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1 A fisioterapia no tratamento do osteófitos no climatério Maria de Nazaré Lopes Pantoja1 marianazarépantoja@hotmail.com Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia – Faculdade FASAM Resumo Este artigo apresenta um estudo sobre a fisioterapia no tratamento do osteófitos no climatério, tem como finalidade um enfoque sobre a Osteofitose, caracterizada como uma patologia severa devido ao crescimento anormal de tecido ósseo em torno de uma articulação das vértebras cujo disco intervertebral, está comprometido. Conhecido popularmente como bicos-de-papagaio, os osteófitos surgem como consequência da desidratação do disco intervertebral. Como objetivo geral visa reunir, de forma prática e clara, o maior número de informações atuais sobre os diversos tratamentos fisioterápicos de osteofitose no período pós-menopausa. Para tanto, parte-se do problema de investigação: como a fisioterapia pode contribuir para melhorar no tratamento da osteofitose no climatério? Com vistas aos resultados esperados, foram utilizados diversos trabalhos a partir de uma pesquisa de cunho bibliográfico com abordagem descritiva do banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), LILACS (Literatura Latini Americana em Ciências da Saúde) entre outros, no período de agosto a dezembro de 2013. Frente ao exposto, foi possível concluir a viabilidade de atuação da fisioterapia no tratamento do osteófitos no climatério, através de exercícios fisioterápicos. Palavras-chave: Climatério; Fisioterapia; Osteófitos. 1. Introdução Os eventos fisiológicos sentidos durante com o climatério são compatíveis com muitas outras mudanças na vida de uma mulher. O fim da ovulação representa o fim dos anos de fertilidade; dependendo do quanto uma mulher liga sua autoimagem a sua capacidade de ter filhos, isso pode ter muita ou nenhuma importância para ela. É nesse contexto que se apresenta este artigo sobre a Fisioterapia no tratamento do osteófitos no climatério. O interesse por este trabalho surgiu a partir das inúmeras publicações acerca do assunto, chamando atenção para o tema da Osteofitose e os efeitos decorrentes do climatério sobre a mulher, e as ações da fisioterapia na prevenção. A osteofitose é uma patologia que se caracteriza pelo crescimento anormal de tecido ósseo em torno de uma articulação das vértebras cujo disco intervertebral, que deveria funcionar como amortecedor entre os ossos, está comprometida. Essas alterações, os osteófitos ou bicos-de- papagaio, surgem como consequência da desidratação do disco intervertebral, o que favorece a aproximação das vértebras e torna possível a compressão das raízes nervosas. Na verdade, os osteófitos podem ser considerados um tipo de defesa do organismo para absorver a sobrecarga exercida sobre as articulações e estabilizar a coluna vertebral. O nome bico-de- papagaio pelo qual a doença se tornou popularmente conhecida deve-se à semelhança dessa expansão óssea com o bico recurvado da ave. Contemplando o assunto a ser tratado, tem-se como objetivo geral do estudo reunir, de forma 1 Pós-graduanda em Traumatologia 2 Orientadora Fisioterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestrado em Bioética em Saúde. 2 prática e clara, o maior número de informações atuais sobre os diversos tratamentos fisioterápicos de osteofitose no período pós-menopausa. Os objetivos específicos caracterizam-se por: detectar lacunas no conhecimento sobre menopausa, tratamento fisioterápico e osteófitos; identificar a fonte da informação esclarecedora a respeito da importância da fisioterapia para a o tratamento da osteofitose. Parte-se do problema de investigação: como a fisioterapia pode contribuir para melhorar no tratamento da osteofitose no climatério? Para tanto, este estudo tem relevância ao destacar o investimento de medidas preventivas e/ou profilática no tratamento da osteofitose que impõe um apelo especial à congregação de esforços de todos os serviços prestadores de cuidados de saúde, de forma a virem a obter-se, de forma mais rápida, evidentes ganhos de saúde nas mulheres em período de climatério. Esse é o maior desafio na atenção às pessoas idosas, notadamente, poder contribuir para que a mulher nessa fase crítica, frente aos problemas decorrentes da menopausa, possa redescobrir possibilidades de viver bem, com autonomia e qualidade possível. Essa possibilidade aumenta, à medida que sejam considerados modelos de prevenção e de tratamento a esse respeito. Parte-se do pressuposto, que se há no trabalho da Fisioterapia diversas possibilidades de tratamento e prevenção de doenças na menopausa, atualmente, as mulheres estão mais bem informadas e são mais proativas nessa época da vida do que as mulheres de antigamente, então, as formas de tratamentos na osteofitose deve haver importantes esclarecimentos a respeito. 