Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO VARA CIVEL DA COMARCA DE ITABUNA – BA. JOANA, solteira, técnica em contabilidade, portadora da carteira de identidade nº XXX , inscrita no CPF/MF sob o nº XXX, endereço eletrônico, residente e domiciliada em Itabuna-BA, Vem pela sua Advogada, com endereço profisional, para fins do artigo 77, inc V do CPC, vem a este juízo, prorpor AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO Pelo procedimento comum, em face de JOAQUIM, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº XXX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX, endereço eletrônico, domiciliado e residente, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I- DA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO Desde já informo que, a parte autora pelo não interesse na realização de audiência de conciliação e mediação conforme o artigo 334, paragrafo 5º do CPC II- DOS FATOS No dia 21/12/2016, a autora foi surpreendida com a notícia de que seu filho havia sido preso ilegalmente, fazendo com que a mesma procurasse um advogado que a cobrou por seus honorários o valor de R$20.000,00 (Vinte mil reais). A autora triste contou para o réu, seu vizinho, o que estava acontecendo, o réu então na intenção de se benificiar e ajudar a autora propos um negócio para ela, que era de vender seu carro pelo valor de R$20.000,00 (Vinte mil reais) mesmo sabendo que o carro no mercado valia R$50.000,00 (Cinquenta mil reais). Desesperada para resolver a situação de seu filho, aceitou a proprosta do réu sem exitar, no dia seguinte já com o contrato celebrado, a autora descobriu que a avó parterna de seu filho havia contratado o advogado. Fato é que, a autora foi até o réu para tentar desfazer o contrato já que o problema já tinha se resolvido, o réu então se recusou a desfazer o negócio celebrado, vale ressaltar que o único motivo que a fez vender o carro foi o fato de seu filho ter sido preso ilegalmente. Sendo assim, não houve outra alternativa para a autora se não socorrer-se ao poder judiciário para que seus direitos sejam devidamente tutelados. III- DOS FUNDAMENTOS Restou provado que o réu para se benificiar e aproveitando da necessidade da autora sem socorrer seu filho, induzindo-a vender seu automóvel por R$20.000,00 (vinte mil reais), valor inferior ao valor do mercado que é R$50.000,00 (Cinquenta mil reais), sendo assim, causando lesão patrimonial da autora. Neste caso, não resta dúvisa de que há motivos suficinte para anular o negocio juridico, previsto no artigo 157 CC pois no estado de necessidade vendeu seu carro por um valor muito inferior, combinado com o artigo 171. inc.II CC houve vicio no contrato por ela ter sofrido uma lesão por vender o automóvel pelo valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), e o réu sabia que o carro valia R$50.000,00 (Cinquenta mil reais) e assim comprova o direito da autora de anular o negócio jurídico. 1ª Ementa Des(a). INÊS DA TRINDADE CHAVES DE MELO - Julgamento: 09/08/2017 - SEXTA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL. ANULATÓRIA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL FIRMADO PELA MÃE E AVÓ DOS AUTORES COM OS RÉUS OU PAGAMENTO DO VALOR EQUIVALENTE. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. APELO DOS AUTORES, SUSTENTANDO OCORRÊNCIA DE VÍCIO DE CONSENTIMENTO, DIANTE DA INCAPACIDADE DA VENDEDORA, QUE TINHA PROBLEMAS COM ABUSO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS, COM A OCORRÊNCIA DE LESÃO E DOLO, BEM COMO PORQUE O NEGÓCIO FORA REALIZADO POR PREÇO VIL, SEM A PRESENÇA DE CLÁUSULA RESOLUTIVA E COM EMISSÃO DE NOTAS PROMISSÓRIAS EM CARÁTER PRO SOLUTO. EMBORA COMPROVADO QUE A VENDEDORA SOFRIA COM O ABUSO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS, DIVERSAMENTE DO SUSTENTADO PELOS APELANTES, NÃO HÁ PROVAS DA SUPOSTA INCAPACIDADE DA VENDEDORA NO MOMENTO DA REALIZAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO. AO CONTRÁRIO, A PROVA TESTEMUNHAL PRODUZIDA DEMONSTRA QUE A VENDEDORA RESIDIA SEM A AJUDA DE TERCEIROS, PRATICANDO TODOS OS ATOS DA VIDA CIVIL, COM PLENA CAPACIDADE PARA TANTO E, ATÉ MESMO, FAZIA DOCES PARA VENDER, POR DISTRAÇÃO E, CHEGOU A SER SUBSÍNDICA DO IMÓVEL NO QUAL RESIDIA. LESÃO E DOLO. ART. 171 DO CC/02. INSTITUTOS QUE EMBORA VISEM O REEQUILÍBRIO CONTRATUAL, COM BASE NA BOA-FÉ OBJETIVA TÊM REQUISITOS DIVERSOS. NÃO RESTARAM CONFIGURADOS OS REQUISITOS SUBJETIVOS E OBJETIVOS DA LESÃO, JÁ QUE NÃO COMPROVADA A INCAPACIDADE DA AUTORA OU SUA PREMENTE NECESSIDADE, NEM MESMO A MANIFESTA DESPROPORÇÃO ENTRE AS CONTRAPRESTAÇÕES PELA REALIZAÇÃO DO NEGÓCIO MEDIANTE SUPOSTO PREÇO VIL. AUTORES QUE NÃO SE DESINCUMBIRAM DE SEU ÔNUS, NA FORMA DO ART. 373, I DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NÃO HÁ QUALQUER DISPOSIÇÃO LEGAL QUE DETERMINE QUE A COMPRA E VENDA DE UM IMÓVEL, PARA SUA VALIDADE E EFICÁCIA, DEVA CONTER NECESSARIAMENTE CLÁUSULA RESOLUTIVA E PAGAMENTO MEDIANTE NOTAS PROMISSÓRIAS EM CARÁTER PRO SOLVENDO. PROVIDÊNCIAS ACESSÓRIAS QUE DEMONSTRAM MAIOR PROTEÇÃO AO VENDEDOR, MAS QUE DENTRO DA LIBERDADE DE CONTRATAR NÃO É VEDADO. SENTENÇA QUE SE MANTÉM. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Doutrina: Para a caracterização da lesão é necessária a presença de um elemento objetivo (TARTUCE, 2006. p, 388), formado pela desproporção das prestações a gerar uma onerosidade excessiva, um prejuízo a uma das partes: bem como um elemento subjetivo: a premente necessidade ou inexperiência. IV- DOS PEDIDOS a) A não realização da audiência de ação e mediação. b) Que seja julgado procedente o pedido de anulação do negocio jurídico conforme o artigo 157CC c/c artigo 171,inc II CC c) Que seja julgado procedente o pedido paea condenar o réu nos custos e nos honorários advocatúicios. V- DAS PROVAS Desde já, requer a produção de todas as provas em direito admitidas na amplitude dos artigos 369CPC. VI- VALOR DA CAUSA Da-se a causa o valor de R$20.000,00 (Vinte mil reais) Pede deferimento. Itabuna, 10 de Janeiro de 2.017. _____________________________ ADVOGADA OAB/RJ
Compartilhar