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Controle de Infecções Cruzadas

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Controle de infecções cruzadas em Odontologia: Transcrição: Mateus Bragança 
O objetivo é evitar a Infecção Cruzada. Quando estiver doente, não ir para o consultório.
O que é infecção cruzada? Acontece quando há transmissão (num consultório odontológico seria via aérea seja do odontólogo ou auxiliar ou paciente) e tem o contato com microrganismos patogênicos (bactérias ou fungos e também os vírus) e nesse caso, tem um paciente que pode ser doente ou portador sadio (possui microrganismos patogênicos no organismo, mas como está com uma boa imunidade, ela não está doente e pode transmitir para outros pacientes). Para chegar ao final da transmissão, tem que chegar numa pessoa susceptível ou outra pessoa que venha adquirir o microrganismo e por isso vai apresentar determinada doença. 
Neste ciclo, do processo de transmissão até chegar ao hospedeiro susceptível, chama-se Cadeia Epidemiológica.
Sobre a imagem da infecção cruzada no caderno, de paciente para auxiliar, profissional para auxiliar, paciente para equipamento... Por que não tem de paciente para paciente? Não tem um contato de um paciente para o outro num consultório. Não vai ter mais de dois pacientes. Ao terminar um, tem uma limpeza. 
Dose Infecciosa x Virulência x Susceptibilidade do hospedeiro:
Dose infecciosa são quantos microrganismos são necessários para que determinada doença aconteça. 
Virulência do microrganismo: por exemplo: dentro do vírus da gripe, tem cepas mais brandas e mais violentas como o da gripe suína. 
Susceptibilidade: pessoas que têm uma imunossupressão, tem mais chance de ter, por exemplo, genética.
Fonte de infecção: paciente que está com a doença infecciosa sintomática ou assintomática. Paciente em fase prodômica; E os ambientais como os aerossóis.
Doença que é a mais transmitida num consultório é a Hepatite. 
Transmissão dos microrganismos num consultório odontológico:
Via direta: Do paciente para a equipe odontológica, o mais comum é através do contato direto com fluidos orgânicos ou com lesões. Outra forma é a inalação de aerossóis. Contato com materiais, instrumentos, com a mão do paciente, superfície. Um exemplo seria a do contato com canetas de alta rotação, seringa.
Via contrária: Da equipe para o paciente, é através dos pacientes principalmente pelas mãos pelos microrganismos e vírus. Lavagem das mãos para evitar. Contato com fluidos bucais e respiratórios. 
Do paciente para o paciente, é uma via Indireta. Acontece pelas mãos da equipe odontológica que passa de um paciente para o outro e dos materiais e equipamentos não esterilizados corretamente, contaminados.
Qual a distância que os aerossóis têm a formação e que podem chegar ao organismo? 1 metro é o contato que a profissional tem com o paciente que 100% dos aerossóis são viáveis. Com 2 metros, 50% dos aerossóis são bem viáveis. Assim, para não ter, precisa de uma boa distância, mas isso não vai acontecer porque normalmente é muito perto.
 Como já foi dito, os aerossóis microbianos são inalados pela equipe odontológica e adquire uma infecção e isso veio microrganismos de origem bucal por causa da distância.
Ou também tem a contaminação por meio do ambiente, de equipamentos, instrumentos, superfície do consultório causando infecções nos profissionais, pacientes.
Medidas de controle de infecção cruzada:
Como controlar a infecção cruzada? Tem que quebrar algum elo da cadeia epidemiológica. Para isso, foram criados recursos e protocolos que agrupam recomendações (para diminuir a infecção cruzada) que visam:
Prevenção: evitar que aconteça a infecção cruzada. 
Vigilância: observar que iniciou uma infecção cruzada. De onde iniciou a infecção. 
Se tiver um acidente perfuro cortante, cada local tem uma recomendação para o envio do paciente. Na UFF, o paciente vai para o Raul Sertã.
Diagnóstico: tendo um diagnóstico positivo, o tratamento é essencial. 
Tratamento.
Pensando na quebra dos elos da cadeia epidemiológica, tem que pensar em reduzir ao máximo o número de microrganismos ao nível que seja incompatível com a infecção. É a questão da Dose Infecciosa. 
É impossível esterilizar o consultório, assim tem que fazer várias medidas de desinfecção para reduzir a carga microbiana para diminuir as chances de uma infecção.