2. Fundamentação teórica O envelhecimento traz várias alterações anatômicas e fisiológicas, e são estas alterações que tornam o paciente idoso mais frágil. Para Morin (1999), o processo de envelhecimento provoca no organismo modificações biológicas, psicológicas e sociais; porém é na velhice que esse processo aparece de forma mais evidente. As modificações biológicas são as morfológicas, reveladas por aparecimento de rugas, cabelos brancos e outras; as fisiológicas, relacionadas às alterações das funções orgânicas; as bioquímicas estão diretamente ligadas às transformações das reações químicas que se processam no organismo. As modificações psicológicas ocorrem quando, ao envelhecer, o ser humano precisa adaptar-se a cada situação nova do seu cotidiano. Já as modificações sociais são verificadas quando as relações sociais tornam-se alteradas em função da diminuição da produtividade e, principalmente, do poder físico e econômico, sendo a alteração social mais evidente em países de economia capitalista. Nesse sentido, a percepção de Morin (1999) acerca do processo de envelhecer é de que o ser humano, rejeitando a morte como rejeita, recusando-a com todas as suas forças, tende a rejeitar também a velhice. No que diz respeito à diversidade do processo de envelhecimento, segundo Sé (2014), a questão de gênero é um conceito importante que transita na literatura gerontológica, uma vez que a feminização da velhice que significa o aumento do número de mulheres na população idosa é um fenômeno que merece atenção dos estudiosos. Destaca a citada pesquisadora que a maioria da população de idosos é constituída por mulheres com 65 anos ou mais. De acordo com os dados do IBGE (2013), 55% dos idosos brasileiros são mulheres, sendo que os grupos mais idosos, com 80 anos ou mais, esse perecentual aumenta para 65%, sendo maior nos países desenvolvidos, o que dificulta estudos comparativos (SÉ, 2014). De acordo ainda com os relatos de Sé (2014), um assunto de relevância sobre o 3 envelhecimento feminino é a menopausa caracterizada por sintomas que logo se fazem presentes em muitas mulheres. Entre os sintomas na pós-menopausa que preocupa as mulheres são as alterações da pele e o até aumento de peso corporal que determinam um grande impacto na auto-imagem e na auto-estima. A preocupação com os valores associados à velhice, à imagem da mulher que envelhece, o culto ao belo e à supervalorização da juventude, onde o padrão juvenil de beleza é altamente valorizado e imposto pela mídia, como se as mulheres que estão envelhecendo fossem obrigadas a salvar o corpo idoso da rejeição social. Com relação à saúde e funcionalidade física das mulheres, aponta Sé(2014), que um dado que é quase universal é que as mulheres vivem mais do que os homens devido às doenças que acometem uns e outros. A taxa de doenças letais é muito maior entre os homens idosos do que entre as mulheres idosas, entre as quais predominam as doenças não fatais, mas incapacitantes e crônicas, como artrite e hipertensão. As mulheres idosas têm taxas mais altas de morbidade (capacidade produzir doenças), mas exibem taxas de mortalidade mais baixa do que os homens para as mesmas doenças. As mulheres idosas têm 2,5 vezes mais chances de fragilidade e disfuncionalidade do que os homens. Elas consomem mais medicamentos, mostram níveis mais elevados de incapacidade do que os homens, mas a percepção da saúde física é igual para homens e mulheres, ou seja como a pessoa avalia sua condição de saúde A esse respeito, como apontaram Trench e Santos (2005): “Na vida das mulheres existem marcos concretos e definitivos que sinalizam diferentes fases ou passagens de suas vidas” (p. 91). Tais marcos podem ser biológicos, como acontece com a menopausa na faixa etária dos 40 aos 60 anos, e ter significados diferentes em cada cultura. Climatério e menopausa não são sinônimos Conforme pesquisas de Landerdahl (1997), sobre Climatério: perda, ameaça ou desafio, este fenômeno é um marco biológico, no qual a mulher passa por uma experiência existencial profunda no âmbito das relações sociais, na vida conjugal, profissional e espiritual, sofrendo influências do contexto sociocultural e, em especial, da família Assim, define-se o climatério como uma fase que marca a transição da vida reprodutiva para a não reprodutiva, podendo-se se estender por longo e variável de tempo. O climatério pode durar 2 a 4 anos, ou seja, é uma fase da vida feminina em que desaparece a função reprodutiva do ovário. Já a menopausa tem início após o desaparecimento da menstruarão por mais de 12 meses consecutivos. A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo variar de 48 a 55 anos, se ocorrer nas mulheres com menos de 40 anos é chamado de menopausa prematura (VARELA, 2013) Pesquisas realizadas por Fernandes (1999), apontam que no aspecto sexual, a menopausa é o início da época em que ter relações sexuais não tem mais conexão com a gravidez. Para algumas mulheres, isso dá uma sensação de liberdade, e por isso, aproveitam muito o sexo após a menopausa. Até mais do que antes. Para outras, a atividade sexual pode parecer um tormento cada vez pior, quando são acometidas por alterações no organismo traduzidas em inúmeros problemas hormonais. Considera ainda Fernandes (1999) que no quadro da população mundial, o Brasil exibe uma expectativa de vida para as mulheres gera em torno dos 69 anos, fazendo com que um número cada vez maior de mulheres viva pôr mais tempo, enfrentando assim as alterações físicas e psíquicas referentes ao climatério. O climatério (Klima = crise, transição) é a transição gradual da fase reprodutiva (fértil) da mulher para a não reprodutiva (não fértil), compreendendo um longo período que começa pela passagem de um ciclo ovulatório