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DIREITO DE FAMÍLIA
1. UNIÃO ESTÁVEL
a. Conceito
É a convivência de duas pessoas (homem e mulher) sob o mesmo teto ou não, com aparência de casados, numa comunhão de vida sem que tal união tenha sido formalizada pelo casamento. Até 1988 ela não era legalmente reconhecida, constituindo meras sociedades de fato. Por mais que as jurisprudências as valorizassem antes, só com a CF/88 que elas foram realmente reconhecidas.
b. Previsão legal
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 
§ 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. 
Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. 
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. 
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. 
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato.
c. Requisitos
à Diversidade de sexos: segundo o escrito na lei, aplica-se a união estável apenas para pessoas de sexos opostos. Para pessoas do mesmo sexo, temos união homoafetiva, que por não ter legislação própria, acaba-se aplicando as mesmas regras aqui previstas.
à Convivência contínua e duradoura: não existe mais prazo legal, porém a convivência deve ser pública, com aparência de casados. Mesmo assim, a jurisprudência utiliza o prazo de 2 anos como parâmetro, principalmente quando não há filho.
à Morar sob o mesmo teto ou não: Não é necessário que morem juntos, podem até ter domicílios diversos, desde que existam os demais elementos que comprovem a união estavel. 
à Publicidade: a união não pode ser às escondidas, sendo notório a relação dos dois; todos aqueles ao seu redor devem saber da união. 
à Objetivo de constituir família: deve haver objetivo de viver como se família fosse, mesmo com a ausência de filhos. 
à Ausência de impedimento matrimonial: não podem haver os impedimentos do art. 1.521 - casamento entre os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; os afins em linha reta; o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; o adotado com o filho do adotante; as pessoas casadas; o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
à Lealdade: deve haver fidelidade, sendo que infidelidade é tudo aquilo que causa sentimento de traição ao outro (dentro das proporcionalidades).
d. Efeitos pessoais
à Assistência recíproca: apoio moral e patrimonial, no qual cada um contribuiu conforme pode, havendo cuidado recíproco.
à Sustento, guarda e educação dos filhos: não há obrigação de gerar prole, mas assim que há a concepção de uma criança, é obrigação de ambos, dentro da união estável, prover-lhe uma vida segura e saudável. 
e. Efeitos materiais
à Alimentos: haverá direito de assistência no caso do companheiro que tiver necessidade, devendo haver mútua assistência. O companheiro culpado pela dissolução perde o direito a alimentos, ainda que deles necessite, sendo excetuado o fato da comprovação da impossibilidade de trabalhar, sem manter seu próprio sustendo, e que não há nenhum dos obrigados legais com condição de pagá-los.
à Sucessão: A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança. 
à Regime de bens: comunhão parcial de bens se outro não for pactuado na forma escrita por ambos.
à O companheiro é dependente legal no INSS
à Registro público: a companheira pode colocar o sobrenome do companheiro em seu nome se comprovar a união estável de pelo menos 5 anos ou menos se tiver filhos. 
2. CASAMENTO
a. Histórico
No direito romano existiam 3 tipos de casamento:
à Confarreatio: casamento que era feito uma festa com cerimonia religiosa.
à Coenptio: contrato feito entre os pais da noiva e o noivo, ou entre os pais da noiva e os pais do noivo, ideia de casamento civil.
à Usos: muito utilizada para quem não tinha dinheiro, se o homem ficasse com a mulher por um ano, pelos usos era adquirido o estado de casamento, que hoje em dia seria a união estável. 
Atualmente, casar apenas no religioso não configura casamento no civil, constituindo apenas união estável. 
b. Conceito
Vínculo jurídico estabelecido entre o homem e a mulher que visa auxílio mútuo material e espiritual de modo que haja uma integração físico psíquica entre ambos e construção de uma família. 
c. Elementos
à Diversidade de sexos: até 2013 era elemento essencial e a lei de registro públicos prevê apenas a união de homem e mulher. Por outro lado, o CNJ prevê que é possível realizar o casamento de pessoas do mesmo sexo. 
à Consentimento: o casamento só existe quando houver livre e espontânea vontade, pois sem consentimento o casamento é inexistente. O consentimento viciado torna a união passível de anulação no prazo de 4 anos. Deve ser expressado de forma inequívoca, pois a negativa ou silêncio correspondem à inexistência do casamento. 
à Celebração conforme os ditames civis: o casamento é extremamente formal, sendo válido apenas se seguir as regras do ordenamento jurídico brasileiro.
d. Finalidade
à Prestação de auxílio mútuo;
à União espiritual por meio da realização de um ideal comum - quando se casa, pressupõe-se o auxílio psíquico, ideia de companheirismo, formação de família, e se unem para a realização de um ideal comum. 
