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O COMPLEXO DO OMBRO YONARA TELES O Ombro • FUNÇÕES Primárias (posicionamento) Secundárias ( - Suspender o MMSS; - Prover fixação para que ocorra movimento da extremidade superior; - Servir de ponto de apoio para elevação do braço em planos. Anatomia • Componentes: 03 ossos ÚMERO CLAVICULA ESCÁPULA 04 Articulações: ESTERNO CLAVICULAR ACROMIOCLAVICULAR ESCAPULOTORÁCICA GLENOUMERAL ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR • Jogo articular entre manúbrio do esterno e clavícula • É uma articulação fraca, mas mantida de forma segura pelos fortes ligamentos que tracionam a extremidade esternal da clavícula para baixo em direção ao esterno. - Esternoclavicular anterior (evita deslocamento p cima) - Esternoclavicular posterior - Interclavicular (evita deslocamento lateral) - Costoclavicular (evita deslocamento lateral e para cima). - Outro fator: Escápula abduzir e girar p cima a clavícula vai elevar-se aproximadamente 40 graus. ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR • Articulação deslizante da parte lateral da clavícula com o processo acromial; • É separada por um disco fibrocartilaginoso; • Ligamento acromioclavicular • Ligamento coracoclavicular (mantém a posição da clavícula em relação ao acrômio). ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA • NÃO É UMA ARTICULAÇÃO VERDADEIRA • Movimento primordial para o processo articular do ombro • A contração de músculos que são inseridos a escapula no esqueleto axial ESSENCIAL NA ESTABILIZAÇÃO DA ESCÁPULA!! Articulação GLENOUMERAL (articulação esférica) • É uma articulação Diartrodial sinovial verdadeira; • Formada pela fossa glenóide da escápula e cabeça do úmero; ESTABILIZADORES • ESTÁTICOS LIGAMENTOS Produzem restrição importante na flexão, extensão e rotação do ombro. L. GU. Superior: limita a RE e translação inferior da cabeça do úmero com o braço pendente. L. GU Inferior: é tensionado quando o ombro está em Extensão, abdução e Rotação externa. é o controlador primário contra luxações; estrutura mais importante na estabilização do ombro para os movimentos acima da cabeça. • DINÂMICOS MÚSCULOS Determinam a estabilidade dinâmica a fim de compensar a disposição óssea e ligamentar que permite bastante mobilidade. DOIS GRUPOS: Primeiro Grupo: tem origem no esqueleto axial e inserção no úmero. Ex.: grande dorsal peitoral maior Segundo Grupo: tem origem na escápula e se inserem no úmero. Ex.: deltóide supra espinhoso redondo maior infra espinhoso coracobraquial subscapular redondo menor SUPRA ESPINHOSO • Origem: fossa supra espinhal • Inserção: Tubérculo maior • Inervação: N. supra escapular • Segmentação: C4 – C6 • Ação: abdução, (S) rotação externa e estabiliza a glenoumeral INFRA ESPINHOSO • Origem: fossa infra espinhal da escápula • Inserção: tubérculo maior do úmero • Inervação: N. supra - escapular • Segmentação: C4 – C6 • Ação: rotação externa (A) e estabiliza a glenoumera REDONDO MENOR • Origem: parte superior da margem lateral da escápula • Inserção: tubérculo maior do úmero • Inervação: N. axilar • Segmentação: C5 – C6 • Ação: rotação externa (A SUBSCAPULAR • Origem: fossa subescapular da escápula • Inserção: tubérculo menor do úmero • Inervação: N. subescapular • Segmentação: C5 – C7 • Ação: rotação interna (A), MANGUITO ROTADOR • São referidos como sendo ¨protetores¨ do ombro. • Funções importantes : Auxilia na rotação do ombro e do braço; Reforça a capsula glenoumeral; Controla parte significativa da artrocinemática ativa da articulação glenoumeral. ARCO CORACOACROMIAL • É formado pela região antero-inferior do processo do acrômio, ligamento coracoacromial e superfície inferior da articulação AC. • Movimento acima da cabeça o tendão do supra espinhoso passa por baixo do arco. BIOMECÂNICA • TRÊS GRAUS DE LIBERDADE - FLEXÃO E ABDUÇÃO - ROTAÇÃO INTERNA E EXTERNA - EXTENSÃO SÍNDROME DO IMPACTO • Charles Neer; • Compressão mecânica do músculo supra espinhoso, da bolsa subacromial e da cabeça longa do tendão do bíceps; • Série contínua e repetitiva de compressão ocasionando irritação e inflamação progredindo para fibrose e por conseguinte ruptura do tendão do manguito rotador. 