potencialmente fértil para um período de total falência 4 ovariana, incluindo, portanto o período de pré- menopausa e o período pós-menopausa. E menopausa entende-se a última menstruação, a qual é diagnosticada após o período de um ano de amenorreia. (FERNANDES, 1999) A menopausa é um processo natural que está presente na vida das mulheres, independente da sua cor, raça ou nível socioeconômico. Portanto, devem estar cientes que esta não é a porta de entrada para a velhice, mas sim o inicio de uma vida repleta de novos interesses e perspectivas (FERNANDES, 1999). Como o envelhecimento é um processo que diz respeito a toda humanidade, todos deveriam estar envolvidos para sua melhora, apesar de alguns segmentos da sociedade ainda estarem insensíveis ao processo. Desta forma é preciso haver uma equipe multiprofissional, visando o aumento da expectativa de vida, duração do bem estar funcional e a manutenção de sua independência nas atividades diárias. Meirelles citado por Moreira (2002b), afirma que o ser humano não pode continuar a ser encarado como um produto com prazo de validade, que, se vencido, será descartado. A velhice nasce com o homem e é resultado da sua infância, juventude, maturidade, e toda trajetória biológica e espiritual. Alterações hormonais no climatério Segundo Fernandes (1999), no início da puberdade, o hipotálamo induz a hipófise a secretar os hormônios folículos estimulantes (FSH) e luteinizante (LH), que os ovários a produzirem os hormônios estrogênio e progesterona, com a maturação dos folículos primordiais e liberação dos óvulos, possibilitando a gestação. Caso não ocorra a fecundação dos óvulos, diminui a produção dos hormônios ovarianos e aumenta a produção dos hormônios hipofisários, ocasionando a descamação do endométrio (menstruação), enquanto houverem folículos primordiais viáveis, este ciclo se repete mensalmente, correspondendo este período à fase reprodutiva da mulher. Para o citado autor, com o avanço da idade, a mulher fica mais próximo da menopausa (início do climatério), surgindo alterações biológicas, onde as atividades dos ovários declina resultando em diminuição da produção de estrogênio e progesterona, assim como a elevação da secreção do LH e do FSH pela hipófise, estando este perfil hormonal alterado, há indicação de que o climatério se inicia (FERNANDES, 1999). Com a falência ovariana fisiológica vão ocorrer mudanças de um estado de produção normal de estrogênios (período fértil), para o estado de diminuição do estrogênio, resultando em alterações dos ciclos menstruais e diminuição dos ciclos ovulatórios marcando o fim da menstruação (menopausa). (MARINHO, 1995) Fernandes (1999), afirma que após a menopausa os esteroides ovarianos são substituídos pôr fontes alternativas (estroma ovariana, glândulas supra-renais, gordura periférica), que tentam manter a homeostase orgânica, apesar da quantidade total de estrogênios destas fontes ser inferior a do período reprodutor) Sintomas e sinais do climatério No climatério os sinais e sintomas em sua maioria resultam da diminuição dos níveis de estrogênio circulantes, acarretando em modificações no metabolismo geral, no psiquismo e no comportamento da mulher. Para Marinho (1995), o climatério nem sempre é sintomático, e quando os sintomas estão presentes constitui-se a síndrome climatérica, que compreende alterações vasomotoras como fogachos, insônia, vertigens, depressão, sudorese, palpitações, taquicardia, ansiedade e irritabilidade, alterações de humor e de memória, alterações do tecido conjuntivo, medo de envelhecer, preocupação com a autoimagem, redução da massa muscular 5 e do número de fibras musculares, secura vaginal, aumento de doenças cardiovasculares e osteoporose. Segundo Moreira et al (2002b), mulheres com deficiência estrogênica, ficam instáveis, perdem força, o poder; tornam-se vulneráveis e frágeis; suas defesas se vão junto com sua beleza física. A maioria tornam-se gordas e grande parte perdem a forma, tornam-se hipertensas, hiperglicêmicas ou dislipêmicas, enquanto sua corporeidade entra em crise. É a crise da terceira idade. De acordo com o Manual ABC da Saúde (2013), os sintomas que começam na pré-menopausa e vai até a pós-menopausa são: Sistema Vascular: ondas de calor (fogachos), sudorese e aumento de gorduras no sangue; Sistema Tegumentar: unhas quebradiças, pele seca e fina e queda de cabelos; Sistema Nervoso: alterações do humor como irritabilidade e depressão; Sistema Osteomuscular: perda da massa óssea (riscos de osteoporose), da massamuscular e fraqueza muscular; Sistema Urogenital: incontinência urinária, ressecamento da vagina, perda da libido e dores durante a relação sexual. Fogachos ou ondas de calor, que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia. Alterações urogenitais causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual (dispareunia). Modificações na flora vaginal facilitam o aparecimento de uma flora inespecífica que predispõe a vaginites. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma, perda involuntária de urina , ocasionando a chamada síndrome uretral, caracterizada por episódios recorrentes de aumento da frequência e ardência urinária, além da sensação de micção iminente. Alterações do humor, sintomas emocionais, tais como ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, perda de memória e insônia devido às alterações hormonais que afetam a química cerebral. Modificação da sexualidade com diminuição do desejo sexual (libido), que pode estar alterado por vários motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal. Aumento do risco cardiovascular pela diminuição dos níveis de estrogênio. O estrogênio protege o coração e os vasos sanguíneos contra problemas, evitando a formação de trombos que obstruem os vasos e mantendo os níveis do bom colesterol. Osteoporose, que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho. Embora algumas mulheres possam não apresentar nenhum sintoma, alguma manifestação silenciosa da deficiência hormonal pode estar ocorrendo, como a perda de massa óssea que pode levar a osteoporose. É nos cinco primeiros anos após a menopausa que ocorre uma perda óssea mais rápida. A menopausa, segundo Wilson (1986), não só deve ser abordada como um problema médico relevante da sociedade moderna como o seu tratamento e a cura tornam-se, assim, uma obrigação social e moral, de modo que, para tanto, a menopausa deve ser compreendida não mais como mais um "ato do destino", mas como uma grave moléstia de privação, em muitos aspectos, semelhante ao diabetes. Neste sentido, verifique-se como este autor cita a sua experiência clínica e estabelece a analogia entre menopausa e diabetes: Para curar a diabetes (sic), suprimimos a substância ausente com a insulina. Uma lógica 6 similar pode ser aplicada à menopausa [...] os hormônios que faltam podem ser substituídos. (WILSON, 1966, p. 20). Ainda que as proposições destacadas por Wilson (1986) tenham sido duramente criticadas, especialmente por autoras feministas, e alguns dos benefícios atribuídos à terapia de reposição hormonal (TRH) serem alvo recentemente de extensa polêmica, observa-se que continuam sendo estas as principais premissas, ainda que modernizadas, que norteiam o discurso médico hegemônico sobre a mulher na menopausa Para que os hormônios sejam consumidos pelas mulheres na menopausa, não só as associações entre 'hormônios e rejuvenescimento' e 'hormônios e prevenção' deverão estar em constante circulação no imaginário, como também os médicos terão de ser parte integrante dessa cadeia associativa e constituir-se como o mais importante vetor para sua disseminação Com relação às doenças acometidas no período do climatério, existe o Bico de papagaio como é conhecido popularmente, a osteofitose. São formações ósseas em alguns lugares do corpo parecida com pequenos calombos ou saliências que pode ser sentida com o toque dos dedos. Estas formações surgem para absorver alguma sobrecarga nas articulações. Mais comum aparecerem na coluna, mas podem surgir em outros lugares do corpo e perto de articulação, como punho, dedos. O Bico de papagaio é geralmente de dor muito forte é são mais comuns para idades acima dos 50 anos. Osteofitose e suas características Dangelo e Fattini (1995), afirmam que a coluna vertebral oferece a resistência de um pilar de sustentação na forma de um eixo ósseo, mas também possui a flexibilidade necessária para a movimentação do tronco. Após uma lesão ou devido a um desgaste produzido pela idade, os ossos e ligamentos podem se degenerar. Como mecanismo de defesa o corpo humano cria osteófitos, nódulos redondos de osso extra que se criam em volta da lesão para tentar melhorar o dano causado. Esta ação do corpo não cumpre o seu efeito e em algumas ocasiões gera mais problemas que soluções (DANGELO; FATTINI, 1995). Segue abaixo uma imagem mostrando os osteófitos na coluna vertebral Figura 1 - Osteófitos na coluna Fonte: (DANGELO; FATTINI, 1995). O lugar onde normalmente se apresenta a osteofitose é na coluna vertebral, embora possa encontrá-la noutros ossos e articulações. Está muito associada com a osteoartrite. Conforme apontam Dangelo e Fattini (1995), os osteófitos por si só não geram nenhum tipo de dor, mas 7 ao cresceram pode pressionar algum nervo o que pode causar desconfortos, dependendo do lugar onde estiverem localizados a dor pode ser maior ou menor. Se se encontram localizados próximos da zona cervical podem desencadear dores de cabeça, tonturas e fraqueza ao pressionarem os nervos. Ao longo da coluna vertebral podem fazer com que os nossos membros fiquem dormentes e em casos mais graves podem inclusivamente provocar paralisia. Por outro lado, descrevem Dangelo e Fattini (1995), que existem pacientes com osteofitose que podem levar uma vida normal sem apresentarem nenhum sintoma. Para Knoplich (1986), a coluna vertebral é dividida em curvatura primária e secundária sendo a primária a cifose dorsal, por apresentar esta característica desde quando o feto encontra-se no útero numa posição de flexão total, e classifica como secundárias as curvaturas cervical e lombar. De acordo com Kapandji (1990), as características das curvaturas secundárias se devem à postura ereta adquirida posteriormente. Para Knoplich (1986), tal posição ereta do homem só foi possível com o surgimento das mudanças na coluna, como a lordose lombar e cervical, tendo o homem que equilibrar a cabeça na parte superior da coluna, o tronco em cima dos membros inferiores e o corpo sustentado pela planta dos pés, com isso mudando seu centro de gravidade. Para adaptar-se à ação da gravidade sobre