Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS * * NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS MIELÓIDES LINFÓIDES LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA NEOPLASIAS MIELO- PROLIFERATIVAS CRÔNICAS LEUCEMIA LINFÓIDE LINFOMAS MIELOMA MÚLTIPLO AGUDA CRÔNICA HODGKIN NÃO HODGKIN MIELODISPLASIA * * NEOPLASIAS MIELÓIDES * * Todas as neoplasias mielóides são originadas nas células precursoras hematopoéticas! INTRODUÇÃO Leukos (branco) + Aima (sangue) = Leucemia Crônica acúmulo de células em maturação evolução insidiosa Aguda acúmulo de células imaturas (blastos) evolução rápida Classificação: leucemia mielóide crônica policitemia vera trombocitemia essencial mielofibrose primária leucemia neutrofílica crônica leucemia eosinofílica crônica não classificável A LMC é uma doença mieloproliferativa originada em uma célula tronco pluripotente hematopoiética anormal e está consistentemente associada com o cromossomo Philadelphia e/ou com o gene da fusão BCR/ABL. Leucocitose com neutrofilia e desvio para a esquerda Apresentação ~ 55 anos Diagnósticos diferenciais Outras causas de leucocitose e neutrofilia (ausência de esplenomegalia e crom Phi) Outras doenças mieloproliferativas LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA Cromossomo Philadelphia → t(9;22) Ativação constitutiva do BCR/ABL promove a ativação de diversas cascatas de sinalização mesmo sem estímulo externo adequado. PROLIFERAÇÃO INIBIÇÃO DA APOPTOSE INIBIÇÃO DA HEMATOPOESE NORMAL LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA Apresentação clínica leucocitose com desvio para esquerda pode haver basofilia e trombocitose astenia, emagrecimento esplenomegalia hiperleucocitose → leucostase sintomas neurológicos, dispnéia trombose, sangramento LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA História natural da doença: FASE CRÔNICA FASE ACELERADA CRISE BLÁSTICA Acúmulo de mutações (evolução clonal) LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA Diagnóstico suspeita pelo quadro clínico e hemograma confirmação pela identificação do cromossomo Phi ou do BCR/ABL Tratamento Inibidores de tirosina quinase (imatinibe, nilotinibe, dasatinibe, bosutinibe) TMO Alogênico para falhas – único tratamento curativo POLICITEMIA VERA Neoplasia mieloproliferativa crônica caracterizada por maior produção de hemácias independente dos mecanismos que regulam normalmente a eritropoese. Mutação JAK-2 (95% casos) Aumento da massa eritrocítica Esplenomegalia Saturação arterial de oxigênio normal Pode haver aumento das outras linhagens (leucócitos e plaquetas) POLICITEMIA VERA Obrigatório excluir todas as outras causas de eritrocitose! desidratação tabagismo hipoxemia doenças renais – rins policísticos produção ectópica de eritropoetina (tumores sólidos) uso de androgênios A policitemia vera é um diagnóstico de exclusão. POLICITEMIA VERA Apresentação clínica 60% homens; média 60 anos (raro antes dos 40a) pletora; esplenomegalia volumosa; hipertensão arterial sistólica hiperviscosidade (estase sanguínea) sintomas neurológicos (cefaléia, zumbido, visão turva) eritromelalgia distúrbios hemorrágicos trombose venosa ou arterial (aumento da viscosidade e distúrbio funcional plaquetário) cerebral, cardíaca, mesentério; sítios incomuns (veia hepática – Budd Chiari) prurido aquagênico (histamina dos basófilos) Sobrevida média de 15 anos (trombose, evolução para mielofibrose, LMC ou LMA) POLICITEMIA VERA Laboratório Hematócrito > 54% homens e > 51% mulheres Hemácias de morfologia normal Leucócitos entre 10.000 e 20.000/mcL basofilia e eosinofilia Trombocitose (pode exceder 1.000.000/mcL) POLICITEMIA VERA Tratamento controle da contagem de células flebotomia – manter Hb e Ht normais, depleção de ferro é benéfica Hidroxiuréia (antimetabólito), Interferon-α (imunomodulador) Inibidor de JAK2 (ruxolitinib) esplenectomia – casos selecionados alopurinol, anti-histamínicos cura com transplante alogênico – poucas indicações AAS, se plaquetas < 1milhão/mcL TROMBOCITEMIA ESSENCIAL Neoplasia mieloproliferativa crônica que envolve principalmente a linhagem megacariocítica. Esplenomegalia leve ou ausente. Trombocitose sem outra causa Massa eritrocítica normal Ausência do gene bcr/abl (cromossoma Philadelphia) Obrigatório excluir outras causas de trombocitose: Inflamação: malignidade, infecção, cirurgia, trauma Outras neoplasias mieloproliferativas / mielodisplasia (sind 