03 ESTÁGIOS ESTAGIO I - pcts menos de 25 anos c relato de movimentos repetitivos acima da cabeça; - hemorragia localizada e edema com sensibilidade na inserção supra espinhal e na região anterior ao acrômio; - Arco doloroso entre 60 e 120 graus aumentado com resistencia em 90 graus. - Testes musculares que revelam enfraquecimento decorrente da dor (jobe, queda de braço, patte, gerber, teste de apley) - Reversível, geralmente se resolvendo com repouso, modificação da atividade de reabilitação. ESTAGIO II • Pcts entre 26 e 40 anos c/ relatos de movimentos acima da cabeça; • Achados clinicos igual a estágio I; • Piora da dor com atividade e período noturno; • Creptação de tecidos ou fisgada em 100 graus; • Restrição ao movimento passivo devido a fibrose; • Formação de osteofitos sob o acrômio e alterações degenerativas na articulação acromioclavicular; • Não reversível ao repouso. ESTAGIO III • Pacientes com mais de 40 anos com historia de tendinite crônica e dor prolongada; • Ruptura do manguito rotador, geralmente menor que 1cm; • Limitação na ADM ativo e passivo; • Frouxidão capsular importante com instabilidade glenoumeral; • Atrofia de infra e supra espinhoso; • Não reage a tto conservador – CIRURGICO! NERR DIFERENCIOU TAMBÉM DE IMPACTO “INTERIOR E EXTERIOR” • EXTERIOR - IDOSOS Contato do manguito rotador com ligamento coracoacromial ou com o acrômio. DESGASTE/ ABRASÃO/ INFLAMAÇÃO/ FIBROSE/ DEGENERAÇÃO SUPERFÍCIE SUPERIOR DO MR ESPAÇO SUBACROMIAL COMPROVAÇÃO DE PROCESSOS DEGENERATIVOS/ FORMAÇÃO DE ESPORÕES/ DIMINUIÇÃO DO ESPAÇO ARTICULAR DEVIDO A ALTERAÇÕES FIBROTICAS • EXTERIOR – JOVENS Praticantes de atividades acima da cabeça. O manguito vai colidir no lábio glenoidal postero- superiormemnte e na cabeça do úmero. INFLAMAÇÃO NA SUPERFÍCIE DO TENDÃO DO MANGUITO ROTADOR RUPTURAS POSTERO SUPERIORES DO LÁBIO GLENOIDAL LESÃO NA REGIÃO POSTERIOR DA CABEÇA DO ÚMERO POSTERIOR (LESÃO DE BANKART) MECANISMO DE LESÃO - Ocorre quando há comprometimento do espaço subacromial sob o arco coracoacromial; - Estabilizadores estáticos e dinâmicos não funcionam corretamente; - Movimentos repetitivos acima da cabeça; - Anormalidades congênitas ou alterações degenerativas sob o arco coracoacromial. FORMAS DO ACRÔMIO ACRÔMIO tipo III ou forma de gancho (GANCHOSO) Propensos a apresentar sinais de impacto • CONTINUAÇÃO MECANISMO DE LESÃO... - FROUXIDÃO CAPSULAR (diminuindo a função estabilizadora); - TENDINITE OU BURSITE subacromial (diminuindo o espaço sob o arco coracoacromial; - DESALINHAMENTO POSTURAL (o aumento da curva cifótica faz com que a glenóide se posicione de tal forma que o espaço coracoacromial diminua). - ALTERAÇÕES ADAPTATIVAS FUNCIONAIS QUE OCORREM COM ATIVIDADES REPETITIVAS ACIMA DA CABEÇA. CAUSAS Fatores extrínsecos: são aqueles relacionadoscom o impacto mecânico nas estruturas do arco coracoacromial. Uso excessivo (overuse); Hipovascularização tendínea. Fraqueza muscular; Fatores intrínsecos: são aqueles relacionados com as alterações fisiológicas das estruturas do espaço subacromial. Impacto subacromial primário; Instabilidade Glenoumeral; Impacto