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Mycobacterium TAXONOMIA • FAMÍLIA: Mycobacteriaceae • GÊNERO: Mycobacterium • Complexo Mycobacterium tuberculosis • É constituído pelas espécies: Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium bovis Mycobacterium africanum Mycobacterium microti • Complexo Mycobacterium avium Mycobacterium avium Mycobacterium intracellulare Mycobacterium paratuberculosis Mycobacterium sylvaticum Mycobacterium lepramurium CARACTERÍSTICAS GERAIS • Bacilos finos, retos ou ligeiramente encurvados. • Aeróbios estritos; • Não móveis, não formadores de esporos; • Sobrevivem em secreções como expectorações; • Parede celular rica em lipídios; • Resistentes a vários antibióticos e desinfetantes. PAREDE CELULAR ACIL PORINAS LIPÍDIO LAM ARABINO LACTOSE ÁCIDO MICÓLICO Composição da parede • PEPTIDEOGLICANA • ARABINOGALACTANA faz a ligação do peptideoglicano aos lipídeos • ÁCIDOS MICÓLICOS Ácidos graxos com 60 a 90 átomos de Carbono • LIPÍDEOS FROUXAMENTE LIGADOS Fator corda, cera D, sulfolipídeos, • lipoarabinomanana, glicolipídeos • PROTEÍNAS Tuberculina ( PPD ) B.A.A.R.: BACILOS ÁLCOOL ÁCIDOS RESISTENTES • Esfregaço corado pela FUCSINA; • Aquecer a lâmina muito suavemente até emissão de vapores por 3 vezes(5 minutos); • Descorado pela mistura de álcool (97,0 mL) e ácido clorídrico (3,0 mL) (2 minutos); • Corado pelo AZUL DE METILENO.(1 a 2 minutos) • As bactérias que mantém a FUCSINA = BAAR permanecem coradas de vermelho; • As demais coram-se de AZUL Coloração de Ziehl Neelsen B.A.A.R.: BACILOS ÁLCOOL ÁCIDOS RESISTENTES Coloração de Ziehl Neelsen • FUNDAMENTO A característica destas bactérias de possuírem paredes celulares com alto teor de lipídeos (cerca de 60 % , principalmente de ácido micólico), que quando tratadas pelo corante Fucsina fenicada, coram-se de vermelho e persistem ao descoramento subseqüente por uma solução de Álcool-ácido forte (diferenciador). • As outras bactérias, que não possuem tais paredes celulares ricas em lipídeos, têm a sua coloração pela Fucsina descorada pela solução de Álcool-ácido e coram-se em azul pela coloração de fundo do Azul de metileno (contra- corante). Mycobacterium: Parasitas intracelulares MACRÓFAGO BACTÉRIA TUBERCULOSE Tuberculose: Mycobacterium tuberculosis • Não possui flagelos e não produz esporos. • Aeróbios estritos • Reservatório humano • Crescimento lento: com tempo de geração de 15 a 20 horas. • O período de incubação varia de seis semanas até muitas décadas, dependendo das condições de saúde de cada indivíduo. TUBERCULOSE: FATOR CORDA Este fator inibe a migração dos leucócitos, induz a formação de granulomas crônicos e pode atuar como um adjuvante imunológico. TUBERCULOSE: DIAGNÓSTICO • Baciloscopia direta do escarro - Esfregaço de escarro corados pelo método de Ziehl- Neelsen. • Cultura de escarro ou outras secreções: - Diagnóstico específico e testes de sensibilidade aos antibióticos; - Meios de cultura especiais: Lowestein – Jensen e Ogawa • Pesquisa de reações de hipersensibilidade tardia (Prova tuberculínica) - Teste de mantoux – sensibilidade à tuberculina • Radiografia do tórax - Severidade e progressão da doença. • Tomografia computadorizada do tórax • Broncoscopia • Exame anátomo-patológico (histológico e citológico) • Exame sorológico e de biologia molecular (rápida identificação das espécies). COLORAÇÃO ZIEHL - NEELSEN Mycobacterium tuberculosis: CULTURA COLÔNIASÉM ÁGAR LOWESNTEIN JENSEN, APÓS 8 SEMANAS DE INCUBAÇÃO. CRESCEM LENTAMENTE, SÃO RUGOSAS E TÊM COR AMARELADA. Teste tuberculínico TUBERCULOSE: EXAME RADIOGRÁFICO PULMÃO NORMAL -A TUBERCULOSE QUE PROVOCA A FORMAÇÃO DE TUBÉRCULOS NOS TECIDOS ATINGIDOS, PODENDO CAUSAR DESTRUIÇÃO TISSULAR. -O R-X MOSTRA TUBERCULOSE PULMONAR EM ESTÁGIO AVANÇADO COM MUITAS ÁREAS OPACAS DE TAMANHOS VARIADOS. AS SETAS INDICAM AS CAVIDADES FORMADAS COM O AVANÇO DA DOENÇA. TUBERCULOSE: DIAGNÓSTICO • Observação • O exame sorológico anti-HIV deve ser oferecido o mais cedo possível a todo indivíduo com diagnóstico estabelecido de tuberculose, independentemente da confirmação bacteriológica. • Os casos de tuberculose associados ao HIV devem ser encaminhados para unidades de referência (serviços ambulatorial especializado), em seu município ou em municípios vizinhos, para serem tratados para os dois agravos (TB/HIV). TUBERCULOSE: ETIOLOGIA • A Tuberculose humana pode ser causada por: Mycobacterium tuberculosis. • No Brasil, o principal agente etiológico: M. tuberculosis, sendo raras as doenças pulmonares por outras micobactérias. • Os bacilos são relativamente resistente à ação de agentes químicos, mas sensíveis a agentes físicos: _ Radiação ultravioleta _ Calor. TUBERCULOSE - PATOGENIA • M. tuberculosis: sobrevive e prolifera