a coluna vertebral, ocorreram algumas mudanças na coluna, as quais levaram a complicações da mesma. Uma dessas complicações está relacionada à formação óssea anormal, chamada osteófito. Na verdade, os osteófitos podem ser considerados um tipo de defesa do organismo para absorver a sobrecarga exercida sobre as articulações e estabilizar a coluna vertebral. O nome bico-de-papagaio pelo qual a doença se tornou popularmente conhecida deve-se à semelhança dessa expansão óssea com o bico recurvado da ave. Osteófito é o crescimento excessivo do osso saudável nas vértebras, tendo um papel importante na proteção contra forças compressivas que excedem a capacidade de resistência do osso (OLIVER; MIDDLEDITH, 1998). Além de proteção, alterações mecânicas e degeneração são fatores comuns do processo de envelhecimento da coluna vertebral tendo como consequência os osteófitos (NATHAN et al, 1994). Nesse mesmo sentido,Malone et al.(2000), relataram que existem dois tipos de osteófitos marginais. Um consiste na proteção para o espaço articular e o outro no desenvolvimento das inserções capsulares das extremidades das articulações. Em ambos os casos, o crescimento do osteófito segue as linhas das forças mecânicas que incidem sobre a área de crescimento dando origem aos osteófitos. Silva (1985), afirma que uma das causas do surgimento dos osteófitos provém das forças de compressão em que a coluna vertebral é submetida. Tal compressão poderá afetar raízes nervosas ou até mesmo, em casos mais graves, órgãos e vísceras, como esôfago, traqueia e laringe, podendo causar disfagia, dispneia, dores e até alterações na voz. Segundo Skare (1999) as medidas conservadoras incluem controle da dor, exercícios, uso de calor e do frio e terapêutica medicamentosa. O padrão da dor é que dita o tratamento. Se o suporte de peso ocasiona os sintomas, devem-se modificar os hábitos do paciente, de maneira que o suporte de peso seja reduzido. Pode-se procurar produzir um balanceamento entre atividades e repouso que seja aceitável ao paciente. Redução de peso de pacientes obesos também é desejável, embora seja uma meta difícil de ser atingida. Causas da Osteofitose Os osteófitos cervicais são comuns no envelhecimento da população, já a disfagia é incomum, porém como relatado anteriormente, pode ser causada por eles. Maiuri et al (2002, p. 122), relatam que “os osteófitos hipertróficos cervicais anteriores foram relatados como uma causa da disfagia, com aproximadamente 100 casos descritos na literatura. 8 Já na região torácica, os osteófitos foram relatados de forma não frequente, como uma causa de complicações da coluna vertebral tendo a descrição de apenas um caso na literatura em que um osteófito na região torácica anterior obstruiu a haste do brônquio principal direito causando pneumonia obstrutiva crônica (LEON, et al. 2000). . Sedentarismo, má postura, falta de cuidados com a coluna e sobrepeso são as causas mais comuns do bico de papagaio. No entanto, pessoas que sofreram fratura e ficaram com a articulação desalinhada são sérias candidatas a desenvolverem o problema. “Cuidar da postura é fundamental. Dormir de bruços, por exemplo, é errado e pode causar o bico de papagaio”. Possíveis causas do bico de papagaio: - Falta de cuidados com a postura; - Fatores genéticos: má postura; sedentarismo; sobrepeso. A deformação afeta especialmente as pessoas depois dos 50 anos, mas pode manifestar-se também em pessoas mais jovens expostas aos fatores de risco. Causas: além do desgaste natural dos discos intervertebrais próprio da idade e da predisposição genética, estão entre as causas mais frequentes do aparecimento do bico-de- papagaio (osteófito) a má postura, a obesidade e o sedentarismo. No entanto, traumas na coluna sofridos anteriormente e doenças reumáticas podem estar associados ao aparecimento da lesão. Sintomas e Diagnósticos da Osteofitose Os principais sintomas são dor forte, limitação dos movimentos, perda da força muscular, da sensibilidade e dos reflexos. Em algumas situações, formigamento pode ser outro sinal da doença. Diagnóstico: a avaliação clinica e o levantamento da história de vida do paciente são elementos básicos para estabelecer o diagnóstico de bico-de-papagaio. No entanto, exames de imagem como raios X, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser úteis para analisar a extensão e gravidade do problema. Durante esse período, como já explicitado, muitas mudanças convergem para a direção do envelhecimento. Com isso, a questão da aparência passa a ser apontada como um duplo padrão de envelhecimento. Uma discussão colocada por Gallagher (1993) é a de que, em uma sociedade orientada para a juventude, as rugas e a flacidez são vistas como um sinal indesejável do envelhecimento e, muitas vezes, é mais aflitiva do que as mudanças reprodutivas citadas anteriormente. 