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Universidade Paulista/ Campus Araçatuba Turma: 2°semestre Profª Ana Cláudia Soncini Sanches Mestre em Fisiopatologia em Clínica Médica – Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP/ Botucatu Doutoranda em Fisiopatologia em Clínica Médica – Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP/ Botucatu Guias alimentares Alimentação Saudável e Adequada • As necessidades segundo cada fase da vida e com as necessidades alimentares especiais; • Cultura alimentar e dimensões de gênero, raça e etnia; • Aspectos físicos e financeiros; acesso aos alimentos • Harmonia na quantidade e qualidade; • Práticas produtivas adequadas e sustentáveis; • Quantidades mínimas de contaminantes físicos, químicos e biológicos. Prática alimentar apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio ambiente. Deve considerar... Ministério da Saúde, 2015 • Representados por grupos de alimentos • Baseados principalmente na relação entre os alimentos e a saúde dos indivíduos • Devem respeitar os hábitos alimentares • Disponibilidade de alimentos locais Guias alimentares Instrumentos que fornecem informações à população, visando promover saúde e hábitos alimentares saudáveis Guias alimentares Sua representação gráfica (ícones) contribuem para melhor divulgação das orientações... Facilitador da transmissão do conteúdo científico Melhor assimilação e adesão pela população Quais são as funções e objetivos dos guias alimentares? FUNÇÕES: conter mensagens educativas para orientar e melhorar os hábitos alimentares da população OBJETIVOS: melhora da nutrição e bem estar prevenção de enfermidades nutricionais e crônico- degenerativas Funções e objetivos dos guias alimentares OBJETIVOS “ Orientação do consumidor na seleção e adoção de um padrão alimentar que contribua para o desenvolvimento de um estilo de vida saudável com a proposição de critérios técnicos em alimentação e nutrição que fundamentem o conteúdo das mensagens educativas dirigidas à população e a oferta de um instrumento para orientar a educação em alimentação e nutrição nos países”. Martins, K.A.; Freire, M.C.M., 2008 Os guias alimentares devem... Promover e manter a saúde global do indivíduo com orientações direcionadas para prevenção ou tratamento de qualquer doença Baseados em pesquisas atualizadas Ter uma visão global da dieta; Ser útil para o público alvo Encontrar uma forma realista de suprir as necessidades nutricionais utilizando-se da dieta habitual de cada população; Ser prático e, os nutrientes e energia adaptados segundo a idade, o sexo e a atividade física Ser dinâmico, permitindo o máximo de flexibilidade para a escolha dos alimentos, a fim de suprir as necessidades nutricionais do indivíduo Philippi, 1999. Ícones em diferentes países Transformar o conhecimento científico de nutrição em conceitos básicos para que grande parte da população seja orientada quanto à forma de se alimentar adequadamente Diversos formatos Diferentes números de grupos alimentares Diferentes números de porções O B J E T I V O Ícones em diferentes países • Canadá: arco-íris; • China: pagode; • Guatemala: pote de cerâmica; • Chile, Alemanha, Tailândia, Estados Unidos: pirâmide; • México: roda dos alimentos RODA DOS ALIMENTOS • Alimentos divididos conforme sua função (energéticos, construtores, reguladores) • Não apresenta representação hierárquica dos alimentos Levando a diferentes interpretações • Nos EUA: Final da década de 80: Necessidade de testar outras formas de apresentação • 1974: Adaptação da Roda de alimentos: dividida em grupos RODA DOS ALIMENTOS Roda dos alimentos PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Adaptada para a população brasileira (Philippi et al.,1999) segundo a pirâmide original proposta pela USDA (1992) nos Estados Unidos. Baseada no planejamento de 3 dietas com diferentes valores energéticos: • 1600 kcal→ mulheres sedentárias e idosos • 2200 kcal → crianças, adolescentes do sexo feminino, mulheres