no interior de células fagocitárias (macrófagos). • Considerados parasitas intracelulares. • Ingestão ou inalação dos bacilos; • Em pessoas susceptíveis origina nódulo ou tubérculo afetando primeiramente os pulmões e os gânglios linfáticos. • Tuberculose extra - pulmonar: rins, ossos, pele Formas clínicas Imunidade TUBERCULOSE – SINAIS E SINTOMAS • Início lento; • Mal – estar; • Fadiga; • Emagrecimento; • Tosse; • Febre e sudorese noturna; • Escarro e hemoptise: associado as cavitações pulmonares avançadas. TRATAMENTO PROFILAXIA TUBERCULOSE: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA • RELACIONADO PRINCIPALMENTE COM AS MÁS CONDIÇÕES SOCIAIS DE MUITOS PAÍSES DA ÁFRICA, ÁSIA E AMÉRICA LATINA. • A OMS ESTIMA QUE DAS 8 MILHÕES DE PESSOAS QUE CONTRAEM TUBERCULOSE, A CADA ANO, CERCA DE 95% VIVEM EM PAÍSES POBRES. • CERCA DE 3 MILHÕES MORREM POR ANO DE TUBERCULOSE. TUBERCULOSE: NO MUNDO • Em países industrializados – começou aumentar desde a metade da década de 80; • Alta taxa de imigração proveniente de países com alta incidência de tuberculose e deterioração dos sistemas de saúde; • Infecção pelo HIV; • Emergência de bacilos multiresistentes, como resultado de mutações do M. tuberculosis. SITUAÇÃO BRASIL: HOJE Definição: “ É uma doença infecto-contagiosa, sistêmica, provocada por um bacilo (bacilo de Hansen).É de evolução lenta e se manifesta por sinais e sintomas dermatoneurológicos” Agente Etiológico • A Hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, que é um parasita intracelular com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, onde se multiplica (11 – 16 dias). • O M. leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade Transmissão • Vias aéreas • Contato com feridas abertas de doentes não tratados Apenas 10% das pessoas não são resistentes. Após a inalação: • Destruição • Defesa • Disseminação Incubação : 2 a 7 anos Manifestações neurológicas• Diminuição da sensibilidade local • Sensação de anestesia (dolorosa e térmica) O comprometimento dos nervos provoca: • Diminuição da força muscular • Atrofia e contratura dos pés e mãos (inclusive dedos) • Ressecamento dos olhos • Lesões de mucosas Diagnóstico • Exames laboratoriais 1. Baciloscopia 2. Teste de Mitsuda Sinais e Sintomas Dermatológicos • Máculas pigmentadas ou discrômicas • Infiltração • Tubérculo • Nódulo * As lesões SEMPRE apresentarão alteração de sensibilidade (hipoestesia ou anestesia). Sinais e Sintomas Neurológicos Lesões no nervos periféricos. • Dor e espessamento dos nervos periféricos • Perda de sensibilidade (principalmente olhos, mãos e pés) • Perda de força muscular (principalmente pálpebras, MMSS e MMII) Diagnóstico – Exame Clínico Uma pessoa com Hanseníase apresenta uma ou mais das características: • Lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade • Acometimento de nervo(s) com espessamento neural • Baciloscopia positiva Roteiro de diagnóstico clínico • Anamnese- história clínica e epidemiológica • Avaliação dermatológica (face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas) • Avaliação neurológica: identificação de neurites, incapacidades e deformidades. • Classificação do grau de incapacidade física • Testes de sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa) Principais nervos periféricos acometidos • FACE: Trigêmio e facial • BRAÇOS: Radial, Ulnar e Mediano • PERNAS: Fibular comum e tibial posterior Palpação dos troncos dos nervos periféricos Formas Clínicas • Formas Paucibacilares (não contagiosa) 1. Hanseníase Indeterminada 2. Hanseníase Tuberculóide • Formas Multibacilares (contagiosas) 1. Hanseníase Virchowiana 2. Hanseníase Dimorfa Hanseníase Indeterminada • Máculas circunscritas hipocrômicas (braços, nádegas, coxa e tronco) • Perda dos anexos • Anestesia • Aumento da sudorese • Curável Hanseníase Tuberculóide • Lesões avermelhadas, assimétricas e circunscritas. • Sensibilidade abolida • Alopécia • É estável, benigna com bom prognóstico Hanseníase Dimorfa • É instável • Acometimento dos nervos periféricos • Lesões em placas delimitadas e avermelhadas por todo o corpo • Nódulos pardacentos • Orelha lepromatosa Hanseníase Virchowiana • Extremamente contagiosa • O bacilo vai se localizar em regiões mais frias • Máculas e nódulos • Lesões assimétricas no tronco e na face (facies leonina) Hanseníase Virchowiana (continuação) • Comprometimento dos ns. Periféricos • Ulcerações • Mãos em garras • Auto-amputação • Olhos: Logoftalmo, Ectrópio e Entrópio Deformidades nas mãos Tratamentos • Medicamentoso (poliquimioterapia: Dapsona, Clofazimina, Rifampicina, Etionamida) • Fisioterapia (prevenção e tratamento de incapacidades físicas) • Cirurgia reparadora e de transferência
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