5q-) Esplenectomia/hipoesplenismo Hemorragia, deficiência de ferro, hemólise TROMBOCITEMIA ESSENCIAL Média 50 - 60 anos, M>H Achado laboratorial acidental ou trombose Esplenomegalia (25% casos) Mutação em JAK-2 (50% casos) Medula óssea hipercelular e com muitos megacariócitos Sobrevida > 15anos Trombocitose > 1milhão/mcL: sangramento por consumo de fator de von Willebrand trombose venosa ou arterial, principalmente se outros fatores de risco Tratamento Hidroxiuréia, anagrelida AAS (pqt < 1milhão) Classificação: Citopenia refratária com displasia unilinhagem Anemia refratária com sideroblastos em anel Citopenia refratária com displasia multilinhagem Anemia refratária com excesso de blastos Síndrome del(5q) Não classificável Mielodisplasia da infância MIELODISPLASIA Grupo de doenças clonais da célula tronco hematopoética caracterizado por citopenias, displasia em uma ou mais linhagens, hematopoese ineficaz e risco aumentado de desenvolver LMA. Apresentação clínica > 60 anos, fadiga, perda de peso, febre, infecções, sangramento alterações no hemograma com ou sem sintomas de citopenias falência progressiva da medula óssea transformação para LMA idiopática ou após QT e/ou RT Diagnóstico morfologia e análise genética da medula óssea MIELODISPLASIA Medula óssea – alterações morfológicas Hipercelular na maioria dos casos Citogenética Maioria com anomalias cromossômicas Prognóstico Blastos em medula óssea Citogenética Linhagens displásicas LEUCEMIA AGUDA Neoplasia maligna da célula progenitora hematopoética Sintomas de instalação recente: cansaço, febre e sangramento Citopenias / pancitopenia > 20% blastos na Medula Óssea Blastos no sangue periférico (90% casos) Maioria sem causa aparente Sintomas associados à falência da MO ou a infiltração orgânica Potencialmente curável com QT combinada LMA mais frequente em adultos (~60a) LLA 80% leucemias da infância e 20% das leucemias do adulto Classificação: LMA com anormalidades genéticas recorrentes t(8;21), inv(16), t(15;17), t(9;11), t(6;9), t(3;3), t(1;22) mutação em NPM1 ou CEBPA LMA com alterações relacionadas a mielodisplasia LMA relacionada a terapias prévias LMA não classificável em outras categorias subtipos caracterizados pela morfologia Sarcoma mielóide (forma tumoral) LMA relacionada a síndrome de Down Neoplasia de células dendríticas LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA Caracterizada pelo acúmulo rápido e progressivo de blastos de linhagem mielóide na medula óssea, no sangue e/ou em outros tecidos. Doença heterogênea dos pontos de vista clínico, morfológico e genético. “Várias doenças em um nome só.” LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA Sintomas iniciam semanas ou poucos meses antes do diagnóstico. Ocupação da medula óssea por blastos → (pancitopenia) → leucocitose Consequências Anemia: astenia, cefaléia, lipotímia Neutropenia: infecções Plaquetopenia: sangramento Infiltração de tecidos por células blásticas: hipertrofia gengival, massas (cloromas), hepatoesplenomegalia Febre, emagrecimento Promielocítica → sangramento por coagulopatia de consumo LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA Diagnóstico = contagem de blastos na MO > 20% morfologia – hematoscopia, mielograma, biópsia MO genótipo – cariótipo (citogenética), FISH fenótipo – imunofenotipagem, PCR Tratamento (exceto promielocítica) quimoterapia indução + consolidação TMO alogênico se alto risco ou recaídas LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA Croizat e Favre-Gilly, 1949: “Síndrome caracterizada por acúmulo de promielócitos anormais, hipofibrinogenemia, trombocitopenia e curso clínico fulminante culminando em hemorragia fatal.” LMA promielocítica – t(15;17) PML/RARa 10% de todas as LMAs LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA Coagulopatia de consumo única leucemia que é realmente uma urgência! grânulos contêm enzimas que, quando liberadas na circulação, destroem indiscriminadamente os fatores de coagulação única medida que tem efeito é suporte transfusional adequado até tratamento específico reduzir a contagem de blastos manter plaquetas > 50mil/mcL e fibrinogênio > 100mg/mL atualmente, mortalidade por sangramento em torno de 5% LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA Anos 80 quimioterapia padrão cura em apenas 20% dos casos Anos 90 utilização de ATRA (ácido all-transretinóico) e arsênico cura atualmente em 85% dos casos
Compartilhar