com atividade física intensa e homens com atividade sedentária • 2800 kcal → homens com atividade física intensa e adolescentes do sexo masculino 8 grupos de alimentos adaptados aos hábitos alimentares brasileiros Estabelecimento do n°de porções dos diferentes grupos: medidas usuais e peso em gramas PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Medidas usuais estimadas segundo valor energético médio de cada porção do grupo alimentar Medida usual de consumo (fatia, copo de requeijão, unidade) → terminologia para complementar ou substituir as medidas caseiras (colher de sopa, xícara) → melhor entendimento da quantidade do alimento Porções de alimentos estimadas em função do valor energético total da dieta (VET) e da energia de cada grupo alimentar Medidas pequena, média, grande, cheia e rasa → substituídas por valores médios PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Ao analisar a pirâmide original proposta pela USDA (1992) nos Estados Unidos observou-se diferenças entre EUA e Brasil: Necessário adaptá-la a realidade da população brasileira Principais mudanças: n° de porções inclusão de alimentos regionais PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Alimentos distribuídos em 6 refeições Selecionados alimentos e preparações mais habituais observadas em estudos brasileiros de consumo alimentar VET distribuído: Café da manhã → (25% do VET) Lanhe intermediário → (5% do VET) Almoço → (35% do VET) Lanche intermediário → (5% do VET) Jantar → (25% do VET) Lanche noturno → (5% do VET) CHO: 50-60% Proteínas: 10-15% Lipídios: 20-30% Substituição do nome dos grupos alimentares!! Arroz, pão, massa, batata e mandioca Verduras e legumes Leite, queijo e iogurtes feijões PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA RECOMENDAÇÕES BÁSICAS: • Escolher uma dieta variada com alimentos de todos os grupos da Pirâmide; • Dar preferência aos vegetais como frutas, verduras e legumes; • Ficar atento ao modo de preparo dos alimentos para garantia de qualidade final, dando prioridade aos alimentos em sua forma natural, e à preparações assadas, cozidas em água ou vapor, e grelhadas; • Ler os rótulos dos alimentos industrializados para conhecer o valor nutritivo do alimento que será consumido; PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA RECOMENDAÇÕES BÁSICAS: • Medidas radicais não são recomendadas e os hábitos alimentares devem ser gradativamente modificados; • Utilizar açúcares, doces, sal e alimentos ricos em sódio com moderação; • Consumir alimentos com baixo teor de gordura. Preferir gorduras insaturadas (óleo vegetal e margarina), leite desnatado e carnes magras; • Se fizer uso de bebidas alcoólicas, fazer com moderação, • Para programar a dieta e atingir o peso ideal considerar o estilo de vida e a energia diária necessária. 2200 kcal 2800 kcal O que conta “uma porção”? PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA PÃES, CEREAIS, RAÍZES E TUBÉRCULOS 1 PORÇÃO = 150 KCAL • Arroz branco cozido (125,0 g)4 colheres de sopa • Arroz integral cozido (140,0 g) 4 colheres de sopa • Batata cozida (175,0 g) 1 ½ unidade • Batata frita (palha) (29,0 g) 1 colher de servir • Batata frita (palito) (58,0 g) 1 1/3 colher de servir • Pipoca com sal (22,5 g) 2 ½ xícara de chá • Torrada (pão francês) (33,0 g) 6 fatias PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA HORTALIÇAS 1 PORÇÃO = 15 KCAL • Repolho roxo cru (picado) 60,0 g 5 colheres de sopa • Rúcula 83,0 g 15 folhas • Salsão cru 38,0 g 2 colheres de sopa • Tomate caqui 75,0 g 2 ½ fatias • Tomate cereja 70,0 g 7 unidades • Tomate comum 80,0 g 4 fatias PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA FRUTAS 1 PORÇÃO = 35 KCAL • Abacate 24,0 g ¾ colher sopa • Ameixa-preta 15,0 g 1 ½ unidade • Goiaba 50,0 g ¼ unidade • Maçã 60,0 g ½ unidade • Mamão formosa 110,0 g 1 fatia • Melancia 115,0 g 1 fatia • Melão 108,0 g 1 fatia PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA LEGUMINOSAS 1 PORÇÃO = 55 KCAL • Ervilha seca cozida 