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Prótese A destruição dos dentes por cárie, trauma ou distúrbios de desenvolvimento, ocasionam perdas ou destruição dos dentes. Havendo desequilíbrios funcionais e estéticos e transtornos no sistema estomatognatico. O sistema estomatognatico é composto por estruturas da face, cabeça e pescoço. É uma unidade anátomo-funcional do organismo, ou seja é um conjunto de lábios, dentes, bochechas, músculos, tecidos, articulações, glândulas, ossos, atm, suprimento nervoso e vascular, todos interligados e relacionados agindo harmoniosamente na realização de variadas tarefas e funções, sendo elas sensitivas e motoras: Mastigação Deglutição Respiração Estética Equilíbrio psicossocial Registro de sensações Comunicação de sentimentos através de mímica Síndrome de Kelly ou Síndrome da Combinação: É uma condição patológica do sistema estomatognático que acomete pacientes que usam prótese total (PT) superior e prótese parcial removível (PPR) de extremidade livre inferior (classe I e II de Kennedy). De acordo com Kelly, ela é caracterizada por alguns sinais principais: Perda de suporte ósseo sob a base da Prótese Parcial removível inferior Reposicionamento espacial da mandíbula anterior, ocorrendo Extrusão dos dentes naturais anteriores inferiores, juntamente com Alterações periodontais Reabsorção óssea na região anterior da maxila (Porção da maxila menos resistente) Hiperplasia inflamatória na região do palato duro fundo de vestíbulo (há pouca renovação salivar) Aumento das tuberosidades maxilares (Pressão exercida pelo selamento posterior, tecido conjuntivo fibroso Consequências do edentulismo parcial e total: Reabsorção ósseaAbfração: (lesão não cariosa; ocorre uma perda da superfície dentária nas áreas cervicais dos dentes causada por forças tensionais e compressivas do dente por excesso de carga oclusal, por exemplo, forças da mastigação e hábito parafuncional Sobrecarga dos dentes do lado oposto Mudança na posição dos dentes vizinhos ao espaço protético Prejuízos estéticos, fonéticas e funcionais Abfração Lesão dos tecidos moles Perda de inserção radicular Cáries Inter proximais Mobilidade Flacidez da fibromucosa A reposição dos elementos dentários perdidos ou das áreas dentais perdidas é feita por meio de procedimentos restauradores: Restaurações diretas: quando é uma pequena reconstrução anatômica, a aplicação de resina composta como um materiais de uso direto está indicado. Necessita de conhecimento e habilidade do operador durante o procedimento clínico. Restaurações indiretas: quando há grandes destruições coronárias, e perdas múltiplas de dentes, necessita de uma abordagem reabilitadora diferenciada, com materiais de propriedades especificas capazes de resistir as forças mastigatórias e devolver função e estética dental. Estes materiais são os metais, as resinas laboratoriais e cerâmicas de uso odontológico, e necessita de operador treinado, técnico de laboratório especializado e equipamentos específicos. “As reconstruções conhecidas como restaurações indiretas ou próteses odontológicas são estudadas na odontologia com a finalidade de compreender como a devolução da forma, função e estética ocorre por meio delas, sendo capazes de proporcionar a reabilitação da saúde bucal do paciente e sua reinserção social com longevidade” Volpato Próteses removíveis: é um aparelho que repõe dentes faltantes, função e estética por meio de uma peça protética que pode ser removida e recolocada pelo paciente PPR (Prótese parcial removível): Ponte móvel, aparelho parcial móvel, aparelho parcial removível, aparelho de grampo, aparelho de Roach Prótese total: é um dispositivo que repõe os dentes e o volume alveolar perdidos em uma arcada totalmente edêntula Prótese fixa: é a restauração parcial ou total da coroa clínica de dentes perdidos ou comprometidos, confeccionada com materiais biocompatíveis, capazes de restabelecer a forma, função e estética, com consequente saúde e conforto do paciente. Recebe esse nome por se apresentar fixa aos dentes pilares, não podendo ser removida pelo paciente Objetivos das próteses: Restabelecer a função mastigatória; Restabelecer a função fonética; Restabelecer