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1 “O EVANGELHO DA PEDAGOGIA”: A Bíblia como fonte de pesquisa e modelo didático para a Educação Nome do Aluno: André da Silva Barros RA: 512200262 Orientador: Moacir Alves de Faria Resumo: Este artigo apresenta os versículos bíblicos relacionados à Educação, comparando o livro sagrado com as teorias e práticas pedagógicas atuais e baseando-se nos autores mais influentes sobre o tema. Os títulos do trabalho são os mesmos do livro de Salgado (2000), sendo distribuídos sob os vários olhares sobre a escola. A organização é a mesma da Bíblia sendo dividida em capítulos e versículos. A época de abrangência parte dos escritos mosaicos do século XV antes de Cristo e indo até os registros neotestamentários do século I da presente era, o que Agostinho (MANGUEL, p. 120) já chamava de revelação do primeiro compêndio. O objetivo é revelar que antes mesmo da sistematização grega, como estudamos nos cursos de Pedagogia, já havia toda uma instrução sobre o cotidiano escolar e a realidade que enfrentamos hoje já não era novidade para os primeiros educadores. Palavra-chave: História da Educação. Bíblia. Pedagogia Introdução A sociedade ocidental foi formada a partir do pensamento judaico-cristão em junção do clássico greco-romano. Se esta formação é a base de todos os segmentos sociais, não poderia ser diferente com a Educação. A Pedagogia, conforme a entendemos, está pautada nos modelos 2 ________________________________________________________________________________________________ 1.1. Jan Comênio in: PIAGET: 2010, p. 53,54. 1.2: Pv. 1.2-4. Salomão começa o livro de Provérbios explicando quais são os objetivos da Educação. gregos, com as fábulas de Esopo, os discursos de Sócrates, a academia platônica ou o liceu aristotélico, além da padronização da língua e do sentimento grego de Homero e Hesíodo. No entanto, sabemos que a cultura grega não é exatamente original. Parmênides era italiano, Pitágoras e Epicuro, de Samos (autor da célebre frase “Educai as crianças e não será preciso punir os homens”), teve educação egípcia. Heráclito era de Éfeso; Tales, Anaximandro e Anaxímenes, de Mileto, atual Turquia, e Aristóteles, da Macedônia. O próprio alfabeto grego é constituído por letras semitas ou hebraicas: alfa, beta, gama e delta são variações de álefe, beit, guimel e dálete. Se os pais da civilização aqueia, incluindo seu sistema alfabético, são de origens mais remotas, como seria a Pedagogia do período que os antecedeu? Analisemos então o modelo educativo hebreu, no mínimo desenvolvido a partir de dez séculos antes da data de ouro de Péricles, e com um registro bem detalhado dos objetivos, funções, comunidade escolar, disciplinas e estratégias de ensino, do crescimento, problemas envolvidos ao número de discípulos (alunos), da construção de escolas, das sanções disciplinares e da prática docente. Assuntos que parecem ser tão atuais são, com outra roupagem, tão antigos quanto a própria existência em grupo, base da Educação, uma vez que a função desta é instruir e regular o comportamento entre as pessoas, além de preservar a cultura e o desenvolvimento humano, cientifico e tecnológico da sociedade. Este texto pretende deslocar a pedra de esquina do universo escolar para alguns anos a mais do que estamos habituados a considerar, utilizando versículos bíblicos para fundamentar seu auge do século IV a.C. e trazer para o nosso cotidiano propostas de solução, discussão e esclarecimentos, de forma que possamos refletir sobre a própria escola e nossa participação enquanto atores dentro dela. Por fim, utilizaremos para a criação deste artigo, os pensadores consagrados da Educação como Jan Comênio, Jean Piaget, Philippe Perrenoud, Edgar Morin e Paulo Freire, contextualizando assim nossa intenção de dar base à nossa problemática dentro da História da Educação e da Pedagogia. Um Olhar Sobre a Escola 1 Todo homem nasceu com capacidade de adquirir ciência das coisas, antes de mais nada porque é imagem de Deus. Isso porque uma vez que entre as outras propriedades de Deus sobressai a onisciência, necessariamente algo de semelhante resplandecerá no homem. 2 Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras de inteligência; para se instruir em sábio procedimento, em retidão, justiça e eqüidade; para se dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso. Ouça também, o sábio e cresça em ciência, e o entendido adquira habilidade, para entender provérbios e parábolas, as palavras dos sábios, e seus enigmas. … a instrução de teu pai, e … o ensino de tua mãe… serão uma grinalda de graça para a tua cabeça, e colares para o teu pescoço. 1 3 ________________________________________________________________________________________________ 1.3: Sl. 78.1. Assim como Asafe, chefe dos levitas de Davi, vários são os autores sagrados que chamam a atenção do aluno para o conhecimento que o professor tem a oferecer. 1.4: Pv. 1.8. Todas as frases citadas dos livros de Provérbios e Eclesiastes pertencem ao rei Salomão (séc. X a.C.) 1.5: Pv. 4.1. 1.6: Pv. 13:14-15: Percebemos que a Educação está diretamente ligada à vida, pois a instrução nos previne de muitas situações. 1.7: Pv. 6:23. 2.1: Dt. 1. 13. Moisés orienta o povo, pois está ciente de que o professor é formador de opinião e o profissional que forma outras profissionais. Com isso, demonstra que não é qualquer um que pode ser professor. 2.2: Lv. 10:11-12. O patriarca declara o motivo da necessidade de escolher “homens sábios e entendidos”. 2.3: Am. 7:10-16. O docente pode vir de todas os níveis da sociedade. O profeta Amós, por exemplo, era homem simples e chegou até mesmo a sofrer preconceito pela sua condição social. No entanto, foi um grande orientador do século IX a.C. 2.4: 1Tm. 5.17. Apóstolo Paulo de Tarso (século I d.C.) falando da importância da formação continuada. Labutar significa insistir, dedicar-se. 2.5: 1Tm. 4.13.O apóstolo instruindo a Timóteo, um jovem professor de seu tempo. 2.6: Rm. 12.7. Precaução do apóstolo para quem ensina. 2.7: Ideia propagada pelo teórico da Educação brasileira, Paulo Freire (século XXI). 2.8: Os. 6:3-4. O profeta Oseias confirma a necessidade da formação continuada. 2.9: 1Tm. 1:7. Quantas vezes não percebemos o despreparo do professor em relação a determinado assunto ou em relação à sua postura e a condução de sua classe? Esse problema não é novo. Na época de Paulo já havia homens assim. 