72,5 g 2 ½ colheres de sopa • Feijão branco cozido 48,0 g 1 ½ colher de sopa • Feijão cozido (50 % de caldo) 86,0 g 1 concha • Feijão cozido (somente grãos) 50,0 g 2 colheres de sopa • Grão de bico cozido 36,0 g 1 ½ colheres de sopa • Lentilha cozida 48,0 g 2 colheres de sopa • Soja cozida 43,0 g 1 colher de servir PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA CARNE BOVINA, SUÍNA, PEIXE, FRANGO, OVOS 1 PORÇÃO = 190 KCAL • Atum enlatado tipo “desfiado” 80,0 g 2 colheres de sopa • Atum enlatado tipo “sólido” 90,0 g 2 colheres de sopa • Bacalhoada 75,0 g ½ porção • Bife à role 110,0 g 1 unidade • Bife grelhado 64,0 g 1 unidade • Camarão cozido 160,0 g 20 unidades • Camarão frito 80,0 g 10 unidades • Carne cozida 80,0 g 1 fatia • Carne cozida de peru tipo “blanquet” 150,0 g 10 fatias PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA PRODUTOS LÁCTEOS 1 PORÇÃO = 120 KCAL • Cream cheese 77,5 g 2 ½ colheres de sopa • Iogurte de frutas 140,0 g 1 pote • Leite semidesnatado "molico" 278,0 g 2 colheres de sopa • Leite tipo B 182,0 g 1 ½ copo de requeijão • Molho branco com queijo 62,5 g 2 ½ colheres de sopa • Queijo mussarela 45,0 g 3 fatias • Queijo parmesão 30,0 g 3 colheres de sopa • Ricota 100,0 g 2 fatias PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA ÓLEOS E GORDURAS 1 PORÇÃO = 73 KCAL • Azeite de dendê 9,2 g ¾ colher de sopa • Azeite de oliva 7,6 g 1 colher de sopa • Bacon (gordura) 7,5 g ½ fatia • Banha de porco 7,0 g ½ colher de sopa • Creme vegetal 14,0 g 1 colher de sopa • Halvarina 19,7 g 1colher de sopa • Manteiga 9,8 g ½ colher de sopa • Margarina culinária 10,0 g 1/10 tablete • Margarina líquida 8,9 g 1 colher de sopa • Margarina vegetal 9,8 g ½ colher de sopa PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA AÇÚCARES 1 PORÇÃO = 110 KCAL • Açúcar mascavo fino 25,0 g 1 colher de sopa • Açúcar mascavo grosso 27,0 g 1 ½ colher de sopa • Açúcar refinado 28,0 g 1 colher de sopa • Mel 37,5 g 2 ½ colheres de sopa PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Em 2005, publicação de nova pirâmide de alimentos, com 2000 kcal (Philippi) Surge em meio a nova proposta da pirâmide alimentar americana, da legislação para rotulagem dos alimentos (baseada em dieta de 2000 kcal) e do guia alimentar para a população brasileira Mantidos os 8 grupos de alimentos e seus equivalentes em kcal e porções Frutas: porções modificadas para medidas mais usuais e valor energético duplicado para 70 kcal PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA-2000 kcal PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA-2000 kcal Alimento Peso (g) Medida usual N° porções do grupo CAFÉ DA MANHÃ Café com leite Café 71 ½ xic chá - Leite desnatado 136 1 xic de chá 1/leite Açúcar refinado 4,5 1 colher de chá ½ açúcares Pão francês com muçarela e margarina Pão francês 50 1 unidade 1/arroz Queijo muçarela 30 2 fatias ½ leite Margarina sem sal 10 ½ colher de sopa ½ óleos Mamão formosa 160 1 fatia 1/frutas LANCHE DA MANHÃ Banana com aveia Banana nanica 43 ½ unidade ½ frutas Aveia em flocos 15 2 colheres de sobremesa ½ arroz PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA- 2000 kcal Alimento Peso (g) Medida usual N° porções do grupo ALMOÇO Arroz, feijão, bife e batata Arroz branco cozido 140 4 colheres de sopa 1 arroz Feijão cozido (50% grão) 105 4 colheres de sopa 1 feijões Bife grelhado 80 1 unidade 1 carnes Batata cozida 120 1 unidade ¾ arroz Salada de alface, rúcula, tomate e pepino, temperada com limão e azeite Alface lisa picada 30 3 ½ folhas ¼ verduras/legumes Rúcula 20 3 ½ folhas ¼ verduras/legumes Tomate 38 2 fatias ½ verduras/legumes Pepino picado 58 2 colheres de sopa ½ verduras/legumes Limão 8 1 colher de sobremesa - Azeite de oliva 2,5 1 colheres de chá ¼ óleos Suco de laranja 187 ½ copo de requeijão 1 frutas PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA-2000 kcal Alimento Peso (g) Medida usual N° porções do grupo LANCHE DA TARDE Pão com queijo branco e geléia Pão de forma