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Unidade I COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Profa. Cláudia Palladino Apresentação da disciplina O entendimento do comportamento do consumidor em seus processos de compra leva: Ao entendimento de como o dinamismo do mercado e seu rápido desenvolvimento influenciam as tomadas de decisões por parte dos consumidores; À compreensão das razões que levam a escolha por determinadas marcas em detrimento de outras; Ao levantamento das informações necessárias à formulação de estratégias que satisfaçam necessidades e vontades do mercado-alvo. Introdução à disciplina Comportamento do Consumidor Imagine: Em todo o mundo, um bilhão de computadores tem em suas telas o ícone Windows. Bilhões de pessoas usam Microsoft Word, Microsoft Excel, Microsoft PowerPoint. Por quê? Nesse caso, a marca se tornou uma escolha natural (inconsciente e habitual) dos clientes. Ao conhecer o comportamento do consumidor e entender o processo de finalização de compras, compreende-se como uma marca se torna a escolha habitual de determinado público-alvo. Introdução à disciplina Comportamento do Consumidor Pessoas diferem umas das outras, porém todas precisam suprir as mesmas necessidades: alimentar-se, vestir-se, divertir-se etc. Definição de consumidor: Para Karsaklian (2004, p. 11), “ser consumidor é ser humano. Ser consumidor é alimentar-se, vestir-se, divertir-se... é viver”. Cobra (1997, p. 59) destaca que “cada consumidor reage de forma diferente sob estímulos iguais, e isso ocorre porque cada um possui uma ‘caixa-preta’ diferente”. Introdução à disciplina Comportamento do Consumidor Comportamento do Consumidor é uma disciplina recente. Tem início com as teorias de marketing na década de 1950. Pesquisas nessa área, como um campo de estudo específico, são influenciadas por Engel, Blackweel e Miniard, na década de 1960. Na década de 2010, multiplicam-se estudos e debates sobre temas inéditos: customização em massa; comportamento do consumidor da internet; antropologia do consumo; consumidor consciente, entre outros. Introdução à disciplina Comportamento do Consumidor Comportamento do consumidor: Definição de Schiffman e Kanuk (2000): conduta esperada na expectativa de atender às necessidades quando se realiza uma compra de produtos, serviços ou ideias. Solomon (2002, p. 24) entende como o “estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos”. Comportamento do consumidor e a gerência de marketing O entendimento das teorias do comportamento do consumidor requer o conhecimento de conceitos relacionados ao processo de compra, como a motivação: Dificilmente um indivíduo consome algo se não tiver motivação para comprá-lo. Estímulo que leva o ser humano a um objetivo almejado. Esse estímulo pode ser de: caráter interno ou externo; cunho fisiológico, psicológico ou social. Comportamento do consumidor e a gerência de marketing Os estudos de comportamento do consumidor se referem: à análise em profundidade dos motivos que levam a escolha de determinado produto em detrimento do outro; às necessidades secundárias, que englobam hábitos orientados por normas, princípios ou valores de uma sociedade ou grupo social. Exemplo: Comprar um casaco no frio = necessidade básica. Comprar um casaco de certa marca famosa, a preço elevado = necessidade secundária, de cunho psicológico e/ou social. Hábitos de consumo Acordar, tomar banho, tomar café, sair para trabalhar. Intelectual escrevendo um artigo ou pessoa jogando uma partida de xadrez. Analise as seguintes situações: Sequência de ações, em certa medida, mecânica. Não requer, em regra, nenhuma reflexão do que está sendo feito. Ações que requerem alta concentração e reflexão. Fonte: autoria própria Hábitos de consumo Ambas as situações: demonstram atitudes aprendidas; ocorrem, geralmente, por meio de repetição. O hábito: Assim que é aprendido, é ativado por um indutor, associado a um estímulo e a um contexto. Quando é formado, pode ser executado com pouca ou nenhuma intervenção consciente (de forma automática). Hábito Hábitos de consumo Voltando ao cenário das organizações: As empresas desejam que seus consumidores comprem seus produtos automaticamente, por hábito, sem que façam comparações. Hábitos de consumo Boa parte dos produtos líderes/marcas famosas está inserida em um processo de hábito automático; Os gerentes de produto buscam identificar os elementos que insiram os produtos nesse contexto; Algumas marcas são dominantes devido à inércia do mercado – os consumidores compram seguindo uma rotina; As mudanças do mercado, que em geral são lentas, levam à mudança das marcas líderes de mercado. Mente habitual e mente executiva Mente habitual: diz respeito ao nosso inconsciente; tem a ver com o que fazemos sem pensar. Ex.: fazer o mesmo percurso todos os dias. Mente executiva: nossa capacidade de racionalização; tem a ver com a necessidade de solução de um problema. Ex.: um imprevisto (como interrupção) surge no percurso diário. Mente habitual e mente executiva No momento da compra, o processo é o mesmo – hábito de compra. Os gestores de produtos atuam para interferir no hábito por meio de informações relacionadas à marca e sua qualidade, disponibilidade, excelência, localização etc. Manutenção do hábito Qualquer mudança em algum elemento do mix de marketing pode quebrar o hábito e levar o consumidor a uma nova análise. Da mesma forma, manter o produto desatualizado também poderá transformar o comportamento habitual (comparações em relação à concorrência). Portanto, é preciso articular com clareza qualquer mudança no mix para justificar as alterações. Interatividade Ao se relacionar comportamento do consumidor à elaboração de estratégias de mix de marketing, vale lembrar que: I. Modificações em mix de marketing podem desestruturar o hábito e levar o consumidor a novas considerações. II. Alterar o produto pode transformar o hábito do consumidor. III. Transformações no produto devem ter claras as suas razões. Está correto o que se lê em: a) I. b) II. c) III. d) II e III. e) I, II e III. Marketing comportamental Ambiente de marketing Constante mutação nos ambientes de canais de distribuição Desafio: Criar uma vantagem competitiva duradoura. Interferir na mente executiva. Estabelecer a mente habitual. Marketing comportamental Agir automaticamente ao efetuar compras, sem fazer questionamentos – processo chamado de marketing comportamental –, por Neale Martin. Para isso – formar um hábito –, o indivíduo deve passar por três etapas de comportamento: descoberta; compra; uso. Marketing comportamental Descoberta: 1o passo. É a descoberta do produto em si. Fundamental para a criação da mente habitual. Tarefa da empresa: melhorar o acesso do consumidor ao produto (exibição e distribuição). A marca deve ter apelos que chamem a atenção do consumidor. Apelos podem ser de ordem emocional, de percepção, de necessidade, de qualidade, de confiabilidade ou de preço. Marketing comportamental Compra: Momento de êxito. Se houver o impacto positivo, há a probabilidade de uma segunda compra. O marketing tem que criar estratégias que levam o consumidor a continuar comprando,desenvolvendo a mente habitual. Se o impacto for negativo, o processo é finalizado. Marketing comportamental Uso: Não basta comprar, o consumidor precisa usar o produto – desenvolver hábito de uso. A conveniência, ou a necessidade, é parte integral da formação de hábito. Marketing comportamental A mente habitual se forma com a constância das ações de marketing voltadas para a descoberta, a compra e o uso. Se algo for alterado: a mente executiva entra em atividade – o consumidor racionaliza a compra; pode haver rompimento do comportamento; portanto, o marketing precisa identificar o comportamento do consumidor. Marketing comportamental O marketing comportamental é dividido em quatro estágios críticos, cuja interligação cria a força do hábito: Contexto (do hábito): Razão e local para se dar o comportamento. Ex.: Hoje em dia, é possível ouvir música pelo rádio, internet, TV, celular ou por um tocador móvel. A forma de acesso é um hábito que pode ser criado a partir de um contexto. Operadoras de telefonia e fabricantes de celulares desenvolveram tecnologia para acesso à música por meio desse dispositivo. Marketing comportamental Treinamento É preciso treinar o comportamento advindo do hábito estabelecido até que o uso automático se desenvolva. Ex.: supermercados com self check-out e apoio de funcionários; em breve, não haverá mais o apoio. Marketing comportamental Reforço Depois de adquirido o hábito, é necessário o reforço. Reforços (incentivos) promovem a constância e geram um hábito. Esse processo tem que ser contínuo. Ex.: forma de comunicação, uma transação comercial agradável, atendimento rápido etc. Marketing comportamental Indutores: É a ativação de um hábito, que, por sua vez, ativará outras sensações e experiências. Um indutor pode estar associado aos sentidos do ser humano: visão, audição, tato, paladar ou olfato. Ex.: o aroma de determinada comida pode induzir o consumidor a fazer uma refeição naquele restaurante. Satisfação do consumidor Os consumidores formam expectativas antes da compra: Se o produto: não atender às expectativas, o resultado será insatisfatório; atender às expectativas, haverá uma reação neutra; superar as expectativas, os níveis de satisfação ficam bastante claros por parte dos consumidores. Dilema: é preciso prometer muito para conseguir uma venda, mas, para obter satisfação, é preciso prometer pouco e entregar muito. Gerência de marketing Comportamento do consumidor está relacionado à gerência de marketing por meio de suas cinco aplicações: posicionamento do produto; análise do ambiente; pesquisa de mercado; estratégia de mix de marketing; segmentação. Gerência de marketing Posicionamento do produto: a posição ocupada pelo produto no mercado é fator de influência sobre o consumidor. Se o produto ocupar uma posição privilegiada chamará mais atenção e o inverso também é verdadeiro. A projeção da oferta e da imagem