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Sistemas de produção de l itleite Prof. Sandra Gesteira Coelho Departamento Zootecnia Escola de Veterinária Departamento Zootecnia Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais sandragesteiracoelho@gmail.comsandragesteiracoelho@gmail.com Sistema extensivo- gado mantido o ano inteiro nos pastos sem cuidados de alimentação seja na época de pastos, sem cuidados de alimentação, seja na época de chuvas ou seca • pastagens mal divididas; • as instalações são precárias (retiro barracão ou currais);as instalações são precárias (retiro, barracão ou currais); • os animais não tem características raciais definidas; • a ordenha é realizada uma vez ao dia;a or nha r a za a uma z ao a; • as vacas vão ao curral duas vezes ao dia - pela manhã para a ordenha e à tarde para apartação dos bezerros; • o aleitamento e a desmama são naturais; • os touros são mantidos a pasto com as vacas; ã i ã d l b h • não existe a preocupação de suplementar o rebanho com ração e sal mineral; • o controle sanitário é deficiente; e• o controle sanitário é deficiente; e • não existe escrituração zootécnica. As conseqüências deste tipo de As conseqüências deste tipo de criação são:ç • Animais com temperamento mais agressivo; • Observa-se queda rápida na produção de leite q p p ç após o parto; • Observa-se longos intervalos entre partos;Observa se longos intervalos entre partos; • A idade a primeira cria é tardia. Sistema extensivo • Sistema de custos reduzidos apresentando desta forma baixo risco apresentando desta forma baixo risco financeiro uma vez que utiliza apenas as d d lpastagens para produção do leite. • As oscilações de preço do leite difi il t d t dificilmente provocam mudanças neste sistema. Correções necessáriasCorreções necessárias • Seleção e descarte de animais• Seleção e descarte de animais • Recuperação e/ou formação e conservação de pastagens; • Divisão de pastos e aguadas; F ã d i i i l t ã d il f ã• Formação de capineiras, canavial, construção de silos e fenação; • Sombreamento de pastagens; • Utilização de duas ordenhas diárias com controle de produção; • Separação completa entre bezerros e vacas fora da hora da ordenha; • Separação entre touros e vacas para melhor controle de d ãreprodução; • Administração de concentrados as vacas em lactação no período da seca; Ad i i t ã d l i li d• Administração de sal mineralizado; • Controle sanitário; • Controle zootécnico; e • Melhoria das instalações. Estas medidas vão provocar a necessidade p de: • Manejar as pastagens;j p g • Observar a taxa de lotação; • Fazer reserva para inverno; F l t ã i• Fazer suplementação no inverno; • Decidir se deve ou não inseminar os animais; • Investir em maquinário (trator ordenhadeira etc);Investir em maquinário (trator,ordenhadeira,etc); • Contratar mão de obra mais especializada; • Necessidade de gerenciamento da propriedade;g p p • Contratação de serviços de veterinários e agrônomos; • Mais gastos com medicamentos e prevenção de doençasdoenças. N t t i t i fi i l á l i Neste ponto o sistema vai ficar mais vulnerável a riscos financeiros Sistema precisa agregar valor ao Sistema precisa agregar valor ao produto • Melhorar a qualidade do leite; • Produtor precisa se profissionalizar tornando-se também um agricultor;g • Além da renda do leite é preciso também gerar renda com venda de animais sendo necessário renda com venda de animais, sendo necessário investimento em melhores animais; • Animais mais exigentes (sol barro parasitoses • Animais mais exigentes (sol, barro, parasitoses vão provocar queda na produção). Sistema semi-intensivo Sistema semi intensivo As vacas são mantidas no curral durante um período do dia para alimentação com volumoso e período do dia para alimentação com volumoso e concentrado • Instalações - estábulo ou sala de ordenha; • Aleitamento e desmama - natural ou artificial; • Controle de produção; • Leite é obtido de forma mais higiênica; • Controle da reprodução; • Melhores condições sanitárias; F ilid d d j • Facilidade de manejo; e • Aproveitamento de esterco. • Período de suplementação – Durante todo o anoDurante todo o ano – Somente na época da seca • Pistas de trato – Cobertas ou a céu aberto– Cobertas ou a céu aberto – Nos piquetes ou centrais Pistas de trato • Espaço linear por vaca = 0,60 a 0,80 m por vaca l ã 1 3 %• Inclinação no comprimento: 1 a 3 % • Inclinação na largura: 0 %• Inclinação na largura: 0 % • Mureta divisória entre o animal e o alimento: 0 40 a 0 55 mMureta divisória entre o animal e o alimento: 0,40 a 0,55 m • A pista de alimentação deve ser construída 10 a 20 cm p ç acima do nível do piso do animal Sistemas de produção em pastoSistemas de produção em pasto Contínuo Áreas extensas: locais super pastejados ou Áreas extensas: locais super pastejados ou sub aproveitados (respostas satisfatórias em pastagens temperadas) em pastagens temperadas) dRotacionado melhor utilização das pastagensmelhor utilização das pastagens >taxa de lotação b lt d t t i i bons resultados em pastagens tropicais Limites para produção animal em p p pastos í• Níveis altos de produtividade x fornecimento de nutrientes; Dis ibilid d d f i s t d • Disponibilidade de forrageiras x taxa de lotação; • Consumo de forragens;• Consumo