deglutição; Restabelecer estética, harmonia facial e conforto Prótese total – exame clinico Planejamento Reabilitação PT Retenção e estabilidade – críticos Planejamento - sequência lógica Etapas do planejamento protético: Exame físico: Observar a pele, pois na maioria das próteses se trata de idosos. Observar modificações faciais e ósseas como: lábios invertidos, aprofundamento do sulco naso- geniano, perca de suporte labial, nariz sem suporte Plano de tratamento • História médica e odontológica • Exame clínico • Exame radiográfico • Análise dos modelos de estudo Prótese total • Limitações anatômicas • Limitações financeiras Anamnese: estado geral do paciente Exame clinico extra oral: exame físico Linha do sorriso (deve ser paralela à superfície do lábio superior) Altura incisiva (Determinação da porção visível dos dentes enquanto os lábios estão em repouso) Quanto mais jovem o paciente for, mais vera os dentes, e quanto mais idoso, como os lábios tende a cair, então mostra menos os dentes DVO (dimensão vertical de oclusão) Palpação da atm, e musculatura associadaHiperplasia causada por câmara de sucçãoHiperplasia Exame clinico intra oral: Inspeção de tecidos moles, músculos e rebordos remanescentes Processos patológicos: hiperplasia; lesões ulceradas e hiperplasia causada por câmara de sucção (próteses antigas) Quelite angular (pacientes idosos, com perda de dimensão vertical, e lábios invertidos, acumulam saliva no dobramento labial e estomatite protética Exames complementares: Radiográficos, tomografia, laboratoriais Avaliação do espaço protético: alterações das relações maxilomandibulares, como por ex: o seio maxilar desce e necessita realizar cirurgia pré-protetica Conclusão: Anamnese – planejamento – tratamento Princípios físicos relacionados as próteses totais Retenção: é a capacidade da prótese resistir ao deslocamento VERTICAL durante a fisiologia. É obtida por meio: -Adesão: substâncias de corpos distintos unem-se por forças intermoleculares, quando entram em contato. Nas próteses totais ocorre adesão entre a saliva e a mucosa, e entre a saliva e base da prótese. - Coesão: Força de atração entre partículas próximas, dentro de um mesmo corpo. Mantém a integridade dos corpos, como a prótese, a mucosa e a saliva, até que uma força maior rompa a coesão, como a retirada da prótese -Tensão superficial: A distribuição irregular das forças entre as moléculas da superfície dos líquidos faz com que essas se comportem como uma película elástica. Em prótese total, a tensão superficial atua nas bordas da prótese formando um menisco salivar que impede a entrada de ar quando a prótese sofre força de deslocamento Um exemplo é unir duas placas de vidro com uma gotinha de agua no meio delas, o liquido ira uni-las formando uma película elástica, do mesmo jeito ocorre com a prótese e a saliva. Se realizar força no sentido vertical ela não desgruda. - Pressão atmosférica: em uma prótese total com vedamento periférico correto, ocorre diferença entre a pressão do filme salivar e a pressão atmosférica externa, que por ser maior do que a interna, ajuda a pressionar a prótese, mantendo-a em posição Se realizar força no sentido vertical ela não desgruda, e prótese bem adaptada ela se gruda no rebordo Se a prótese estiver muito fina, não vai parar em boca. Estabilidade: é a capacidade da prótese resistir ao deslocamento HORIZONTAL durante a fisiologia. É obtida por meio: - Cobertura correta da área basal: quanto maior a cobertura da área basal maior a resistência ao deslocamento. Entretanto se a cobertura for excessiva e as bordas da prótese ultrapassarem os limites estabelecidos pelos tecidos, causará deslocamento, ou seja o próprio tecido vai expulsa-la - Condição dos rebordos: Abaixo do ossohá fibras mucosas, e essas fibras provoca flacidez no rebordo, sendo ruim pois a prótese não segura, sendo melhor obter-se um rebordo menor e firme, do que um maior e flácido -Relações maxilomandibulares: Discrepâncias de posição entre rebordos superior e inferior exigirão próteses com dentes posicionados excentricamente em relação aos rebordos, aumentando a possibilidade de deslocamentos. Significa que tem a necessidade de colocar a prótese um pouco