da empresa deve ocupar posição competitiva de valor significativo e distrital nas mentes dos clientes-alvo. Características específicas podem diferenciar determinado produto com relação ao de seus concorrentes. Gerência de marketing Análise do ambiente Tem como principal objetivo detectar e prever futuras mudanças que possam ocorrer e de que maneira isso pode influenciar o consumidor. Pesquisa de mercado É realizada para: obtenção de informações sobre fatores que influenciam a aquisição e o consumo de determinados produtos, serviços ou ideias; medição de tendências motivacionais dominantes no mercado-alvo. Gerência de marketing Estratégia de mix de marketing O conhecimento e o nível de envolvimento do público-alvo podem definir decisões com relação a design, mensagens promocionais, preço e distribuição. Segmentação O conhecimento e o nível de envolvimento do público-alvo podem ser usados como uma importante variável de segmentação – mensagens e até mesmo produtos diferentes podem ser dirigidos a consumidores com níveis de conhecimento distintos. Interatividade O marketing comportamental é dividido em quatro estágios críticos, cuja interligação cria a força do hábito. Um desses estágios é o contexto que se refere: a) À razão e ao local para se dar o comportamento. b) À repetição do hábito para se tornar automático. c) Ao recebimento de reforços (incentivos) para promover a constância. d) À ativação do hábito, que, por sua vez, ativará outras sensações e experiências. e) À associação do hábito aos sentidos do ser humano. As teorias do comportamento do consumidor Entre as diversas áreas do conhecimento que embasam o estudo do comportamento do consumidor, destacam-se algumas correntes de pensamento, tais como: Método positivista; Método dialético; Visão estruturalista; Visão sistêmica; Visão fenomenológica. Positivismo Corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Principais idealizadores: Auguste Comte e John Stuart Mill. Entende a existência humana baseada em valores completamente humanos. Afirma que uma teoria é correta apenas com a comprovação por meio de métodos científicos válidos. Positivismo Ideia central: Lei dos três estados – níveis de concepção do entendimento humano sobre suas ideias e realidade: Teológico: realidade humana explicada por meios sobrenaturais; a imaginação se sobrepõe à razão. Metafísico ou abstrato: meio-termo entre a teologia e o Positivismo – busca da razão e destino das coisas por meio de entidades: o mercado, o povo etc. Positivo: busca pela forma como as coisas acontecem; a imaginação é subordinada à observação; busca-se apenas o visível e o concreto. Positivismo Ideias empiristas Representadas por Bacon, Locke, Mill e Hume (influenciadores do Positivismo). Apenas é científico o que é empírico – o que obedece aos critérios de observação, mensuração, previsão e repetição. Para nós: o comportamento de consumo deve ser analisado por meio de fenômenos observáveis. Ex.: disposição estratégica de produtos para que o público- alvo compre – indução ao consumo. Produtos voltados ao público infantil em prateleiras mais baixas. Método dialético Composto pelos estudos dos sociólogos Marx, Engels e Hegel. Dialética: método de diálogo cujo foco é a contraposição e a contradição de ideias que levam a outras ideias. Objetivo de investigação: a formação social (e não o ser humano de forma isolada), considerando que faz parte do comportamento humano ter condições objetivas e subjetivas, em um processo de tese (afirmação ou situação inicialmente dada) e antítese (uma oposição à tese). Método dialético A postura dialética tem originado raciocínios na área de consumo, sendo um deles a degradação ambiental causada pelo consumo desenfreado dos recursos naturais. A incoerência entre produção e consumo leva-nos à conclusão que quanto mais o ser humano busca felicidade e qualidade de vida, menos parece obtê-la. Portanto: há uma emergência nos estudos sobre consumismo e dos movimentos de consciência conhecidos como consumerismo. Método dialético Consumismo: Termo relacionado a variáveis psicológicas que pode abarcar desde um comportamento fútil relacionado ao estilo de vida até doenças graves como a falta de controle (compulsão, TOC etc.). Teoria do consumismo: examina a falta de controle de algumas pessoas – aquisição de produtos e/ou serviços, (coleções de sapatos, roupas e acessórios)sem real necessidade, muitas vezes sem destinação de uso e com consciência do comportamento, porém alegando controle sobre seus atos. Método dialético Consumerismo: Refere-se a todas as ações de indivíduos ou grupos buscando desenvolver a consciência sobre os males do consumismo. Alguns autores indicam o significado como sinônimo de consumismo. Em nosso estudo, adotamos consumerismo com oposto de consumismo. Visão estruturalista Corrente de pensamento inspirada no modelo da linguística e entende a realidade social como um conjunto formal de relações. Um dos métodos mais utilizados para análise da língua, cultura, filosofia da matemática e da sociedade na segunda metade do século XX. Lévi-Strauss, um de seus fundadores, vê o homem essencialmente como criador de linguagens que lhe permitem dominar todas as estruturas sociais. Visão estruturalista Modelo estrutural-funcionalismo: Visão: as organizações sociais de hoje existem porque são funcionais às necessidades da sociedade atual, e não por remanescerem do passado em que se originaram. Visão dos estruturalistas X globalização e consumidor: Os desejos e as expectativas são praticamente os mesmos em todo o mundo e diferem na forma de expressão em cada sociedade. Observa-se uma luta pela diferenciação (desejo de distinção) que caracteriza as sociedades econômicas modernas, dando sentido ao consumo. Visão sistêmica Do pensador Talcott Parsons (1951): Considera a sociedade como um grande organismo = ideia de sistema; A sociedade funciona por meio de sistemas e subsistemas – uma parte depende da outra; Os indivíduos são partes ou peças dessa grande engrenagem social; A sociedade é um sistema estruturado baseado em quatro subsistemas: cultural, social, econômico e político, que agem sobre o indivíduo; Embora os indivíduos tenham ações, elas só acontecem em função dos sistemas. Visão sistêmica Pela visão sistêmica, entender o comportamento de consumo requer a compreensão dos mecanismos que levam uma pessoa a comprar: o processo de compra; o modo de organização dos elementos participantes (o comprador, o usuário e o vendedor); as regras do sistema (prazos de entrega, de pagamento etc.). Poucas teorias sobre o comportamento de consumo desenvolvem uma visão sistêmica, talvez pela complexidade da tarefa. Visão fenomenológica Edmund Husserl (1859-1938) – filósofo, matemático e lógico. Fenomenologia: relaciona-se com a importância dos fenômenos da consciência, que devem ser estudados em si mesmos. Desse estudo surgiram: um método (o fenomenológico); uma teoria (existencialista) sobre o comportamento humano – o comportamento é imprevisível, porém compreendido e descrito dentro de alguns parâmetros mais amplos – os horizontes do corpo, das ideias, das relações com os outros, com os objetos e a natureza, com o tempo e com o simbólico. Interatividade É correto afirmar sobre o Positivismo: a) Afirma que uma teoria é correta apenas com a comprovação por meio de métodos científicos válidos. b) Tem como objetivo de investigação a formação social. c) É inspirado no modelo da linguística e entende a realidade social como um conjunto formal de relações. d) Considera a sociedade como um grande organismo. e) Relaciona-se com a importância dos fenômenos da consciência, que devem ser estudados em si mesmos. Teorias racionais sobre o comportamento do consumidor Primeiros estudos voltados para o comportamento do consumidor. Surgem no período das duas grandes guerras mundiais. Concentração dos questionamentos na área econômica (sentimentos e afeições humanas são secundários). Uma das teorias racionais mais conhecidas sobre o comportamento de consumo está voltada para a economia. Teorias econômicas e racionais Visão: Somente seria possível analisar e controlar o comportamento do consumidor sob o aspecto financeiro; O consumo é ditado por escolhas racionais sobre a disponibilidade dos produtos e dos recursos necessários para obtê-los; O comportamento do consumidor apoia-se na racionalidade econômica – disponibilidade financeira; As escolhas são pautadas pela busca do maior benefício ao menor custo possível; O fator renda é o único item estudado na teoria. Teorias econômicas e racionais Pesquisas demonstram relação direta entre renda das famílias e consumo de certas categorias de produtos – quem ganha mais compra produtos mais sofisticados. Portanto conforme a renda aumenta, consome-se muito mais os chamados produtos supérfluos. Teorias de ampla aceitação em função de: sua simplicidade teórica; suas facilidades metodológicas; seu apoio nos relatos dos consumidores; suas consequências práticas, criando medidas e previsões de comportamento. Teorias econômicas e racionais Em contrapartida, há muitas críticas: As amostras utilizadas permitem generalização – quem possui capital compra, quem não possui, não compra. Consideram pessoas racionais e conscientes de suas necessidades e dos caminhos que seguem para chegar a comprar ou não. Teorias econômicas e racionais Teoria do valor esperado Teoria de caráter mais simples. Visão: Após o consumidor ter definido o produto que será adquirido, ele irá considerar todas as alternativas financeiras, físicas e sociais. Assim, o consumidor constrói uma árvore de decisão para escolher a melhor opção pensando somente no aspecto financeiro. Teorias econômicas e racionais Teoria do processo de diminuição de incertezas Outra teoria relacionada ao campo das escolhas racionais, porém menos reducionista. É a situação em que processos lógicos da conduta humana irão guiar os passos decisórios. O consumidor tenta diminuir as dúvidas e as incertezas sobre o resultado final. Ex.: Contratação de uma consultoria, em que não se