2.10: Lc. 11:46,52. Isso gera a falta de autoridade e o professor, para se impor, acaba se utilizando de artifícios que são antipedagógicos, como o uso do autoritarismo, a impaciência e a separação entre o que diz e o que faz. 2.11: Sl. 119:99. O grande perigo é o aluno perceber que sabe mais do que o seu professor (assim como Davi neste versículo) e este não saber conduzir essa situação. Com o advento da tecnologia, da globalização e de seu principal divulgador, a Internet, haverá com certeza assuntos que os alunos dominem mais do que nós. Aí o professor deixa de ser o transmissor de informações e se torna o orientador que conduzirá o aluno a escolher essas informações com qualidade. Orientação Pedagógica 3 Escutai o meu ensino, povo meu; inclinai os vossos ouvidos às palavras da minha boca. 4 Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe. 5 Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento. Pois euvos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino. Quando eu era filho aos pés de meu, pai, tenro e único em estima diante de minha mãe, ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive. Adquire a sabedoria, adquire o entendimento; não te esqueças nem te desvies das palavras da minha boca. Não a abandones, e ela te guardará; ama-a, e ela te preservará. A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o entendimento. Estima-a, e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará. Ela dará à tua cabeça uma grinalda de graça; e uma coroa de glória te entregará. Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, para que se multipliquem os anos da tua vida. Eu te ensinei o caminho da sabedoria; guiei-te pelas veredas da retidão. Quando andares, não se embaraçarão os teus passos; e se correres, não tropeçarás. Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida. 6 A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte. 7 Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida. Um Olhar sobre a Formação de Professores em Serviço Capacitação Docente 1 Tomai-vos homens sábios, entendidos e experimentados, segundo as vossas tribos, e eu os porei como cabeças sobre vós. 2 para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por meio de Moisés. 3 Depois Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, e foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza; mas em Betel daqui por diante não profetizes mais, porque é o santuário do rei e casa real. E respondeu Amós: Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boiadeiro, e cultivador de sicômoros. Mas o SENHOR me tirou de seguir o rebanho, e o SENHOR me disse: Vai, e profetiza ao meu povo Israel. Formação continuada 4 os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. 5 aplica à leitura, à exortação, e ao ensino. 6 se é ensinar, que haja dedicação ao ensino. 7 nunca sabemos demais para não aprender sempre alguma coisa. 8 conheçamos, e prossigamos em conhecer. Problemas da Educação: má formação 9 querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam. 10 Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam. 11 Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres. 2 4 ________________________________________________________________________________________________ 2.12: Mt. 10:24 e 2.13: Lc. 6.40. Está certo de que a autoridade na sala de aula é o professor e só existe uma maneira de se ambos se compararem: pela instrução.2.14: Mt. 7:28-29. O bom professor é aquele que ensina com autoridade. 2.15: Mc. 4.2. É reconhecido pelo seu método de ensino. 2.16: Lc. 24:32-33. Seduz o aluno ao conhecimento. 2.17: At. 5:34-35. Leva o aluno a querer ouvir mais suas palavras 2.18: Lc. 5:17-18. Jesus, o grande Mestre, tinha ouvintes de todos os seus arredores e da mais alta classe de eruditos de seu tempo. 2.19: Nm. 12:3. Como pode o maior profeta de Israel do Antigo Testamento, o legislador de leis tão duras, o patriarca que conduziu o povo por quarenta anos em meio ao deserto, ter essa qualidade? Será possível ensinar com mansidão, com paciência, sabendo ouvir, dialogar, responder as dúvidas dos alunos e guiá-los sem precisar punir a todo o tempo, criticar, agindo de forma autoritária e não orientadora? 2.20: 2Tm. 2:24-25. 2:21: 2Tm. 4.2. O professor deve agir com paciência, 2.22: Dn. 12:3. O professor é um profissional que merece ser valorizado. Todos passamos pelas mãos de um professor, seja na educação formal ou na informal. Até um empregado, para começar uma atividade, precisa de uma orientação que o para desenvolver sua função conforme o perfil de sua instituição. Esse orientador acaba sendo seu professor. O pai, a mãe, a autoridade civil, militar, eclesiástica, todos exercem influência na vida das pessoas. E aí entra o que ensina com sabedoria e o que não sabe ensinar. 2.23: Mt. 23:2. Outros são lembrados e ocupam lugar importante em nossa memória. 2.24. Mt. 5:19. Outros são chamados de grandes mestres. 2.25. Ec. 9:15-16. Com outros demoramos para lembrar do rosto e do nome, mas sabemos que o que ensinou foi importante para aquele momento. 2.26: Pv. 22:6. Ser lembrado não é este exatamente o louro do professor. Afinal, a sabedoria é para o outro e não para si mesmo. Mas é ter a certeza de que seu ensino é tão importante que ficará para sempre na vida de seu aluno. 3.1. Is. 29:11. Muitas vezes, esta á resposta quando oferecemos um livro para o aluno. Por isso, é tarefa do professor instigar no aluno o gosto pela leitura. 3.2: At. 5:42. Ao ouvirmos essa declaração devemos continuar insistindo, vendo como uma provocação para que comecemos um trabalho de ensinar nossos alunos a ler e a escrever. 3.3: Js. 1:8-9. O Anjo, ao ordenar que Josué leia, oferece razões para que este desenvolva esta prática.Muitos não gostam de ler ou porque nunca leram ou por não saberem o prazer e o motivo de ler. 3.4: Êx. 24:4,7. O livro didático deve ser seguido enquanto proposta de trabalho e realização das atividades escolares respeitando as peculiaridades da turma. O professor não fará dele o único instrumento de sua prática docente, nem o desprezará. Deve articulá-lo com a vivência de seus alunos, as dúvidas que surgem durante a aprendizagem, contextualizando-o com as reais necessidades de seus alunos. 12 Não é o discípulo mais do que o mestre 13 mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre. O professor com qualidade 14 e aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas. 15 então lhes ensinava muitas coisas por parábolas. 16 e disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? 