à União física por meio de relações sexuais permanentes e duradouras;
e. Natureza jurídica
à Contratual; 
à Institucional publicista: o casamento é um instituto público;
à Eclética: até o momento da celebração é contratual, porém assim que celebrado, transforma-se em um instituto público.
f. Características
à Monogâmico: não permite casamentos simultâneos. A pessoa tem toda a liberdade de casar quantas vezes desejar, desde que se separe antes de celebrar outro casamento; 
à Liberdade: ninguém é obrigado a casar com ninguém, ou permanecer casado. Além disso, há liberdade de estabelecimento de regime, se haverão filhos ou não, e quantos; 
à Ato solene: para existir o casamento, deve haver a solenidade prevista em lei.
g. Invalidades
à Nulidade: o casamento é nulo quando contraído - i) pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil (quando o nubente não tem condições de casar e o casamento foi celebrado, o casamento deve ser considerado nulo); ii) por infringência de impedimento (art. 1.521 do CC).
à Impedimentos: i) os ascendentes com os descendentes, seja parentesco natural ou civil; ii) os afins em linha reta; iii) o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem foi o adotante; iv) os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; v) o adotado com o filho adotante; vi) as pessoas casadas; vii) o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte (não bastaa acusação, deve ser sentenciado - princípio da presunção da inocência. E o crime deve ser doloso).
à Anulação: 
i) quem não completou idade mínima para casar (menores de 16 anos, salvo na hipótese de gravidez. O prazo é de 180 dias para anular a contar da data que completar 16 anos); 
ii) do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal (ou sem suprimento judicial. 180 dias para anulação a contar da celebração do casamento); 
iii) por vício da vontade:
- coação: quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e honra, sua ou de seus familiares. 4 anos a contar do casamento;
- erro: sozinho não gera anulação;
- erro essencial quanto à pessoa do outro cônjuge: i) o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; ii) a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal; iii) a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro côinjuge ou de sua descendência; iv) a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
iv) do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento (bêbado, drogado, etc);
v) realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges (morte);
vi) por incompetência da autoridade celebrante (prazo de 2 anos da celebração do casamento).
h. Casamento putativo
Casamento que é deeclarado inválido (nulidade ou anulação), porém produzirá efeitos como se válido fosse para o cônjuge que esteja de boa-fé até o momento da sentença. 
i. Causas suspensivas
O casamento é válido, porém fica suspenso. Não se aplicam à união estável. Regime de separação obrigatória de bens. 
à o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros (pois há perigo de confusão patrimonial e os herdeiros podem ser prejudicados);
à a viúva, a divorciada direta ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal (por causa da presunção da paternidade);
à o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
à o tutor ou curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas (para não haver vantagens financeiras). 
j. Formalidades
à Formalidades preliminares/procedimento de habilitação: procedimento realizado pelos cartórios de registro civil. Para que ocorra, o casal deve levar documentação prevista no art. 1.525 do CC (certidão de nascimento, autorização por escrito das pessoas sob cuja dependênia legal estiverem, ou ato judicial que a supra; declaração de duas testemunhas maiores, parente ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; declaração do estado civil, de domicílio e da residêncial atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; certidão de óbito de cônjuge falecido, de sentença de nulidade ou anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio). Publica-se no diário oficial, a fim de dar publicidade ao casamento. É dado parecer pelo Ministério Público em 90 dias. Pode haver oposição de impedimentos, no qual o procedimento se transformará em judicial com a audiência das partes. 
à Formalidades da celebração: i) requisição de data, hora, local da cerimônia do casamento; ii) publicidade - deve haver a presença de duas testemunhas, no mínimo, e de portas abertas; iii) presença real e simultânea de ambos os nubentes; iv) declaração de ambos os nubentes, que se aceitem como marido e mulher; v) declaração do celebrante ("De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados"); vi) lavratura do assento do casamento. 
k. Cerimônias especiais
à Casamento por procuração: é a mesma cerimônia, sendo que um dos nubentes (ou ambos), será representado por um procurador. A procuração deve ser por instrumento público, bem como sua eventual revogação. O prazo é de 90 dias, e deve haver poderes especiais, contendo nome da pessoa, lugar, hora. 
à Casamento por moléstia grave: ocorre quando a pessoa está acometido de uma doença grave e o procedimento de habilitação já foi realizado. Neste caso, a celebração será onde se encontrar o nubente impedido, perante duas testemunhas. 
à Casamento nuncupativo ou "in extreis vitae momentus": quando há risco de vida iminente de um dos nubentes, o casamento é feito "no desespero". O casamento pode ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. Após realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial em 10 dias para declarar que: i) foram convocadas por enfermo; ii) que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; iii) que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher. Uma vez na vida apenas, após realizado, nunca mais se repete. 