mais a frente, pois o rebordo está absorvido. - Oclusão: Próteses com oclusão desajustada perdem estabilidade Moldagem inicial área Chapeável Sinônimos: Moldagem preliminar, moldagem de estudo ou anatômica O objetivo do estudo da área chapeável é conhecer a extensão máxima da boca desdentada, que poderá ser recoberta pela prótese total (Área Chapeável) Objetivos: Cópia da conformação geral da boca e afastamento da mucosa móvel ao máximo possível, copiando a sua atividade sobre tenção. Matriz para confecção da moldeira individual Construção de um modelo onde poderemos complementar o exame clínico: Área retentiva Cirurgia pré-protética Inserções musculares Inserção dos freios Reabsorção óssea: Maxilar: de fora para dentro (horizontal) Mandibular: de cima par abaixo (vertical) Delimitação de área basal ou chapeável para MAXILA Freio mediano Freios laterais Inserção do bucinador Sulco hamular ou pterigopalatino Limite entre palato duro e mole Contorno da musculatura periférica Abóboda palatina revestida por tecido fibromucoso firmemente aderido a abóboda. Os ossos maxilares e ossos palatinos formam a base do palato duro Tuber, Fóveas e Zonas Periféricas As fóveas palatinas (pequenas depressões), localizadas no palato mole representam a abertura dos ductos das glândulas mucosas. É guia para localização de margem posterior da prótese total A prótese cobre o forame incisivo e está localizada em uma linha imediatamente atrás e entre os incisivos centrais, porem em pacientes desdentados ela tende a localizar-se sobre a crista de rebordo. Fazendo compressão do nervo nasopalatino. NESSAS AREAS DEVE-SE ALIVIAR! Maxila: Freio labial superior: prega na região da linha media, separando, de maneira incompleta, o vestíbulo superior ou inferior em duas metades simétricas no sentido sagital, ao nível da linha mediana. Bridas: são dobras nas membranas mucosas constituídas por fibras musculares que e estende do lábio a parede alveolar, e que estão localizadas por vestibular na cavidade oral. As bridas são estruturas semelhantes que se situam lateralmente aos frênulos e se localizam nas proximidades de incisivos, caninos e pré-molares. Fundo de vestíbulo labial: também conhecido como fundo de sulco ou fundo de saco. A principal estrutura anatomica envolvida nessa região é o musculo bucinador e os músculos orbiculares da boca Delimitação de área basal ou chapeável para MANDÍBULA Freio mediano Freios laterais Linha oblíqua externa Papila retro molar Linha milohíodea Freio lingual Contorno musculatura periférica Mandíbula A área total de suporte da mandíbula é significativamente menor que a da maxila, sendo o arco inferior menos resistente as forças oclusais Freio lingual: corresponde a uma prega de forma semilunar que se estende da ponta da língua, passando pelo soalho bucal, perdendo-se na face lingual mandibular, na região de linha media Aliviar nas áreas de freio lingual e bridas! Extensão: A prótese total inferior deve se estender até o nível da papila retro molar (região posterior) e até o nível da linha obliqua externa (vestibular), linha obliqua interna (lingual) Sinonimos: Papila retomolar: trigono retro molar,espaço retromolar ou papila piriforme Linha milohioidea: linha obliqua externa Anatomia dos desdentados Maxilar: Mandibular: Área Chapeável (Basal) MAXILA E MANDIBULA Zona principal de suporte: é a região destinada a suportar a carga mastigatória, ocupando toda a crista do rebordo alveolar de uma extremidade à outra Maxila: de uma a outra tuberosidade, englobando o palato Mandibula: de uma a outra papila retro molar Zona secundaria de suporte: é também uma zona que ajuda a absorver a carga mastigatória com menor intensidade de resistência que a principal, mas desempenha ainda outra função importante, que é a de imobilizar a prótese total no sentido horizontal, tendo assim resistência horizontal Maxila: vertente -vestibular palatina do rebordo superior Mandíbula: vertente - vestibular e lingual do rebordo inferior Zona de selamento periférico: Faixa de 2 a 3 mm que contorna a área chapeável, é a borda da dentadura. Impressão de características de fundo de sulco permitindo melhor assentamento. Função principal é manter o vedamento