17 mas, levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo, mandou que por um pouco levassem para fora os apóstolos. 18 E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de Jerusalém. A boa instrução (a mansidão) 19 Era Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. 20 Não convém contender, mas ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem. 21 admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino. O valor dos professores 22 Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. 23 Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. 24 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. 25 E encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem. 26 Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Um Olhar sobre a Leitura e aEscrita 1 Dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler. 2 e todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar. 3 Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. 4 e tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos, e obedeceremos. 3 5 ________________________________________________________________________________________________ 3.5: Ap. 1:3-4. Ler pode trazer felicidade: 3.6: Dn. 5:7. O rei da Babilônia, Belsazar, já incentivava no século IV a.C. o hábito da leitura. 3.7: Dt. 4.1-8. Moisés era da mesma opinião.3.8: Lc. 4:16-17. Na época de Jesus Cristo, era costume dos judeus irem às sinagogas aos sábados para ler. Ele mesmo fez isso. 3.9: 1Tm. 4:11,13. Paulo adverte Timóteo: Ler é importante! E juntamente com a leitura, escrever também é importante. 3.10: Êx. 17:14. O aluno, para poder escrever, precisa saber por que escreve. Deve entender que a escrita serve para registrar um fato 3.11: Sl. 102:18. Escrever para que outros leiam. 3.12: Jr. 36:28-29. Escrever para se apropriar de um conteúdo. 3.13: Is. 8:1. É o professor que estimula o aluno a escrever. 3.14: Is. 30:8. Pode escrever em rolo, em tábua: 3.15: Hc. 2:2. Pode ser em letras grandes e bem legíveis como em um cartaz: 3.16: Jo. 8:6-7. Até Jesus escrevia e demorava-se em seus escritos. 4.1: Ec. 12.9. O povo vinha até Salomão porque ele era um grande professor. Mesmo tendo recebido a sabedoria como dom divino, ele garantia a qualidade de seu ensino: planejava suas aulas, se aprimorava e ordenava seu conhecimento. Este projeto pedagógico consiste em organizar os elementos que serão aplicados como conteúdos de aprendizagem. 4.2: Perrenoud (2000, p. 83), afirma nas suas dez novas competências para ensinar que algo importante que o educador precisa fazer é reunir-se em equipe. 4.3: 1Re. 5:1-8. Mas Salomão já sabia disso, tanto contou com a ajuda dos sidônios e pediu que Hirão fosse o responsável pela madeira porque “ninguém há que saiba cortar a madeira como os sidônios”. Essa era a especialidade deste povo. Na Educação, também contamos com parceiros, descobrindo qual o talento de cada um e oferecendo a ele a oportunidade de conduzir uma etapa do trabalho. Com certeza, quem recebe esta incumbência, ficará muito feliz pela confiança e reconhecimento. 5.1: SÃO PAULO (2002, p. 13). 5.2: (op. cit., p. 14). 5.3: 2Cr. 17:9-10. Apesar do Currículo Oficial do Estado de São Paulo apontar essa necessidade, a ideia de unificar o saber de modo que alunos de diferentes regiões tenham contato com um conjunto básico de conhecimentos é bem antiga. 5 Bem aventurado aquele que lê. 6 e falou o rei, dizendo aos sábios de Babilônia: Qualquer que ler este escrito, e me declarar a sua interpretação, será vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço e, no reino, será o terceiro governante. 7 Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os preceitos que eu vos ensino, para os observardes, a fim de que vivais, e entreis e possuais a terra que o Senhor Deus de vossos pais vos dá. Guardai-os e observai-os, porque isso é a vossa sabedoria e o vosso entendimento à vista dos povos, que ouvirão todos estes, estatutos, e dirão: Esta grande nação é deveras povo sábio e entendido. E que grande nação há que tenha estatutos e preceitos tão justos como toda esta lei que hoje ponho perante vós? 8 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. 9 Manda estas coisas e ensina-as. Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. 10 Escreve isto para memória num livro. 11 isto se escreverá para a geração futura. 12 Toma ainda outro rolo, e escreve nele todas aquelas palavras que estavam no primeiro rolo, que queimou. 13 Toma um grande rolo, e escreve nele com caneta de homem. 14 Vai, pois, agora, escreve isto numa tábua perante eles e registra-o num livro; para que fique até ao último dia, para sempre e perpetuamente. 15 Escreve a visão e torna bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo. 16 Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se. Um Olhar sobre os Projetos de Trabalho 1 Além de ser sábio, o pregador também ensinou ao povo o conhecimento, meditando, e estudando, e pondo em ordem muitos provérbios. 2 Os projetos que se organizam em torno de uma atividade pedagógica precisa, como, por exemplo, a montagem de um espetáculo em conjunto, a organização de uma jornada esportiva, a criação de oficinas abertas, a criação de um jornal; a cooperação é, então, o meio para realizar um empreendimento que ninguém tem a força ou a vontade de fazer sozinho; ela se encerra no momento em que o projeto é concluído. 3 Salomão mandou dizer a Hirão: Dá ordem, pois, agora, que do Líbano me cortem cedros, e os meus servos estarão com os teus servos, e eu te darei o salário dos teus servos, conforme a tudo o que disseres; porque bem sabes tu que entre nós ninguém há que saiba cortar a madeira como os sidônios. E aconteceu que, ouvindo Hirão as palavras de Salomão, muito se alegrou… E enviou Hirão a Salomão, dizendo: Ouvi o que me mandaste dizer. Eu farei toda a tua vontade. Um Olhar sobre a Interdisciplinaridade Currículo unificado 1 Currículo é a expressão do que existe na cultura científica, artística e humanista transposto para uma situação de aprendizagem e ensino. 2 um currículo que promove competências tem o compromisso de articular as disciplinas e as atividades escolares com aquilo que se espera que os alunos aprendam ao longo dos anos. 3 E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do SENHOR; e foram a todas as cidades de Judá, 4 5 6 ________________________________________________________________________________________________ 5.4: Esta é a primeira competência que SÃO PAULO (2002, p. 21) aponta. 