Ás vezes acontece falhas técnicas assépticas, o material que era para estar estéril, não está. Assim, tem que identificar o problema, se é na autoclave que está precisando de uma manutenção. É importante encontrar a falha e modificar os procedimentos para evitar a transmissão (entre os indivíduos).
Sempre tratar cada paciente como se ele tivesse uma doença infecciosa, aplicando as precauções universais ou padrões.
Isso são medidas gerais para diminuir as chances de ter uma infecção cruzada.
Redução da carga microbiana:
Para que aconteça uma redução da carga microbiana, existem várias técnicas que são empregadas.
Esterilização: remoção de todas as formas de vida do material incluindo os esporos (total). Para objetos inanimados. É um processo físico-químico.
Desinfecção: para as superfícies, objetos inanimados. Diminuição das formas microbianas, mas não é total que nem na esterilização. Destrói ou inibe (se o microrganismo está crescendo, ele para de crescer).
Antissepsia: diminuição das formas microbianas, não total. Mas é utilizado em tecido vivo, em seres vivos. 
Assepsia: é para conseguir impedir a entrada de microrganismo num local onde não desejo. Utilizar um Bico de Bunsen. Impedir a infecção de tecidos durante qualquer intervenção cirúrgica.
Degerminação: redução de microrganismos. 
Limpeza: removendo sujidades. Retirar o máximo de matérias e orgânicas e sempre vai anteceder os processos de esterilização e desinfecção. 
Procedimentos executados no consultório de Odontologia:
Baseada dependendo de qual o material que está envolvendo.
Não crítico: material simplesmente em contato com a pele intacta.
Semicrítico: não é apenas a pele intacta, pode ter alguma abrasão, lesão inicial. Executados em planos teciduais mais superficiais.
Crítico: perfuram peles e mucosas como polpa e Peri ápice, tecido ósseo. 
Ações preventivas para evitar ou minimizar as infecções cruzadas e o controle seja efetivo:
Barreiras imunológicas: - Vacinas:
Para os jovens adultos, tem que tomar as vacinas:
Difteria e tétano (DT) – reforço a cada 10 anos.
Tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola.
Hepatite B – 3 doses. Fazer a sorologia como quarta dose para evitar a sororreversão. Depois de 10 anos, algumas pessoas sororrevertem.
Gripe – anualmente.
Lavagem das mãos – muitos microrganismos presentes:
Antes e após calçar as luvas;
Antes e após procedimentos e pacientes;
Após contato com o material, equipamento ou superfície potencialmente contaminada.
Antes e após utilizar o banheiro.
Lavagem com água e sabão: remover de uma forma geral os detritos, sujeira e gordura. Remove boa parte das sujidades. Remoção mecânica da parte da flora transitória. É a primeira etapa.
Dependendo do procedimento, fazer uma técnica de antissepsia que é a utilização do álcool 70%, ou outros produtos como sabão de clorexidina para retirar a microbiota transitória e atingir os microrganismos da superfície e aquelas mais profundas.
Atentar para unhas curtas e limpas, retirados de objetos de adornos principalmente anéis, relógio. 
Propriedades importantes de um antisséptico:
Principalmente ser de amplo espectro – aquela que consegue agir contra vários microrganismos. Preferência como uma boa ação antibactericida.
Não ser inativado pelo sangue e secreções. 
Não ser tóxico para o tecido, apenas para os microrganismos. Não adianta matar os microrganismos e causar alguns problemas.
Antimicrobianos indicados para antissepsia da pele:
O álcool em gel (principalmente) 70%. Ou álcool etílico a 77%.
Pode usar também o Álcool iodado a 0,5% ou 1% (se a pessoa não for alérgica ao iodo) com glicerina (para ficar oleoso e não volátil) ou sem. 
Pode usar gluconato de clorexidina de 2% a 4%.
Pode usar PVIP-I (Iodopolivinilpirrolidona) a 10%. Se a pessoaé alérgica a iodo, não utilize.
Outras formas de prevenção:
Uso de barreiras físicas – EPI:
Óculos de proteção; cada paciente que fazer uma desinfecção.
Gorro – trocar em cada paciente.
Máscara – camada dupla ou tripla, trocada a cada paciente. 
Luvas – procedimento cirúrgico e limpeza não devem ser usados fora da área de atendimento. Manter estéril até o procedimento.