sabe exatamente quanto tempo irá durar e quanto será seu preço final (o orçamento pode sofrer variações). Teorias econômicas e racionais Teorias psicoeconômicas que admitem influências econômicas Seguem a linha de teorias econômicas, porém incorporam o meio social, com suas regras e seus valores, e o meio econômico como variáveis causais no processo racional do consumidor. Trata-se de abordagem mais complexa. Aqui, o consumo envolve situações externas à pessoa que pressionam e condicionam seu raciocínio. Não se trata, portanto, de mera questão do valor envolvido, nem um processo puramente racional. Teorias da motivação do comportamento do consumidor Consideram questões além do aspecto financeiro que motivam para o consumo; Motivação: começa com a presença de um estímulo que impulsiona pelo reconhecimento de uma necessidade. Impulso interno: característica física (orgânica): fome, sede, sono etc. – necessidades primárias; desejo de viajar ou de comprar um carro novo. Impulso externo: mensagem publicitária ou comentário de um amigo sobre um produto. Teorias da motivação do comportamento do consumidor Teoria de Freud (teoria psicanalítica) Estabelece que as motivações seriam responsáveis pela aceitação ou rejeição de produtos ou bens de consumo. Utilizada em marketing a fim de: estabelecer os motivos intrapsíquicos que levariam o homem ao consumo; para realizar um estudo dos apelos mais favoráveis em termos de propaganda. Pontos de destaque da psicanálise freudiana, quanto ao comportamento humano: os impulsos inconscientes e às defesas do psiquismo contra esses impulsos inconscientes. Teorias da motivação do comportamento do consumidorTeoria de Maslow e o consumo Teoria baseada na noção de uma hierarquia universal de necessidades humanas. Sugere que os desejos dos seres humanos obedecem a uma determinada escala de prioridade: um determinado desejo somente será suprido quando as necessidades dispostas no nível inferior estiverem satisfeitas. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado (decorrente do meio externo ou do próprio organismo). Essa teoria dá ideia de um ciclo: o ciclo motivacional. Teorias da motivação do comportamento do consumidor Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo. Uma necessidade não satisfeita não significa que o indivíduo permanecerá eternamente frustrado; De alguma maneira a necessidade será transferida ou compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal. Teorias da motivação do comportamento do consumidor Em síntese, as necessidades de Maslow englobam três tipos de motivos: os físicos; os de interação com os outros; os relacionamentos com o self. Os desejos mais altos da escala só serão realizados (ou realizáveis) quando os que estão mais abaixo estiverem mais ou menos satisfeitos. Teorias comportamentais (behavioristas) sobre o consumo Denominam-se teorias comportamentais ou de condicionamento as abordagens que buscam experimentalmente modelar o comportamento humano. O objeto de estudo engloba os fenômenos observáveis, eliminando, portanto, as emoções, os afetos e, evidentemente, qualquer noção de inconsciente. Teorias comportamentais (behavioristas) sobre o consumo Fundamentos da Teoria de Skinner Estímulos aliciadores do comportamento: apresentados antes da compra; pretendem levar uma pessoa a comprar (nem que seja uma vez apenas). Estímulos condicionantes do comportamento: apresentados depois da compra; pretendem fazer as pessoas continuarem a comprar ou aumentar sua frequência de compra. Um comportamento poderá ser incrementado se for sucedido de uma recompensa importante para o sujeito. Teorias comportamentais (behavioristas) sobre o consumo Ex.: oferecimento de sobremesa à criança por ter comido todo seu almoço: O trato feito antes do almoço é o estímulo aliciador. A sobremesa é o estímulo condicionante que vem imediatamente após o comportamento, reforçando-o. Estímulo reforçado: probabilidade de o mesmo comportamento ocorrer ou ter aumento de frequência, se for provado que esse mesmo estímulo estará presente e é importante para a pessoa. Promessas de prêmios, presentes ou brindes seguem essa mesma estrutura do estímulo eliciador e do reforçador. Teorias comportamentais (behavioristas) sobre o consumo Relações do behaviorismo com o marketing Propaganda: funciona como estímulos, buscando um lugar na consciência das pessoas. Benefícios (prêmios) em compras em determinadas épocas (Natal) – forma explícita de condicionamento. Objetivo: que as pessoas se tornem frequentadoras, mesmo quando não forem ofertados presentes. Estratégias são criadas com base na Teoria Behaviorista com o intuito de levar o consumidor a adquirir o hábito da compra por meio de presentes ou de promoções nos preços dos produtos oferecidos. Interatividade Estímulos aliciadores e estímulos condicionantes do comportamento são elementos de qual teoria? a) Do valor esperado. b) Do processo de diminuição de incertezas. c) Psicanalítica de Freud. d) De Maslow. e) De Skinner. ATÉ A PRÓXIMA! Unidade II COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Profa. Cláudia Palladino Comportamento do Consumidor Na unidade anterior, vimos o estudo do comportamento do consumidor e sua importância para os profissionais de marketing. Nesta unidade vamos analisar o que é preciso considerar na criação de estratégias de marketing e os fatores que influenciam o comportamento de compra: os fatores psicológicos, sociológicos e situacionais. O consumidor como indivíduo O consumidor como indivíduo sofre influência de quatro fatores psicológicos: percepção; motivação; aprendizagem; convicções. O consumidor como indivíduo Percepção: Processo pelo qual as pessoas selecionam, organizam e interpretam informações para formar uma imagem significativa do mundo. (KOTLER e ARMSTRONG, 2003) Portanto, é importante considerar o consumidor como indivíduo. Esse processo pode se dar de 3 diferentes formas entre os indivíduos: exposição; atenção; interpretação. O consumidor como indivíduo Motivação: Está relacionada com o anseio. O anseio leva o indivíduo à ação. Foi teorizada de diferentes formas por Freud, Maslow e Herzberg. O consumidor como indivíduo Aprendizado: Relaciona-se a experiências anteriores que podem ou não influenciar as decisões futuras. São convicções que representam certas noções preconcebidas que os consumidores têm sobre certas coisas. (GIANESI; CORRÊA, 1996, p. 69) Percepção A sensação está relacionada à reação imediata de nossos receptores sensoriais (olhos, ouvidos, nariz, boca e dedos) a estímulos básicos como a luz, a cor, o som, os odores e as texturas. Suas funções sensórias são: visão, audição, olfato, paladar e tato. Estímulo: qualquer unidade de informação que incita qualquer um dos sentidos. Ex.: o estímulo pode vir dos produtos, das embalagens, dos nomes de marca, de anúncios ou comerciais. Percepção A percepção: Concentra-se no que acrescentamos às sensações em estado bruto, dando-lhes significado. É descrita como a maneira como vemos o mundo à nossa volta. Dois indivíduos podem ser expostos aos mesmos estímulos sob as mesmas condições aparentes, mas a maneira como cada um reconhece, seleciona, organiza e interpreta esses estímulos é um processo individual baseado nas próprias necessidades, valores e expectativas. Percepção O entendimento da percepção tem implicações estratégicas para o profissional de marketing porque, muitas vezes, os consumidores tomam decisões com base no que percebem, e não na realidade. Percepção O processamento de informação pelos indivíduos passa por estágios e em que os estímulos são captados e armazenados. Porém, apenas um pequeno número de estímulos de nosso ambiente é notado. Desses, uma pequena parte recebe atenção. E dentre essas sugestões, as que realmente penetram em nossa consciência podem não ser processadas objetivamente. O indivíduo interpreta o significado de um deles de acordo com suas próprias percepções, concepções, necessidades e experiências. Percepção Estágios de exposição, atenção e interpretação que constituem o processo de percepção: Fonte: livro-texto Percepção Percepção subliminar Processo em que o estímulo está abaixo do limite ou do limiar do consciente, embora não abaixo do limite absoluto dos receptores envolvidos. Os estímulos que são demasiadamente fracos ou breves para serem vistos ou ouvidos conscientemente podem, contudo, ser bastante fortes para serem percebidos por uma ou mais células receptoras. Percepção Apesar de algumas evidências de que estímulos subliminares possam influenciar reações afetivas, não há indícios de que a estimulação subliminar possa influenciar o comportamento do consumo. Percepção Princípios da percepção seletiva. Consumidores selecionam mensagens de acordo com os estímulos recebidos do ambiente em que vivem e baseadas nas interações de suas expectativas e experiências vividas. Portanto, a percepção é forma como vemos o mundo à nossa volta. Podemos citar quatro conceitos relativos à percepção: Percepção Exposição seletiva: Os indivíduos: aceitam mais facilmente mensagens consideradas agradáveis ou com as quais simpatizam; evitam as mensagens desagradáveis ou consideradas ameaçadoras; captam, de modo seletivo, informações publicitárias que os asseguram do bom senso de suas decisões de compra. Percepção Atenção seletiva: O consumidor seleciona os estímulos colocados nos comerciais. Ao ver uma campanha publicitária, automaticamente é selecionado o que interessa e descartado o que não serve. A consciência se intensifica ante os estímulos que correspondem às expectativas. Há maior inclinação em perceber os anúncios de produtos que atendem necessidades e desconsiderar os que não interessam. Percepção Defesa perceptiva: Quando o nível inconsciente percebe algo ameaçador à natureza ou à necessidade do indivíduo, os estímulos são bloqueados e o nível consciente não percebe ou até exclui as sugestões consideradas ameaçadoras. Percepção Bloqueio perceptivo: Proteção natural frente a um bombardeio de estímulos vindos de mensagens recebidas diariamente. Razões: Autoproteção devido à quantidade de mensagens disponibilizadas. Enorme acesso à tecnologia (móvel e digital). Interatividade Qual alternativa indica assertivas corretas sobre percepção seletiva? I. A seleção de mensagens se dá de acordo com expectativas e experiências vividas. II. A exposição seletiva se refere a evitar mensagens desfavoráveis. III. A atenção seletiva se refere à seleção de estímulos dos comerciais. a) I, II e III. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I. Motivação Já vimos algumas teorias da motivação – agora, estudaremos as motivações básicas que levam o consumidor a comprar determinado produto. Motivação: Força impulsionadora que existe dentro dos indivíduos e que os impele à ação. (SCHIFFMAN; KANUK, 2000, p. 90) Refere-se ao processo que faz as pessoas se comportarem de modo ansioso ou inquieto quando almejam adquirir determinado produto. Ocorre quando uma necessidade é despertada e o consumidor deseja satisfazê-la. Motivação Assim que um desejo é ativado, um estado de tensão impulsiona o consumidor a tentar reduzi-lo ou eliminá-lo. Essa necessidade pode ser de natureza: Utilitária: tentativa de saciar algum desejo com objetivo funcional ou prático. Ex.: alimentar-se de produtos com poucas calorias para não engordar; ou Hedônica: envolve fantasias e emoções. Ex.: lembrar de uma experiência passada apenas sentindo um determinado aroma. Motivação Motivação positiva e negativa A motivação pode aparecer de forma positiva ou negativa e depender de diversas razões: sentir simpatia ou antipatia pela marca; estar motivado ou não a comprar; experiências anteriores com relação a uma dada situação; e até o estado de espírito do indivíduo. São as situações que podem levar ao consumo ou não: impulsos positivos de necessidade, vontades ou desejos; e impulsos negativos de medos ou aversões. Motivação Motivações racionais versus motivações emocionais. Nas teorias comportamentalistas, principalmente a behaviorista, o comportamento é estudado com distinção entre a emoção e a razão. O consumidor pode ser levado a comprar por motivos: Racionais (questões financeiras, de preço, tamanho ou quantidade); ou emocionais (critérios de escolha, normalmente pessoais e subjetivos, como questões estéticas). Motivação Dinâmica da motivação A motivação é altamente dinâmica e se modifica constantemente em reação às experiências da vida de cada pessoa. As necessidades e os objetivos se transformam, aumentam ou reduzem de acordo com as condições financeiras ou profissionais do indivíduo. À medida que alcança seus objetivos, nascem e aparecem novos. Caso o objetivo não seja alcançado, o indivíduo, por natureza, criará um novo, assim se mantém sempre motivado. Motivação O despertar das motivações A maioria dos anseios individuais permanece adormecida na maior parte do tempo. O despertar de qualquer conjunto de desejos, em determinado momento, pode ser causado por: Estímulos internos: encontrados na condição fisiológica do indivíduo; por processos emocionais ou cognitivos; estímulos do ambiente externo. Motivação Estimulação fisiológica As necessidades corporais são baseadas na condição fisiológica do indivíduo. A maioria dos sinais fisiológicos é involuntária, mas desperta vontades associadas que geram desconfortos até que sejam atendidas. Ex.: sede implica em hidratação o quanto antes, para que as sensações não causem mais incômodo. Motivação Estimulação emocional Devaneios despertam desejos latentes. Pensamentos tendem a despertar necessidades adormecidas, que podem produzir tensões desconfortáveis que a conduzem a um comportamento orientado a satisfazer seus objetivos. Ex.: um jovem que sonha com uma relação amorosa e agradável, pode ser estimulado a comprar flores à sua amada. Motivação Estimulação cognitiva Pensamentos casuais podem produzir a consciência cognitiva de necessidades. Ex.: um anúncio que proporcione lembranças de casa pode provocar desejos instantâneos de falar com os pais. Motivação Estimulação ambiental O conjunto de necessidades pode ser ativado por sugestões ambientais. Ex.: um jovem que use frequentemente o celular pode se deparar com um modelo novo, rico em recursos em uma vitrine. Essa visão pode gerar insatisfação e uma tensão que só será reduzida quando esse novo aparelho for comprado. Interatividade A motivação é altamente dinâmica e se modifica em reação às experiências da vida de cada pessoa. Portanto: I. Necessidades e objetivos se alteram de acordo com condições financeiras ou profissionais do indivíduo. II. À medida que alcança seus objetivos, surgem novos. III. Quando o objetivo não é alcançado, o indivíduo cria um novo. Está correto o que se lê em: a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) I. e) II. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Desde que nascemos, estamos imersos em um turbilhão de provocações que se originam de muitas fontes: internas ou externas. O estudo do consumo deve considerar o meio em que o indivíduo está inserido. O processo de compra, em geral, tem aspectos intrínsecos (individuais) que se inter-relacionam com a história social e cultural do consumidor, inclusive com o grupo social a que ele pertence. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Segundo Schiffman e Kanuk (2000, p. 267), a classe social é definida como: “a divisão dos membros da sociedade em uma hierarquia de classes sociais distintas, de modo que os membros de cada classe tenham relativamente o mesmo status, e os membros de todas as outras classes tenham status maior ou menor.” Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Classe social e status social. A medição da classe social pode ser feita em termos de status social – definição de cada classe social pelo status ocupado pelos membros em comparação com os de outras classes sociais: Riqueza relativa (volume de bens econômicos). Poder (grau de escolha pessoal ou influência sobre outras pessoas). Prestígio (nível de reconhecimento recebido de outras pessoas). Consumidores e seus ambientes sociais e culturais O estudo das classes sociais é importante porque leva a uma análisemais clara das características do produto e a um melhor planejamento voltado especificamente para uma determinada classe. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais O comportamento do consumidor inserido em um grupo social. Os seres humanos são animais sociais: Todos fazemos parte de determinado grupo; Buscamos agradar aos outros; Seguimos as pistas de como nos comportar, observando as ações dos demais à nossa volta. O consumo pode apoiar os indivíduos que queiram criar uma identidade diferente para alcançar um grupo social almejado. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Conceito e tipos de grupo: Para Mowen e Minor (2003), “um grupo é um conjunto de indivíduos que interagem entre si durante algum período de tempo e que compartilham uma necessidade ou um objeto comum”. Uma pessoa pode pertencer, desejar pertencer ou evitar em diferentes tipos de grupos: Grupo de referência: cujos valores, normas, atitudes ou crenças guiam o comportamento. Ex.: família, amigos etc. Grupo de aspiração: grupo ao qual a pessoa gostaria de pertencer. Grupo de dissociação: grupo ao qual a pessoa não quer se associar. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Apesar da imensa variedade, as teorias de tipologia se agrupam em alguns poucos fatores: o conjunto de variáveis demográficas; os traços de personalidade; os estilos de vida; as variáveis comportamentais específicas no momento da compra e do consumo. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Tipologia por critérios demográficos: divisão dos grupos humanos em variáveis mensuráveis, como idade, sexo, estado civil, ocupação, renda, local de moradia, número de filhos, posição na família, entre outros. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Tipologia por características da personalidade (ou traços psicológicos): Dividem-se em três grandes grupos: dos traços cognitivos; dos traços emocionais; dos traços atitudinais. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais A tipologia dos traços tem seus críticos e defensores: Os críticos alegam que os tipos de personalidade: Se espalham por muitas divisões, o que torna impossível acompanhar todas, não há correlações estatísticas entre traços de personalidade e variáveis de marketing, tais como modos de compra. O que existem são indícios de que as crenças e os valores mudam com frequência. Os defensores afirmam que os traços psicológicos são estáveis e têm maior valor de previsão do que a demografia ou os estilos de vida. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Traços cognitivos: São os responsáveis pelos processos típicos de raciocínio, de lógica e de padrão de solução de problemas. Consumidores e seus ambientes sociais e culturais Traços emocionais: Relaciona características como introversão ou extroversão que podem explicar o modo de compra e de consumo de determinados produtos e serviços. Para Jung, as pessoas expressam suas preferências por meio de comportamentos e podem ser classificadas em tipos psicológicos por suas preferências, características individuais, hábitos e iniciativas. Interatividade Há diferentes grupos aos quais se pode pertencer, desejar ou evitar: I. O grupo de referência é aquele ao qual se gostaria de pertencer. II. O grupo de aspiração guia o comportamento. III. O grupo de dissociação é aquele ao qual se quer evitar. Está correto o que se lê em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. As atitudes Atitude: Segundo Gade (1980) é a predisposição interna de um indivíduo de avaliação de determinado objeto ou aspecto, de forma favorável ou desfavorável, que decide o consumo. Apresenta componentes que implicam uma disposição para ação: cognitivo ou de conhecimento; afetivo (ligado ao sentimento); comportamental. As atitudes A influência da cultura no comportamento do consumidor: Cultura pode ser entendida como personalidade de uma sociedade. Inclui tanto ideias abstratas, como valores e ética, quanto objetos materiais e serviços (vestuário, alimentos, arte e esportes) produzidos por uma sociedade. É a acumulação de significados, rituais, normas e tradições compartilhados entre os membros de uma organização ou sociedade. As atitudes A cultura é o principal determinante dos desejos e do comportamento de uma pessoa. O comportamento humano é em grande parte adquirido. Ao crescer em uma sociedade, uma criança adquire valores básicos, percepções, desejos e comportamentos de sua família e de outras instituições importantes. Todo grupo ou sociedade possui uma cultura e a influência dela sobre o comportamento de compra pode variar muito de lugar para lugar. O fracasso no ajuste dessas diferenças pode resultar em um marketing ineficiente ou em erros embaraçosos. As atitudes Segundo Schiffman e Kanuk (2000), a partir do conhecimento de uma dada cultura, as empresas podem estudar o consumidor por meio de suas crenças, valores e costumes, o que pode ajudar no planejamento mercadológico; desse modo, essas organizações poderão prever a aceitação ou não de seus produtos. As atitudes Subculturas: Toda cultura insere por natureza as denominadas subculturas – grupos de pessoas que compartilham os mesmos sistemas de valor com base em situações e experiências de vida em comum. Entre as subculturas estão: pessoas com nacionalidades e religiões iguais; grupos de uma mesma etnia ou raça; ou pessoas que são de uma mesma região geográfica. Muitas subculturas constituem segmentos de mercado importantes, para os quais são desenvolvidos produtos específicos. Influências situacionais São episódios de prazo relativamente curto; Devem ser distinguidas: de fatores do ambiente cujo prazo é mais longo (como os efeitos da cultura); dos fatores pessoais que têm uma característica mais duradoura (como a personalidade de um indivíduo). Afetam a unidade de compra, a empresa e o próprio processo de troca. Influências situacionais Elementos situacionais: Ambientes físicos: Ex.: posto de gasolina apresenta ambientes criados para tornar a experiência o mais agradável possível (boa iluminação para intensificar a segurança). Tempo: algumas compras não são passatempos (abastecer o carro, ir à feira ou à farmácia etc.) Ex.: um serviço demorado em um posto, ou filas no supermercado podem influenciar a vontade dos clientes de retornar àquele estabelecimento. Influências situacionais Tarefa: (ou dever) que justifica a razão da compra. Ex.: o alerta de nível baixo de combustível ativado nos chama a atenção para a necessidade de buscar um posto de serviços. Uma das estratégias é aumentar o número de razões situacionais para que os consumidores se tornem seus clientes – lojas de conveniência, lanchonetes, caixas eletrônicos, a fim de satisfazer outras necessidades situacionais. Influências situacionais O ambiente social: Motivos sociais podem explicar por que as pessoas saem às compras. Adquirir produtos pode ser uma experiência social importante para os consumidores (encontrar novas pessoas). Interatividade A cultura: I. É o principal determinante dos desejos e do comportamento de um indivíduo. II. Tem a ver com os valores básicos, percepções, desejos e comportamentos adquiridos ao se viver em um grupo social. III. É pertinente a todo grupo ou sociedade. Está correto o que se lê em: a) I, II e III. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) II.ATÉ A PRÓXIMA! Unidade III COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Profa. Cláudia Palladino Processos de informação Mais que altos investimentos em campanhas publicitárias, a mensagem deve chamar a atenção do consumidor. Como prender a atenção do consumidor: esse é o tema central desta unidade. Processos de informação Laços emocionais entre marca e consumidor criados com base na informação captada pelos sentidos fundamentam o branding. Meios de captação de informações pelos consumidores Visão Audição Paladar Olfato Tato Processos de informação Portanto: Ações devem resultar do trabalho simultâneo dos sentidos, tornando-as parte da experiência de vida dos consumidores. A linguagem a ser transmitida deve ser voltada para um público específico (crianças ou adultos etc.). Processos de informação As marcas e a estimulação dos sentidos humanos: Audição (recursos sonoros): Ouvir (sentido fisiológico em si) ≠ escutar (filtrar, ser seletivo, lembrar e responder a mensagem). Som: Relaciona-se à emoção; Poderosa ferramenta de branding. Música: pode evocar lembranças/sensações passadas. Ruído “natural” do produto: pode compor o branding. Ex.: biscoito fresquinho. Processos de informação Visão: Sentido mais poderoso; É o mais utilizado pelos profissionais de marketing. Ícones: São usados como “sinônimo” da marca; Diferencia a marca das demais (cor, forma, design ou qualquer outro aspecto visual próprio da marca); Deve permitir um reconhecimento instantâneo, remetendo o consumidor à lembrança do produto. Processos de informação Tato (toque): Sensação responsável pela formação da percepção da marca; Relaciona-se ao tipo de qualidade atribuída ao produto. Processos de informação Olfato (odores): Essências evocam imagens, sensações, lembranças e associações; É possível identificar inúmeros cheiros nos ambientes; Testes revelam melhoria do humor relacionada a um aroma agradável; Aroma: fator relevante na aceitação ou na rejeição de uma marca. Processos de informação Paladar (sabor): Diretamente interligado ao olfato; Design organoléptico: Técnica de incorporação de sabor e aroma na concepção dos produtos; Assegura a sinergia entre o que é saboreado e cheirado com o que é escutado, tocado e visto; Tenta-se traduzir nas embalagens as sensações e as percepções dos consumidores – trazer a experiência real do consumidor. Processos de informação Kotler e Keller (2006, p. 7) explicam a ideia de experiência: Magic Kingdom (Walt Disney World): visita a um reino de fadas, navio pirata e casa mal-assombrada. Jogar beisebol com grandes craques seniores; Reger a Orquestra Sinfônica de Chicago por cinco minutos; Escalar o monte Everest. Processamento de informação É influenciado por três fatores, descritos nos seguintes níveis: Processo de percepção; Nível de envolvimento do consumidor; Memória. Processamento de informação Processo de percepção: Processo de atenção e compreensão de uma informação exposta; É composto por 3 estágios: 1. Exposição do indivíduo a um estímulo adequado – correta combinação de conteúdo, meios e canais. Seletividade: quanto mais envolvimento com o produto, maior a permissão do consumidor à exposição de mensagens. Processamento de informação 2. Atenção: Concentração no estímulo para processamento; A capacidade cognitiva é direcionada para o estímulo; A informação é processada conscientemente; Maior probabilidade de decisão pela compra. Processamento de informação 3. Compreensão: Organização e interpretação da informação para captação do seu significado; Organização perceptiva: processo de percepção de formas, figuras e linhas do mundo visual; Interpretação: processo de agregação de significado com base em experiências, memórias e expectativas; Quanto mais o consumidor compreender um anúncio, mais será persuadido por ele. Processamento de informação Nível de envolvimento do consumidor: É a importância percebida na aquisição e consumo de um produto, serviço ou ideia; Determinante para o processo exposição + atenção + compreensão + memória; Quanto maior o envolvimento, mais motivação para captar, compreender e elaborar as informações que levam à compra. Processamento de informação Fatores que influenciam o nível de envolvimento do consumidor: O tipo de produto; As informações enviadas; A situação na qual o consumidor está inserido; A personalidade do consumidor. Processamento de informação Memória: Componente final do modelo de processamento de informação; Orienta os processos de exposição e atenção, permitindo aos consumidores anteciparem os estímulos de contato; Auxilia no processo de compreensão ao armazenar o conhecimento: A base de conhecimento é acessada para que o indivíduo entenda o significado do estímulo. Interatividade Com relação à seletividade é correto afirmar: I. Relaciona-se à exposição do indivíduo a um estímulo adequado. II. É a concentração no estímulo para processamento. III. Refere-se à organização e à interpretação da informação para captação do seu significado. Está correto o que se lê em: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I. e) II. Processos de tomada de decisão do consumidor Antes de efetuar uma compra, os consumidores passam por um processo de decisão. Do século XVIII até a década de 1970, considerava-se que as pessoas: Reconheciam um problema Buscavam soluções Avaliavam alternativas Escolhiam entre opções Avaliavam os resultados da escolha Movimento linear no processo de tomada de decisão Processos de tomada de decisão do consumidor Final da década de 1970: Questionamento do movimento linear de decisão; Ideia que em muitas circunstâncias não há um processo para a tomada de decisão. Processos de tomada de decisão do consumidor Ideia tradicional: os consumidores executam um certo processo para decidir uma compra. Novo entendimento: os consumidores podem passar por todos os estágios do processo de decisão, Pode ocorrer altos níveis de processamento de informações. Vamos analisar o modelo de Howard e Sheth (1969): Processos de tomada de decisão do consumidor As expectativas do consumidor Processo de consumo: Tem início com as experiências vividas ao longo da vida; Remonta às expectativas mais básicas da existência humana; Em marketing: os conceitos mais importantes remetem às expectativas, que levam ao futuro. As expectativas do consumidor O termo “expectativa”: É mais adequado que desejo ou necessidade; Tem a ver com a liberdade de cada um atender aos seus anseios. Ex.: eu compro determinado modelo de carro porque: Quero impressionar alguém. Tem alta qualidade. Tem desempenho. É o que eu posso pagar. As expectativas do consumidor Portanto: Não basta conhecer os modos de compra e a razão de uso de um produto; Precisamos