integral 42 2 fatias 1 arroz Queijo branco 30 1 fatia ½ leite Geléia de morango 15 1 colher de sobremesa ¼ açúcares PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA-2000 kcal Alimento Peso (g) Medida usual N° porções do grupo JANTAR Macarrão com queijo Macarrão ao sugo 250 3 escumadeiras 1 ½ arroz Queijo parmesão ralado 15 1 ½ colher de sopa ½ leite Salada de vagem, cenoura e acelga, temperada com limão e azeite Vagem cozida 33 1 ½ colher de sopa ¾ verduras/legumes Cenoura ralada 18 ½ colher de servir ½ verduras/legumes Acelga picada 25 2 ½ colheres de sopa ¼ verduras/legumes Limão 8 1 colher de sobremesa - Azeite de oliva 2,5 1 colher de chá ¼ óleos Salada de fruta 63 ½ xic de chá ½ frutas LANCHE DA NOITE Bolo simples 50 1 fatia ¼ arroz ½ leite ¼ açúcares Philippi, 2006PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Em 2013, REDESENHO DA PIRÂMIDE DE ALIMENTOS → em função da mudança no perfil nutricional e de alimentação da população → dados da última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). . Consumo alimentar no Brasil PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA • Grupo do arroz, pão, massa, batata, mandioca: presença do arroz integral, pão de forma integral, pão francês integral, farinha integral, biscoito integral, aveia, e inclusão da quinoa e do cereal tipo matinal. • Grupo das frutas: realce maior para as frutas regionais: caju, goiaba, graviola e a inclusão dos sucos e salada de frutas. • Grupo das verduras e legumes : inclusão de folhas verdes escuras, repolho, abobrinha, berinjela, beterraba, brocolis, couve flor, cenoura com folhas e salada com diferentes vegetais. • Grupo do leite, queijo e iogurte : maior visibilidade a todos os alimentos do grupo como fonte importante de riboflavina (B2) e principal fonte de cálcio na alimentação. • Principais mudanças • Grupo das carnes e ovos: maior destaque para os peixes do tipo salmão e sardinha e peixes regionais e para os cortes mais magros e grelhados, frango sem pele e ovos. ] • Grupo dos feijões e oleaginosas: o feijão e a soja como preparação culinária, a lentilha e o grão de bico, e as oleaginosas como castanha do brasil e castanha de caju No grupo dos óleos e gorduras houve destaque para o azeite e no Grupo de açúcares e doces colocou-se o chocolate e o açucareiro. PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA PIRÂMIDES PIRÂMIDES PIRÂMIDES PIRÂMIDES PIRÂMIDES PIRÂMIDES Guia Alimentar x Pirâmide dos Alimentos A pirâmide está em desuso? • Questionário entre estudantes de Nutrição: 346 respostas que mostram que esse ícone segue entrando em sala de aula. 93,9% disseram ter visto a pirâmide durante a graduação. Desses, 20,8% contaram que ela foi discutida apenas uma vez, 47,1% em até cinco vezes ao ano, e 26,9% com muita frequência. • A maioria, 56,1%, entende que a pirâmide foi recomendada pelos docentes como ferramenta de orientação nutricional. E, o mais interessante, 47,1% avaliam que ela e o Guia obedecem a lógicas complementares. Autora: Marina Vilar Geraldi, estudante da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto: O maior, verde, para os alimentos in natura e minimamente processados. Em azul, os processados, que devem ter o consumo limitado. Em laranja, os ultraprocessados, que devem ser evitados. Representação gráfica em discos O guia é para todos os brasileiros!!!! A elaboração de guias alimentares insere-se no conjunto de diversas ações intersetoriais que têm como objetivo melhorar os padrões de alimentação e nutrição da população e contribuir para a promoção da saúde. A OMS propõe que os governos forneçam informações à população para facilitar a adoção de escolhas alimentares mais saudáveis em uma linguagem que seja compreendida por todas as pessoas e que leve em conta a cultura local. Guia alimentar para a população brasileira • É o documento oficial que aborda os princípios e recomendações de uma alimentação adequada e saudável para a população brasileira, configurando-se como instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional no SUS e também em outros setores. Guia Alimentar para a População Brasileira (2006): primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população Mas... mudanças e transformações sociais da população brasileira + mudanças no padrão de saúde e nutrição necessária a revisão das recomendações estabelecidas Segunda edição do guia passou por um processo de consulta pública, que permitiu o seu amplo debate por diversos setores da sociedade e orientou a construção da versão final Quem elaborou o guia atual? • Ministério da Saúde com a assessoria técnica do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (NUPENS) da Universidade de São Paulo e apoio da Organização Pan- Americana de Saúde – Brasil • Revisado por diversos pesquisadores • Realização de duas oficinas com profissionais de diversos setores, (saúde, educação e assistência social, entidades de classe e representantes da sociedade civil • Etapa final de consulta pública que visa garantir o processo participativo de atualização das recomendações do Guia Guia alimentar para a população brasileira Destinado à todas as pessoas e aqueles cujo trabalho envolve a promoção da saúde da população, incluindo profissionais de saúde, agentes comunitários, educadores e formadores de recursos humanos. Conjunto de informações, análises, recomendações e orientações sobre escolha, preparo e consumo de alimentos que objetivam promover a saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo, hoje e no futuro O Guia aborda: • Capítulo 1 . Princípios • Capítulo 2 . A escolha dos alimentos • Capítulo 3 . Dos alimentos à refeição • Capítulo 4 . O ato de comer e a comensalidade • Capítulo 5 . A compreensão e a superação de obstáculos Capítulo 1 . Princípios Capítulo 2. A escolha dos alimentos Recomendações gerais que orientam a escolha de alimentos para compor uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa e culturalmente apropriada e, ao mesmo tempo, promotora de sistemas alimentares socialmente e ambientalmente sustentáveis. Tipo de processamento - Perfil de nutrientes - Sabor - Circunstâncias de consumo - Impacto social e ambiental 4 tipos de processamento empregados na produção de alimentos Alimentos in natura Obtidos diretamente de plantas ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Alimentos minimamente processados: Alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas (grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado); produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias (óleos, gorduras, açúcar e sal). Capítulo 2. A escolha dos alimentos Capítulo 2. A escolha dos alimentos Produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado (legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães). Produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial (refrigerantes, biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote” e “macarrão instantâneo”) 4 tipos de processamento empregados na produção de alimentos Capítulo 2. A escolha dos alimentos Quatro recomendações e uma regra de ouro 1 Capítulo 2. A escolha dos alimentos 2 Capítulo 2. A escolha dos alimentos 3 Capítulo 2. A escolha dos alimentos 4 Regra de ouro • Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados Regra de ouro • Ou seja... Regra de ouro • Opte por água, leite e frutas no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados; Regra de ouro• Não troque comida feita na hora (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados de legumes e verduras, farofas, tortas) • produtos que dispensam preparação culinária (sopas “de pacote”, macarrão “instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer, sanduíches, frios e embutidos, maioneses e molhos industrializados, misturas prontas para tortas); e fique com sobremesas caseiras, dispensando as industrializadas. Capítulo 3. Dos alimentos à refeição Frutas frescas ou secas são excelentes alternativas, bem como leite, iogurte natural e