periférico que impede a entrada de ar, e atua na retenção, impedindo que se quebrem as forças Região marginal da área basal tanto na maxila como na mandíbula Zona de selamento posterior: é a zona que veda a porção posterior da área chapeável. Função: vedar Maxilar: atrás da tuberosidade e entre a linha do palato duro e palato mole até outro lado Mandibular: atrás da papila piriforme de cada lado Zona de alívio: São regiões da área chapeável que devem ser aliviadas na moldagem e confecção da prótese total, para que o paciente não se machuque quando do uso da prótese, evitando-se assim, problemas posteriores Maxila: arborescência ou rugosidade palatina; rebordo em lâmina de faca; áreas retentivas do rebordo; tórus palatino Mandíbula: porção posterior da Linha Obliqua Interna; rebordo em lâmina de faca; áreas retentivas do rebordo; tórus mandibular Maxila: Zona principal de suporte Zona secundaria de suporte Zonas de alivio Selado periferico Região de travamento posterior Mandibula: Zona principal de suporte Zona secundaria de suporte Zonas de alivio Selado periferico Moldagem preliminar Ato de reproduzir em negativo a conformação geral da boca, afastando tecidos moles visando permitir uma correta delimitação da área basal Materiais de Moldagem REQUISITOS Tempo de trabalho adequado Grau de plasticidade adequado Alteração dimensional mínima Resistencia a fratura Inócuo aos tecidos bucais Ser fluido o bastante para adaptar aos tecidos bucais e ao mesmo tempo ter viscosidade suficiente para ficar contido na moldeira que o leva a boca Na boca, transformar-se em borrachóide em tempo não muito longo de presa Atingida a presa, não deve distorcer ou rasgar quando removido Opções de Materiais: Alginato (hidrocoloide irreversível) Vantagens Fácil manipulação Boa fidelidade de cópia Pouca deformação aos tecidos Moldeiras: meio de retenção Proporção: Uma medida de água para uma porção de pó Moldagem anatômica com alginato: Lubrificação dos lábios com vaselina solida: Facilita e torna mais confortável a inserção e retirada da moldeira Levar a moldeira em boca sem o alginato para individualizar a anatomia O paciente deve se manter sentado com a cabeça inclinada para reta Individualização: Suporte ao alginato no fundo de vestíbulo diminuindo a formação de bolhas e mantendo o alginato em posição até a presa Godiva Vantagens: Moldar edentulos inferiores severamente reabsorvidos Ótimo afastamento dos tecidos moles, da musculatura inserida no rebordo Adaptável a varias moldeiras, permite correção Baixo custo (é relativo, pois necessita de um plastificador) Possibilita correções a todo instante Desvantagens: Tende a comprimir e deformar mais os tecidos que outros materiais É um material muito denso e pesado, que pode provocar o afastamento demasiado dos tecidos circundantes, podendo causar sobre-extensão Difícil manuseio (precisa do plastificador de godiva) É muito rígido Silicone de condensação Usado em: Situações críticas, grandes alterações ósseas, individualização da moldeira de estoque com silicone pesado. Vantagens: Tempo de trabalho, polimerização e odor agradável (não mancha) Resistencia ao rasgamento adequados Melhores propriedades elásticasna remoção Desvantagens: Custo elevado Moldeiras de estoque: Seleção: Mais rasas, mais baixas e perfuradas. Porque: Deve ter uma folga de 2 a 3 mm em todas as direções Bom assentamento sobre os rebordos e boa relação com os tecidos moles Porque não usar uma moldeira comum para dentado: Empurra toda a musculatura periférica, criação de falso molde, com sobre extensão na confecção da moldeira individual b) Tipos: Lisas Perfuradas Na maxila: A largura da porção posterior, deve estar centralizando as tuberosidades da maxila nas partes mais profundas da moldeira Na mandíbula: Deve-se centralizar as cristas do rebordo inferior nas porções mais distais da moldeira Moldes Modelo negativo no qual se introduz matéria pastosa ou líquida que, ao secar, toma-lhe a forma Deve-se observar no gesso: Mínima deformação de tecidos Extensão correta da área basal Ausência de bolhas e irregularidades Reprodução minuciosa dos detalhes anatômicos Cópia de inserções de freios e bridas Ausência de deslocamentos do material