conhecer as experiências e as expectativas que levam à busca e à compra do produto; Sem esse conhecimento, é difícil adaptar ou incrementar produtos para a satisfação do consumidor. Alternativas para escolha do produto Aprendizagem do consumidor Aprendizagem: Mudança de comportamento que decorre de experiências; Pode: Resultar de simples associações entre um estímulo e uma resposta; Ocorrer mediante uma série complexa de atividades cognitivas. É explicada por duas linhas de pensamento: as Teorias Comportamentais e Cognitivas. Alternativas para escolha do produto Teorias Comportamentais: a aprendizagem é uma resposta aos estímulos que podem ser observados e divididos em: Condicionamento clássico; Condicionamento operante ou instrumental; Aprendizagem observacional (substitutivo). Teorias Cognitivas: a aprendizagem decorre de um processamento mental. Alternativas para escolha do produto Condicionamento clássico (Pavlov): Refere-se ao reflexo condicionado e não condicionado; Experiência com um cão, uma campainha e carne: O cão saliva ao ver a carne – reflexo não condicionado; O cão passa a salivar ao ouvir a campainha, que soa antes de receber carne – reflexo condicionado. Explica a associação de um estímulo a outro; Base de algumas estratégias de marketing – transferência de associações positivas (marcas de família de produtos). Alternativas para escolha do produto Condicionamento operante ou instrumental (Skinner): A aprendizagem se dá por meio de tentativa e erro; Resultados positivos (recompensas) provocam a repetição do comportamento; É a associação entre um estímulo e a sua consequência; O consumidor avalia produtos e promoções baseado nas recompensas e desempenha comportamento instrumental. Alternativas para escolha do produto Aprendizagem observacional: A aprendizagem se dá com a observação do comportamento de terceiros (processos mentais) – experimentação considerada interessante e importante; O comportamento do consumidor é resultado da observação de uma ação com recompensa; Inclui o aprendizado pela transmissão da experiência de terceiros – o boca a boca. Interatividade O processo de consumo: I. Tem início com as experiências vividas ao longo da vida. II. Remonta às expectativas mais básicas da existência humana. III. Deve ser conhecido para ser possível adaptar ou incrementar produtos que satisfaçam o consumidor. Está correto o que se lê em: a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. Alternativas para escolha do produto Memória do consumidor A memória: influencia os estágios de percepção: exposição; atenção; compreensão. Permite que os consumidores se antecipem e se exponham seletivamente aos estímulos recebidos. Alternativas para escolha do produto Conceito mais usual de Memória: Capacidade de evocar situações passadas a partir de um estímulo presente; Tem a ver com o armazenamento de informações aprendidas; Modo de codificação das informações percebidas: determina como serão armazenadas na memória. Alternativas para escolha do produto Sistemas de memória desempenham papel importante na retenção e no processamento de informações provenientes do mundo externo: Memória sensorial; Memória temporária; Memória permanente. Alternativas para escolha do produto Memória sensorial: Um estímulo ativa as fibras nervosas nos órgãos sensoriais (visão, som, toque, cheiro ou gosto); Impulsos elétricos resultantes do estímulo das células nervosas compõem a memória sensorial. Alternativas para escolha do produto Memória temporária: Local onde a informação é temporariamente armazenada enquanto é processada; Ex.: lembrança de um comercial de televisão. Memória permanente: Tem capacidade ilimitada de armazenar definitivamente a informação. Atitudes do consumidor Consumidores apresentam atitudes diversas em relação a produtos, serviços, anúncios, mala-direta, internet e varejo; É estratégico avaliar as atitudes predominantes para entender o comportamento do consumidor – vide as novas tendências. Ex.: crescimento das vendas de cosméticos naturais: Tendência: crença de que o que é “sintético” é ruim; A verdade: não há evidência sistemática de que esses produtos sejam melhores. Atitudes do consumidor Pesquisa de atitudes: Visa: determinar se os consumidores aceitarão a ideia de um novo produto; avaliar a razão que fez o público-alvo não reagir favoravelmente a um novo tema promocional; verificar a propensão dos clientes-alvo a reagir a uma modificação na embalagem do produto. Atitudes do consumidor Atitude: É o quanto há de afeição ou sentimento a favor ou contra um estímulo; Difere de crença – é um conhecimento cognitivo acerca de um objeto; Em comportamento do consumidor: é a predisposição aprendida, que poderá ser favorável ou desfavorável em relação a um dado serviço, produto, oferta etc. Atitudes do consumidor Atitudes são armazenadas na memória permanente e atendem a quatro funções importantes para os consumidores: Função utilitária: Determina que as pessoas expressem sentimentos para maximizar as compensações e minimizar as punições recebidas. Ex.: um vendedor pode aprender que fazer comentários positivos dirigidos ao cliente significa maior chance de venda. Atitudes do consumidor Função de defesa do ego: Papel de proteção das verdades a respeito de si ou das realidades desagradáveis do mundo. Ex.: fumantes que expressam atitudes positivas em relação ao fumo para se defender dos malefícios do cigarro. Atitudes do consumidor Função conhecimento: Diretrizes para simplificar a tomada de decisão. Ex.: consumidores podem desenvolver atitudes em relação à vestimenta dos vendedores ou em relação a lojas com música suave e decoração aconchegante. Explica os efeitos da fidelidade à marca; Conhecer a marca/produto evita longos e desgastantes processos de busca de informação sobre marcas alternativas. Atitudes do consumidor Função de expressão de valor: Os consumidores são capazes de expressar seus valores centrais; É identificada nos casos de roupas de marca para afirmação de algo sobre si mesmas. Atitudes do consumidor Ideia comum: as atitudes são aprendidas e resultam: da experiência direta com o produto; de informações verbais obtidas de outras pessoas; de exposição de propaganda e diversas formas de marketing direto. Importante: atitudes resultam do comportamento, mas não são sinônimos de comportamento; Assim como levam em direção a um produto, também podem afastar. Interatividade A memória sensorial se refere: I. A um estímulo que ativa as fibras nervosas nos órgãos sensoriais. II. A um local onde a informação é temporariamente armazenada enquanto é processada. III. À capacidade ilimitada de armazenar em definitivo a informação. Está correto o que se lê em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. Perspectivas do processo de compra Há 3 perspectivas responsáveis pela tomada de decisão de compras: Perspectiva da tomada de decisão; Perspectiva experimental; Perspectivas da influência comportamental. Perspectivas do processo de compra Perspectiva da tomada de decisão: A compra se dá porque existe um problema a ser solucionado. Raízes dessa abordagem: psicologia cognitiva e na ciência econômica. Perspectivas do processo de compra Perspectiva experimental: Compras não são feitas apenas com base na razão. Diversão, emoções e sentimentos também são impulsos para as compras. Raízes dessa abordagem: psicologia experimental e nas várias áreas da sociologia e da antropologia. Perspectivas do processo de compra Perspectivas da influência comportamental: Forças ambientais extremas impulsionam as compras: promoção de vendas; normas culturais; ambiente físico; pressões econômicas.Perspectivas do processo de compra Formação de crenças, atitudes e comportamentos: Crença: Pensamento descritivo que uma pessoa mantém a respeito de alguma coisa; Estabelece imagens a respeito de um produto, gerando um comportamento; Ex.: reputação de produtos vindos de outros países (eletrônicos japoneses). Perspectivas do processo de compra O estudo de crenças e atitudes e sua relação com o comportamento tem implicações importantes para a estratégia promocional. A promoção de um produto depende do processo de compra do mercado-alvo. Perspectivas do processo de compra Estratégias promocionais baseadas no tipo de processo de compra do consumidor Ação Meio Alto envolvimento Enfatizar crenças sobre atributos e benefícios do produto Aprendizagem cognitiva. Uso de propaganda impressa e venda pessoal. Estimular a afeição Demonstrações e propaganda, com uso de condicionamento clássico. Perspectivas do processo de compra Estratégias promocionais baseadas no tipo de processo de compra do consumidor Ação Meio Baixo envolvimento Enfatizar o desenvolvimento das crenças sobre os atributos do produto Repetição de mensagens simples. Associar displays de ponto de venda à propaganda. Expor produto e displays em áreas de tráfego intenso. Perspectivas do processo de compra Estratégias promocionais baseadas no tipo de processo de compra do consumidor Ação Meio Experimental / impulso Enfatizar a diversão e os sentimentos que podem ser obtidos Pela ação de experimentar o produto e o serviço Enfatizar a criação de sentimentos positivos em relação ao produto Condicionamento clássico Perspectivas do processo de compra Estratégias promocionais baseadas no tipo de processo de compra do consumidor Ação Meio Influência comportamental Utilizar técnicas de promoção de vendas, como prêmios, descontos, amostras ou cupons Perspectivas do processo de compra Em muitos casos, o objetivo é persuadir por meio da mudança das atitudes e das crenças preexistentes. Persuasão: tentativa explícita de influenciar crenças, atitudes ou comportamentos. É possível que os consumidores: dificilmente ajam sem a influência de atitudes e crenças sobre um objeto; já tenham um sentimento inicial positivo ou negativo em relação a um novo produto ou serviço; Portanto, sempre há a intenção das organizações em persuadir – em lançamentos ou não. Interatividade A perspectiva experimental se relaciona à compra que se dá em decorrência: I. Da