3. Metodologia O presente estudo foi de caráter bibliográfico, descritivo, documental e longitudinal com finalidade em abordar a Fisioterapia no tratamento do osteófitos no climatério, ao qual Lakatos e Marconi (1996, p. 15): ressaltam que “[...] Pesquisar não é apenas procurar a verdade; é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos”. Por essa definição vemos que a pesquisa não é algo simples. Ela não pode ser entendida apenas como um simples processo investigativo, um método simplório de inquirição. A pesquisa visa obter compreensões aprofundadas acerca dos problemas estudados. De acordo com Gil (2010), a pesquisa bibliográfica é uma pesquisa desenvolvida com base em material já elaborado, constituído, principalmente, de livros e artigos científicos. Seu propósito é reunir conhecimento sobre um tópico e fornecer dados para a compreensão do conhecimento atual. Para Cajueiro (2012) a pesquisa bibliográfica resume-se à análise e discussão apenas de 9 referencial bibliográfico de autores e literaturas, artigos ou monografias sobre o tema de pesquisa. Ou seja, não se utiliza de pesquisa prática, apenas teórica, de material publicado impresso. Tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição cientifica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi realizado um levantamento no banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), no período de agosto a dezembro de 2013, nos bancos de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), LILACS (Literatura Latini Americana em Ciências da Saúde) entre outros periódicos. Para a busca dos dados foram utilizados os descritores: climatério; Fisioterapia; Osteófitos. Sendo coletados trabalhos relacionados com esses descritores, após uma breve leitura foi feita uma seleção para análise criteriosa dos trabalhos. O assunto foi ordenado através de fichas as quais continham cabeçalho, referência bibliográfica e corpo. Em seguida, os assuntos foram analisados e interpretados, sendo agrupados considerando semelhanças e diferenças das informações dos autores. O texto foi construído sendo registrado após leitura crítica-analítica com objetivo de selecionar a ideia principal de cada trabalho pesquisado. Foram estabelecidos cinco pontos chaves de onde emergiram os eixos temáticos do estudo. Os eixos foram ordenados de forma global e ampla até os aspectos específicos do foco do estudo. Deste modo, foram construídos os seguintes blocos de informações: climatério e menopausa não são sinônimos; alterações hormonais no climatério; sintomas e sinais do climatério; osteofitose e suas características; causas da osteofitose; sintomas e diagnósticos da osteofitose, enfocando a atuação do fisioterapeuta. Apresenta-se, assim, o trabalho a partir do interesse acadêmico considerado ainda com significativa abordagem sobre o tema, destacando no primeiro tópico uma rápida introdução ao tema, em seguida trata-se dos materiais e métodos utilizados para essa realização e por fim são descritos os resultados e discussão das pesquisas bibliográficas realizadas em banco de dados. Com relação aos aspectos éticos, a pesquisa foi realizada respeitando a literatura encontrada, onde os resultados encontrados não sofreram modificações em benefício da presente pesquisa. 4. Resultados e Discussão Bonnick (1999) em um minucioso estudo efetuado na coluna lombar, com a absormetria de um e dois comprimentos de onda de raios-X, obteve um grande número de falsos resultados. Procurando estudar os fatores envolvidos, constatou e detalhou os artefatos presentes nesse sítio e a interferência dos órgãos vizinhos na acurácia desseexame. De forma cabal, demonstrou que os osteófitos, as calcificações da aorta, dos tendões e dos ligamentos dos corpos vertebrais lombares elevam a incidência de falsos resultados ao nível de 60%. Associado à ausência da metáfise óssea, do perfil ósteo-sonográfico, da baixa reprodutibilidade, da baixa acurácia e da dificuldade de repor os pacientes na mesma posição a cada controle, concluiu impraticável, sob o ponto de vista científico, a utilização dessa metodologia, para rastreamento ao longo do climatério. Estudando a incidência das fraturas ao longo de toda a coluna vertebral, verificou que a predominância ocorre na coluna torácica e não na coluna lombar entre L2-L4, como há vários anos tem sido propalado. Essa informação explica na clínica diária a “corcunda da viúva” observada nos estados avançados de osteoporose. Assim, suas observações científicas derrubaram as orientações transferidas em muitos centros de ensino, nos quais a coluna lombar seria a mais afetada e, portanto, o local mais apropriado para seguimentos clínicos (FERREIRA et al., 1999). Desta forma, para os profissionais afeitos aos estudos preventivos ao longo do climatério, o seguimento através das avaliações 10 da região lombar, não apresenta amparo científico idôneo. Essa constatação científica recentemente recebeu referendum do Serviço Preventivo da Força Tarefa Americana (NELSON et al, 2002), que orientou a realização desse exame. No entanto, para Guccione (2000), alguns cuidados são essenciais para prevenir a formação de bicos-de-papagaio. Como a postura incorreta pode ser considerada uma das principais causas da doença, é preciso redobrar a atenção nas atividades do dia a dia que possam favorecer a ocorrência de pequenos traumas e/ou o aumento da sobrecarga na coluna vertebral. Guccione (2000) ressalta que a fisioterapia preventiva, ajuda para que estes idosos consigam superar os obstáculos que surgiram com sua idade não só melhorando suas capacidades funcionais como também lhes conscientizando de suas limitações, e sugerir algumas alterações em seus lares para lhes conferirem maior segurança, para que não venham a sofrer acidentes. A manutenção do peso corpóreo nos níveis adequados e a prática regular da atividade física são consideradas também medidas preventivas indispensáveis para evitar o desenvolvimento da osteofitose. Os exercícios mais recomendados são os de baixo impacto, como hidroginástica, bicicleta, natação e alongamento, pois não forçam as articulações e aqueles que possam favorecer o fortalecimento da musculatura abdominal e da coluna. Não existe tratamento para recuperar o disco intervetebral. O desgaste que sofreu é irreversível. Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser úteis para aliviar a dor, mas o fundamental é desenvolver hábitos que facilitem corrigir os problemas de postura. Fisioterapia e a prática de prática regular de exercícios físicos são recursos benéficos para controle da doença. Casos mais graves indicativos de desalinhamento progressivo da coluna ou de distúrbio neurológico podem exigir intervenção cirúrgica. Mudanças no estilo de vida são fundamentais para prevenir ou evitar a formação de bicos-de-papagaio, uma doença encarada como banal, mas que pode provocar dor, desconforto e restrição de movimentos; A prática mal orientada de exercícios físicos, em vez de ajudar, pode ser responsável por traumas contínuos na coluna que facilitarão o aparecimento das expansões ósseas características da osteofitose. Os bicos-de-papagaio constituem um processo que leva muito tempo para estabelecer-se. Quando se instala, porém, exige cuidados pela vida toda, os primeiros sintomas sugestivos da osteofitose são razão suficiente para procurar um ortopedista para controle e tratamento da enfermidade. Oishi et al. (2003), realizaram uma pesquisa com 126 mulheres japonesas com idade média de 60 anos, sendo que todas sofriam de dores na região lombar. Foram realizadas radiografias constando-se que 61% do total delas apresentaram osteófitos naquela região. Os osteófitos podem refletir a presença de doença comum degenerativa, existindo correlação dos osteófitos com doenças degenerativas em decorrência da escoliose (NELSON et al, 2002). Baseado nas consequências que os osteófitos podem causar às outras estruturas do corpo, o objetivo foi verificar a incidência da presença de osteófitos em laudos radiográficos, assim como identificar a região mais comum da coluna (cervical, torácica ou lombar) a apresentar osteófitos, grau de ostéfito e gênero mais acometido. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. No primeiro caso, a adoção de novos hábitos, como boa postura, juntamente com prática de atividade física pode auxiliar no alívio das dores. O uso de alguns fármacos, fisioterapia e acupuntura também são medidas benéficas. Com relação ao tratamento cirúrgico, este é recomendado quando o paciente apresenta dano neurológico súbito e quando a coluna evidenciar sinais de desalinhamento progressivo com dor intensa, bem como alteração de força e sensibilidade nos membros superiores. A realização deste tipo de cirurgia habitualmente requer o uso de enxertos ósseos e implantes Atuação da fisioterapia à mulher no climatério 11 Visando melhor qualidade de vida das mulheres nesse período dispõe-se de várias alternativas para a prevenção e tratamento das alterações ocasionadas pelo climatério, sendo a fisioterapia de grande importância nessa fase. Segundo Horn (1998) as pessoas habitualmente submetidas a uma atividade física regular, comparadas às de vida sedentária, mostram melhor adaptabilidade, energia e maior capacidade orgânica, além de um aumento de resistência às doenças e aos estresses emocionais e ambientais. Marinho (1995) considera que certas mudanças de hábitos influenciam de modo a melhorar significativamente a qualidade de vida da mulher na pós-menopausa. Para Bastos (2002), o fisioterapeuta, através de suas avaliações específicas, precisa identificar os objetivos do paciente; descobrir as alterações funcionais que ele apresenta e os fatores responsáveis pela sua atual limitação da capacidade motora; identificar a possibilidade de modificação dos fatores que limitam essa capacidade e o grau de desempenho funcional nas AVDs, o comprometimento cognitivo e sua associação às disfunções cinéticas e os objetivos do acompanhante ou familiar, que por vezes podem ser diferentes dos objetivos do próprio paciente. Moreira et al (2002a), relata que todo processo de reintegração é gradativo, assim como o processo de envelhecimento se dá de forma gradativa, por uma razão lógica: as perdas também se fizeram em degraus, a beleza, a forma física, o emprego, a aposentadoria, as mortes, o ninho vazio, que se sucederam, etc. Com isso a mudança do estilo de vida atua melhorando significativamente a qualidade de vida da mulher pós-menopausa. Fernandes (1999), relata que ao mesmo tempo que a preocupação com o “viver mais” vem-se fazendo sentir, percebe-se a necessidade de envidar esforços em direção “ao viver melhor”. Ao da promoção de uma crescente expectativa de vida, trabalha-se cada vez mais pela consecução de uma vida de melhor qualidade. Para tanto, é necessário conhecer e bem entender a história natural das doenças que incidem na pós-menopausa, bem como o fato de que muitas delas se agravam com o “estado menopáusico”, marcado pelos chamados problemas da fragilidade, enfraquecimento da visão e da audição, diminuição da memória e da