MOLDAGEM PRELIMINAR COM GODIVA Godiva em placas Plastificador de godiva Após plastificação: Homogeneização Adaptação à moldeira Mergulho em água (55 a 60 graus) e moldagem GESSOS ODONTOLÓGICOS: Gipsita e seus produtos: Gipsita é a forma di-hidratada do sulfato de cálcio (sulfato de cálcio dihidratado, CaSO4 2H2O), mineral encontrado na natureza como uma massa compacta. A mistura de gesso com água inicia uma reação exotérmica e de cristalização A velocidade de presa é controlada pela relação entre a solubilidade do hemi-hidrato e o di-hidrato. Os aceleradores da presa (por exemplo, cloreto de sódio até 5%) aumentam esta reação e os retardadores (por exemplo, bórax) a diminuem Utilização: Modelos, preenchimento de muflas, fixação de modelos em articulador Requisitos dos gessos odontológicos para modelo: Compatibilidade com material de moldagem Expansão adequada à necessidade Reprodução de detalhes Estabilidade dimensional Resistência mecânica (fratura e riscamento) Cor contrastante TIPOS DE GESSO: Tipo I: Paris. Gesso não usado. Tipo II:Gesso comum ou paris: usado para modelo de estudo, possui baixa resistencia e pouca fidelidade aos detalhes, pois possuem particulas irregulares e porosas Tipo III: Gesso Pedra: usado em modelos ortodonticos,antagonistas, modelos de estudo em protese removiveis, tem maior fidelidade dimensional, pois possuem particulas de formato mais uniforme e menos porosas, com sais extras para reduzir expansão de presa Tipo IV: Gesso especial ou pedra melhorado: usado para modelo de trabalho, possui resistencia a impactos e desgaste, pois suas particulas são ainda mais compactas, lisas e regulares do que o gesso tipo III. Há cloreto de calcio Tipo V: Gesso especial de alta resistencia e expansão: usado para modelo de trabalho, em laboratórios, para confecção de modelos maiores que o do dente original, produz peças proteticas de ligas metalicas de alta fusão por ex. É mais resistente que o gesso tipo IV, possue alta expansão e não tem adição de sais extras. Há cloreto de calcio Variaveis de manipulação e seus efeitos Relação água/pó: Resistência Água É recomendável obedecer a relação água/pó indicada pelo fabricante O uso de vibração permite também aumentar o escoamento, sem prejuízo da resistência Energia de espatulação/tempo de espatulação: a reação de presa do hemi-hidrato ocorre desde o primeiro contato do pó com a água. Conforme ocorre este contato, surgem núcleos de cristalização Quanto maior a energia de espatulação, vai acelerar o tempo de presa e maior será a resistência CONFECÇÃO DE MOLDEIRA INDIVIDUAL E MOLDAGEM FUNCIONAL EM PRÓTESE TOTAL É a moldagem na qual o profissional ou o paciente executam movimentos musculares, onde há o tracionamento tecidual. É uma moldagem dinâmica que reproduz os movimentos da musculatura permitindo que a prótese seja confeccionada dentro dos limites do paciente. Moldagem anatômica/estudo: d) Confecção moldeira individual através da moldeira de estudo Moldeira de estoque Estática, para afastar tecidos moles e visualizar a área chapeavel Modelo iniciald) a) 2. Moldagem funcional/ trabalho: Moldeira individual Dinâmica, para copiar a conformação dos músculos Modelo final, usa materiais mais precisos Começa a confecção da prótese Requisitos dos materiais de moldagem Compatibilidade biológica com os tecidos Fidelidade na cópia Conforto ao paciente Compatibilidade com o material em que será obtido o modelo Técnicas de moldagem funcional Compressiva: Boca aberta ou fechada Retenção máxima, não aliviando em nenhuma área Retenção inicial Ação das forças mastigatórias provoca uma reabsorção e perda de retenção Não compressiva: Boca aberta Sem pressão ou mínima pressão Copia os tecidos em repouso Elimina a moldagem da borda Perda de retenção secundária, porque não pressionou nas áreas indicadas Pressão seletiva Boca aberta Pressão varia com o tecido, irá pressionar nas áreas que aguentam, e aliviar nas zonas mais frágeis, ou seja fazendo a pressão seletiva, controlada pelo alivio em cera no modelo. Ex: Alivio no modelo da papila incisiva, quando for moldar, já estará com as áreas selecionadas. Moldagem de borda Maior proteção dos tecidos de suporte, os mais frágeis serão