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PREPARATÓRIO CONCURSO AFFA - MAPA Tecnologia e Inspeção de Ovinos e Caprinos MSc Fernanda C. K. Bortolotto Médica Veterinária Esp. Higiene e Inspeção de POA MSc em Ciência e Tecnologia de POA Doutoranda em Saúde, Tecnologia e Produção Animal Integrada QUALIDADE DA CARNE OVINA Propriedades físico-químicas dos lipídios exercem influencia direta nas qualidades nutricionais, sensoriais e de conservação da carne Baixo teor de colesterol Ácidos graxos insaturados aumentam o potencial de oxidação, influenciando diretamente a vida de prateleira do produto QUALIDADE DA CARNE OVINA Despadronização das carcaças proveniente do peso dos cordeiros ao abate Produtor vende ovinos mais pesados para obter maior lucratividade. Porém, esses animais com maior peso, geralmente apresentam idade mais avançada, e conseqüentemente possuem maior percentual de gordura na carcaça. QUALIDADE DA CARNE CAPRINA Caprinos geralmente apresentam baixa produção de carcaça, mas com alto conteúdo de carne e baixo teor de gordura Porções de musculares e gorduras variam muito com o peso, a raça e a idade do animal Ovinos depositam aproximadamente 3,5 vezes mais gorduras subcutânea e intramuscular que caprinos. QUALIDADE DA CARNE CAPRINA Quimicamente, carne caprina apresenta significativamente menos gordura intramuscular e mais umidade e cinzas do que carne ovina = carne mais suculenta É considerada uma carne magra e sua composição química está de acordo com as exigências dos atuais consumidores TENDÊNCIAS DE CONSUMO Busca por alimentos mais saudáveis e maior exigência em relação à qualidade dos produtos; Carnes de melhor qualidade nutricional e sensorial passaram a ser preferência Elevadas concentrações lipídicas e expressivas quantidades de ácidos graxos saturados na carne vermelha = alimento responsável pelo aumento dos níveis de colesterol plasmático e, portanto, pela incidência de doenças cardiovasculares e aterosclerose TENDÊNCIAS DE CONSUMO Carnes ovina e caprina: com seus baixos teores de colesterol e gordura saturada, surgiram como uma importante alternativa para que fossem atendidos os anseios de consumidores cada vez mais preocupados com a saúde. Deposição e distribuição de gordura corporal nos caprinos e ovinos influenciam a aceitabilidade das carnes REBANHO NACIONAL CAPRINOS (2014): 8.851.879 cabeças 91,6% Nordeste OVINOS (2014): 17.614.454 cabeças 57,5% Nordeste e 29,3% Sul BRASIL: 22º rebanho mundial de caprinos 18º rebanho mundial de ovinos RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM Art. 85. O recebimento de animais para abate em qualquer dependência do estabelecimento deve ser feita com prévio conhecimento do SIF. Art. 86. Por ocasião do recebimento e do desembarque dos animais, o estabelecimento deve verificar os documentos de trânsito previstos em normas específicas, com vistas a assegurar a procedência dos animais. Parágrafo único. É vedado o abate de animais desacompanhados de documentos de trânsito. RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM Art. 87. Os animais, respeitadas as particularidades de cada espécie, devem ser desembarcados e alojados em instalações apropriadas e exclusivas, onde aguardarão avaliação pelo SIF. Art. 88. O estabelecimento é obrigado a adotar medidas para evitar maus tratos aos animais e aplicar ações que visem à proteção e ao bem-estar animal, desde o embarque na origem até o momento do abate. RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM Art. 89. O estabelecimento deve apresentar, previamente ao abate, a programação de abate e a documentação referente à identificação, ao manejo e à procedência dos lotes e as demais informações previstas em legislação específica para a verificação das condições físicas e sanitárias dos animais pelo SIF. RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM § 1º Nos casos de suspeita de uso de substâncias proibidas ou de falta de informações sobre o cumprimento do prazo de carência de produtos de uso veterinário, o SIF poderá apreender os lotes de animais ou os produtos, proceder à coleta de amostras e adotar outros procedimentos que respaldem a decisão acerca de sua destinação. § 2º Sempre que o SIF julgar necessário, os documentos com informações de interesse sobre o lote devem ser disponibilizados com, no mínimo, vinte e quatro horas de antecedência. Exame de Inspeção “Ante Mortem” Exame clínico visual do conjunto de animais destinados ao abate, visando verificar as condições sanitárias dos animais e conferência dos documentos, devendo ser realizado exclusivamente por médico veterinário e preferencialmente pelo mesmo que irá efetuar o “post mortem” (RIISPOA). Exame de Inspeção “Ante Mortem” Finalidade: • Proteção a saúde pública; • Liberação dos animais sadios para o abate normal; • Identificar enfermidades passíveis de serem detectadas em animais vivos; • Coleta de informações para auxiliar o exame “post mortem”; • Cumprimento de jejum e dieta hídrica; • Evitar contaminação de instalações e equipamentos. RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM Art. 90. É obrigatória a realização do exame ante mortem dos animais destinados ao abate por servidor competente do SIF. § 1º O exame de que trata o caput compreende a avaliação documental, do comportamento e do aspecto do animal e dos sintomas de doenças de interesse para as áreas de saúde animal e de saúde pública, atendido o disposto neste Decreto e em normas complementares. RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM § 2º Qualquer caso suspeito implica a identificação e o isolamento dos animais envolvidos. Quando necessário, se procederá ao isolamento de todo o lote. § 3º Os casos suspeitos serão submetidos à avaliação por Auditor Fiscal Federal Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária, que pode compreender exame clínico, necropsia ou outros procedimentos com o fim de diagnosticar e determinar a destinação, aplicando-se ações de saúde animal quando o caso exigir. RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM Art. 91. Na inspeção ante mortem, quando forem identificados animais suspeitos de zoonoses ou enfermidades infectocontagiosas, ou animais que apresentem reação inconclusiva ou positiva em testes diagnósticos para essas enfermidades, o abate deve ser realizado em separado dos demais animais, adotadas as medidas profiláticas cabíveis. Parágrafo único. No caso de suspeita de doenças não previstas neste Decreto ou em normas complementares, o abate deve ser realizado também em separado, para melhor estudo das lesões e verificações complementares. Art. 92. Quando houver suspeita de doenças infectocontagiosas de notificação imediata determinada pelo serviço oficial de saúde animal, além das medidas já estabelecidas, cabe ao SIF: I - notificar o serviço oficial de saúde animal, primeiramente na área de jurisdição do estabelecimento; II - isolar os animais suspeitos e manter o lote sob observação enquanto não houver definição das medidas epidemiológicas de saúde animal a serem adotadas; III - determinar a imediata desinfecção dos locais, dos equipamentos e dos utensílios que possam ter entrado em contato com os resíduos dos animais ou qualquer outro material que possa ter sido contaminado, atendidas as recomendações estabelecidas pelo serviço oficial de saúde animal. DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA - OIE Multiple species diseases, infections and infestations Anthrax, Bluetongue, Crimean Congo haemorrhagic fever Epizootic haemorrhagic disease, Equine encephalomyelitis (Eastern) Heartwater Infection with Aujeszky's disease virus Infection with Brucella abortus, Brucella melitensis and Brucella suis Infection with Echinococcus granulosusInfection with Echinococcus multilocularis Infection with foot and mouth disease vírus, Infection with rabies virus Infection with Rift Valley fever vírus, Infection with rinderpest virus Infection with Trichinella spp.,Japanese encephalitis New world screwworm (Cochliomyia hominivorax), Old world screwworm (Chrysomya bezziana) Paratuberculosis, Q fever, Surra (Trypanosoma evansi), Tularemia, West N DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA - OIE Cattle diseases and infections Bovine anaplasmosis Bovine babesiosis Bovine genital campylobacteriosis Bovine spongiform encephalopathy Bovine tuberculosis Bovine viral diarrhoea Enzootic bovine leukosis Haemorrhagic septicaemia Infectious bovine rhinotracheitis/infectious pustular vulvovaginitis Infection with Mycoplasma mycoides subsp. mycoides SC (Contagious bovine pleuropneumonia) Lumpy skin disease Theileriosis Trichomonosis Trypanosomosis (tsetse-transmitted) DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA - OIE Sheep and goat diseases and