com o processo coracóide; Os acromiale; Impacto com o rebordo póstero-superior da glenóide; SINAIS E SINTOMAS Dor: Proporcional ao grau de inflamação. Pode ser espontânea e aumentar com os movimentos e está presente em todas as fases da lesão. Arco doloroso: dor presente na elevação do MS, em rotação interna entre 70 e 120 graus e que diminui após os 120 graus de elevação. Crepitação: É a rotura da bursa subacromial. Pode estar presente nas fases II e III de Neer. É um sinal de alerta importante. Pode ser palpado ou mesmo ouvido. Força muscular: diminuída nos movimentos de abdução e a rotação externa. Contratura (capsulite adesiva): Ocorre em cerca de 14% dos casos. DIAGNÓSTICO Anamnese: Idade; Mão dominante; Atividade esportiva e/ou profissional que exerce; Questões sobre os sintomas sentidos; Relação história/diagnóstico. Exames de imagem: Raio-x; RNM: US. Testes específicos: Teste de queda do braço. Teste de Jobe. Teste de Yergason. Teste Gerber Teste de Apley. OBJETIVO DA FISIOTERAPIA Diminuição do quadro álgico; Diminuir o quadro inflamatório; Devolver ao espaço subacromial sua integridade fisiológica; Restabelecer força aos músculos afetados; Reintegrar paciente à AVDs. TRATAMENTO • Pontos de Interesse para a reabilitação • Restauração da biomecânica normal da articulação do ombro abordagem na patomecânica e as alterações adaptativas para a ocorrencia dessa patologia. EXERCÍCIOS: - Fortalecimento dos estabilizadores dinâmicos e dos mm do manguito rotador comprimem e deprimem a cabeça umeral com relação a gelnóide; musculos inferiores do MR para recriar equilíbrio de força com o deltóide; Supra espinhoso para ajudar a compressão da cabeça do úmero dentro da glenóide; • Rotadores externos, infra espinhoso e redondo menor para recriar equilíbrio de força acoplada com o subscapular; • Serratil anterior, trapezio superior e levantador da escápula (eleva e roda a escápula p cima) ALONGAR: - rotadores externos (limitam a rotação interna) MOBILIZAR: - postero – anterior a articulação glenoumeral - Anterior, posterior, inferior e superior (esternoclavicular e acromioclavicular) - EXERCÍCIOS PENDULARES SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO O QUE É • São sintomas de membros superiores devido à compressão do feixe neurológico e/ou vascular na área do desfiladeiro torácico. • Região compreendida entre o pescoço e o tórax por onde passam nervos do plexo braquial (que inervam e dão sensibilidade no membro superior e região do pescoço), • artérias e vasos sangüíneos subclávios (que nutrem e drenam os membros superiores e parte da região do pescoço), • entremeados por tendões, músculos, ossos e também bandas fibróticas. FISIOPATOLOGIA • A Síndrome do Desfiladeiro Torácico tem com fator fisiopatológico, unicamente o fato de que o feixe vásculo-nervoso, ao sair do tórax para penetrar nos membros superiores, percorre um verdadeiro túnel onde a clavícula representa o seu teto, a primeira costela o assoalho e suas paredes laterais as bordas dos músculos escalenos. CLASSIFICAÇÃO • Compressão no triângulo escalênico (Síndrome dos Escalenos): neste ponto do desfiladeiro, a compressão pode ser arterial ou nervosa pois a veia subclávia passa anteriormente aos músculos escalenos. • Compressão entre a clávicula e primeira costela (Síndrome costo-clavicular): A artéria subclávia, a veia subclávia e/ou nervos do plexo braquial podem ser comprimidos. • Compressão pelo tendão do músculo peitoral menor: A artéria subclávia, a veia subclávia e/ou nervos do plexo braquial podem ser comprimidos. • Compressão por "costela" cervical: Compressão vascular ou nervosa por anomalia cogênita das