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NUTRIÇÃO EBSERH Aula 00. Demonstrativa Educação Nutricional P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 1 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Sumário Introdução .............................................................................. 2 Breve Histórico ........................................................................ 3 Diretrizes da alimentação escolar ............................................ 8 Conceito ................................................................................ 13 Importância da Educação Alimentar e Nutricional ................ 15 Princípios da Educação Alimentar e Nutricional ..................... 16 Marco de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) ................ 17 Papel da Educação Alimentar e Nutricional nos hábitos alimentares ........................................................................... 24 Aplicação de meios e técnicas no processo educativo ............ 24 Desenvolvimento e avaliação de atividades educativas em nutrição ................................................................................. 25 Questões Comentadas ........................................................... 26 Referências ........................................................................... 32 P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 2 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Introdução Educação Nutricional é uma disciplina que consta do currículo mínimo do curso de Nutrição, constitui atividade privativa do nutricionista segundo a Lei Federal 8.234/91 que regulamenta a profissão de nutricionista e faz parte das ações deste profissional em todos os campos de atividade. Vale ressaltar que a educação nutricional crítica influenciou os conteúdos da disciplina educação nutricional, integrante dos currículos para formação de nutricionistas, fortalecendo a discussão sobre a determinação social da fome e da desnutrição e a relação desses fenômenos com o modelo de organização capitalista, em detrimento do enfoque biológico e técnico, como também dos métodos e técnicas educativas. Como consequência, passa-se a discutir a fome e não apenas a desnutrição, e a educação alimentar passa a contemplar não somente as práticas alimentares, pressupondo, também, a tarefa de esclarecer a população sobre os direitos de cidadania. No Brasil, o interesse pela Educação Nutricional surgiu nos anos quarentas, período em que gozou de status privilegiado e era vista como um dos pilares dos programas governamentais de proteção ao trabalhador. Ela nasceu com a perspectiva de ser uma alavanca que determinaria mudanças significativas nas condições de alimentação da população trabalhadora. A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) alcançou um ponto importante de seu processo de construção. Após ter percorrido um longo caminho, permeado por “altos e baixos” e depois de ter superado obstáculos a EAN se insere no âmbito das políticas públicas no contexto da promoção da saúde e da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 3 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Breve Histórico No período de 1940-1960, a história da educação alimentar e nutricional no Brasil esteve vinculada às campanhas de introdução de novos alimentos e às práticas educativas que se tornaram um dos pilares das políticas de alimentação e nutrição deste período. Na década de 40, uma profissional de saúde deveria ir à casa das pessoas para fazer educação alimentar no local onde a alimentação era preparada. Tal iniciativa foi considerada invasiva pela população que achava uma intromissão de profissionais da área de saúde no ambiente doméstico. Nas décadas de 50 e 60, a educação nutricional era ligada às campanhas que visavam à introdução da soja na alimentação. Neste período a educação era voltada através do convênio MEC-USAID, onde eram doados para os países do terceiro mundo os excedentes agrícolas dos Estados Unidos. Essa iniciativa resultou em várias críticas o que levou ao descrédito da Educação Nutricional. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 4 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ CONVÊNIO MEC-USAID Série de acordos produzidos, nos anos 1960, entre o Ministério da Educação brasileiro (MEC) e a United States Agency for International Development (USAID). Visavam estabelecer convênios de assistência técnica e cooperação financeira à educação brasileira. Entre junho de 1964 e janeiro de 1968, período de maior intensidade nos acordos, foram firmados 12, abrangendo desde a educação primária (atual ensino fundamental) ao ensino superior. Nesse contexto, a “ajuda externa” para a educação tinha por objetivo fornecer as diretrizes políticas e técnicas para uma reorientação do sistema educacional brasileiro, à luz das necessidades do desenvolvimento capitalista internacional. Na prática, os MEC-USAID não significaram mudanças diretas na política educacional, mas tiveram influência decisiva nas formulações e orientações que, posteriormente, conduziram o processo de reforma da educação