5.5: Sl. 90:12-13. Hino composto por Moisés sobre a competência de contar. Dissertamos bastante sobre a leitura e escrita no capítulo 3, no entanto, ainda resta discutirmos sobre a relação das competências básicas entre a Língua Materna e a Matemática. Ambas as disciplinas trabalham com o contar: no uso da Língua, contar significa 5.6: Lucas 20:39. αποκριθενηες δε ηινες ηων γραμμαηεων ειπον διδαζκαλε καλως ειπας e 5.7: João 9:28. ελοιδορηζαν οσν ασηον και ειπον ζσ ει μαθηηης εκεινοσ ημεις δε ηοσ μωζεως εζμεν μαθηηαι. Na língua grega temos dois sinônimos para professor ou mestre: γραμμαηεων e Διδαζκαλε. Aluno é traduzido como μαθηηης/μαθηηαι. Na própria essência das palavras, encontramos uma relação muito íntima do processo de ensino e aprendizagem com a Gramática e a Matemática, que se constituem como fundamento da Didática. 5.8. Dn. 1.4. Percebemos que desde os primeiros tempos, para se estudar uma língua estrangeira, era necessário ao aluno a aquisição da língua materna, além de outras habilidades. 5.9: Esta é a segunda competência do Currículo (SÃO PAULO, 2002). 5.10: Êx. 23:9-10. Moisés, baseado na revelação de Deus e no código de Hamurábi, legislou estatutos sobre a nação israelita acerca de vários assuntos, incluindo tempo de servidão (Êx. 21, v. 2), partilha de bens (v. 3 e 4), rendição à servidão e o brinco como pertencimento ao senhor (v. 5, 6), venda de filhos (v. 7 e 8) e o dote (v. 9). 5.11: Êx.21. 10,11. Na continuação do capítulo 21, Moisés ainda fala sobre o assassinato (v. 12), o exílio se não ouve a intenção de ferir (v.13), a traição (v.14), o parricídio e o matricídio (v.15), furto e venda de objeto roubado (v.16), o amaldiçoar os pais (v.17), a briga e o auxílio-doença (vv.18,19) o direito de punir os servos (vv.20,21) e a multa e condenação por provocar o aborto (v.22, 23). 5.12: Êx. 21. 24,25. Esse é o famoso lema da Lei de Talião, advinda do Código de Hamurábi. Até o final do capítulo, vemos o patriarca dissertando sobre libertar o servo se o danificar (v. 26 e 27) e a absolver ou punir o dono se seu animal atacar alguém (vv. 28-36). 5.13: Êx. 20. 3-17. Moisés procurou resumir as duzentas e oitenta leis em dez mandamentos religiosos, éticos e sociais. 5.14: Este é o desafio que SÃO PAULO (2010, p. 28) aponta para o conteúdo de História. 5.15: Sl. 78:1-4. Esta passagem confirma que Asafe tinha a consciência da necessidade da disciplina de História, tanto que quis ensinar os caminhos pelos quais seu povo já havia trilhado para não cair no esquecimento. 5.16: At. 17:17-18. Texto bíblico que afirma que o apóstolo Paulo discutia Filosofia com os eruditos da época. 5.17: Lv. 17. 11. ensinando entre o povo. 4 dominar a norma-padrão da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica. Ler, escrever e calcular 5 Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios. 6 E, respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem. 7 Então o injuriaram, e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés. 8 Jovens instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus. Ciências Humanas 9 construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. 10 Também não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis o coração do estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito. 11 Se lhe tomar outra, não diminuirá e o mantimento daquela, nem o seu vestido, nem o seu direito conjugal. E se não lhe cumprir estas três obrigações, ela sairá de graça, sem dar dinheiro. 12 olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe. 13 (1) Não terás outros deuses diante de mim. (2) Não farás para ti imagem de escultura. (3)Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; (4) Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. (5) Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. (6) Não matarás. (7) Não adulterarás. (8) Não furtarás. (9) Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. (10) Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo. 14 extrair o conhecimento de vestígios e fragmentos da humanidade que sobreviveram à passagem do tempo e a outras distâncias. Constrói-se, assim – a partir do presente, como ensinou Benedetto Croce –, uma espécie de ponte intelectual que pode nos levar aos lugares de onde viemos para saber o que e quem somos e, principalmente, o que poderíamos ser, já que um dos principais compromissos da cultura histórica é com a constante reelaboração estética do mundo social, movendo-se sempre na contramão do esquecimento. 15 Abrirei a minha boca numa parábola; falarei enigmas da antiguidade. Os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado. Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do SENHOR. 16 todos os dias na praça com os que se apresentavam e alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? Ciências Biológicas 17 Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo- lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas 7 ________________________________________________________________________________________________ 5.18: 1Re. 4. 32,33. Há um consenso de que Aristóteles foi o primeiro a tratar o estudo dos animais e das plantas cientificamente nas obras História dos Animais, As partes dos animais, A geração dos animais, Marcha dos animais, Movimentos dos animais e Pequeno tratado de história natural, mas Salomão, setecentos anos antes, já dissertava sobre o assunto. Enquanto que os cientistas se apoiam na taxonomia de Carl Linneus (1707 – 1778), temos o filho de Davi, no século X a.C., fazendo tal classificando biológica.5.19: Jr. 33.22. A Bíblia cita vários assuntos, que hoje são ministrados em sala de aula. Em Ciências Naturais, por exemplo, vemos sobre astronomia e relevo. 5.20: Jó 26.7. 5.21: Ec. 1. 7: sobre hidrografia. 5.22: Is. 55:10. sobre fenômenos meteorológicos. 5.23: 2Pe. 3. 7: sobre aquecimento global. 5.24: Is. 40. 22: sobre geologia, informação que o homem só pensaria em calcular 500 anos depois, com o grego Erastótenes (276-194 a.C.). 5.25: 1Tm. 4:8-9. O apóstolo Paulo, querendo dar ênfase à prática espiritual, cita a Educação Física. 5.26: 1Co. 9:24-27. Paulo valoriza o empenho do atleta nos Jogos Esportivos. 6.1. As primeiras escolas poderiam ter começado com um professor contando sua experiência cotidiana para um grupo de ouvintes em torno de uma fogueira dentro da caverna. No entanto, com a urgência de se divulgar as informações de maneira sistematizada, instituiu-se a escola. Podemos continuar esse assunto pautado no Caderno do Gestor (SÃO PAULO, 2010:2, p. 19), que apresenta as três dimensões das relações escolares. 