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Atividade Estruturada (resumo): Fordismo, Toytismo e Volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido.
Curso: Administração
Semestre: 1º/ Noturno
Disciplina: 
Aluno: Pablo Santana
Os caminhos da indústria em busca do tempo perdido
A partir dos anos 70 a soberania euro-americana no mundo industrial passa a ser desafiada pelo Japão, por consequência do método de produção e a forma de organização do trabalho dominante nas companhias dos países industrializados ocidentais. Assim o autor trata o tema de acordo com três metáforas desenvolvidas por Morgan no livro Images of Organization, cada uma delas é associada a uma montadora e seus diferentes sistemas gerenciais. Na primeira foi feita uma analogia da organização como máquina com o sistema Ford. Na segunda a organização é vista como organismo e relacionado à Toyota. Por fim a organização é vista como cérebro, abordando a Volvo.
ORGANIZAÇÕES COMO MÁQUINA
Após a Revolução Industrial, houve uma crescente tendência no sentido da burocratização e rotinização da vida em geral. Os donos das fábricas percebem que a operação eficiente das máquinas requeria mudanças no planejamento e controle do trabalho. A divisão do trabalho tornou-se intensa e os fabricantes procuravam aumentar a sua eficiência, reduzindo a liberdade de ação de seus funcionários em favor do controle exercido por suas máquinas. Max Weber observou os paralelos entre a mecanização da indústria e a proliferação de formas burocráticas da organização. A origem da Teoria Clássica de Fayol que busca eficiência da nas organizações, ênfase exagerada na estrutura organizacional. Logo em seguida Taylor defende a Administração Cientifica e desenvolveu uma série de princípios práticos baseados na separação entre trabalho mental/físico e na fragmentação das tarefas.
Sistema - Fordismo
Antes de Henry Ford e seus conceitos de produção, o sistema de produção era manual coordenado pelo dono que tinha contato direto com todos os envolvidos. O volume de produção era baixo e os custos de produção eram altos. Com a introdução dos seus princípios Ford conseguiu reduzir os custos de produção e assim baratear o produto. Dentro do sistema de produção, cada funcionário executava uma pequena etapa, já que as tarefas eram colocadas em uma sequencia lógica. Com isso a Ford se tornou a maior indústria automobilística do mundo e sepultou a produção manual. Porém seu declínio veio nos anos 30, em consequência do não conhecimento de como gerenciar a empresa. Entretanto, Alfred Sloan implantou um rígido sistema de controle, além de criar uma linha de cinco modelos básicos de veículos para atender melhor ao mercado, já que a Ford tinha apenas o modelo T. Desta maneira ele conseguiu estabeler uma harmonia entre o sistema de produção em massa e a necessidade de gerenciamento. Por décadas esse sistema dominou o mercado, mas a partir de 1955 o modelo começou a dar sinais de esgotamento. Vários fatores culminaram isso, o surgimento de grandes fabricantes, paralelo às reivindicações da força de trabalho e o que colocou em cheque o modelo de produção em massa: a ascensão de novos concorrentes vindo do Japão.
ORGANIZAÇÕES COMO ORGANISMO
No inicio do século, nasce à ideia de que as pessoas têm necessidades complexas, que precisam ser preenchidas. Elton Mayo identificou a existência e importância dos grupos informais e focar o lado humano da organização. Logo após Maslow conceituou o ser humano como organismo psicológico, motivado por uma hierarquia de necessidades fisiológicas, sociais e psicológicas. Herzberg e McGregor abordaram a necessidade da integração dos indivíduos nas organizações. Daí surgiu o Gerenciamento dos Recursos Humanos, trazendo conceitos como autonomia, autocontrole, envolvimento e reconhecimento. A Teoria dos Sistemas considera que as organizações são sistemas abertos que devem encontrar uma relação apropriada com o ambiente para garantir sua sobrevivência. 
A Teoria da Contingência enfoca na necessidade de diferenciação das organizações para fazer frente aos diferentes tipos de mercado e a flexibilidade.
Sistema - Toyotismo
O engenheiro Eiji Toyoda, após uma estadia de três meses na Ford em Detroit, observou e concluiu que a produção em massa não funcionaria bem no Japão. Desta reflexão, nasceu o que ficou conhecido como Sistema Toyota de Produção. Nessa época, o novo modelo era ideal para o cenário japonês, um mercado menor, bem diferente dos mercados americano e europeu. Porém na década de 70, em meio a uma crise de capital, o modelo Toyotista espalhou-se pelo mundo. A ideia principal era produzir somente o necessário, reduzindo os estoques, produzindo em pequenos lotes, com a máxima qualidade, trocando a padronização pela diversificação e produtividade. As relações de trabalho também foram modificadas, pois agora o trabalhador deveria estar bem treinado e motivado e apto para o seu trabalho. Ohno trouxe ideias diferenciadas, como a autorização de qualquer funcionário a parar a linha de produção caso detectasse algum problema, contrariando o que ocorria na Ford, onde o problema só era detectado no final da linha de produção ocasionando assim retrabalhos e aumento dos custos. A Toyota também organizou o grupo de fornecedores principais em grupos funcionais. O fluxo de componentes era coordenado com base num sistema que ficou conhecido como Just-in-time — a eliminação forçada de desperdício. Tayoda e Othno fizeram um trabalho de longo prazo e ao fim dos anos 60, já trabalhavam totalmente dentro do conceito de produção flexível e se consolidou no mercado a mais eficiente empresa automobilística conhecida até hoje.
ORGANIZAÇÕES COMO CÉREBROS
Os modelos mecanicistas e organicista/contigencialista, que respectivamente enfocava a organização como um conjunto de partes ligadas por uma rede de comando e controle e que trouxe os conceitos de integração ao ambiente, estrutura matricial, flexibilidade e motivação, ambos muito agregadores, porém nenhum sistema supera o cérebro como vetor de ação inteligente. O texto chama atenção para a importância do processamento de informações, aprendizagem e inteligência. São enfatizadas imagens que representam ideias de organizações: Cérebro como um sistema de processamento capaz de aprender a aprender; e aprender. Consiste no principio que o cérebro é um sistema holográfico, onde as capacidades requeridas no todo estão embutidas nas partes, ou seja, possibilita ações probabilísticas e a capacidade de inovação.
Sistema – Volvismo
Emergiu-se um novo modelo de organizar e gerenciar a produção industrial: a Volvo excelente exemplo do conceito de produção diversificada de qualidade, ela adequou a sua estratégia a dois fatores fundamentais: a internacionalização da produção e a democratização da vida no trabalho. A combinação adotada pela sueca Volvo, é a centralização e automação dos sistemas de manuseio de matérias, isso requer mão-de-obra altamente especializada num sistema totalmente informatizado e de tecnologia flexível. Assim os operários foram transformados de montadores de partes de veículos em construtores dos mesmos. O governo sueco ofereceu uma ajuda financeira à Volvo para que sua nova planta fosse instalada na Uddvalla, situada numa região de declínio econômico. A Volvo conseguiu atender a quase todas as condições estabelecidas. O seu objetivo é tornar seus operários mais saudáveis e obviamente, aumentar a produtividade, reduzir os custos e produzir com a mais alta qualidade. Oferece uma infraestrutura de apoio, ambientes limpos, salas equipadas. Cada novo operário passa por 4 meses de treinamento, seguidos de mais três períodos de aperfeiçoamento. Especialmente na planta de Uddvalla a Volvo, combinou aspectos da produção manual com alto grau de automação.

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