brasileira na Ditadura Militar. Na década de 60 e 70 a Educação Nutricional se distanciou das raízes sociais e antropológicas, dando lugar à medicina como mentora dos programas de Educação Nutricional e o critério de êxito, inspirado nas concepções behavioristas de educação passou a ser exclusivamente a mudança de comportamento observável. No meados dos anos 70, a renda era o principal obstáculo para se obter uma alimentação saudável. Em decorrência disso, as estratégias de suplementação alimentar passaram a ser o eixo norteador das políticas. No meado da década de 80 houve uma importante contribuição para a discussão sobre as novas perspectivas da educação alimentar e nutricional, através da educação nutricional crítica. Essa concepção identificou a incapacidade da educação alimentar e nutricional ser P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 5 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ vista de forma isolada, no momento da promoção das alterações em relação às práticas alimentares. A educação nutricional crítica assume o compromisso político de colocar as produções técnicas e científicas a serviço do fortalecimento das classes populares contra a exploração que gera fome e desnutrição, como consequência, passa-se a discutir sobre a fome e não apenas a desnutrição, onde a educação alimentar passa a contemplar a população sobre as práticas alimentares e também a esclarecer a população sobre os direitos de cidadania. No início da década de 90, o aumento da obesidade fez com que ressurgisse novos interesses sobre o assunto. Nesse período foi observada a diminuição no consumo de frutas cereais e leguminosas e o tradicional arroz com feijão perdeu seu prestígio. A constatação cientifica de que uma má alimentação é um fator de risco para o aparecimento de doenças crônicas não degenerativas, fez com que a Educação Nutricional fosse lembrada como medida a ser considerada para reverter o crescente consumo de gorduras, açúcar e produtos industrializados que traria malefícios à saúde. Neste mesmo período, a discussão sobre segurança alimentar passa ser muitoabrangente impactando nas formulações de política públicas de alimentação e nutrição no país. É nesse cenário que se emerge a concepção de práticas alimentares saudáveis, na qual a alimentação é utilizada como estratégia de promoção de saúde. No início doas anos 2000 houve a implementação do Programa fome zero que contemplava a educação alimentar e nutricional sob duas frentes de atuação. A primeira previa campanhas publicitárias e palestras sobre educação alimentar e educação para o consumo. Foi observado a partir de 2003 o aumento das ações em educação nutricional nas iniciativas públicas, no âmbito de restaurantes P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 6 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ populares, bancos de alimentos, equipes de atenção básica de saúde, no Programa de Saúde do Trabalhador (PAT). O Brasil tem realizado grandes avanços no campo da segurança alimentar e nutricional desde 2003, quando lançada a Estratégia Fome Zero. Ao eleger como prioridade o combate à fome e à pobreza, o Governo Federal fortaleceu e criou políticas públicas que se mostraram efetivas para a melhoria das condições sociais e de alimentação dos grupos sociais mais vulneráveis. Igualmente importante foi o processo de institucionalização desta política, que se inicia com a promulgação da Lei nº 11.346/2006, a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), que criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e estabeleceu as bases para a construção da Política e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Este processo realiza-se por meio da adoção de mecanismos de participação social, com a retomada do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e a criação dos Conselhos Estaduais e Municipais congêneres, e possui como base e vetor a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), que, em 2010, foi literalmente expresso em nossa Constituição Federal. É importante ressaltar que, em 2011, foi lançado o Plano Brasil sem Miséria, que reforça o compromisso de erradicação da fome e da miséria no nosso país e mantém uma estreita ligação com este Plano. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 7 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Lei nº 11.346/2006 - Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2006/lei/l11346.htm No PNAE a educação alimentar e nutricional resultou na lei nº 11.947/09, onde uma diretriz prevê “a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional”. Lei nº 11.947/2009 - Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória no 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no 8.913, de 12 de julho de 1994; e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2009/lei/l11947.htm P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 8 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Atualmente o texto do PNAN mostra que a educação nutricional está descrita de maneira transversal em todas as diretrizes e também prioriza a elaboração e a pactuação de uma agenda integrada intra e intersetorial de educação alimentar e nutricional. A educação alimentar e nutricional está ainda presente em outras políticas e documentos normativos da Saúde tais como a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) o plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e a Portaria 1010/2006 que, em parceria com o Ministério da Educação, estabelece as bases da promoção da alimentação saudável nas escolas. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.010 DE 8 DE MAIO DE 2006. - Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. http://crn3.org.br/Areas/Admin/Content/upload/file- 0711201572722.pdf Diretrizes da alimentação escolar I - O emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 9 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica; II - A inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional; III - A universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede pública de educação básica; IV - A participação da comunidade no controle social, no acompanhamento das ações realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios para garantir a oferta da alimentação escolar saudável e adequada; V - O apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos; VI - O direito à alimentação escolar, visando a garantir segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social. Para Boog (1997) a Educação Nutricional é apontada como estratégia de ação a ser adotada prioritariamente pela saúde pública para conter o avanço da prevalência de doenças crônico-degenerativas. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 10 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ IADES - EBSERH - Nutricionista - 2014 A alimentação saudável deve ser entendida como direito humano, compreendendo um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas, sociais e culturais dos indivíduos, de acordo com as fases do curso da vida e com base em práticas alimentares que assumam os significados socioculturais dos alimentos. É correto afirmar que a alimentação saudável nas escolas deve ser promovida com base em a) Ações de educação alimentar e nutricional, desconsiderando os hábitos alimentares, como expressão de manifestações culturais, regionais e nacionais. b) Estímulo à produção de hortas escolares, objetivando a venda dos alimentos produzidos e arrecadação de recursos para a escola. c) Estímulo à implantação de boas práticas de manipulação de alimentosnas casas dos estudantes, evitando o fornecimento de serviços de alimentação do ambiente escolar. d) Promoção comercial no ambiente escolar de alimentos e preparações com altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras. e) Monitoramento da situação nutricional dos escolares. Alternativa E P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 11 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Marcos Históricos das EAN P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 12 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ A Educação Nutricional configura-se em um campo de atuação educativa do nutricionista segundo a Lei Federal 8.234/ 91 que regulamenta a profissão de nutricionista e faz parte das ações deste profissional em todos os campos de atividade. Nesse campo é possível, construir conhecimentos significativos com o paciente, uma vez que o mesmo poderá ser considerado sujeito ativo do processo, sempre aberto e flexível às suas necessidades. (MANÇO E COSTA, 2004) É um processo educativo que através da união de conhecimentos e experiências do educador e do educando, que torna os sujeitos seguros para realizarem suas escolhas alimentares de forma que garantam uma alimentação saudável e prazerosa, visando no atendimento de suas necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais, e também, na formação ou mudanças nas práticas alimentares. (LAZARI, ET AL., 2012) P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 13 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Conceito A adoção de um conceito de EAN deve considerar aspectos que contemplem desde a evolução histórica e política da EAN no Brasil às múltiplas dimensões da alimentação e do alimento e os diferentes campos de saberes e práticas conformando uma ação que integre o conhecimento científico ao popular. Adota-se o termo Educação Alimentar e Nutricional e não o termo Educação Nutricional ou o termo Educação Alimentar para que o escopo de ações abranja desde os aspectos relacionados ao alimento e alimentação, os processos de produção, abastecimento e transformação aos aspectos nutricionais. Portanto, “Educação Alimentar e Nutricional, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da Segurança Alimentar e Nutricional, é um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo junto a indivíduos e grupos populacionais, considerando todas as fases do curso da vida, etapas do sistema alimentar e as interações e significados que compõem o comportamento alimentar. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 14 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ CESGRANRIO - 2010 - Petrobrás - Nutricionista Para o sucesso da educação nutricional, a abordagem deve ser centrada no indivíduo, e alguns aspectos devem ser considerados. Analise os aspectos abaixo. I – O nutricionista deve ouvir o cliente para poder falar para ele e não com ele. II – Incentivar os pequenos passos e não focalizar apenas o resultado final. III – Evitar transmitir julgamentos sobre as decisões, estilo de vida ou comportamento do cliente. É (São) aspecto(s) que deve(m) ser considerado(s) a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) II e III. e) I, II e III Gabarito - Alternativa D P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 15 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Importância da Educação Alimentar e Nutricional A difusão da noção de promoção das práticas alimentares saudáveis pode ser observada nas mais diversas ações políticas e estratégias relacionadas com alimentação e nutrição. Pode-se afirmar que essa noção é resultante do cruzamento entre o conceito de promoção da segurança alimentar e o da promoção da saúde. O papel da promoção da saúde cresce em sua importância como uma estratégia fundamental para o enfrentamento dos problemas do processo saúde-doença-cuidado e da sua determinação. A direção, nesse caso, é o fortalecimento do caráter promocional e preventivo, contemplando o diagnóstico e a detecção precoce das doenças crônico-degenerativas e aumentando a complexidade do primeiro nível de atenção, elementos que ainda são considerados como desafios para o sistema de saúde. Desta forma, a educação alimentar e nutricional é vista como estratégia fundamental para promoção da saúde e educação nutricional. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 16 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ CESGRANRIO - 2010 - Petrobrás - Nutricionista A compreensão dos princípios da educação nutricional é fundamental para que seus objetivos sejam alcançados, afirmando que a educação nutricional: a) pressupõe a heteronomia do cliente. b) define metas para controle dos processos patológicos que devem ser seguidas pelo cliente. c) utiliza, predominantemente, métodos objetivos de avaliação do estado nutricional do cliente. d) considera que a doença pode ser uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal. e) tem como meta a mudança dos hábitos alimentares a curto prazo nos casos de distúrbios nutricionais severos. Gabarito - Alternativa D Princípios da Educação Alimentar e Nutricional Enquanto política pública, a EAN pode ocorrer em diversos setores e deverá observar os princípios organizativos e doutrinários do campo no qual está inserida. Assim, na esfera da segurança alimentar e nutricional, deverá observar os princípios do SISAN; na saúde, os princípios do SUS, na educação, os princípios da PNAE, na rede sociassistencial, os princípios do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e assim sucessivamente. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 17 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Marco de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) https://www.youtube.com/watch?v=E899xC32MWk Agora que você já assistiu ao vídeo com o resumo dos princípios, vamos aprofundar no assunto: Sustentabilidade social, ambiental e econômica A temática e os desafios da sustentabilidade assumem um papel central na reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e dos padrões de produção, de abastecimento, de comercialização, de distribuição e de consumo de alimentos. No contexto deste Marco, “sustentabilidade”, inspirada em seu conceito original (ONU, 1987) e no conceito de “ ecologia integral” (BOFF, 1999; DELLORS, 1999), não se limita à dimensão ambiental, mas estende-se às relações humanas, sociais e econômicas estabelecidas em todas as etapas do sistema alimentar. Assim, a EAN quando promove a alimentação saudável refere-se à satisfação das necessidades alimentares dos indivíduos e populações, no curto e no longo prazos, que não implique o sacrifício dos recursos naturais renováveis e não renováveis e que envolva relações econômicas e sociaisestabelecidas a partir dos parâmetros da ética, da justiça, da equidade e da soberania. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 18 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade Compreende-se sistema alimentar como o processo que abrange desde o acesso à terra, à água e aos meios de produção, as formas de processamento, de abastecimento, de comercialização e de distribuição; a escolha e consumo dos alimentos, incluindo as práticas alimentares individuais e coletivas, até a geração e a destinação de resíduos. As ações de EAN precisam abranger temas e estratégias relacionadas a todas estas dimensões de maneira a contribuir para que os indivíduos e grupos façam escolhas conscientes, mas também que estas escolhas possam, por sua vez, interferir nas etapas anteriores do sistema alimentar. Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas A alimentação brasileira, com suas particularidades regionais, é uma das expressões do nosso processo histórico e de intercâmbio cultural entre os diferentes povos que formaram nossa nação. Assim, a EAN deve considerar a legitimidade dos saberes oriundos da cultura, religião e ciência. Respeitar e valorizar as diferentes expressões da identidade e da cultura alimentar de nossa população, reconhecendo e difundindo a riqueza incomensurável dos alimentos, das preparações, das combinações e das práticas alimentares locais e P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 19 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ regionais. Esse princípio trata da diversidade na alimentação e deve contemplar as práticas e os saberes mantidos por povos e comunidades tradicionais, bem como diferentes escolhas alimentares, sejam elas voluntárias ou não, como por exemplo, as pessoas com necessidades alimentares especiais. A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória A alimentação envolve diferentes aspectos que manifestam valores culturais, sociais, afetivos e sensoriais. Assim, as pessoas, diferentemente dos demais seres vivos, não se alimentam de nutrientes, mas de alimentos e preparações escolhidas e combinadas de uma maneira particular, com cheiro, cor, temperatura, textura e sabor, se alimentam também de seus significados e de seus aspectos simbólicos (DAMATA, 1987). Quando a EAN aborda estas múltiplas dimensões ela se aproxima da vida real das pessoas e permite o estabelecimento de vínculos, entre o processo pedagógico e as diferentes realidades e necessidades locais e familiares. Da mesma maneira, saber preparar o próprio alimento gera autonomia, permite praticar as informações técnicas e amplia o conjunto de possibilidades dos indivíduos. A prática culinária também facilita a reflexão e o exercício das dimensões sensoriais, cognitivas e simbólicas da alimentação (DIEZ-GARCIA; CASTRO, 2010). Mesmo quando o preparo efetivo de alimentos não é viável nas ações educativas, é necessário refletir com as pessoas sobre a importância e o valor da culinária como recurso para alimentação saudável (DAMATA, 1987). A Promoção do autocuidado e da autonomia O autocuidado é um dos aspectos do viver saudável. É a realização de ações dirigidas a si mesmo ou ao ambiente, a fim de regular o próprio funcionamento de acordo com seus interesses na vida; P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 20 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ funcionamento integrado e de bem-estar. As ações do autocuidado são voluntárias e intencionais, envolvem a tomada de decisões, e têm o propósito de contribuir de forma específica para a integridade estrutural, o funcionamento e o desenvolvimento humano. Essas ações são afetadas por fatores individuais, ambientais, socioculturais, de acesso a serviços entre outros. O exercício deste princípio pode favorecer a adesão das pessoas às mudanças necessárias ao seu modo de vida. O autocuidado e o processo de mudança de comportamento centrado na pessoa, na sua disponibilidade e sua necessidade são um dos principais caminhos para se garantir o envolvimento do indivíduo nas ações de EAN. A promoção do autocuidado tem como foco principal apoiar as pessoas para que se tornem agentes produtores sociais de sua saúde, ou seja, para que as pessoas se empoderem em relação à sua saúde. Os principais objetivos do apoio ao autocuidado são gerar conhecimentos e habilidades às pessoas para que adotem, mudem mantenham comportamentos que contribuam para a sua saúde. A Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos As abordagens educativas e pedagógicas adotadas em EAN devem privilegiar os processos ativos, que incorporem os conhecimentos e práticas populares, contextualizados nas realidades dos indivíduos, suas famílias e grupos e que possibilitem a integração permanente entre a teoria e a prática. O caráter permanente indica que a EAN precisa estar presente ao longo do curso da vida respondendo às diferentes demandas que o indivíduo apresente, desde a formação dos hábitos alimentares na primeira infância à organização da sua alimentação fora de casa na adolescência e idade adulta. O fortalecimento da participação ativa e a ampliação dos graus de autonomia, para as escolhas e para as práticas alimentares implicam, por um lado, o aumento da capacidade de interpretação e a análise P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 21 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ do sujeito sobre si e sobre o mundo e, complementarmente, a capacidade de fazer escolhas, governar, transformar e produzir a própria vida. Para tanto, é importante que o indivíduo desenvolva senso crítico frente a diferentes situações e possa estabelecer estratégias adequadas para lidar com elas. Diante das inúmeras possibilidades de consumo, bem como das regras de condutas dietéticas, a decisão ativa e informada significa reconhecer as possibilidades, poder experimentar, decidir, reorientar, isto é, ampliar os graus de liberdade em relação aos aspectos envolvidos no comportamento alimentar. Neste sentido, a EAN deve ampliar a sua abordagem para além da transmissão de conhecimento e gerar situações de reflexão sobre as situações cotidianas, busca de soluções e prática de alternativas. A diversidade nos cenários