infections Caprine arthritis/encephalitis Contagious agalactia Contagious caprine pleuropneumonia Infection with Chlamydophila abortus(Enzootic abortion of ewes, ovine chlamydiosis) Infection with peste des petits ruminants virus Maedi-visna Nairobi sheep disease Ovine epididymitis (Brucella ovis) Salmonellosis (S. abortusovis) Scrapie Sheep pox and goat pox DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA - OIE Equine diseases and infections Contagious equine metritis Dourine Equine encephalomyelitis (Western) Equine infectious anaemia Equine influenza Equine piroplasmosis Glanders Infection with African horse sickness virus Infection with equid herpesvirus-1 (EHV-1) Infection with equine arteritis virus Venezuelan equine encephalomyelitis DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA - OIE Swine diseases and infections African swine fever Infection with classical swine fever virus Infection withTaenia solium (Porcine cysticercosis) Nipah virus encephalitis Porcine reproductive and respiratory syndrome Transmissible gastroenteritis DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA - OIE Avian diseases and infections Avian chlamydiosis Avian infectious bronchitis Avian infectious laryngotracheitis Avian mycoplasmosis (Mycoplasma gallisepticum) Avian mycoplasmosis (Mycoplasma synoviae) Duck virus hepatitis Fowl typhoid Infection with avian influenza viruses infection with influenza A viruses of high pathogenicity in birds other than poultry including wild birds Infection with Newcastle disease virus Infectious bursal disease (Gumboro disease) Pullorum disease Turkey rhinotracheitis RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM Art. 93. Quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de doenças não contagiosas que permitam o aproveitamento condicional ou impliquem a condenação total do animal, este deve ser abatido por último ou em instalações específicas para este fim. RIISPOA 2017 – INSPEÇÃO ANTE- MORTEM Art. 97. A existência de animais mortos ou impossibilitados de locomoção em veículos transportadores que estejam nas instalações para recepção e acomodação de animais ou em qualquer dependência do estabelecimento deve ser imediatamente levada ao conhecimento do SIF, para que sejam providenciados a necropsia ou o abate de emergência e sejam adotadas as medidas que se façam necessárias, respeitadas as particularidades de cada espécie. § 1º O lote de animais no qual se verifique qualquer caso de morte natural só deve ser abatido depois do resultado da necropsia. RIISPOA 2017 Art. 103. É proibido o abate de animais que não tenham permanecido em descanso, jejum e dieta hídrica, respeitadas as particularidades de cada espécie e as situações emergenciais que comprometem o bem-estar animal. Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá parâmetros referentes ao descanso, ao jejum e à dieta hídrica dos animais em normas complementares. OVINOS E CAPRINOS TRANSPORTE: preferencialmente manhã ou tarde, melhores condições para conforto térmico JEJUM: hídrico de 16 h, alimentar 24 h DESCANSO: recuperar de condições de estresse INSENSIBILIZAÇÃO: método mecânico – penetrativo ou não método elétrico (1,0 amp.) = MAIS UTILIZADO (molhar pelagem para facilitar condução elétrica) Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHAA – Inspeção de patas No abate de ovinos, partindo da premissa que a lesão que possa ser encontrada se resuma a lesões de “foot root” (pé podre) e que não ocorra aproveitamento de patas, NÃO são realizados os exames dessa linha de inspeção. Pododermatite ou "Foot-Rot" dos Ovinos Doença contagiosa, crônica, necrosante, da epiderme interdigital e matriz do casco dos ovinos Dichelobacter nodosus e Fusobacterium necrophorum Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA B – Inspeção de cabeça e língua A cabeça e língua devem ser examinadas em conjunto e unidas pela base da língua, com a desarticulação do osso Hioide. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA B - Inspeção de cabeça e língua: Fase preparatória: • Serrar os chifres; • Esfolar a cabeça; • Numeração da cabeça (ossos frontais); • Desarticulação da cabeça; • Lavagem do conjunto (fechado) cabeça e língua; • A cabeça e a língua devem ser apresentadas para a Inspeção unidas pela base da língua com a desarticulação do osso Hioide; Exame de Inspeção “Post Mortem” Técnicas de Inspeção de cabeça: • Exame visual de todo o órgão; • Um corte sagital em cada massa muscular (masseteres e pterigoideos); • Cortes de gânglios parotídeos e glândulas parótidas. Exame de Inspeção “Post Mortem” Técnicas de Inspeção de cabeça - Achados: • Contaminações; • Presença de larvas (Oestrus ovis, Coenurus cerebraralis e miíases); • Cisticercose (Cysticercus ovis); • Contusões; • Miosites; • Abcessos; • Linfadenite caseosas; • Adenites inespecíficas; • Parotidites. Exame de Inspeção “Post Mortem” Técnicas de Inspeção de língua: • Exame visual e palpação de todo o órgão; • Corte ventral dos músculos da língua; • Corte dos gânglios retrofaríngeos. Exame de Inspeção “Post Mortem” Técnicas de Inspeção de língua - Achados: • Actinobacilose ; • Sarcosporidiose (Sarcocystus tenella); • Cisticercose; • Abcessos; • Linfadenite caseosa; • Adenites inespecíficas. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA C – Cronologia dentária • Facultativa LINHA D – Trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero Fase preparatória: • Atamento do reto, operação que pode ser feita usando o próprio órgão, tracionado e esvaziado; • Atamento e deslocamento do esôfago, usando “saca-rolha”; • Evisceração cuidadosa. Exame de Inspeção “Post Mortem” Técnicas de inspeção do Trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero: • Exame visual e palpação; • Cortes dos gânglios mesentéricos em ovinos adultos, facultando-se em cordeiros. • Palpação dos gânglios em cordeiros; • Exame visual e palpação do esôfago, baço e útero. Exame de Inspeção “Post Mortem” Técnicas de inspeção do Trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero - Achados: • Contaminações; • Esofagostomose ( Oesophagostomum); • Pesquisa de abcessos; • Cisticercus tenuicollis; • Linfadenite caseosas; • Adenite inespecífica; • Sarcosporidiose; • Cisticercose; • Hidatidose • Esplenite; • Metrites ; • Alterações fetais. Taenia hydatigena→ HD cão Cysticercus taenuicollis→ ovinos Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA E – Exame do fígado: Fase preparatória: • Separação das demais vísceras e do diafragma; Técnicas de inspeção: • Exame visual e palpação de ambas as faces; • Abertura longitudinal dos ductos biliares com posterior compressão dos mesmos; • Corte do lóbulo caudal (facultativo) • Corte dos gânglios hepáticos; • Exame visuale palpação da vesícula biliar. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA E – Exame do fígado Achados: • Hidatidose; • Fasciolose; • Abcessos; • Linfadenites caseosas; • Litiases Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA F - Exame dos pulmões e coração Fase preparatória: • Retirada do pulmão com o coração mas separado do fígado e diafragma. Técnicas de inspeção dos pulmões: • Exame visual e palpação de ambas as faces; • Abertura longitudinal da traquéia até a bifurcação; • Corte dos gânglios; • Corte transversal do parênquima pulmonar na altura da base dos brônquios. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA F - Exame dos pulmões e coração Achados (pulmões): • Hidatidose; • Pneumonia; • Aspiração de sangue; • Abcessos; • Aspiração Ruminal; • Linfadenite caseosa e inespecíficas; • Bronquites. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA F - Exame dos pulmões e coração Técnicas de inspeção do coração: • Retirada do coração da sua inserção nos pulmões, inclusive as aurículas ; • Corte para abertura e desfolhamento do coração para observação sob chuveiro de água morna. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA F - Exame dos pulmões e coração Achados (coração): • Aderencias; • Cisticercose; • Pericardites; • Endocardites; • Sarcosporidiose Sarcocystis ou Sarcosporidiose Cistos esbranquiçados ovoides (semelhante grão de arroz) em músculo esquelético de HI (ovinos, caprinos, suínos) HD: carnívoros Sarcocystis – protozoário intracelular Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA G – Exame de rins Fase preparatória: • Os rins devem apresentar-se aderidos à carcaça e destituídos da cápsula. Técnicas de inspeção: • Exame visual e palpação de todo órgão; • Corte do órgão quando houver dúvidas ; Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA G – Exame de rins Achados: • Nefrites; • Cistos urinários; • Litiases; • Hidatidose; • Pielonefrites; • Congestão; • Infarto. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA H – Exame da parte caudal da carcaça Fase preparatória: • Esfolar toda a carcaça higienicamente preservando os gânglios Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA H – Exame da parte caudal da carcaça Técnicas de inspeção: • Exame visual da parte caudal da carcaça, interna e externamente; • Incisão dos gânglios pré-crurais, inguinais e ilíacos; • Palpação dos gânglios popliteos mediante incisão entre o semi- tendinoso e semi-membroso; • Em cordeiros torna-se facultativo a incisão dos pré-currais, inguinais; • Palpação dos gânglios isquiáticos tanto em cordeiros como adultos. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA H – Exame da parte caudal da carcaça Achados: • Linfadenites caseosas e inespecíficas; • Contusões; • Contaminações. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA I – Exame da parte cranial da carcaça Fase preparatória: • As carcaças devem ser apresentadas com o osso esterno aberto com a finalidade de ter facilitado as operações de evisceração e dar condições de visualização da pleura parietal durante as operações de inspeção. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA I – Exame da parte cranial da carcaça Técnicas de inspeção: • Exame visual da carcaça interna e externamente; • Incisão dos gânglios pré- escapulares; • Palpação e exame visual do diafragma. Exame de Inspeção “Post Mortem” LINHA I – Exame da parte cranial da carcaça Achados: • Aderências; • Pleurisias; • contaminações; • abcessos; • Cisticercose; • sarcosporidiose; • Cisticercus tenuicollis; • Linfadenites caseosas e inespecíficas. LINHA J – Carimbagem de carcaças As carcaças devem ser carimbadas após a lavagem; • Usar carimbo modelo nº 2 no traseiro , dianteiro e costelas, dispensando-se o da costela em cordeiros. Técnica de Inspeção Final Os trabalhos no Departamento de Inspeção Final (DIF), de uma maneira geral, seguem a técnica e os critérios para bovinos, inclusive, no caso da “Cisticercose” (Cysticercus ovis) com relação ao exame das vísceras, segue-se a mesma orientação para bovinos, ou seja, são examinados a cabeça, língua, coração, esôfago e porção central do diafragma. Quanto à carcaça, é indicada uma incisão profunda que se estenda ventralmente desde a axila até a extremidade do pescoço incluindo os músculos cervicais. CRITÉRIOS DE CONDENAÇÃO Art. 190. Na inspeção de ovinos e caprinos, além do disposto nesta Subseção e em norma complementar, aplica-se, no que couber, o disposto na Seção III deste Capítulo. Art. 191. As carcaças de animais portadores de Coenurus cerebralis (cenurose) quando acompanhadas de caquexia devem ser condenadas. Parágrafo único. Os órgãos afetados, o cérebro, ou a medula espinhal devem sempre ser condenados. CRITÉRIOS DE CONDENAÇÃO Art. 192. As carcaças com infecção intensa pelo Cysticercus ovis (cisticercose ovina) devem ser condenadas. § 1º Entende-se por infecção intensa quando são encontrados cinco ou mais cistos, considerando-se a pesquisa em todos os pontos de eleição e na musculatura da carcaça. § 2º Quando forem encontrados mais de um cisto e menos do que o caracteriza a infecção intensa, considerando-se a pesquisa em todos os pontos de eleição, as carcaças e os demais tecidos envolvidos devem ser destinados ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. CRITÉRIOS DE CONDENAÇÃO § 3º Quando for encontrado um único cisto, considerando-se a pesquisa em todos os pontos de eleição, a carcaça pode ser liberada para consumo humano direto, depois de removida e condenada a área atingida. § 4º Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados rotineiramente devem atender ao disposto nas normas complementares. CRITÉRIOS DE CONDENAÇÃO Art. 193. As carcaças de animais que apresentem lesões de linfadenitecaseosa em linfonodos de distintas regiões, com ou sem comprometimento do seu estado geral, devem ser condenadas. § 1º As carcaças com lesões localizadas, caseosas ou em processo de calcificação devem ser destinadas à esterilização pelo calor, desde que permitam a remoção e a condenação da área de drenagem dos linfonodos atingidos. § 2º As carcaças de animais com lesões calcificadas discretas nos linfonodos podem ser liberadas para consumo, depois de removida e condenada a área de drenagem destes linfonodos. § 3º Em todos os casos em que se evidencie comprometimento dos órgãos e das vísceras, estes devem ser condenados. BONS ESTUDOS E BOA PROVA!!!