função cognitiva, redução do vigor e das reservas do organismo. A dieta balanceada aliada à prática de exercícios são essenciais para a melhora do metabolismo, maturação da massa, da força muscular e da massaóssea adequada. Dessa forma a fisioterapia poderá atua fazendo um programa completo que associará diversos exercícios aeróbios e de musculação realizados de forma contínua, visando: preservação da flexibilidade, da amplitude de movimento, da força, resistência, equilíbrio, agilidade; estimulação axial aumento o aporte de sangue, oxigênio, glicose e cálcio propiciando a manutenção de minerais ósseos prevenindo a osteoporose, além de melhorar a conscientização corporal e postural. (PICKLES; COMPTON, 1998) A atividade física produz também vários efeitos psicológicos benéficos, tais como: proporcionar prazer, melhorar o convívio social, redução da depressão e tensão, auxiliar na estabilização do humor, prevenindo e conservando o bem estar físico e mental. destaca Horn (1998) que é nesse processo que o Pilates pode contribuir, reestabelecendo o equilíbrio muscular, alongando e fortalecendo. O Pilates auxiliará de forma satisfatória a melhora da qualidade de vida, tornando possível a realização das atividades da vida diária tranquilamente. Os exercícios prescritos serão específicos, direcionados e adaptados de acordo com as particularidades do indivíduo, visando entre outros, fortalecimento e alongamento dos músculos, com foco especial na região afetada e no reequilíbrio dos grupos musculares (HORN,1998). Atuação da Fisioterapia no tratamento do osteófitos no climatério 12 Segundo Pickles e Compton (1998), não existe tratamento para recuperar o disco intervertebral. O desgaste que sofreu é irreversível. Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser úteis para aliviar a dor, mas o fundamental é desenvolver hábitos que facilitem corrigir os problemas de postura. Fisioterapia e a prática de prática regular de exercícios físicos são recursos benéficos para controle da doença. Tais como: O tens, ultrassom, infravermelho e o laser, os quais iram promover o relaxamento muscular e analgesia. Esta forma de tratamento tem um importante papel em todas as fases da doença. Calor local alivia o espasmo muscular e reduz a rigidez. Exercícios passivos ajudam a prevenir ou minimizar a perda de função. Exercícios isométricos aumentam a força muscular e contribuem para a manutenção da estabilidade articular. Outras formas de tratamento dos osteófitos podem ser incluídas como os exercícios de alongamento, reeducação postural global (RPG), exercícios de fortalecimento muscular, propriocepção, podemos ainda associar as técnicas de Mckenzie que tem como objetivo fazer retornar as estruturas do núcleo pulposo do disco e a de suporte a um estado anatômico mais normal (PICKLES; COMPTON, 1998). Casos mais graves indicativos de desalinhamento progressivo da coluna ou de distúrbio neurológico podem exigir intervenção cirúrgica. 5. Conclusão Com base nos dados levantados quanto ao estudo da fisioterapia no tratamento do osteófitos no climatério pode-se analisar que a menopausa neste ou em outro campo de pesquisa, implica, em primeiro lugar, perceber a diversidade dos sentidos atribuídos ao fim do ciclo reprodutivo das mulheres e, sobretudo, o sentido que esta adquire em cada vida. Assim, considerando os estudos apontados sobre o tema, propiciou-se relevantes informações sobre as alterações do climatério, visto ser uma fase na vida das mulheres encarada na maioria das vezes de forma negativa, deixando-as vulneráveis a frágeis. Enfatiza-se assim, a importância da Fisioterapia tanto preventiva quanto reabilitativa, melhorando a qualidade de vida dessas mulheres. Pode-se ainda apontar, pela análise da literatura que os primeiros sintomas sugestivos da osteofitose são razão suficiente para procurar um ortopedista para controle e tratamento da enfermidade, posto que se constitui um processo irreversível e progressivo, ou seja, os bicos- de-papagaio, leva muito tempo para estabelecer-se, mas quando se instala, porém, exige cuidados pela vida toda. Em quadros de dor aguda podem ser usados medicamentos (também em forma de injeções espinhais) ou fisioterapia para corrigir problemas musculares. Para casos crônicos, de longa história de dor, a estabilidade do nível afetado através de artrodese pode ser benéfica. Dessa forma, o trabalho proposto veio a somar como mais uma percepção quanto ao tratamento fisioterápico do osteófitos no climatério, fato verificado nas literaturas existentes, ressaltando a importância do procedimento para nortear as ações do fisioterapeuta, no que diz respeito ao modo adequado e racional das medidas preventivas e redução. Referências BASTOS, C. Fisioterapia na Terceira Idade: Uma melhora na qualidade de vida. Revista Lato & Sensu. Pará, vol. 4 , n. 6. p.32-34 nov., 2002. BASTOS, N. M. G. Introdução à metodologia do trabalho acadêmico. 5. Ed. Fortaleza, Nacional, 2008. CAJUEIRO, Roberta Liana Pimentel. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos: guia prático do estudante. Petrópolis: Vozes, 2012. 13 DANGELO J G, FATTINI C A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. São Paulo: Atheneu; 1995. FERREIRA, V. N., CHINELATO, R. S. C., CASTRO, M. 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