castanhas ou nozes, na medida em que são alimentos com alto teor de nutrientes e grande poder de saciedade, além de serem práticos para transportar e consumir. Pequenos lanches Grupo dos feijões e das demais leguminosas Grupo das raízes e tubérculos Grupo dos cereais Grupo dos legumes e verduras Grupo das frutas Grupo das castanhas Grupo das carnes e ovos Grupo dos leites e iogurtes água Capítulo 4. O ato de comer e a comensalidade Três orientações básicas são apresentadas: comer com regularidade e com atenção; comer em ambientes apropriados; e comer em companhia. capítulo 4. O ato de comer e a comensalidade CAPÍTULO 5. A COMPREENSÃO E A SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS CAPÍTULO 5. A COMPREENSÃO E A SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS • INFORMAÇÃO • Há muitas informações sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis • Utilize, discuta e divulgue o conteúdo deste guia na sua família, com seus amigos e colegas, e em organizações da sociedade civil de que você faça parte. CAPÍTULO 5. A COMPREENSÃO E A SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS • OFERTA • Alimentos ultraprocessados são encontrados em toda parte (propaganda, descontos e promoções, • Dar preferência a alimentos orgânicos da agroecologia familiar. • Participe de grupos de compra de alimentos orgânicos adquiridos diretamente de produtores e da organização de hortas comunitárias. • Evite fazer compras em locais que só vendem alimentos ultraprocessados. CAPÍTULO 5. A COMPREENSÃO E A SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS • CUSTO • O custo total de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados ainda é menor no Brasil do que o custo de uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados • Dê sempre preferência a legumes, verduras e frutas da estação e locais que sirvam “comida feita na hora” CAPÍTULO 5. A COMPREENSÃO E A SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS • HABILIDADES CULINÁRIAS • O enfraquecimento da transmissão de habilidades culinárias entre gerações favorece o consumo de alimentos ultraprocessados Valorize o ato de preparar e cozinhar alimentos; • Defenda a inclusão das habilidades culinárias como parte do currículo das escolas; • Integrar associações da sociedade civil que buscam proteger o patrimônio cultural representado pelas tradições culinárias locais. CAPÍTULO 5. A COMPREENSÃO E A SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS • TEMPO • Preparar com antecedência o cardápio da semana, aumente o seu domínio de técnicas culinárias e faça com que todos os membros de sua família compartilhem da responsabilidade pelas atividades domésticas relacionadas à alimentação. • Comer sem pressa, desfrutar o prazer proporcionado pela alimentação e partilhar deste prazer com entes queridos, reavalie como você tem usado o seu tempo e considere quais outras atividades poderiam ceder espaço para a alimentação. CAPÍTULO 5. A COMPREENSÃO E A SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS • PUBLICIDADE • Veiculação de informações incorretas ou incompletas sobre alimentação atinge, sobretudo, crianças e jovens • Procure conhecer a legislação brasileira de proteção aos direitos do consumidor e denuncie aos órgãos públicos qualquer desrespeito a esta legislação. • Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; • Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias • Limitar o consumo de alimentos processados; • Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados • Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia; • Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados; • Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias • Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece; • Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora; • Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais; DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL
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