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A Moral e a Ética na Sociedade

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Resumo
A moral origina-se do desenvolvimento da sociabilidade, responde à necessidade prática de estabelecimento determinadas normas e deveres, tendo em vista a socialização e a convivência social. Faz parte do processo de socialização dos indivíduos, reproduzindo-se através do hábito e expressando valores e princípios socioculturais dominantes, numa determinada época histórica. A moral interfere nos “papéis” sociais, donde sua caracterização como um modo de ser, um ethos que expressa a identidade cultural de uma sociedade, de uma classe, de um estrato social, num determinado momento histórico. Considerada em seus fundamentos ontológicos, a moral é parte da práxis interativa. Ela contribui para uma integração social de necessidades privadas, alheias e estranha às capacidades emancipadoras do homem. No campo da moral, a alienação da vida cotidiana se expressa, especialmente, pelo moralismo, movido por preconceitos. O preconceito pode ocorrer nas várias esferas da atividade social, no entanto, dado que a moral está presente, o preconceito pode se transformar em moralismo, o que ocorre quando todas as atividades e ações são julgadas imediatamente a partir da moral. A práxis política é uma das atividades que possibilitam responder coletivamente aos conflitos sociais e isso permite aos indivíduos saírem de sua singularidade, elevando-se ao humano-genérico. Na sociedade capitalista, os conflitos ético-morais se complexificam em face da fragmentação da própria moral, ex.: “moral sexual”, “moral do trabalho”, etc. A universalização da moral, em torno de normas abstratas, não significa sua realização universalização da moral, em torno de normas abstratas, não significa sua realização universal, pois tende a atender a necessidades e interesses privados. A ideologia dominante possibilita o ocultamento das contradições entre a existência objetiva de valores humanos-genéricos (expressos pelas normas abstratas) e suas formas de concretização, entre os valores humano-genéricos e sua não realização prática. Assim, a vida cotidiana é o âmbito de validez das normais concretas, mas para isso é preciso que os indivíduos acreditem que o significado particular das normais morais corresponde aos valores universais. As contradições entre normas abstratas e concretas revelam-se, pois, como parte do processo de desenvolvimento da moral que coincide com o surgimento da alienação. A reflexão ética é construída, historicamente, no âmbito da filosofia, tendo por objeto a moral e tem por objetivo sistematizar a crítica da vida cotidiana. Como reflexão ontológica, a ética possibilita a elevação aos valores humano-genéricos, mas sua necessária abstração teórica não a isola da práxis. Como reflexão crítica, trata-se de apreender, na realidade concreta, as tendências e possibilidades para a vigência dos valores que lhe servem de orientação ética. A ética é de caráter revolucionário, ou seja, é crítica à moral de seu tempo, propondo um outro tipo de sociedade. A gênese da ação ética é dada pela liberdade, compreendida ontologicamente como um capacidade humana inerente ao trabalho, tomado como práxis. O trabalho supõe as capacidades essenciais do gênero humano: a sociabilidade, a consciência, a universalidade e liberdade. A sociabilidade é a possibilidade de desenvolver novas necessidades, dentre elas a moral. A Consciência Moral é a capacidade humana de escolher valores e de agir com base nestas escolhas com responsabilidade. A liberdade é a superação dos entraves históricos às objetivações essenciais do ser social, possibilitando um trabalho livre e criativo. O trabalho perpassa todas as esferas da totalidade social, e aí se encontra sua capacidade de universalidade. Um projeto profissional implica determinadas condições: Deve atender às necessidades sociais realizadas de determinadas formas e produzir um resultado objetivo, com implicações sociais e desdobramentos éticos políticos. Os projetos societários são projetos coletivos, seu traço peculiar reside no fato de se constituírem projetos macroscópicos, em projetos para o conjunto da sociedade, buscando enfrentar as seqüelas da Questão Social. A Ética profissional é um modo particular de objetivação da vida ética. É inerente ao perfil profissional ser ético. Cabe compreender o ethos profissional como um modo ser construído a partir das necessidade sociais inscritas nas demandas postas historicamente à profissão. Três são as dimensões que compõem a ÉTICA PROFISSIONAL: A DIMENSÃO FILOSÓFICA (TEORIA) O MODO DE SER ( MORALIDADE PROFISSIONAL) PRODUTO OBJETIVO DAS AÇÕES (CÓDIGOS DE ÉTICA)

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