Buscar

Metodologia da Pesquisa TCC aula 1 2

Prévia do material em texto

Aprenda a elaborar o TCC 
Metodologia da Pesquisa Científica 
2014.1 
Profª Roberta Barone 
 
Nutricionista Clínica (UFBA) 
Residência Multiprofissional Hospitalar em Saúde (COM-HUPES/UFBA) 
Mestre em Medicina e Saúde (Faculdade de Medicina/UFBA) 
Pesquisadora do Serviço de Genética Médica (COM-HUPES/UFBA) 
Professora da Faculdade Regional da Bahia (UNIRB) 
E-mail roberta_digital@yahoo.com.br 
Saúde Baseada em Evidências 
 Métodos que respondam questões clínicas 
sobre eficácia, efetividade e segurança de 
determinado tratamento, prevenção, bem 
com sensibilidade, especificidade de testes 
diagnósticos e aspectos prognósticos de 
doenças 
 
 Uso consciente das melhores evidências 
cientificas no cuidado da saúde 
Guia Prático de Medicina Baseada em Evidências, 2014 
Formular uma boa pergunta clínica 
 Para integrarmos as evidências científicas com a 
prática clínica ou elaborarmos uma pesquisa 
científica de qualidade, o problema deve ser 
transformado numa pergunta bem definida 
Guia Prático de Medicina Baseada em Evidências, 2014 
Principais desenhos de Estudos 
Epidemiológicos 
Comparação de 
indivíduos, doença 
(casos) grupo livre da 
doença (controles) 
Prevalência, feitas 
em um único 
momento 
Associação de fatores 
de risco e 
determinada doença 
ao longo do tempo 
Ensaio Clínico: Pesquisador 
aplica uma intervenção e 
observa os desfechos 
 
Descrevem o 
tratamento 
individualmente, 
permitem 
formulação de 
novas hipóteses 
 
Evidência 
 
Tipos de documentos 
 
População 
 População 
Conjunto completo de indivíduos que exibem um grupo específico 
de características; 
População – não apenas características geográficas 
População clínica: pacientes com uma característica clinica comum. 
 
 
Ex: Estimar a prevalência de HIV e HTLV em pacientes portadores 
de tuberculose 
 
 
 
 
Pacientes portadores de tuberculose 
FLETCHER; FLETCHER. Epidemiologia Clínica. 4a Ed. ARTMED, 2005. 
. 
Amostra 
 Amostra 
É parte da população acessível e aquela que é avaliada na pesquisa 
Importante que seja imparcial e representativa 
 
 
 
 
 
 
Representativa – ter 
capacidade de descrever e 
representar em todos os 
parâmetros, a população de 
onde foi retirada. 
- Imparcial – dar chance a 
todos os membros da 
população de participar da 
amostra – aleatoriedade 
 
FLETCHER; FLETCHER. Epidemiologia Clínica. 4a Ed. ARTMED, 2005. 
2000. 
VARIÁVEIS 
 Atributo ou fenômeno que se pretende estudar 
 
 
 
VIÉS 
 Erro sistemático que conduz a 
conclusões inverídicas, ou, tendenciosa 
 Tipos de estudos x Tipos de vieses 
 Validade 
Viés de seleção 
Seleção ou exclusão dos participantes 
Viés de Informação 
Método através da informação coletada dos participantes 
Viés de memória 
Informações errôneas ou mal classificadas 
Viés do entrevistador 
Quando entrevistador direciona a resposta dos participantes 
Viés de mensuração 
Instrumentos não calibrados, Questionários não-validados 
Medidas em diferentes horários para os casos x controles 
Medidas epidemiológicas de 
ocorrência da doença 
• Taxa de portadores de determinada doença em relação à população 
total estudada, em determinado local e em determinado momento 
Morbidade 
• Razão entre as frequências absolutas de óbito e número de sujeitos 
expostos ao risco de morrer 
Mortalidade 
• Medida de frequência onde todos os indivíduos em estudo estiveram ou 
estão doentes 
• Razão entre número de óbitos devidos a determinada patologia e total 
de pessoas que foram realmente acometidas pela doença 
Letalidade 
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO 
DE ARTIGOS CIENTÍFICOS 
 Geral  O objetivo está claro e bem delimitado? 
 É possível a identificação da hipótese do trabalho? 
 O desenho de estudo selecionado é o mais indicado para resposta aos objetivos? 
 O local de realização explicita se a característica da população estuda se aplica às demais 
populações? 
 
Casuística, materiais e métodos 
 A população de estudo está bem descrita? 
 A técnica de amostragem escolhida é a mais adequada para o desenho de estudo utilizado? O 
cálculo de amostra está bem descrito? 
 Houve randomização? A técnica de randomização utilizada foi adequada? 
 O seguimento foi completo? Há relato de perdas e seus motivos? 
 Os grupos são similares no início do estudo? (caso existam grupos de comparação) 
 Há reprodutibilidade do novo teste baseado no método descrito 
 Foi realizado um seguimento suficientemente longo e completo dos pacientes? 
 Foram usados desfechos clínicos claros? 
 Vieses foram evitados ou esclarecidos? 
 Os aspectos éticos da pesquisa foram respeitados? 
 