de prática As estratégias e os conteúdos de EAN devem ser desenvolvidos de maneira coordenada e utilizar abordagens que se complementem de forma harmônica e sistêmica. Além de estarem disponíveis nos mais diversos espaços sociais para os diferentes grupos populacionais. O desenvolvimento de ações e estratégias adequadas às especificações de práticas é fundamental para alcançar os objetivos da EAN, além de contribuir para o resultado sinérgico entre as ações. Intersetorialidade Compreende-se intersetorialidade como uma articulação dos distintos setores governamentais, de forma que se corresponsabilizem pela garantia da alimentação adequada e saudável. O processo de construção de ações intersetoriais implica a troca e a construção coletiva de saberes, linguagens e práticas entre os diversos setores envolvidos com o tema, de modo que nele se torna possível produzir soluções inovadoras quanto à melhoria da qualidadeda alimentação e vida. Neste processo cada setor poderá ampliar sua capacidade de P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 22 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ analisar e de transformar seu modo de operar, a partir do convívio com a perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de todos sejam mais efetivos e eficazes. Planejamento, avaliação e monitoramento das ações O planejamento, compreendido como um processo organizado de diagnósticos, identificação de prioridades, elaboração de objetivos e estratégias para alcançá-los, desenvolvimento de instrumentos de ação, previsão de custos e recursos necessários, detalhamento de plano de trabalho, definições de responsabilidades e parcerias, definições de indicadores de processos e resultados, é imprescindível para a eficácia e eficiência das iniciativas e a sustentabilidade das ações de EAN. A qualidade do processo de planejamento e implementação destas iniciativas também depende do grau de envolvimento e compromisso não apenas dos profissionais, mas também dos indivíduos e grupos. Desta maneira os processos participativos tendem a gerar melhores resultados, impacto e sustentabilidade das iniciativas. O diagnóstico local precisa ser valorizado, no sentido de propiciar um planejamento específico, com objetivos delineados a partir das necessidades reais das pessoas e grupos, para que metas possam ser estabelecidas e para que resultados possam ser alcançados. No entanto, o processo de planejamento precisa ser participativo, de maneira que as pessoas possam estar legitimamente inseridas nos processos decisórios. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 23 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Atendendo a estes princípios, todas as estratégias de EAN têm como referência o Guia Alimentar para a População Brasileira. http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicac oes/guia_alimentar A criação do Marco de Referência em Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas representa um importante passo para a consolidação da EAN nas políticas públicas brasileiras. Ele foi elaborado de forma articulada entre vários setores, num processo conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com o Ministério da Saúde e da Educação, Associação Brasileira de Nutrição, Conselho Federal de Nutricionistas, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional da Universidade de Brasília. Este processo contou, ainda, com a participação de diversos setores da sociedade. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 24 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Papel da Educação Alimentar e Nutricional nos hábitos alimentares Diversos estudos têm apontado o vínculo da educação alimentar com o contexto político e social. Essas políticas redefinem com frequência as prioridades em relação aos problemas nutricionais e como consequência, os objetivos e as abordagens educacionais acabam por sofrer interferências. O papel da educação alimentar e nutricional está vinculado à produção de informações que sirvam como subsídios para a tomada de decisões que fortaleçam as políticas de promoção a saúde e dos direitos humanos. Aplicação de meios e técnicas no processo educativo Diversos pesquisadores da área buscaram desenvolver novas teorias e métodos educativos que pudessem influenciar nas mudanças dos hábitos alimentares. As estratégias de ações educativas possuem métodos como: simpósio, painel, discussão em grupo, estudo de caso, leitura dirigida, seminário, dinâmicas, dramatização, ludo pedagógicas entre outros. Os conteúdos informativos das estratégias educativas devem ter como base o conhecimento técnico científico, que deve ser diferenciado do saber popular. O educador em alimentação e nutrição não deve apenas transmitir informações corretas de forma didática, mas também compreender a maneira como o interlocutor vivencia o problema alimentar não apenas no que se refere ao consumo alimentar propriamente dito, mas a todas as questões de natureza subjetiva e interpessoal agregadas no comportamento alimentar. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 25 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Desenvolvimento e avaliação de atividades educativas em nutrição Educar em nutrição é tarefa complexa. As atitudes são formadas por conhecimentos, crenças, valores e predisposições pessoais e sua modificação demanda reflexão, tempo e orientação competente. A avaliação consiste no frequente acompanhamento das atividades educativas para observar se os objetivos que foram propostos anteriormente estão sendo alcançados e se as ações foram corretas. No entanto, é necessário que se utilize instrumentos e critérios que devem ser preestabelecido de acordo com o diagnóstico do público as ser envolvido, tendo acordo com os objetivos do programa de ação. A intervenção utilizada nos programas de educação alimentar e nutricional deve perceber as diferentes atitudes e percepções dos indivíduos diante da nutrição e da saúde, o que ratifica a necessidade de avaliar a prática educativa no final e em todos os momentos anteriores a intervenção. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 26 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Questões Comentadas Questão 1. (EBSERH- 2015) A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) se configura como um campo de conhecimento e prática contínua e permanente, intersetorial e multiprofissional, que utiliza diferentes abordagens educacionais. Em relação aos princípios para as ações de EAN, assinale a alternativa INCORRETA. (A) O caráter não permanente indica que a EAN precisa estar presente apenas na formação dos hábitos alimentares na primeira infância. (B) A EAN deve considerar a legitimidade dos saberes oriundos da cultura, religião e ciência. (C) A promoção do autocuidado tem como foco principal apoiar as pessoas para que se tornem agentes produtores sociais de sua saúde. (D) As abordagens educativas e pedagógicas adotadas em EAN devem privilegiar os processos ativos. (E) As estratégias e os conteúdos de EAN devem ser desenvolvidos de maneira coordenada e utilizar abordagens que se complementem de forma harmônica e sistêmica. Gabarito – Alternativa: A. Comentários: A educação alimentar deve estar presente em todas as fases dos ciclos de vida, não apenas na infância. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 27 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Questão 2. (CESGRANRIO- PETROBRAS/2010) A teoria e a prática da educação nutricional apresentam finalidade comum de possibilitar ao ser humano assumir a responsabilidade pelos atos relacionados à alimentação. Nesse contexto, afirma-se que o (a) (A) seguimento da dieta prescrita é o maior desafio da educação nutricional. (B) nutricionista é o profissional que tem o dom necessário para alcançar o objetivo da educação nutricional. (C) predomínio das ciências biológicas na formação do nutricionista é fundamentalno preparo do aluno para assumir atividades educativas na área de alimentação e saúde. (D) educação nutricional é considerada uma missão que o profissional nutricionista deve cumprir. (E) educação nutricional deve ser conscientizadora e libertadora. Gabarito – Alternativa: E Comentários: As ações educativas em EAN devem conscientizar os indivíduos na promoção de saúde respeitando seus valores, culturas, situação econômica entre outros fatores. Questão 3. (CESGRANRIO- PETROBRAS/2010) A diferenciação entre educação e orientação nutricional pode contribuir para melhor definir o papel do nutricionista como educador. A esse respeito, análise as afirmativas abaixo. I - A educação nutricional busca a autonomia do cliente. II - A preocupação precípua da educação nutricional é a mudança de práticas alimentares. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 28 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ III - A educação nutricional baseia-se na avaliação objetiva e subjetiva da evolução do paciente. Refere(m)-se a princípio(s) da educação nutricional, a(s) afirmativa(s) (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Gabarito – Alternativa: C. Comentários: A avaliação objetiva e subjetiva não se caracteriza como princípios da educação alimentar e nutricional. Questão 4. (EBSERH/ 2013) A educação nutricional é um processo pelo qual os clientes são efetivamente auxiliados a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de nutrição e estilo de vida. Sobre os fatores relacionados à adesão às orientações nutricionais, é correto afirmar: (A) Quanto maior o número de mudanças recomendadas ao mesmo tempo, menor a taxa de adesão. (B) Os níveis extremos de ansiedade (baixo ou alto) do cliente quanto à mudança alimentar aumentam a taxa de adesão às recomendações. (C) Quanto maior o tempo de espera para atendimento, maior é a motivação do cliente e melhor seu nível de adesão. (D) Clientes que moram sozinhos possuem níveis mais elevados de adesão às orientações nutricionais Gabarito - Alternativa A. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 29 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Comentários: Porque as mudanças devem ser realizadas progressivamente observando e avaliando as atitudes e percepções do individuo diante da nutrição em todas as fases da intervenção nutricional. Questão 5. (INSTITUTO AOCP – EBSERH/2014) Sobre as diferenças entre educação e orientação nutricional, relacione as colunas e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 1. Educação Nutricional. 