de forragens; • Valor nutritivo - ↓energia, proteína de • ↑ solubilidade minerais;• ↑ solubilidade, minerais; • Exigências de mantença; • Dependência de fertilizantes;• Dependência de fertilizantes; • Complexidade de manejo de pastagens • Vantagem → menores custos com maquinas • Vantagem → menores custos com maquinas PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA MÉDIA (MM) NOS ESTADOS DE MINAS GERAIS, GOIÁS, RIO DE JANEIRO, ESPÍRITO SANTO E SÃO PAULO ENTRE 1961 E 1990 (FONTE BRASIL 1992 SÃO PAULO, ENTRE 1961 E 1990 (FONTE: BRASIL, 1992 MODIFICADO POR MARTINS) FORRAGEIRAS TROPICAISFORRAGEIRAS TROPICAIS e c a t é r i a S e 80% d e M a t r o d u ç ã o Out Abr P r • Reconhecidamente, a utilização adequada de t b h l it i d d i pastagens por rebanhos leiteiros pode reduzir os custos de produção de leite, principalmente l d ã di ê di li t pela redução nos dispêndios com alimentos concentrados, com combustíveis e com mão- d b de-obra. • O conceito-chave é a substituição de combustível, máquinas e equipamentos pela vaca, no processo de colheita da forragem. SISTEMA INTENSIVO criação intensiva ou estabulação completacriação intensiva ou estabulação completa • Animal estabulado durante todo o dia; T d li ã é f id h• Toda a alimentação é oferecida em cochos ou pista de alimentação;p Os principais motivos para o confinamento são:são: • Fechamento de fronteira agrícola • Área física limitada• Área física limitada • Necessidade de produção uniforme e constante durante o ano • Limitações das pastagens para a produção de leite • Clima (?) • Riscos financeiros aumentados é necessário preço do leite mais alto e estável preço do leite mais alto e estável Exploração em confinamento • Piquetes • Estábulos coletivos – Camas coletivas (Loosing House) – Camas individuais (Free Stall)( ) • Instalações individuais• Instalações individuais – Tie stall Sistemas de confinamento Piquetes • Devem ser cobertos por capim resistente ao p p pisoteio; • Área sombreada natural ou artificial (5 m2 / Área sombreada natural ou artificial (5 m2 / animal); • A área por vaca deve ser de 40 m2 (300 m2 A área por vaca deve ser de 40 m2 (300 m2 solos argilosos); e Os cochos cobertosou não devem ser • Os cochos cobertos ou não, devem ser localizados na parte mais alta do terreno. Loose HousingLoose Housing • Área de descanso coletivo, sombreada (camas com , ( piso de areia, serragem, etc); • Corredores de circulação são concretados ou não; Á• Área sombreada varia de 4,00 a 5,75 m2 / animal; • O acesso a piquetes é recomendado; Utili d l i d li • Utilizado em locais de clima seco; • Este tipo de confinamento provoca muitos traumatismos de tetos e caudatraumatismos de tetos e cauda. "Free Stall" ou estabução livreFree Stall ou estabução livre • Área coberta, concretada com baias individuais de livre aceso aos animais;de livre aceso aos animais; • Área de circulação é de 4,00 a 5,75 m2/animal; • Área de descanso é de 2 80 m2/animal (varia Área de descanso é de 2,80 m2/animal (varia com a raça e com o tamanho do animal); • Utiliza cama (as camas podem ser de areia, Utiliza cama (as camas podem ser de areia, maravalha, cepilho, borracha etc); • É recomendado o acesso a um piquete;p q • Importante ter um bom sistema de captação e tratamento de dejetos. Tie Stall Á • Área coberta, concretada e baias individuais, onde os animais ficam presos;, p • O animal é solto por algumas horas, em piquete; piquete; • O manejo individualizado;j • Utiliza camas (feno, areia borracha, lona etc); e etc); e • Usado em rebanhos pequenos. Os fatores que vão influenciar a escolha do Os fatores que vão influenciar a escolha do sistema de produção são: • Área, relevo, tipo de solos, temperatura rea, relevo, t po de solos, temperatura e umidade, Disp nibilid d d c pit l• Disponibilidade de capital, • Tamanho do rebanho,, • Disponibilidade de mão de obra, e M d id• Mercado consumidor. Modelo de produção de leite deveria ser p definido também pelo: d d lá• Mercado de lácteos, • Pelos preços de energia elétrica e p ç g combustíveis, • Custos financeiros, Custos financeiros, • Remuneração de mão-de-obra, Custos de insumos e• Custos de insumos, e • Principalmente, preços de grãos, uma vez que i ã f l õ d õ estes irão compor as formulações de rações concentradas para as vacas leiteiras. Qual o sistema de produção mais compatível com o agronegócio do leite no Brasil? • Quais os alimentos que podem compor a dieta de nossas vacas? dieta de nossas vacas? • A partir daí então definir qual o tipo de animal vai se adequar melhor às condições animal vai se adequar melhor às condições de manejo e alimentação, com eficiência pr dutiv r pr dutiv c nômicprodutiva, reprodutiva e econômica. É i l bÉ preciso lembrar.... • O preço do leite recebido pelos O preço do leite recebido pelos produtores não é função dos seus custos de produção a relação inversa de produção, a relação inversa, entretanto, é verdadeira: o custo de d ã d f ã d produção deve ser função do preço praticado pelo mercado. p p • O melhor sistema de produção é aquele p que permite maior rentabilidade de capital investido e a melhor exploração capital investido e a melhor exploração do potencial e vocação da propriedade.
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