6.2. 2Re. 6.1-4. Este trecho bíblico fala nos mostra que as condições de tamanho da escola já eram uma preocupação dos alunos do Antigo Testamento. O uso do prédio faz parte da dimensão contextual (o ambiente em que a escola está inserida). 6.3. 2Re. 2. 3,5,7,15. Estudamos no capítulo 5 sobre a unificação do Currículo de forma que diferentes escolas tivessem acesso ao mesmo conteúdo. Na época de Elias e Eliseu, haviam várias escolas. As principais estavam em Betel e Jericó. 6.3. 2Re. 2. 3. Escola em Betel. 6.4: 2Re. 2.5. Escola em Jericó. 6.5. 2Re. 4:38. Escola em Gilgal. 6.6. 2Re. 2.16. Se hoje, o número médio de alunos por sala é em torno de trinta e cinco, no século IX antes de Cristo, era cinquenta alunos. 6.7: At. 6:1-4. Na Jerusalém do primeiro século, quando os discípulos iam aumentando e os interesses particulares eram diferentes. Começou a haver indisciplina, o que imediatamente os professores perceberam que o sistema educacional precisa de funcionários que atendessem principalmente o fornecimento justo da comida. Houve uma reunião de planejamento, nos quais os professores e alunos participaram para decidir o que fariam. Fizeram uma pauta sobre qual o perfil dos novos funcionários, sabendo que eles também, na sua função, seriam igualmente educadores. Assim, as funções daquela instituição foram delegadas para uma boa continuidade da aprendizagem. vossas almas; porquanto é o sangue que faz expiação, em virtude da vida. 18 Dissertou a respeito das árvores, desde o cedro que está no Líbano até o hissopo que brota da parede; também dissertou sobre os animais, as aves, os répteis e os peixes. Ciências Naturais 19 Assim como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar. 20 Ele estende o norte sobre o vazio; suspende a terra sobre o nada. 21 Todos os ribeiros vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para ondeos rios correm, para ali continuam a correr. 22 Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come. 23 mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo. 24 E Ele o que está assentado sobre o círculo da terra. 25 o exercício corporal para pouco aproveita. 26 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado. Um Olhar sobre a Organização do Espaço e do Tempo A dimensão contextual, a dimensão comunicacional e a dimensão didática 1 A seguir, são apresentados três instrumentos para que você possa fazer um diagnóstico de sua escola. Cada instrumento analisa uma dimensão das relações escolares: dimensão contextual, dimensão comunicacional e dimensão didática. 2 Os filhos dos profetas disseram a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face é estreito demais para nós. Vamos, pois até o Jordão, tomemos de lá cada um de nós, uma viga, e ali edifiquemos para nós um lugar em que habitemos. Respondeu ele: Ide. Disse-lhe um deles: Digna-te de ir com os teus servos. E ele respondeu: Eu irei. Assim foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortavam madeira. 3 Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu. 4 Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu. 5 e voltando Eliseu a Gilgal, os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença. 6 E foram cinqüenta homens da escola de profetas. 7 Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra 6 8 ________________________________________________________________________________________________ 6.8: Is. 30:20-21. Na dimensão comunicacional (a observação das relações de comunicação dentro da escola), percebemos que existia uma boa quantidade de professores, antes do tempo em que um escravo pedagogo conduzia uma criança. Isaías comentava que não tinha um só professor, mas vários: Será que era um para cada disciplina? 6.9: Ne. 8.4-8. Na época de Esdras e Neemias, também vemos vários professores, inclusive seus nomes são citados: 6.10: 1Sm. 19. 20. Quem auxilia o trabalho dos professores é a gestão pedagógica. Na escola de profetas do século XI a.C., já existia o papel do diretor. 6.11: Tt. 3:13-14. Também no primeiro século da era cristã, já havia o coordenador pedagógico, o gestor que acompanha e supre as condições de trabalho do professor. 6.12: 1Tm. 4.16. Paulo incentiva seus alunos-professores a continuarem se aprimorando. 6.13: Mt. 22:35-36 e 6.14: Lc. 10:25-26: Algumas vezes, como já acontecia na época de Jesus, é necessário cobrar e testar, não para punir, mas para garantir a qualidade da educação. 7.1: 2Ts. 3:14-15. Na dimensão didática (a observação dos processos de ensino-aprendizagem), já presenciamos uma aula no capítulo anterior e como os primeiros problemas que apareceram foram discutidos e resolvidos. No entanto, discussões e atritos fazem parte das relações sociais. O apóstolo Paulo nos orienta sobre como resolver a indisciplina. Percebemos que existem pontos que ainda hoje podem ser aplicados e outros que caíram em desuso. Por exemplo, o professor, de maneira alguma, deve envergonhar seu aluno e isto é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas deve admoestá-lo, ou seja, instruí-lo para que ele corrija sua postura em sala de aula. 7.2: Êx. 12:26-27. O aluno é curioso por si só. Ele está em uma fase (infância, adolescência e juventude) de descobertas. Praticamente tudo precisa de uma explicação para eles. Coisas que nós, adultos, fazemos, exigem um motivo razoável. E o professor, com toda a paciência, deve oferecer as explicações. Afinal, ensinar é sua responsabilidade. 7.3: 2Tm. 3:7. Mas o que fazer se o aluno não aprende na primeira explicação? Percebemos isso neste desabafo de Paulo. 7.4: Ne. 8.1-3. O primeiro passo para fazer o aluno aprender é permitir que o conhecimento chegue até ele. E isto é função do professor. 7.5: Ne. 8.8. Observamos aqui que o professor conhecia a turma, pois falava de modo que podiam ouvir com os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. E este parecer contentou a toda a multidão. 8 mas os teus mestres nunca mais fugirão de ti, como voando com asas; antes os teus olhos verão a todos os teus mestres. E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda. 9 Esdras, o escriba, ficava em pé sobre um estrado de madeira, que fizeram para esse fim e estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Ananías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. E Esdras abriu o livro à vista de todo o povo (pois estava acima de todo o povo); e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. Então Esdras bendisse ao Senhor, o grande Deus; e todo povo, levantando as mãos, respondeu: Amém! amém! E, inclinando-se, adoraram ao Senhor, com os rostos em terra. Também Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube; Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas explicavam ao povo a lei; e o povo estava em pé no seu lugar. Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura. Gestão pedagógica 10 Então enviou Saul mensageiros para prenderem a Davi; quando eles viram a congregação de profetas profetizando, e Samuel a presidi-los. 11 acompanha com muito cuidado Zenas, doutor da lei, e Apolo, para que nada lhes falte. 12 Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 13 um doutor da lei interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? 14 eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando- o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? Um Olhar sobre a Gestão em Sala de Aula 1 Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão. 2 E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então direis. 3 Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. 4 Então todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação,tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês. E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei. 5 Leram no livro distintamente e deram o sentido, de 7 9 ________________________________________________________________________________________________ entendimento e conseguiu chamar a atenção dos alunos, pois estavam atentos. 7.6: At. 17:10-11. É importante que, enquanto o professor está lendo ou explicando, os alunos possam acompanhar em seu material didático. 7.7. Jó 33:33. Uns preferem ensinar com debates outros em silêncio. Jó, quando ensinava, preferia o segundo exemplo.7.8: Mt. 13:34. e 7.9: Mt. 13:36. Já vimos no capítulo 2 que o professor desenvolve sua metodologia, conforme acredita que alcançará um maior número de alunos. O professor deve saber falar para grandes multidões, mas deve também tirar as dúvidas particulares. O método que Jesus usava para ensinar era por parábolas. Porém, nem todos entendiam, mas os mais interessados insistiam. É claro que os alunos não vão até a casa do professor para lhe questionar sobre os assuntos da aula. Isso deve ser feito na escola ou em um espaço que o professor considere pedagógico (museus, bibliotecas etc.) 7.10: At. 13:42 e 7.11: Fp. 3:1. Mas o que chama a atenção são os alunos pedirem nova explicação. E o professor precisa voltar ao assunto oralmente e passar atividades que atinjam a habilidade não alcançada. 7.12. 1Co. 9:20,22. Aqui, Paulo explica como pretende alcançar seus alunos, oferecendo novas metodologias para ensinar. 7.13: Jo. 16:29- 30. O professor deve continuar insistindo até que o aluno possa pronunciar esta frase. 7.14: At. 8:31. O professor, enquanto orientador da aprendizagem, permitirá que seu aluno descubra as respostas sozinho, mas para isso precisa entender como se resolve a questão. 7.15: 1Re. 20. 35. Uma metodologia que os professores usam bastante, não importa a idade ou a série é pela participação do aluno. Nela, o aluno deixa de ser mero espectador e passa a ser colaborador no processo de ensino e aprendizagem. Vemos na Bíblia, por exemplo, o aluno assumindo a função de professor, o que seu colega se recusou a se envolver. 7.16: Lc. 2:42,45,46. E o próprio Jesus, em sua adolescência, participando de debates com uma inteligência tão aguçada que chegava a confundir seus professores. 7.17 At. 19:9-10. A educação pode ser diária. 7.18: Lc. 4:31-32. E pode acontecer semanalmente através de cursos e projetos. É costume dos judeus se reunirem aos sábados nas sinagogas para aprenderem. 7.19: Pv. 6:20-23 e 7.20: Dt. 4. 3-9. E assim como acontece na escola pode e deve acontecer no lar como responsabilidade dos pais. 7.21: Mt. 5:1-2. Pode ser ensino presencial. 7.22: Jr. 36:1-6. Pode ser ensino a distância. modo que se entendesse a leitura. 6 E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. 7 Se não, escuta-me tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria. 8 Tudo isto disse Jesus, por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas. 9 Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola. 10 E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas. 11 Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. 12 E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. 13 Eis que agora falas abertamente, e não dizes parábola alguma. 14 e ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 15 Ora, certo homem dentre os filhos dos profetas disse ao seu companheiro, pela palavra do Senhor: Fere- me, peço-te. Mas o homem recusou feri-lo. 16 E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. 17 Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de Tirano. 18 E desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e os ensinava nos sábados. 19 Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. 20 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, para que não te esqueças das coisas que os teus olhos viram, e que elas não se apaguem do teu coração todos os dias da tua vida; porém as contarás a teus filhos, e aos filhos de teus filhos. 21 E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e abrindo a sua boca ensinava. 22 Veio esta palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo: Toma o rolo de um livro, e escreve nele todas as palavras que te tenho falado de Israel, e de Judá, e de todas as nações, desde o dia em que eu te falei, desde os dias de Josias até ao dia de hoje. Então Jeremias 10 ________________________________________________________________________________________________ 7.23: Pv. 22:6. Pode ensinar na Educação Infantil 7.24: Pv. 1:4. Ensino ao aos jovens 7.25: Sl. 105:22. Educação de adultos. o que Paulo Freire instrui profundamente como deve ser essa instrução em seu Método Paulo Freire de Alfabetização. 7.26: BEISIGEL (2010, p.42.). O pedagogo recifense altera os termos educacionais para garantir uma aproximação com seus alunos. Seja com uma nomenclatura ou com outra, o importante é não deixar de estudar! 8.1: Sl.119:1,9,17,25,33,41,49,57,65,73,81,89,97, 105,113,121,129,137,145,153,161 e 169. Esdras, o escriba da exaltação e Jeremias, o profeta da lamentação, utilizaram-se de uma forma textual conhecida como acróstico. O primeiro, escrevendo o Salmo 119, colocou oito versículos iniciados com a mesma letra, antes de seguir para a próxima letra. Jeremias, porém, escreveu um versículo iniciado com um sefer para cada versículo, totalizando 22 versículos em cada capítulo e 66 no capítulo 3, o centro de seu livro. seferes (letras) do alfabeto hebraico. 