2. Orientação Nutricional. A. Ênfase na mudança imediata das práticas alimentares e nos resultados obtidos. B. Ênfase no processo de modificar e melhorar o hábito alimentar a médio e longo prazo. C. Preocupação com as representações sobre o comer e a comida, com o conhecimento, as atitudes e a valoração da alimentação para a saúde, além da mudança de práticas alimentares. D. A preocupação precípua é a mudança de práticas e o seguimento da dieta. E. O objetivo do processo é estabelecido em função de metas definidas pelo profissional, para controle dos processos patológicos. F. O objetivo do processo é estabelecido em função das necessidades detectadas que são discutidas com o paciente e das perspectivas e esperanças do cliente ou paciente. G. As mudanças necessárias ao controle das doenças, entre elas as relativas à alimentação, devem ser buscadas em uma perspectiva de integração e de harmonização nos diversos níveis: físico, emocional e intelectual. H. As mudanças relativas à alimentação devem ser obtidas mediante o seguimento da dieta. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 30 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ a) 1C – 1E – 1F – 1H – 2A – 2B – 2D – 2G. b) 1A – 1B – 1G – 1H – 2C – 2D – 2E – 2F. c) 1A – 1B – 1F – 1G – 2C – 2D – 2E – 2H. d) 1B – 1C – 1F – 1G – 2A – 2D – 2E – 2H e) 1B – 1C – 1D – 1E – 2A – 2F – 2G – 2H. Gabarito – Alternativa D Comentários: A orientação estar vinculada ao adestramento enquanto a educação estar vinculada a uma aprendizagem mais ativa, profunda e transformadora. Questão 6. (INSTITUTO AOCP – EBSERH – Nutricionista – 2014) Qual é o objetivo principal do nutricionista como educador em alimentação e nutrição? a) Praticar ética profissional. b) Mudar o comportamento alimentar dos indivíduos quando inadequado a saúde, ou promover a saúde dos indivíduos pela introdução de práticas alimentares saudáveis e adequadas, trabalhando assim a prevenção. c) Avaliar a aceitação e efetividade dos programas, principalmente em termos de qualidade e de mudança de comportamento dos educandos. d) Selecionar métodos e técnicas do conhecimento da população-alvo, viáveis, dinâmicos, ativos e passíveis de avaliação e) Ser um profissional educador impregnado de amorosidade e conhecedor da complexidade humana. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 31 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Gabarito – Alternativa A Comentários: A promoção de hábitos alimentares saudáveis pautada no trabalho de educação em saúde exige que o nutricionista tenha papel atuante de educador, sendo agente e propiciador de mudanças. Por isso, se a perspectiva é educar, não se pode ter como única expectativa que as populações mudem algumas práticas do seu cotidiano, a fim de que os indicadores de saúde se tornem menos sofríveis. P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 32 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ Referências BOOG, MCF. Educação nutricional: por que e para quê? Disponível em:< http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju260pag0 2.pdf> Acesso em dezembro de 2015. BOOG, MCF. Educação nutricional: passado, presente, futuro. Disponível em:< https://www.faculdadeguararapes.edu.br/site/hotsites/biblioteca/edu cacaonutricional_passado-presente-futuro59500.pdf> Acesso em dezembro de 2015 LAZARI, TA ET AL. Importância da educação nutricional na infância. Disponível em:< http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485 _793_publipg .pdf> Acesso em dezembro de 2015 MANÇO, AM E COSTA, FNA. Educação nutricional: caminhos possíveis. Disponível em:< http://ideiasnamesa.unb.br/upload/bibliotecaIdeias/1397561168 Educa cao _Nutricional-_Caminhos_possiveis.pdf> Acesso em dezembro de 2015 MAGALHÃES, APA ET AL. Educação alimentar e nutricional crítica: reflexões para intervenções em alimentação e nutrição na atenção primária à saúde. Disponível em:< http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/550> Acesso em dezembro de 2012 MDS. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Disponível em:< P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 33 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/ http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca _alimentar/marco_EAN.pdf> Acesso em dezembro de 2012 SANTOS, LAS. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção depráticas alimentares saudáveis. Rev. Nutr. vol.18 no.5 Campinas Sept./Oct. 2005 SANTOS, LAS. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para reflexão. Ciência e Saúde Coletiva, 17. (2):453-462,2012 disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232012000200018&lng=en&nrm=iso>. acesso em junho de 16. http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_mec -usaid%20.htm P r o f e s s o r a – J o y c e S o u z a - P á g i n a | 34 EBSERH – NUTRIÇÃO http://oqdosconcursos.com.br/
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