Avental – depende do procedimento para cada tipo de avental. 
Preparo e paramentação do paciente:
Procedimentos críticos: estéril e descartável.
O objetivo é reduzir a carga microbiana, mas dependendo do procedimento não precisa ser drástica. Se for não crítico, é um bochecho de 1 minuto com clorexidina a 0,12 (concentração baixa).
Se for crítico, faz uma limpeza da face do paciente com água e sabão antes bem delicadamente. Depois realiza a antissepsia da superfície intra-bucal e depois extra bucal com clorexidina a 4% ou pirrolidona.
Avental plástico para proteção das roupas do paciente.
Agora do ambiente:
Tem que ter três salas: 
Sala de expurgo: pra descontaminação, lavagem e secagem do instrumento/embalagem adequada do lixo contaminado.
Outra sala para preparo do material a ser reutilizado, esterilização e embalagem adequada para a sala de atendimento.
Cuidado com os instrumentais – classificação:
Críticos: agulhas, fórceps, bisturis, instrumentos periodontais, endodônticos. Não há outra possibilidade de não ser esterilizado. Entra em contato com mucosas, sangue com o paciente.
Semicríticos: espelho, pinças, moldeiras. Devem ser esterilizados ou desinfetados.
Não crítico: utilizar a desinfecção.
Antes de qualquer esterilização/desinfecção, tem que ser retirado os restos orgânicos que podem interferir nos mesmos.
Limpeza mecânica: fricção com escova de cabo longo, água e detergente neutro.
Química: utilizando desencristante/solução enzimática. Proporção correta de material para o líquido.
Fixa: utiliza lavadoras termodesinfetadoras ou ultrassômicas. 
Após a limpeza, tem que fazer a Esterilização do material.
Princípios da Esterilização: é o processo de autoclavação.
Calor úmido - O tempo de autoclavação é de 15 minutos. É seguro, prático, econômico, eficiente e rápido. 
Os materiais devem ser manuseados corretamente até a esterilização.
Molhar e lavar com detergente e auxílio de escova ou esponja;
Secar e empacotar (ex: papel grau cirúrgico);
Esterilizar e guardar material seco em local apropriado.
Calor seco (2 horas): objeto de metal e vidro;
Artigos de borracha, plástico e tecido como gaze. Não podem ser esterilizadas em estufa.
Agentes químicos – Esterilização:
Objeto termossensivel:
Álcool: dissolução de lipídeo.
Fenol: dissolução de lipídeo e desnaturação de proteínas.
Esterilização química: 
Óxido de etileno, plasma de H2O2. Levados por aparelhagens especiais Inadequados para consultório.
Gluraldeído 2 a 3% (imersão por 10 h). Solução de ácido paracético a 2% (imersão por 30 minutos). É adequado para consultório.
Desvantagens: longo tempo; não há confirmação de esterilidade; impossibilidade de armazenar o objeto estéril. 
Cuidado com os instrumentais – desinfecção:
Materiais termossensíveis e necessidade urgente de utilização.
Depende do tipo de procedimento; toxicidade e efeito residual; estabilidade e dor;
Álcool 70% e NaClO utilizado nas superfícies.
Ácido paracético utilizado para instrumentais e outros equipamentos.
Cuidado com o ambiente e equipamentos fixos:
Limpeza/desinfecção – equipamentos cercam pacientes – álcool 70%.
Limpeza: paredes, piso, teto, janelas – água e sabão.
Desinfecção do piso:
Diariamente solução de NaClO;
Semanalmente fenóis sintéticos para parede, portas e janelas.
Ordem de limpeza: área menos contaminada para a mais (mesa do equipo, balcão, refletor, cadeira e cuspideira).
Uso filme PVC em peças de mão, alça do refletor, teclas de acionamento da cadeira.
Auxiliar manuseio para outros equipamentos, gavetas, telefone, etc.
Atenção para reservatórios de água;
Bancadas e pias: NaClO (1%) e álcool 70%.
Locais contaminados sangue/secreções: NaClO 1% por 10 minutos.
Limpeza e desinfecção das caixas d´água e solução clorada a cada 6 meses.
Cuidado com o lixo – descarte:
Comum – descartado em saco preto;
Contaminado – sacos duplos brancos/ vermelhos, impermeáveis.
Pérfuro cortante – descartado em descarpack.

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