à Casamento religioso com efeitos civis: gera dois efeitos em apenas uma cerimônia. Neste caso, o padre tem função de juiz de paz, desde que habilitado anterior (90 dias para olevar o termo no registro civil) ou posteriormente (quando a pessoa já se casou no religioso e quer casar no civil).
l. Prova do casamento
à Direta
- específica: é a certidão de casamento, que se obtém no assento;
- supletiva: só pode ser realizada subsidiariamente à específica, não tendo como obter a específica.
à Indireta ou posse de estado de casado: a situação na qual se encontram duas pessoas, que vivam notória e publciamente como marido e mulher, coabitando e apresentando-se juntos nas relaçãoes públicas e privadas como esposos legítimos, tendo casa e economia comuns e, sendo havido nesta qualidade pelo público. Só pode ser utilizado para provar a existência do casamento em benefício dos descendentes, in dubio pro matrimônio e sanar vícios de forma. 
m. Casamento fora do Brasil por brasileiros
Os brasileiros podem casar em outro país, desde que respeitem as leis do respectivo país e depois homologuem no Brasil. Podem casar em outro país respeitando a lei brasileira, sendo esta casamento válido, tendo os nossos efeitos também, PORÉM exige um requisito de formalidade a mais – transcrição do termo consular de casamento para o registro civil brasileiro. O prazo para transcrição é de até 180 dias DO RETORNO no registro civil do último domicilio do casal e, se não voltarem para este deve ser no primeiro ofício da capital do estado onde eles passarem a residir.
n. Efeitos jurídicos
à Pessoais: 
- estado civil de casado; 
- família matrimonial;
- parentesco por afinidade
- igualdade entre os cônjuges
- direitos e deveres de: i) fidelidade recíproca; ii) guarda, sustento e educação dos filhos - obrigação igualitária de ambos; iii) vida em comum do domicílio conjugal - coabitação ou débito conjugal, na qual há obrigação de manutenção das relações conjugais. Não é necessário morar sob o mesmo teto para o casamento ser real; iv) mútua assistência, respeito e consideração mútua - apoio psicológio e material. Se ultrapassa a normalidade, pode haver indenização por serviços prestados, compensação na meação e sociedade de fato dentro de uma sociedade jurídica;
- respeito e consideração mútua. 
à Patrimonais: 
- administração dos bens: ambos sãoresponsáveis pela manutenção do lar, pela manutenção do dia a dia;
- auxílio profissional e gratuito; 
- dever de alimentos;
- bem de família instituído - o casal pode, por meio de escritura pública ou testamento, instituir até 1/3 do patrimônio líquido como bem de família.
3. REGIME DE BENS
a. Princípios
à Liberdade de pacto
à Mutabilidade dos regimes de bens
b. Espécies
à Legais: impostos por lei, quer porque as partes não contrataram nada em contrário ou porque existe uma circunstância especial que a lei impõe um regime específico.
- supletivo: imposto por lei se nada for contratado diferente. É a comunhão parcial de bens.
- separação obrigatória de bens.
à Convencionais: dependem de pacto pré nupcial, que para ser válido depende de escritura pública. Para ser eficaz, porém, depende do casamento. 
- típicos: regras tipificadas na lei, como comunhão universal de bens, participação final nos aquestos, separação de bens.
- atípicos: criados pelos próprios nubentes. 
b. Regime de separação de bens
Os bens permanecem sob administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que podem os alienar ou gravar de ônus real, havendo individualidade de bens. Não se aplica para a união estável. Pode ser imposta por lei (art. 1.641, CC) quando as pessoas contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento, quando a pessoa for maior de 70 anos e de todos que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
c. Pacto pré-nupcial
É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento. A eficácia quando realizado por menor fica condicionada à aprovação de seu representate legal.
d. Comunhão parcial de bens
Sistema no qual há um patrimônio particular e comum. Comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.
à Bens incomunicáveis: os bens que cada cônjuge possui ao casar, e os que lhe sobrevierem por doação ou sucessão; os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; as obrigações anteriores ao casamento, salvo as decorrentes dos aprestos do casamento ou que tenha sido adquirido em proveito comum (dívidas anteriores, preparamentos do casamento); as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge (direito ao salário); as pensões, meios-soldos (valores pagos a título de pensão para militar reformado), montepios (valor de pensão pago aos dependentes de fucionários públicos), tenças (pensão indenizatória por ato ilícito praticado pelo poder públco) e outras rendas semelhantes.
à Bens comunicáveis: os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior (ex. sorteios, loteria); os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. 
à Responsabilidade por dívida: 
- dívida em proveito do casal - respondem ambos os cônjuges, atingindo-se primeiro os bens da comunhão e na falta atinge-se os bens particulares. 
- dívidas particulares de cada cônjuge - primeiros bens particulares e, não sendo suficiente atinge-se os bens da comunhão até o limite da meação (metade do patrimônio comum). 
e. Comunhão universal de bens

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