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TAT - Teste de apercepção temática

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TAT
O TAT (Teste de Apercepção Temática) é um importante teste projetivo criado por Henry Murray que, baseado em sua teoria da personalidade, possibilita o acesso à personalidade subjacente dos sujeitos. Com similaridades com a psicanálise, Murray acreditava que a infância é crucial para o desenvolvimento da personalidade dos adultos, e que cada sujeito tem um jeito singular de experienciar e interpretar as situações e acontecimentos da vida, que uma mesma situação seria vivenciada de forma diferente por duas pessoas.
O trabalho com o TAT compreende as fases de análise, interpretação, síntese dinâmica e diagnóstico. Na análise, verifica-se a estrutura do discurso do paciente e a forma como ele relata as histórias, pois estas refletem o conteúdo manifesto e latente do sujeito. Para isso, é necessário que se identifique o herói da história, que seria o personagem com quem o paciente se identifica e onde ele espelha seus sentimentos. Normalmente o herói apresenta as características físicas que o sujeito enxerga de si mesmo. É importante para o psicólogo observar as atitudes desse personagem frente às situações enfrentadas durante a apresentação das lâminas do teste e os traços nele presentes. 
Observa-se também como o herói interage com os demais personagens, o que cada um representa para ele e quais as vontades e necessidades que o paciente impele àquele personagem. É necessário atentar aos afetos presentes no herói, ao que ele sente em cada história apresentada, em como se manifestam sentimentos de culpa, conflito, amor etc. Ademais, verificam-se também as influências do ambiente no herói, como ele interage com o ambiente e com outros personagens, se utiliza recursos para dificultar ou facilitar a vida do herói e como o faz, sempre levando em conta também as características das laminas apresentadas. 
Ainda na análise, deve-se verificar o tema da historia, aqui definido como a forma de interagir do herói baseado em suas necessidades em relação às características do ambiente criadas pelo paciente, concomitante ao desfecho da história. Desfecho, por sua vez, é a forma com que o herói lidou com as situações criadas pelo paciente ao fim da história.
Na análise formal é onde se observa como o paciente se comporta em relação ao teste em si. Como reage na relação com o psicólogo, se demonstra ansiedade, a forma como verbaliza etc.
Na fase de interpretação, o psicólogo transpõe as narrativas apresentas pelo paciente e identifica suas motivações, necessidades e pressões presentes em cada história. Para isso, é essencial a análise de todo o conjunto de historias para checagem da consistência do que foi apresentado e se há corroboração de informações por duas ou mais histórias.
Em seguida, elabora-se uma síntese geral do que foi apreendido sobre a personalidade subjacente do paciente, levando em conta as características das historias, as relações do herói, os ambientes descritos etc. Todos esses dados devem somar-se para a construção de um todo, e não de informações isoladas. Por fim, o psicólogo pode realizar o processo diagnóstico, mas este como um fim secundário, visto que o TAT fornece, antes de tudo, meios para o entendimento da personalidade dos sujeitos.

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