua 
canção tem o objetivo de: 
 
a) embasar a defesa da ideia do cronista. 
 
b) usar ideias do senso comum como base da 
argumentação. 
 
c) construir argumentos a partir de uma relação de 
causa e conseqüência. 
 
d) evidenciar um posicionamento contrário ao do 
autor do texto. 
 
e) corroborar as reclamações dos moradores de 
Ipanema. 
 
 
64 
 
Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que 
apresenta um ponto de vista de Artur Xexéo 
diretamente relacionado à canção de Chico Buarque: 
 
a) “Para quem se diz omaior carnaval do mundo, 
convenhamos que é muito pouco mesmo.” 
 
b) “Carnaval de rua e organização não combinam”. 
 
c) “A escola “inovou” apresentando uma ala com 12 
pares de nobres que dançavam o minueto”. 
 
 
d) “Mas isso é escola de samba, e o assunto aqui é 
carnaval de rua”. 
 
e) “Com o renascimento dos blocos, o Rio recuperou 
a alegria do carnaval nas calçadas, no asfalto, na 
areia”. 
 
 
65 
 
O título do texto justifica-se, corretamente: 
 
a) Pela criação de um conteúdo metafórico. 
 
b) Para estabelecer uma relação de oposição. 
 
c) Pela referência à canção de Chico Buarque. 
 
d) Para criar um efeito de humor. 
 
e) Para ironizara crítica aos moradores. 
 
 
66 
 
Ao longo do texto, faz-se a utilização intensa das 
aspas. Assinale a alternativa que justifica 
corretamente o emprego desse sinal de pontuação 
nos trechos em destaque abaixo: 
 
I. Chico Buarque fala sobre isso no ótimo 
samba“Plataforma". 
 
II. A escola “inovou" apresentando uma ala com 12 
pares de nobres que dançavam o minueto. 
 
III. “Com que direito a prefeitura coloca esses 
banheiros horrorosos nas avenidas da orla, onde se 
paga dos IPTUs mais caros do mundo, ocupando 
vagas de carros que já são tão poucas?" 
 
a) Nos três casos as aspas marcam a citação do 
discurso alheio. 
 
b) No primeiro e no segundo casos, temos exemplo 
de ironia, ao passo que, no terceiro, as aspas 
marcam a fala literal de um morador insatisfeito. 
 
c) No primeiro trecho, as aspas ocorrem porque o 
autor está citando seu próprio texto; na seqüência, 
temos uma ironia e uma reflexão pessoal do autor. 
 
 
 
 
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d) No primeiro e no terceiro casos, temos a citação 
do discurso alheio, e no segundo destaca-se, 
positivamente, a atitude da escola. 
 
e) Respectivamente, temos: o nome de uma obra, o 
questionamento de uma atitude e o discurso direto. 
 
 
67 
 
Analise as afirmativas sobre o trecho em destaque 
abaixo e assinale a alternativa correta: 
 
“Mas carnaval de rua muito organizado... não sei, 
não. É como botar o pessoal que sai nos blocos para 
dançar o minueto." 
 
I. As reticências contribuem para reforçar o tom de 
desconfiança do cronista em relação à organização 
do carnaval. 
 
II. A compreensão da crítica feita pelo autor está 
centrada na palavra “minueto", desenvolvida 
anteriormente pelas referências a Chico Buarque e ao 
desfile de uma escola de samba. 
 
III. O autor acredita que a ausência de regras é 
característica básica do carnaval de rua. 
 
IV. Entre a primeira frase e a segunda, há uma 
relação de causa e conseqüência. 
 
a) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. 
 
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. 
 
d) Apenas as afirmativas I e II est.o corretas. 
 
e) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 
 
 
68 
 
Em “Falando disso agora. quando passistas não têm 
a menor importância, quando eles mal são vistos na 
avenida, percebe-se que o minueto era o de menos”, 
o termo em destaque tem os corretos comentários 
morfológicos e semânticos indicados em: 
 
a) Advérbio de tempo; indica uma referência ao 
momento atual vivido pelo Carnaval. 
 
b) Pronome indefinido; expressa vagamente o 
momento da ação. 
 
c) Advérbio de tempo; indica uma referência 
exclusiva ao momento de escrita da crônica. 
 
d) Advérbio de modo; destaca a pouca relevância das 
passistas na atualidade. 
 
e) Advérbio de afirmação: realça a imagem negativa 
das passistas, nos tempos atuais, incluindo o autor 
nesse grupo que lhes nega importância. 
 
 
69 
 
Texto I 
 
O que é filosofia? 
 
Querida Sofia, 
 
Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas 
colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de 
trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase todo 
o seu tempo livre a uma determinada modalidade de 
esporte. 
Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de 
leitura também são muito diferentes. Alguns leem 
apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances, 
outros ainda preferem livros sobre temas diversos 
como astronomia, a vida dos animais ou as novas 
descobertas da tecnologia. 
Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não 
posso querer que todos os outros tenham o mesmo 
interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a 
todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar 
que outras pessoas achem o esporte uma chatice. 
Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será 
que existe alguma coisa que concerne a todos, não 
importando quem são ou onde se encontram? Sim, 
querida Sofia, existem questões que deveriam 
interessar a todas as pessoas. E é sobre tais questões 
que trata este curso. 
Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos 
esta pergunta a uma pessoa de um país assolado 
pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos a 
mesma pergunta a quem está morrendo de frio, 
então a resposta será: o calor. E quando 
perguntamos a alguém que se sente sozinho e 
isolado, então certamente a resposta será: a 
companhia de outras pessoas. 
 
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Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, 
será que ainda resta alguma coisa de que todo 
mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles 
acham que o ser humano não vive apenas de pão. É 
claro que todo mundo precisa comer. E precisa 
também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa 
de que todos nós precisamos. Nós temos a 
necessidade de descobrir quem somos e por que 
vivemos. 
Portanto, interessar-se em saber por que vivemos 
não é um interesse “casual” como colecionar selos 
por exemplo. Quem se interessa por tais questões 
toca um problema que vem sendo discutido pelo 
homem praticamente desde quando passamos a 
habitar este planeta. A questão de saber como surgiu 
o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão 
maior e mais importante do que saber quem ganhou 
mais medalhas de ouro nos últimos Jogos Olímpicos. 
 
(GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995. p.24-25) 
 
Pode-se inferir que o objetivo principal do texto é: 
 
a) convencer Sofia de que os interesses pessoais 
variam de acordo com as afinidades e aptidões de 
um sujeito. 
 
b) revelar que necessidades mais abstratas 
representam indício de modernidade uma vez que, no 
passado, priorizavam-se elementos concretos. 
 
c) mostrar que o conhecimento sobre quem somos e 
de onde viemos é uma necessidade coletiva que 
singulariza o homem. 
 
d) indicar que é preciso respeitar as diferenças de 
gostos considerando a subjetividade dos indivíduos. 
 
 
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A partir da análise do texto, assinale a alternativa que 
apresenta uma afirmação INCORRETA. 
 
a) O emprego inicial de um interlocutor específico, 
Sofia, não impede

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