necessidade de resolver um problema. II. De impulsos relacionados ao prazer ou emoção. III. De forças ambientais extremas. Está correto o que se lê em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. ATÉ A PRÓXIMA! Unidade IV COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Profa. Cláudia Palladino Comportamento do consumidor: processo de pós-compra Processo de pós-compra: Refere-se à avaliação de um produto ou serviço, a partir: da disposição do produto; do serviço prestado; das experiências obtidas na compra; das ideias que o consumidor tinha a respeito daquela determinada marca. Comportamento do consumidor: processo de pós-compra Na pós-compra pode ocorrer satisfação ou insatisfação com a aquisição feita; Portanto, o marketing não termina no ato da compra. Comportamento do consumidor: processo de pós-compra Tópicos importantes que englobam o processo de pós-compra: Uso ou consumo do produto; Satisfação ou insatisfação do consumidor: Se ocorrer insatisfação, haverá a reclamação. Disposição do produto; Formação de fidelidade à marca. Comportamento do consumidor: processo de pós-compra Observação Kotler e Armstrong (2003) alertam que: conquistar novos clientes custa entre cinco a sete vezes mais do que manter os já existentes; o esforço na retenção de clientes é um investimento que irá garantir aumento das vendas e redução das despesas. A experiência de consumo Experiência do consumo: Conjunto de conhecimentos e sentimentos experimentados por uma pessoa durante o uso de um produto ou serviço. É composta por: Uso do produto: Observar a forma de uso pode levar ao desenvolvimento de melhorias ou a mudanças. Ex.: alteração da embalagem para facilitar o uso – caso da tampa de frascos de requeijão. A experiência de consumo Consumo de atuação: Tem a ver com desejar, ansiar, projetar uma autoimagem; Assim, cada personalidade envolvida representaria um papel. A experiência de consumo Impacto dos estados de espírito: Estado de ânimo ou estado de espírito: estado que uma pessoa apresenta em seu dia a dia e que pode variar temporariamente de maneira positiva ou negativa. Pode ter um impacto significativo na lembrança da marca escolhida – favorável ou desfavorável. Influencia o consumo de um produto ou marca. Músicas podem influenciar o estado de ânimo e, por conseguinte, a avaliação do produto em consumo. O desenvolvimento da satisfação e da insatisfação pós-compra Sentimento de satisfação ou insatisfação: é desenvolvido durante e depois do consumo. Satisfação do consumidor: atitude positiva referente a um produto ou serviço após sua compra e uso. É essencial manter ou intensificar a satisfação do cliente. O desenvolvimento da satisfação e da insatisfação pós-compra Estudo recente sobre nível de satisfação de clientes de empresas suecas: Período: 5 anos. Aumento anual de satisfação do cliente: 1%. Aumento do retorno sobre o investimento da empresa: 11,4%. Conclusões: Clientes satisfeitos = influência positiva nos fluxos de caixas futuros. Programas de avaliação de satisfação devem ser tratados como investimentos. O desenvolvimento da satisfação e da insatisfação pós-compra Do ponto de vista gerencial: Os gerentes devem conhecer e satisfazer as necessidades dos consumidores. Hoje, satisfazer o consumidor em primeiro lugar passa por questões como: Postura de responsabilidade social e ambiental; Atendimento simultâneo de: satisfação do consumidor; interesse público; lucro da empresa. O desenvolvimento da satisfação e da insatisfação pós-compra O fator ambiental é de importância vital: Mostra a necessidade de adaptação das organizações; Obriga as empresas a redirecionar seus modelos de negócio para se expandirem. Em resposta, as empresas estão mudando sua visão empresarial por meio de: Novos objetivos; Estratégias de investimentos e de marketing; Aprimoramento de seus produtos à nova realidade do mercado global (postura ecológica coerente). O desenvolvimento da satisfação e da insatisfação pós-compra Certificado ISO 14.000: Também denominado “selo verde”; É direcionado às questões relativas à proteção ambiental; Resulta da preocupação da sociedade com o meio ambiente; Para ser adquirido, as empresas devem comprovar preocupação com o meio ambiente em todo o seu processo produtivo (comunidade local, ar, água e consumo energético). O comportamento de reclamação do consumidor A reação mais plausível de consumidores insatisfeitos é reclamar; Porém, estudos sobre o comportamento de reclamação do consumidor mostram que poucos clientes insatisfeitos se manifestam publicamente contra a empresa. Vejamos uma pesquisa específica: O comportamento de reclamação do consumidor Amostra de 2.400 domicílios: Cerca de 1 a cada 5 compras resulta em algum grau de insatisfação; Dos insatisfeitos, 50% tiveram alguma atitude de crítica; A atitude de reclamar depende, em parte, do tipo de produto ou serviço: Produtos baratos e de compra frequente: menos de 15% dos consumidores insatisfeitos tomam alguma atitude; Bens de maior durabilidade: mais de 50% dos consumidores insatisfeitos reclamam; Produto com maior probabilidade de devolutiva negativa: vestuário (+ 75%). Interatividade Podemos afirmar sobre o processo de pós-compra: I. Refere-se à avaliação de um produto ou serviço, do ponto de vista da sua disposição, entrega, experiências e expectativas. II. Nesse momento, pode ocorrer satisfação ou insatisfação. III. É o momento em que se encerram os esforços de marketing. Está correto o que se lê em: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I. e) II. Descarte do produto Após o consumo, ó consumidor pode: manter o produto; livrar-se dele permanentemente ou por algum tempo. Cada uma dessas alternativas desdobra-se em outras: Manter o produto Livrar-se do produto definitivamente Continuar a usar Jogar fora Dar um novo uso (escova de dente velha para engraxar sapatos) Doar Guardar como recordação (roupa usada em ocasião especial) Trocar Vender Descarte do produto Outra questão relacionada ao descarte do produto é o tratamento do lixo resultante das nossas compras; Volume de lixo produzido e os danos ambientais provocados = preocupação pública, apesar da lentidão da tomada de consciência; Em geral, os consumidores têm atitudes positivas em relação aos programas de redução de lixo e reciclagem. Descarte do produto Resultados da reciclagem: São expressivos tanto no campo ambiental quanto no econômico e social; Volume de redução de resíduos: ainda bastante variável; Produção de novos materiais que podem reduzir a acumulação progressiva de resíduos e danos: Produção de papel e corte de árvores; Emissão de gás metano e gás carbônico decorrente da fabricação de alguns produtos; Agressões ao solo, ar e água; Etc. Descarte do produto Reciclagem: Do ponto de vista econômico: contribui para o uso racional dos recursos naturais. Do ponto de vista social: Proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas; Pode gerar fidelidade a uma determinada marca. Fidelidade à marca A fidelidade a uma marca está intimamente ligada à satisfação do consumidor e ao seu comportamento de reclamação. Fidelidade à marca: Grau em que um consumidor mantém uma atitude positiva em relação a ela, estabelecendo um compromisso e mantendo a intenção de compra. Diretamente influenciada: pela satisfação ou insatisfação na aquisição; pelas percepções da qualidade do produto. Fidelidade à marca Fidelidade: fenômeno específico para cada produto. Consumidores fiéis a uma marca em certa categoria de produto podem ou não ser fiéis em outras categorias de produto. Estratégias de promoção de vendas podem inibir a fidelidade à marca: Consumidores que compram por causa da promoção e não pelas qualidades do produto, podem se acostumar a comprar apenas quando houver promoções. Porém, a longo prazo, qualidade e propaganda são os principais fatores para a criação da fidelidade. Fidelidade à marca Modificações em produtos, serviços, preços ou canais impactam as marcas. Marca: representa a soma total da experiência do cliente com um produto ou empresa. Uma pequena violação na promessa é o suficiente para quebrar a confiança. Entretanto, hábitos são persistentes e desenvolvem sua própria inércia, como já vimos anteriormente. Fidelidade à marca Evasão em massa de clientes, quando as empresas reduzem a qualidade de um produto ou serviço não é comum: A grande maioria continua a comprar o produto – inércia, poucos se dão conta das mudanças; Grandes evasões (maiores a 5%) denotam erro e forçam a empresa a voltar atrás e corrigi-lo. Fidelidade à marca Segundo relatório da Radiological Society of North America, marcas conhecidas ativam respostas emocionais positivas no cérebro. Essas ativações são independentes da categoria de produtos. Nosso cérebro: é condicionado pela marca, não pelo produto; tem afetadas as áreas associadas à autoidentificação e à recompensa. Fidelidade à marca Pessoas não são fiéis às marcas como são a amigos/cônjuge; O cliente não acha que esteja traindo uma empresa se comprar outra marca ou em loja concorrente; Os clientes são fiéis à marca de confiança porque esses produtos simplificam suas escolhas; Segundo um estudo de Cooper e Kaplan (1991), até 95% dos clientes insatisfeitos retornam quando as reclamações são atendidas positivamente e de modo rápido. Fidelidade à marca Componente-chave da capacidade da marca em automatizar compras: atributos físicos (nome, design ou símbolo); Hábitos são criados mediante a repetição de comportamentos sob as condições ou contextos estáveis; Portanto, qualquer estímulo associado ao contexto pode se tornar um indutor de comportamento; As marcas podem se tornar indutoras ou parte do comportamento habitual ativado por um indutor. Fidelidade à marca A Intel enfrentou um problema de marketing bastante desafiador: como alavancar sua imagem de marca favorável quando o produto principal é invisível para o cliente que o compra? Eficácia da campanha Intel Inside: combinou uma propaganda altamente visível com a logomarca da empresa do lado de fora do computador. Comunicação e comportamento do consumidor Há muitas formas de definir comunicação. A mais comum entre os profissionais de marketing é: transmissão de uma mensagem de um remetente (transmissor) para um destinatário (receptor) por meio de um canal de transmissão; Além desses quatro componentes básicos – há um quinto componente essencial na comunicação: o feedback (retorno da informação); O feedback alerta o remetente sobre o êxito do envio da mensagem. O remetente Remetente ou transmissor: É o iniciador da comunicação. Pode ser uma fonte formal ou informal. Fontes formais tendem a representar uma organização; Fonte informal: pode ser um consumidor ou um amigo, alguém que dá informações ou recomenda algum produto – o boca a boca. O remetente Fontes informais: São muito usadas por serem consideradas isentas – o remetente não tem ligação com a marca, não tem nada a ganhar. Redes sociais: Meios propícios para indicações; As empresas devem estimular a troca de comunicação positiva sobre seus produtos e serviços. O remetente Segundo estudo da consultoria Accenture (2010): a propaganda “boca a boca” é a mais poderosa fonte de informações dos consumidores brasileiros sobre produtos e serviços. No Brasil: 85% dos consumidores tiveram contato com produtos e serviços por meio de pessoas conhecidas. 