aliviados Materiais mais utilizados em moldagem funcional em prótese total: Elásticos: Anelasticos: Pasta Zincoeugenólica Godiva de baixa fusão em bastão Silicone de condensação Silicone de adição Polissulfeto Poliéter Materiais elásticos Silicone de condensação Apresentação: massa densa, fluida e pasta catalisadora Vantagens: Desvantagens: Instabilidade dimensional (volatilização) Baixa resistência à ruptura Tempo de trabalho e presa; Sabor e odor; Custo moderado; Boa impressão e leitura das margens. Modo de usar: Dosar o catalizador para a massa densa com a colher dosadora, amassa a massa densa e pressiona acolher na massa, pra deixar uma marca na massa, e vai homogenizar igual massa de modelar, com moviemtnos rapidos. Na pasta fluida, ela deve ser dosada junto ao catalizador com duas tiras, sendo a pasta fluida de quantidade maior que o catalizador, mas de tamanhos iguais. Silicone de adição Apresentação: Massa base, massa catalizadora, pasta base, pasta catalisadora, sistema automático cartucho auto misturável e dispensador. Vantagens: Não distorce na remoção do molde; Pode-se retardar o vazamento e obter mais modelos com o mesmo molde; Sabor e odor agradáveis; Elasticidade ideal Estabilidade dimensional; Baixo tempo de presa; Fácil manipulação; Precisão de detalhes; Desvantagens: Alto custo Interação com enxofre Polissulfetos Apresentação: Apresentação duas pastas (polissulfeto de borracha e ativador químico que contém peróxido de chumbo. Pouco usado. Vantagens: Desvantagens: Vazamento imediato Odor desagradável Boa estabilidade e precisão; Fuidez satisfatória; Tempo de trabalho longo Baixo custo Polieter Apresentação: diferentes viscosidades Vantagens:Desvantagens: Curto tempo de trabalho Alto custo Menor deformação Possibilita vários vazamentos Materiais anelasticos: Pasta zincoeugênolica Apresentação: pastaDesvantagens: Falta de flexibilidade Limitação de áreas retentivas Tempo de trabalho curto Desconforto; suja muito na manipulação Vantagens: Estabilidade dimensional Escoamento uniforme Boa fluidez Godiva em bastão Apresentação: bastão Desvantagens: Não indicação para rebordos retentivos, pois é rígido e para remover machucaria o paciente e também rasgaria Distorção com aumento de temperatura Vantagens: Resina termoplástica Reversíveis Registro das inserçõesMusculares Essa godiva é diferente da godiva inicial de alta fusão!! MOLDEIRA INDIVIDUAL “O resultado satisfatório do molde funcional e a qualidade estão relacionados com a moldeira individual” Materiais para confecção de moldeira individual: Resina acrílica autopolimerizável Resina acrílica termopolimerizável (toma presa com o calor) Resina composta fotopolimerizável Placas de polietileno RESINA ACRÍLICA - autopolimerizável Versatilidade e diversas indicações para trabalhos na odontologia: Confecção da base de próteses parciais e totais Próteses provisórias imediatas Placas de mordida (ex para pacientes com bruxismo) Coroas provisórias, dentes artificiais Moldeiras individuais, reparo de próteses totais, acrilização de aparelhos ortodônticos, dentre outros. COMPOSIÇÃO DA RESINA Monômero:Polímero: Polimetil metacrilato Partículas pequenas e esferoidais (pó) Ao unir com o monomero irá plastificar Metil metacrilato Líquido volátil de odor característico Tóxico quando inalado Iniciador: peróxido de benzoíla REAÇÃO DE PRESA – Polimerização Reação química em que as unidades (monômeros) unem-se para formar moléculas de alto peso molecular Primeira etapa: Fase arenosa ou granular: Mistura de monômero e polímero; Superfície brilhante e de cor translúcida; Aspecto de massa de areia molhada; Líquido aflora quando pressionado; Ex: Se apertar, o monomero vai sumir, porque ainda está começando a reação de plastificação, e ainda o líquido não está unido com o pó, e então ele aflora. É importante deixar o pote de vidro fechado, pois ele é volatil e pode aflorar Segunda etapa: Fase fibrilar ou pegajosa: Líquido dissolve as longas cadeias de polímero Substância viscosa e aderente Inúmeros fios finos e pegajosos, como se fosse teia de aranha Terceira etapa: Fase plastica: Torna-se manipulável e sem aderência, já está plastificada Superfície lisa Fase de trabalho, dá pra fazer “bolinha’’ e adaptar o material em cima do modelo de estudo Quarta etapa: Fase borrachoide: Aumento da concentração das cadeias de polímero Evaporação do monômero Recuperação elástica, ao fazer presão ela volta ao estado inicial Superfície rugosa Exotermia: libera calor Quinta etapa: Fase densa ou rigida: Fase final Resina rígida, polimerizada, plastificada Massa seca e resistente à manipulação O tempo de trabalho depende muito da temperatura, velocidade de manipulação, geralmente 4 á 5 minutos. Proporção De forma resumida, a manipulação da resina acrílica consiste em molhar o pó com o líquido, para obter uma massa trabalhável que pode ser modelada. A proporção normalmente recomendada entre pó e líquido é de 3:1 em volume (três partes de pó para uma parte de líquido). (21 gramas de polímero para 7 ml de líquido) ATENÇÃO: O Monômero é inflamável, precisa ter cuidado pois usa a lamparina para fazer os alivios, e deve-se apaga-lá no momento da manipulação A evaporação do monômero é irritante às mucosas Manter frascos sempre fechados Trabalhar em locais arejados Requisitos da moldeira individual: Estabilidade Rigidez Não permitir deformações Bordos lisos e arredondados Espessura de 1 a 2 mm em toda extensão Distância entre a borda da moldeira e o fundo do sulco, para que seja possivel copiar o selado periferico Desgastes nas regiões de freios e inserções musculares Retenções em toda moldeira, ou usar adesivos especificos para o material que será usado Objetivos da moldeira indivual Determinar os limites da área chapeável. Confecciona-los a partir de modelos anatômicos, nos quais são realizados alívios nas áreas retentivas e nas zonas de alívio: Maxila: região de papila incisiva, rafe palatina, rebordos reabsorvidos Mandíbula: Regiões afiladas do rebordo residual e forame mentoniano Confecção de moldeira individual Preencher moldes com gesso tipo II ,ou III depois, com os modelos secos desenhados e recortados Adiciona a cera 7 derretida sobre as áreas que devem ser aliviadas (retenções mecânicas, tecidos flácidos, regiões de vasos e nervos, tórus, rebordos reabsorvidos..) Isola o modelo por cima da cera Em seguida, manipulação com a resina: Colocar vaselina nas duas placas de vidro num aparato de 2mm Manipular a resina acrílica na proporção de 3:1 (21 gramas de polímero para 7 ml de líquido) Fazer pressão da resina entre as placas de vidro e fazer a remoção de excessos com lecron Misturar a resina num pote de vidro com tampa aguardar até atingir a fase plástica Acabamento com broca maxcut de tungstênio Fazer ajuste clínico da moldeira: adaptação geral; Inserções musculares; e movimentos de tracionamento tecidual; A moldeira deve ter bordas arredondadas, e cabo angulado com expressura media de 1 á 2cm. Se o cabo não tiver ângulo, o labio não fecha, e o registro da musculatura labial não será copiada Na confecção de uma prótese total após a moldagem funcional, devemos realizar os testes de retenção e estabilidade , são eles: Teste de estabilidade: compressão alterada na região de pré- molares Teste de retenção horizontal: tração do cabo da moldeira para anterior Teste de retenção vertical: tração do cabo da moldeira para baixo Teste de retenção lateral: tração da moldeira na região dos pré molares/vestibular Encaixotamento: As bordas dos moldes das moldagens de trabalho serão as bordas da futura prótese, portanto é extremamente importante o encaixotamento dos modelos. Usa cera 7 em cima para preservar a borda Confecção de base de prova Sinonimo: Chapa de prova, base experimental A base de prova é a base provisória da prótese total, durante as fases para captar e registar os movimentos mandibulares com a finalidade de transportá-los ao articulador As bases de prova são confeccionadas sobre o modelo de trabalho visando servir de base tanto para acomodação dos rodetes de cera e provas estéticas Requisitos da base de prova Rígidas Estáveis Retentivas Excelente adaptação ao rebordo Objetivos: Construção dos arcos de oclusão Registro da distância vertical de oclusão e relação central Posicionamento dos modelos em articulador Montagem dos dentes artificiais Teste estéticos e fonéticos
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