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FILOSOFIA - O que importa é o motivo

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Filosofia
Profº Douglas Jorge Arao
djarao@gmail.com
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O que importa é o Motivo
Resumo
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Utilitarismo: Segundo o utilitarismo, o mais elevado objetivo da moral é maximizar a felicidade do maior número de pessoas dentro de uma comunidade que é concebida como “um corpo fictício”, assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor. Se for preciso, é lícito mesmo sacrificar alguns pelo bem da maioria, mesmo que esse “bem” seja relacionado apenas ao prazer. Buscando o prazer e evitando a dor, assim agimos corretamente.
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Liberalismo: o liberalismo acredita no mercado livre, leis de oferta e procura, liberdade de expressão e escolha. Tudo tendo como fundamento a propriedade que uma pessoa tem de si mesmo, nossa primeira e fundamental propriedade privada. Se todos são livres e buscam o próprio interesse, logo a sociedade como um todo se beneficia e isso é á fonte do ser ético e das ações moralmente corretas.
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Justiça: telos e honra: Outros pensam que o agir correto brota de uma concepção de justiça. A justiça é teleológica, ou seja, tem a ver com a finalidade, o escopo de cada ser ou coisa. Justiça é dar a cada um o que lhe é devido; o que moralmente merece. Honra e merecimento são grandesas muito importantes quando se raciocina nestes termos.
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Kant
Immanuel Kant oferece uma forma diferente de determinar o que é certo e errado, ou seja, qual a fonte do agir correto. dignidade.
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Somos seres racionais, logo, somos capazes de autonomia, ou seja, somos guiados pela razão (mesmo que nem sempre).
Ter autonomia significa agir segundo uma lei que eu mesmo me dou.
A moralidade de uma ação consiste na intenção com a qual ela é realizada.
Essa intenção é uma só: intenção de cumprir o dever ditado pela “razão pura prátiva.
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Em nenhum momento Kant duvida da verdade da física de Newton, assim como do valor das regras morais que sua mãe e seus mestres lhe haviam ensinado. 
As verdades da ciência newtoniana, assim como as verdades morais, são necessárias (não podem não ser) e universais (valem para todos os homens e em todos os tempos). 
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Os juízos rigorosamente verdadeiros, isto é, necessários e universais, são a priori, isto é independentes dos azares da experiência, sempre particular e contigente. 
os juízos sintéticos, aqueles cujo atributo enriquece o sujeito (por exemplo: esta régua é verde), são naturalmente a posteriori; só sei que a régua é verde porque a vi. 
Entretanto, também existem (este enigma é o ponto de partida de Kant) juízos que são, ao mesmo tempo, sintéticos e a priori! Por exemplo: a soma dos ângulos de um triângulo equivale a 180º. Eis um juízo sintético (o valor dessa soma de ângulos acrescenta algo à idéia de triângulo) que, no entanto, é a priori. 
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Pretender como Platao, Descartes ou Spinosa que a razão humana tem intuições fora e acima do mundo sensível, é passar por "visionário" e se iludir com quimeras: 
"A pomba ligeira, que em seu vôo livre fende os ares de cuja resistência se ressente, poderia imaginar que voaria ainda melhor no vácuo. Foi assim que Platão se aventurou nas asas das idéias, nos espaços vazios da razão pura. Não se apercebia que, apesar de todos os seus esforços, não abria nenhum caminho, uma vez que não tinha ponto de apoio em que pudesse aplicar suas forças". 
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Entretanto, a razão não deixa de construir sistemas metafísicos porque sua vocação 
própria é buscar sempre além. 
“Aja apenas segundo um determinado princípio que, na sua opinião, deveria constituir uma lei universal.”
“Age de modo que consideres a humanidade tanto na tua pessoa quanto na de qualquer outro, nunca como simples meio, mas sempre ao mesmo tempo como um fim.”
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O pensamento humano, do ponto de vista cognoscitivo, limita-se ao horizonte da experiência.
Entretanto, a sua tendência de ir além da experiência, é natural e irrefreável.
Mas, tão logo se aventura para além da experiência, o espírito humano cai fatalmente no erro. São erros, então, que não podem não ser cometidos. A crítica de Kant a esses erros são o objeto da dialética da sua “Crítica da Razão pura”.
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Kant não fala de condições do objeto em si, mas de condições do objeto em relação ao sujeito.
“Duas coisas enchem meu espírito de admiração e reverência: o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim.”
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Agora, a partir do que vimos, analisemos uma elaboração do “estatuto ontológico do embrião humano”:
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“É um único e mesmo ser humano. Idêntico a si mesmo, que possui já potencialmente em si todas as predisposições do seu sucessivo desenvolvimento que se dá desde o início em um processo contínuo sem ruptura relevante, uma pessoa como nós, à qual, segundo a lei da paridade e da reciprocidade, devemos o mesmo respeito que pretendemos para nós.”
Eberhard Schockenhoff 1997.
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È uma máxima universalizável?
É uma forma de tratar o outro como um fim em si mesmo?
Quais as eventuais fissuras desta formulação?
Qual seria, se é que esta não é suficiente, uma formulação alternativa?
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