66% consideram essas informações recebidas relevantes para suas decisões de compras. Interatividade Verifique quais são as afirmações corretas: I. Hábitos podem ser desenvolvidos com a repetição de comportamento. II. Um estímulo associado ao contexto pode se tornar um indutor de comportamento. III. Marcas podem ser indutoras de comportamento. a) I. b) I e II. c) I, II e III. d) II e III. e) III. O destinatário Destinatário de comunicações formais de: Cliente final; Um cliente potencial de determinada empresa (intermediários e profissionais liberais que fazem indicações); São alvos dos fabricantes; Objetivo da propaganda: persuadi-los a comprar e estocar mercadorias.Público em geral – denominados não visados: destinatários individuais; interpretar a mensagem de acordo com suas próprias percepções e experiências. O meio Meios de comunicação de massa: jornais, revistas, outdoor, rádio, televisão, cinema, internet etc. Meios interativos: Redes sociais; Permitem a transmissão de mensagens online e retorno imediato – feedback – positivo ou negativo; A rapidez do feedback permite mudanças em sua estratégia com maior celeridade, evitando a perda financeira (ou de público). O meio O marketing digital permite a formatação de um grande banco de dados; Após a veiculação de qualquer mensagem via meio interativo, é possível coletar informações que permitem a análise do comportamento dos consumidores; Assim, é possível direcionar mensagens e obter mais ou novas vendas. O comportamento do consumidor na internet O início da internet: Canal de informação para fins militares e pesquisas universitárias. Tornou um canal de informação aberto ao público graças à popularização do computador pessoal e desenvolvimento da TIC. O comportamento do consumidor na internet Rapidamente, o marketing percebeu a possibilidade de atingir públicos: Amplo acesso a anúncios; Apoio em promoção de vendas. Marketing eletrônico: Possibilita negociações e comercializações; Gama de ferramentas para informar, persuadir, vender, atender e conversar com os consumidores, tanto pessoas físicas quanto consumidores organizacionais. O comportamento do consumidor na internet A informação está se tornando o centro das ações de marketing. Drucker (2001, p. 51) afirma que a era da tecnologia é a era da informação. Matéria-prima das empresas: informação de curtíssimo prazo de validade. Situação de trânsito – informação instantânea, mas de curta validade. O comportamento do consumidor na internet Existem centenas de ferramentas de marketing digital, mas nem todas são adequadas às diversas empresas e setores. Chave para o sucesso de e-marketing: combinação do marketing tradicional com as novas ferramentas online, de acordo com as características de cada organização. O comportamento do consumidor na internet A internet é, portanto, um canal de compra completo. Vantagens do comércio eletrônico percebidas pelos consumidores: Comodidade: possibilidade de encomendar produtos em qualquer lugar, a qualquer hora. Informação: capacidade de armazenamento e exibição de grande volume de descrições e preços de produtos. Respostas às condições de mercado: atualização rápida pelas empresas de descrições e preços. Menor desgaste entre os participantes: os consumidores não precisam lidar com vendedores que tentam pressioná-los. A mensagem Mensagem: Pode ser verbal (falada ou escrita); Não verbal (fotografia, ilustração ou um símbolo); Combinação de ambas. Mensagem verbal: normalmente, contém mais informações específicas do produto (ou serviço) que a não verbal; Mensagem verbal combinada a uma mensagem não verbal pode ser mais persuasiva. A mensagem Informações não verbais: Ocorrem nos meios de comunicação impressos ou eletrônicos; Podem tomar a forma de comunicação simbólica; Logotipos ou símbolos são associados exclusivamente a determinada marca e para alcançar alto grau de reconhecimento. A mensagem Ex.: Coca-Cola Company registrou: Marca Coke, em estilo tipográfico específico Formato de garrafa Reconhecimento instantâneo como símbolos do refrigerante mais vendido da empresa. O feedback Feedback (retorno da informação): componente essencial das comunicações interpessoais e impessoais: Retorno rápido da informação que permite ao remetente reforçar, substituir ou modificar a mensagem para garantir a compreensão desejada. Presencialmente, o feedback pode ser expressões faciais, movimento do corpo, mensagem falada. Pela internet: feedback imediato ao consumo de determinado produto, por mensagem escrita ou em vídeo. Interatividade Entre as vantagens do comércio eletrônico para obtenção de vantagem competitiva, destaca-se a informação. Qual alternativa se relaciona a essa vantagem? a) Possibilidade de encomendar produtos, em qualquer lugar, a qualquer hora. b) Capacidade de armazenamento e exibição de grande volume de características de produtos. c) Atualização rápida de descrições e preços. d) Inexistência da necessidade dos consumidores lidarem com vendedores insistentes. e) Atualização rápida da formatação do produto. O marketing de relacionamento Marketing de relacionamento ou pós-marketing: Para MacKenna: Construção e sustentação de infraestrutura de relacionamentos de clientes. Integração dos clientes com a empresa desde o projeto, desenvolvimento de processos industriais e de vendas. Para Vavra: Processo de garantia de satisfação contínua e reforço aos indivíduos ou organizações que são clientes atuais ou que já foram clientes. O marketing de relacionamento O comportamento do consumidor: É mais que tomar uma decisão de compra nem no próprio ato de comprar; É o conjunto de experiências associadas à utilização e ao consumo de produtos e serviços: Inclui-se, ainda, a sensação de prazer e satisfação derivada de possuir ou de colecionar coisas. O marketing de relacionamento Entre outras coisas, o consumir compreende: A simples utilidade de um produto de melhor qualidade; A redução do estresse proporcionada pelas férias; A segurança de se possuir um imóvel; Os prazeres de um hobby. O marketing de relacionamento A compra: É o momento de troca de valor, quando duas partes negociam a satisfação de suas expectativas. Implica que a situação presente das partes envolvidas é o fator que determina o modo de compra. O momento da compra é, portanto, o instante mais importante do relacionamento entre o fornecedor e o consumidor. Assim, as empresas investem em seus técnicos para que também se tornem profissionais de relacionamento. O marketing de relacionamento O marketing de relacionamento impacta as decisões dos consumidores e sobre sua satisfação de consumo. Programas de marketing de relacionamento estimulam a lealdade de utilização e o comprometimento com seus produtos e serviços. O marketing de relacionamento O conceito do Marketing de relacionamento gira em torno: da construção de confiança entre empresa e clientes; da manutenção das promessas feitas aos consumidores. A ênfase no marketing de relacionamento está: no desenvolvimento de vínculos de longo prazo; no fazer os consumidores se sentirem especiais fornecendo serviços personalizados. O marketing de relacionamento Regras fundamentais para a utilização do marketing de relacionamento na busca por vantagem competitiva, segundo Drucker: O relacionamento com o cliente é de responsabilidade da empresa. Qualquer reclamação ou conflito é provocado por uma falha empresarial. A empresa deve perguntar-se constantemente o que pode ser feito para facilitar e melhorar a vida de seus clientes. O marketing de relacionamento Kanter enfatiza alguns aspectos no relacionamento com cliente: Conhecer profundamente o cliente. Tornar o cliente conhecido por todos os funcionários da empresa. Ele não deve aguardar que alguém o identifique e solucione seus problemas adequadamente. Transformar o cliente em sócio de um clube exclusivo: proporcionar atividades e recursos que só os clientes da empresa têm acesso. Medição de satisfação do cliente Relacionamentosbem-sucedidos com clientes exigem prática constante e intensas técnicas de pós-marketing: Coleta de informações a respeito dos clientes; Mensuração da satisfação do cliente. Medição de satisfação do cliente Oferecer satisfação por meio de produtos e serviços requer conhecimento das expectativas dos clientes. Os programas de mensuração de satisfação devem: apontar níveis de satisfação; fornecer conhecimento a respeito das expectativas dos consumidores. Interatividade O Marketing de Relacionamento: I. Exerce forte impacto nas decisões dos consumidores e na sua satisfação de consumo. II. Tem ênfase no desenvolvimento de vínculos de longo prazo. III. Gira em torno da construção de confiança entre empresa e clientes. Está correto o que se lê em: a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. ATÉ A PRÓXIMA!