vértebras cervicais. • Compressão por traumas. CAUSAS • Não ocupacional: • Lesões abertas traumatismos por arma, explosão ou outros objetos agudos ou perfurantes. • Lesões iatrogênicas do plexo por procedimentos cirúrgicos (região torácica) ou diagnósticos. • Lesão fechada - contusões na região do plexo: • Acidentes desportivos: lesão por queda no esporte; • Retrocesso brusco de arma de fogo tipo rifle ou escopeta pode produzir uma compressão do plexo contra estruturas subjacentes; • Paralisia por mochila - produzida pela compressão prolongada do tronco superior do plexo por mochila pesada ou mal adaptada. Dois mecanismos, individual ou simultaneamente, podem ser responsáveis por estas lesões: 1º) pressão direta sobre o complexo; 2º) compressão do plexo entre a clavícula e as estruturas subjacentes pelas correias fixadas ao ombro. CAUSAS • Lesão secundária a outra patologia - seqüela de fratura de clavícula ou primeira costela torácica. Pode ocorrer pela mesma força que produziu o traumatismo ou estar associada ao calo ósseo excessivo que pode reduzir o espaço costoclavicular e predição à aparição tardia de uma compressão nervosa neste nível. • Lesão por tração - as lesões por tração são inúmeras: • Técnicas obstétricas inadequadas (paralisias obstétricas); • Traumatismos cervical e de ombro pós-acidente de automóvel, motocicleta, etc.; • Paralisias pós-anestésicas devidas à distensão ou compressão do plexo durante a cirurgia. • Podem ser secundarias a uma posição inadequada do paciente - braço forçado a manter-se em posições extremas (abdução e rotação) durante prolongados períodos de tempo na cirurgia. SINAIS E SINTOMAS • Sintomas neurológicos (90 %). • Dores irradiadas a partir da coluna cervical para o braço, antebraço e mão. • Dor e hiperestesia de caráter migratório. • Alteração de sensibilidade e força na área do nervo ulnar (quarto e quinto dedos) • Sintomas vasculares (10%). • Edema e sensação de frio na mão. • Parestesia noturna. • Manifestações menores, mais com maior freqüência: - Resfriamento- Sensação de braço morto. DIAGNÓSTICO Se dividem em estático e dinâmico: • a) no estático: verifica-se as partes buscando espessamentos, pontos gatilhos. palpação óssea buscando uma costela cervical, inspeção de alterações trofismo e análise postural por posturas antálgicas ou mesmo alterações da biomecânica já estruturadas. • b) no dinâmico realiza-se pesquisas quanto a força muscular, mobilidades de coluna cervical, cintura escapular e os testes específicos como: Teste de Roses: que consiste em os dois braços abduzidos 90º cotovelos também a 90º e solicita-se movimentos ativos de abrir e fechar as mãos durante três minutos, a positividade é quando se tem que interromper antes do tempo. OBJETIVO FISIOTERAPEUTICO • Diminuição do quadro álgico; • Diminuição da contratura muscular; • Diminuição do edema; • Melhorar a postura; • Normalizar a circulação; • Normalizar o tônus muscular da cintura escapular; • Normalizar o trofismo muscular; • Aumentar a amplitude articular; • Fortalecimento muscular; • Retorno às AVDs. TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO • Cinesioterapia; • Exercícios para retencionamento da musculatura cervical; • Mobilização de escápula; • Mobilização passiva da coluna cervical; • Exercício ativo-resistidos dacoluna cervical; • Exercício de elevação e anteropulsão da cintura escapular ; • Exercício de flexão, extensão, abdução e adução da articulação escápulo-umeral; • Exercício ativo livre da cintura escapular e da coluna cervical; • Exercício de Codmam; • Laser; • Infra-vermelho • Ultra-som
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