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Osteoartrite, artrite reumatóide e febre reumática

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OSTEOARTRITE
Os resultados dos exames laboratoriais geralmente são normais na OA e são realizados com a finalidade de excluir outras artropatias. Os exames laboratoriais indicados para alguns pacientes são dosagens dos níveis de ácido úrico, VHS, fator reumatóide e anticorpos antinucleares (AAN) e análises do líquido sinovial. A análise do líquido sinovial é esclarecedora se for necessário excluir infecção ou artrite por deposição de cristais. Na OA, o líquido sinovial geralmente não tem características inflamatórias. A contagem de leucócitos e a contagem diferencial das células do líquido sinovial são utilizadas para diferenciar as artrites inflamatória e não-inflamatória. A coloração do líquido sinovial por Gram e cultura para bactérias ajudam a confirmar a suspeita de infecção. A microscopia sob luz polarizada pode detectar cristais de urato monossódico, que se evidenciam por sua birrefringência negativa, em contraste com os cristais de pirofosfato com sua birrefringência positiva.
ARTRITE REUMATÓIDE
Fator reumatóide é detectado no soro de cerca de 85% dos pacientes que têm AR. Em determinado indivíduo, o título do fator reumatóide tem pouco valor prognóstico e as dosagens repetidas têm pouca utilidade para o acompanhamento da progressão da doença. Os títulos mais altos do fator reumatóide tendem a correlacionar-se com doença mais grave e persistente, com mais anormalidades radiográficas, nódulos, lesões extra-articulares e limitação funcional mais grave. Por outro lado, os pacientes soronegativos geralmente têm doença menos destrutiva. O fator reumatóide pode ser negativo nos estágios iniciais de doença e não é específico da AR. O fator reumatóide pode estar presente em outros distúrbios do tecido conjuntivo, como lúpus eritematoso sistêmico (LES), doença de Raynaud, esclerodermia, síndrome de Sjogren e também na tireoidite auto-imune e nas infecções crônicas, inclusive tuberculose e endocardite.
Muitos pacientes com AR têm anticorpos IgG contra os peptídeos citrulinados (anticorpo anti-PCC). Esses anticorpos anti-PCC aparecem nas fases relativamente iniciais da AR, são altamente específicos para esta doença e podem ser dosados por sistemas de ensaio altamente reprodutíveis disponíveis no comércio. Várias observações experimentais sugeriram que as respostas imunológicas à citrulina podem desempenhar papel significativo na patogenia da inflamação associada à AR. Ao contrário do FR, os níveis dos anticorpos anti-PCC flutuam com a atividade da doença. Os reagentes da fase aguda, como a VHS e a PC reativa, refletem a resposta inflamatória e correlacionam-se bem com a gravidade da inflamação sinovial. Esses reagentes são utilizados para acompanhar a evolução da atividade inflamatória de cada paciente, ou para monitorar a resposta ao tratamento. A VHS é um reflexo indireto das proteínas inflamatórias e não é confiável nos pacientes que apresentam anemia significativa. Trombocitose e eosinofilia são mais comuns nos pacientes com doença grave, títulos altos de fator reumatóide, nódulos reumatóides e manifestações extra-articulares. A anemia normocrômica normocítica da doença crônica é detectada frequentemente nos pacientes com AR em atividade.
FEBRE REUMÁTICA
	Embora as culturas sejam negativas para estreptococos na época do início dos sintomas, os títulos séricos de um ou mais antígenos estreptocócicos (p. ex., estreptolisina O ou DNAse) geralmente estão elevados.

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