 
Brochura do pesquisado. Centro de Colaboração Cochrane do Brasil (www.bvs.br) 
 
 
Resultados 
 
• Os resultados dos testes são reprodutíveis e a interpretação é possível na 
prática, podendo ser aplicáveis aos pacientes e/ou modificar condutas clínicas 
• Todos os pacientes que entraram no estudo foram considerados nos 
resultados e conclusões? 
• Todos os desfechos clínicos importantes foram avaliados? 
 
 
ESTUDOS DE REVISÃO DA LITERATURA (Sistemática ou Metanálise) 
 
• A revisão sistemática responde especificamente a uma questão? 
• Os critérios utilizados para a seleção dos artigos foram apropriados? 
• Estudos relevantes foram esquecidos? 
• A validade dos estudos incluídos foi avaliada? 
• A avaliação é reprodutível? 
• Os resultados entre os estudos são semelhantes? 
• Quais são os resultados? 
• Qual o resultado geral da revisão sistemática? 
• Os métodos de busca foram descritos? A estratégia de busca foi abrangente? 
• Os critérios de inclusão foram descritos? 
• Os achados foram combinados apropriadamente? 
• As conclusões são adequados para os resultados encontrados? 
Brochura do pesquisado. Centro de Colaboração Cochrane do Brasil (www.bvs.br) 
 
Formulação da Estratégia de Busca 
 
Estratégia de Busca – palavras escritas e incluem: 
Operadores Boolianos 
 
Representa a pergunta que será feita a Base de Dados 
 
Os operadores boolianos podem ser: 
 
União (OR) – Expande os resultados (sinônimos, siglas) 
 
Interseção (AND) – Restringe a busca 
 
Exclusão (NOT) – Exclui registros e exige cautela 
 
 
 
 
 
 
 
Guia Prático de Medicina Baseada em Evidências, 2014 
 Prioridade sobre o operador x sequencia de aparecimento 
 Uso de parêntese para indicar prioridade das operações 
 Uso de aspas para indicar frase ou expressão 
 
Descritores 
Banco de dados das palavras padronizadas para pesquisa 
 Fontes primárias são aquelas que recolhem 
os dados originais 
 
 As fontes secundárias consistem em 
serviços de indexação e resumo da 
literatura primária e servem como 
orientadores na busca 
 
* MEDLINE, EMBASE, LILACS, SCIELO, SCOPUS, WEB OF 
SCIENCE. 
 
 
 Fonte terciária: Informação documentada no 
formato condensado: livros-texto, livros de 
monografias, artigos de revisão e metanálise 
 
Bases de dados bibliográficas eletrônicas Regionais 
África: Índice Médico Africano: indexmedicus.afro.who.int/ 
Austrália: Índice Médico Australo asiático (de pago): www.nla.gov.au/ami/ 
China: Base de dados de Literatura Médica China (CBM, acrônimo em 
inglês) (em Chino): www.imicams.ac.cn/cbm/index.asp 
Mediterrâneo oriental : Índice médico para Região do Mediterrâneo 
Oriental: 
www.emro.who.int/his/vhsl/ 
Europa: PASCAL (de pago): international.inist.fr/article21.html 
Índia: IndMED:indmed.nic.in/ 
Korean: KoreaMed: www.koreamed.org/SearchBasic.php 
América Latina e Caribe: LILACS 
bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&base=L
ILACS&lang=i&Form=F 
Sudeste Asiático: Índice Médico para o Sul da Ásia Oriental. (IMSEAR, 
acrônimo em inglês): 
library.searo.who.int/modules.php?op=modload&name=websis&file=imsear 
Ucrânia e Federação Russa: Panteleimon, www.panteleimon.org/maine.php3 
Pacífico Ocidental: Índice Médico Região do Pacífico Ocidental (WPRIM, 
acrônimo em inglês): wprim.wpro.who.int/SearchBasic.php 
Busca Manual 
Diretrizes 
 STROBE 
 STARD 
 CONSORT 
 PRISMA 
 
Nível de evidência 
Bibliografia 
 ALMEIDA FILHO N; ROUQUAYROL MZ. Introdução a epidemiologia. 
3a Ed. MEDSI, 2002. 
 FLETCHER; FLETCHER. Epidemiologia Clínica. 4a Ed. ARTMED, 2005. 
 PEREIRA M. Epidemiologia. Teoria e Pratica. 3a reimpressão Guanabara 
Koogan, 2000. 
 MEDRONHO RA. Epidemiologia. 2a Ed Atheneu, 2006.

Continue navegando