8.2: Gn. 49. 21. Ainda sobre formas literárias, vemos que Jacó declara que seu filho Naftali chama seu filho de poeta. 8.3: 1Re. 4. 32,33. E por falar em cânticos, analisemos essa arte conforme citam os registros bíblicos. 8.4: Dt. 31:22-23. Vemos que além de compor, os hebreus ensinavam a música. Foi assim com Moisés 8.5: Sl. 87. 7. Música com Davi. 8.6: Música com Habacuque. Hc. 3. 1,19. 8.7: Sl.150. Davi, no entanto, parece um verdadeiro compositor de orquestra, ao citar quais instrumentos seriam tocados. 8.8: 1Sm. 19:9-10. Muitos como Davi, além de compor, se expressava em outras linguagens artísticas. 8.9: 1Cr. 15:29. Davi dançava. 8.10: Sl. 7:1. Davi cantava. 8.11: 1Cr. 28:11-12. Davi desenhava. 8.12: 1Sm. 21:13.Davi encenava. Realmente, expressava a arte em todas as suas linguagens! 8.13: Êx. 23.14-16. Nós, brasileiros, temos oito feriados nacionais (BRASIL, 2013:1-3; DISTRITO FEDERAL), 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro. 15 de novembro e 25 de dezembro. sendo três religiosos, três cívicos e dois sociais. Os hebreus têm três, que são ensinados quanto à data, à duração, ao costume e ao significado. 8.14: MORIN: 2003, pp.50-51. Segundo Morin, a cultura e a ciência têm buscado caminhos isolados uma da outra. Lemos neste trecho que cada festa israelita era acompanhada de uma justificativa. Assim, une-se a razão e a expressão, a ciência e a cultura. chamou a Baruque, filho de Nerias; e escreveu Baruque da boca de Jeremias no rolo de um livro todas as palavras do SENHOR, que ele lhe tinha falado. E Jeremias deu ordem a Baruque, dizendo: Eu estou encarcerado; não posso entrar na casa do SENHOR. Entra, pois, tu, e pelo rolo que escreveste da minha boca, lê as palavras do SENHOR aos ouvidos do povo, na casa do SENHOR, no dia de jejum; e também, aos ouvidos de todos os de Judá, que vêm das suas cidades, as lerás. 23 Educa a criança no caminho em que deve andar. 24 para se dar aos jovens conhecimento e bom siso. 25 e instruir os seus anciãos. 26 impregnadas de significações inaceitáveis… “As classes”eram substituídas por “círculos de cultura”, os “alunos” pelos “participantes dos grupos de discussões”, “os professores” cediam lugares aos “coordenadores de debates”. De igual modo, as aulas eram substituídas pelo “debate” ou pelo “diálogo” entre educador e educandos e o “programa” por “situações existenciais.” Um Olhar sobre a Arte e o Fazer Artístico Literatura e Arte 1 alef, bet, gimel, dalet, he, vav, zayin, het, tet, yod, kaf, lamed, mem, nun, samekh, ayin, pe, tsadi, qof, resh, shin e tav. 2 profere palavras formosas. 3 proferiu três mil provérbios. 4 Assim Moisés escreveu este cântico naquele dia, e o ensinou aos filhos de Israel. 5 Tanto os cantores como os que tocam instrumentos dirão. 6 Oração do profeta Habacuque, à moda de cântico… Ao regente de música. Para instrumentos de cordas. 7 Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa! Louvai-o com adufe e com danças; louvai- o com instrumentos de cordas e com flauta! Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes! Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. As linguagens artísticas 8 E tocava Davi com a mão, a harpa. 9 Mical, a filha de Saul, olhou de uma janela, e, vendo a Davi dançar e tocar. 10 [Cântico de Davi que cantou ao SENHOR, sobre as palavras de Cuxe, homem benjamita] 11 e deu Davi a Salomão, seu filho, a planta do alpendre com as suas casas… e também a planta de tudo quanto tinha em mente. 12 e fez-se como doido entre as suas mãos, e esgravatava nas portas de entrada, e deixava correr a saliva pela barba. Cultura: Festas e feriados 13 Três vezes no ano me celebrarás festa: A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias; também guardarás a festa da sega, a das primícias do teu trabalho, que houveres semeado no campo; igualmente guardarás a festa da colheita à saída do ano, quando tiveres colhido do campo os frutos do teu trabalho. Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor Deus. 14 A cultura humanista está empobrecida porque ela não conta mais com o grão dos conhecimentos para colocar em seu moinho, pois esses conhecimentos permanecem 8 11 ________________________________________________________________________________________________ 9.1: Mt. 10:19. Os alunos ainda possuem esta visão de que ser avaliado é ser entregue a uma situação de inconveniência. O outro nome que se dá à avaliação, prova, se torna sinônimo de provar sua inocência. 9.2: Mt. 10:20. Para que a avaliação escolar seja vista de forma a verificar o desenvolvimento do aluno, deve-se trabalhar sua importância enquanto etapa do processo pedagógico. É justamente sobre o que foi visto em aula que o professor orienta o aluno sobre o que será avaliado, ou seja, a avaliação é uma retomada dos assuntos já vistos em aula. 9.3: Segundo DEMO (2010, p. 9). 9.4: Dt. 1.18. A avaliação não é simplesmente memorizar um assunto para o dia da prova e esquecer após esta data. O conteúdo deve estar na mente de modo dinâmico, na alma, no espírito. Moisés considera, mais uma vez nesta passagem, que o sábio é aquele que foi avaliado. 9.5: Jo. 14:26. 9.6: 1Tm. 3:10 e 9.7: 1Tm. 3:13- 14. Este servir é o mesmo que trabalhar, galgar uma posição. 9.8: 1Tm. 3:2. Uma vez em uma posição superior, o apóstolo diz que está em condições de ser professor. 9.9: 2Tm. 2:15. Após refletir sobre esses pontos e conseguir acalmar nossos alunos, Paulo nos alerta sobre incentivá-los a buscarem a aprovação nos resultados. 9.10: Dn. 1. 3-5. Somente quem é provado e aprovado, recebem as melhores condições de prosseguimento. O diferencial é que, na escola democrática, todos têm acesso a alcançar os objetivos da avaliação, o que permite que ela não seja uma educação excludente. Essa é a questão, por exemplo, do vestibular e do estágio probatório. 10.1: Branca Jurema Ponce (in: SALGADO, 2000, p. 91). 10.2: Jo. 8:32-33. Podemos entender aqui que se conhecermos a verdade pela aprendizagem e pela educação, podemos ser cidadãos livres para escolher e optar. 10.3: 1Co. 13:4-6. Uma educação comprometida com a Ética está diretamente preocupada em ensinar estas qualidades ao sujeito. 10.4: Mq. 3:1-3. Essa dimensão faz parte da microfísica política, mas pode ser estendida também para o Estado e seus representantes, que poderão combater as mazelas sociais. Sabemos que infelizmente isso acontece e nos espantamos em saber que quanto mais conhecimento nossos políticos possuem, mais negligenciam sua responsabilidade de agir em benefício da sociedade. 10.5: Rm. 15:4. herméticos, fechados nas disciplinas científicas… Para onde caminha a ciência?… No entanto, é ela quem guia a aventura desconhecida de toda a humanidade. Refletir, religar as duas culturas, torna-se, então uma necessidade vital. É preciso especializar-se, mas é preciso adquirir cultura. Não abandonem jamais a preocupação com a cultura! Um Olhar sobre a Avaliação 1 Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. 2 naquele tempo vos ordenei todas as coisas que devíeis fazer. 3 Avaliando de modo transparente, podemos descobrir as falhas, os erros, as inconsistências. Esse processo costuma ser doloroso, mas tem a face importante da reconstrução tanto mais sólida. 4 Tomai-vos homens sábios, entendidos e experimentados. 5 O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. 6 Que sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. 7 Porque os que servirem bem, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança. 8Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 9 Procura apresentar-te aprovado, como quem não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra. 10 Então disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos que trouxesse alguns dos filhos de Israel dotados de sabedoria, inteligência e instrução, e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus. E o rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem alimentados por três anos; para que no fim destes pudessem estar diante do rei. Um Olhar sobre a Ética e o Compromisso 1 A adesão ou a rejeição à regra constituem parte importante da ação moral e pressupõem discernimento para optar. Saber escolher entre o que se considera certo e o que se considera errado, entre o bom e o mau, o justo e o injusto, para decidir pela adesão ou transgressão às determinações sociais, é uma aprendizagem necessária. É também um exercício de autonomia, uma segurança pessoal construída cotidianamente por meio do aprendizado de um pensar responsável e reflexivo, que pressupõe um repertório cultural constantemente revisto. Portanto, a educação, tanto formal quanto informal, tem um papel fundamental na formação moral da sociedade. 2 E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 3 ser benigno; não invejoso; não tratar com leviandade, não ser soberbo, não se portar com indecência, não buscar os seus interesses, não se irritar, não suspeitar mal; não folgar com a injustiça, mas folgar com a verdade. 4 E disse: Ouvi, peço-vos, ó chefes de Jacó, e vós, príncipes da casa de Israel; não é a vós que pertence saber o juízo? A vós que odiais o bem, e amais o mal, que arrancais a pele de cima deles, e a carne de cima dos seus ossos. E que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela e como carne dentro do caldeirão? 5 Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela 9 10 12 ________________________________________________________________________________________________ No entanto, não podemos perder o sonho de ter uma sociedade mais digna e igualitária, e não podemos deixar de acreditar que a sociedade só vai melhorar a partir de nossa atuação enquanto educadores. acreditar que a sociedade só vai melhorar a partir de nossa atuação enquanto educadores.10.6. Êx. 35:34. A Educação tem a capacidade de promover sonhos. Ensinar acreditando que nosso aluno não vai aprender é se eximir da função de oferecer uma boa educação. Alguns chegam a dizer: vou ensinar qualquer coisa, ele não vai aprender mesmo. No entanto, o professor deve ter o desejo de ensinar: 10.7: Sl. 32:8. Por isso, nossa participação na vida do aluno não é só quando transmitimos o conhecimento, ou seja, só quando plantamos a semente, mas também quando a cultivamos até germinar e se transformar em sabedoria, que é a ciência colocada em prática. O olhar do professor deve ser constante na vida do aluno.10.8. 2Tm. 3:14-15. Eis como devemos ensinar nossos alunos. 10.9: 2Tm. 2:2. A idoneidade deve ser a marca do professor, e o seu compromisso com a educação deve ser o lema de seu trabalho: 10.10: Lc. 2:40,52. Que tenhamos o objetivo enquanto educadores de fazer com que nossos alunos cresçam e se desenvolvam, assim como aconteceu com o maior dos Mestres. consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança. 6 Também lhe dispôs o coração para ensinar a outros. 7 Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. 8 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. 9 E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 10 E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens. Considerações Finais Nosso objetivo não é agrupar todos os versículos bíblicos referentes à Educação. Mesmo porque teríamos que discorrer sobre os mais de trinta e um mil versículos da Bíblia, desde a primeira frase do Gênesis que fala sobre criação (e criar faz parte do educar) até a última oração do Apocalipse que conclui com a palavra amém, do hebraico emunah, que quer dizer verdade, um dos principais objetivos da Pedagogia. Quisemos aqui propor uma reflexão de que podemos nos apoiar neste livro sagrado para muitas religiões, mas principalmente um livro histórico que comenta sobre nossa prática e cotidiano escolar. Registro esse que descreve como um espelho nossa carreira docente, encontrando respostas para muitas de nossas dificuldades como professor e amenizar nossas angústias, percebendo que muito ou quase tudo do que nós passamos hoje, já acontecia nos tempos mais remotos de nossa civilização. Terminamos com uma frase do grande sábio, filósofo, teólogo e pedagogo Salomão, rei de Israel do século X a. C.: Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece… O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. (Ecl. 1:4). Referências Bibliográficas ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. ed. Almeida Corrigida Fiel. São Paulo: Sociedade Bíblica Doutrinária, 1994. ARANHA, Maria Lúcia A; MARTINS, Maria Helena P. . Filosofando. Introdução à Filosofia. 4ª ed. São Paulo, Moderna, 2009. BEISIGEL, Celso de Rui. Paulo Freire. Recife: Ed. Massangana, 2010. BRASIL. Lei nº 10.607, de 19 de dezembro de 2002. Acesso em 30 maio 2013. _________. Lei nº 6.802, de 30 de junho de 1980. Acesso em 30 maio 2013. __________. Decreto nº 22.647, de 17 de abril de 1933. Acesso em 30 maio 2013. DEMO, Pedro. 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