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Tumores e Neoplasias de Esôfago Anatomia Localização: Limite superior: Constrição cricofaríngea – posterior// a traqueia na altura de C6 Limite inferior: Junção esofagogástrica – mesmo nível do óstio do cárdio do estômago Zonas de constrição: Esfíncter esofágico superior (EES): Localização: Junção faringoesofágica Origem: Parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da laringe Características: Voluntário; Parte mais estreita do esôfago Arco aórtico: Localização: Posterior// ao brônquio E Constrição combinada: Arco da aorta e brônquio principal E Esfíncter esofágico inferior (EEI): Localização: atravessa o hiato esofágico Hipotonia: Refluxo – Hérnia de Hiato Hipertonia: Acalasia – Degeneração das céls ganglionares do plexo mioentérico parassimpático Sintomas esofágicos: Desconforto retroesternal inespecífico - frequente// relacionado contrações espasmódicas Pirose Disfagia Perda de peso – direta// relacionado com o local da lesão Regurgitação Dispneia Tosse Estridor/Cornagem Inervação e Vascularização Irrigação: Cervical: Aa tireóideas inferiores Torácica: Aa brônquicas, Aa intercostais e ramos das Aa esofágicas – que são ramos diretos da aorta Abdominal: Artéria frênica Inferior e Artéria gástrica Esquerda Drenagem venosa: Vv tireóideas inferiores Vv esofágicas (drenam para veia ázigo) Comunicação do sistema porta com a VCS ← anastomose entre as tributárias da veia gástrica esquerda e veias esofágicas. Drenagem linfática: Linfonodos paratraqueais e cervicais profundos Cervical (2/3 superiores) → Linfonodos: Cervicais profundos, Paraesofágicos, Mediastinais posteriores e Traqueobrônquicos Inferior → Linfonodos paraesofagianos, celíacos e do hilo esplénico Inervação: Cervical: Somática, Sensitiva e Motora Fibras somáticas ← ramos dos nervos laríngeos recorrentes Fibras vasomotoras cervicais ← troncos cervicais profundos Inferior: Vagal – Parassimpática Plexo esofágico – Simpática e Sensitiva Visceral Anatomia orientada para clínica Pirose Tipo mais comum de desconforto esofágico Causa dor subesternal em queimação Causa da dor: Regurgitação de pequenas quantidades de alimento/líquido gástrico para parte inferior do esôfago Pode estar associada a hérnia de hiato Definição: protrusão de parte do estômago para o mediastino no hiato esofágico do diafragma. Frequente na meia-idade↔ alargamento do hiato esofágico ← enfraquecimento da parte muscular do diafragma Acalasia Não progressão do alimento devido ao não relaxamento do EEI Destruição do plexo mioentérico (inibitório) Degeneração do vago Perda da peristalse (ausência de contrações simultâneas) ↑ do lúmen e hipertrofia da camada muscular Sequência patológica: Destruição neuronal (95%) Ausência de peristalse Ausência de relaxamento do EEI Estase esofágica Hipertrofia muscular Exaustão, hipóxia e atrofia muscular Dilatação Metaplasia epitelial lesão → CA epidermoide (CEC – carcinoma espino celular) x Esôfago de Barret (adenocarcinoma) Fisiologia e Histologia Histologia Camada/Órgão Esôfago Estômago Mucosa EEPNQ com Lâmina própria; Camada muscular da mucosa; Glândulas túbulo-acinosas; TCF; Há pregas e dobras! ECS; Lâmina própria; TCF; Fossetas; Glândulas tubulares; Camada muscular da mucosa; Não há pregas, há dobras! Submucosa Glândulas túbulo-acinosas; TCD; Plexo nervoso submucoso; TCD; Plexo nervoso submucoso; Muscular MEE – terço superior; C. m. circular interna (ML); Plexo nervoso mioentérico; C. m. longitudinal externa (ML); Camada oblíqua interna; Camada circular média; Camada longitudinal externa; Plexo nervoso mioentérico; Adventícia TCF Entre as adventícias, tem tecido adiposo Serosa TCF e mesotélio TCF e mesotélio Camadas: Mucosa, Submucosa, Muscular, Adventícia e Serosa Mucosa e Submucosa formam pregas longitudinais quando esôfago não encontra-se distendido Mucosa: EEPNQ sobre uma lâmina própria com papilas de TCF Glândulas túbulo-acinosas restritas à lâmina própria Submucosa: Rede de fibras colágenas e elásticas e Vasos sanguíneos Plexo venoso submucoso Glândulas túbulo-acinosas: Localizadas abaixo da camada muscular da mucosa Organizadas em lóbulos drenados por um único ducto Muscular: 1/3 superior: Não organizada e formada por MEE 2/3 inferiores: Camadas musculares circular interna e longitudinal externa, entre elas há o plexo mioentérico 1/3 inferior: Ambas camadas formadas por ML Fisiologia da deglutição esofágica Esfíncteres esofágicos permanecem contraídos sem estimulação da passagem do bolo alimentar Estímulo inicial: Ativação aferente sensorial do bolo alimentar na porção superior Refluxo de deglutição no esôfago inicia com o Relaxamento do EES Controle: Bulbo e porção inferior da ponte Nervos cranianos: musculatura faríngea e porção superior do esôfago Nervo vago: 2/3 inferiores do esôfago São geradas ondas peristálticas até que não se encontre mais alimento no esôfago Auxílio da gravidade Não há células de Cajal – responsáveis por ondas lentas de peristaltismo Introdução Epidemiologia 6ª maior causa de morte por câncer no mundo: 286 mil óbitos/ano Sexo M (4:1) Regiões: Sul do Brasil, Irã, China e África do sul Tumores mais frequentes: Carcinoma espinocelular e Adenocarcinoma Carcinoma espinocelular é mais frequente Adenocarcinoma está aumentando especial// nos países desenvolvidos → ↑Esofagectomia Maioria se apresenta local// avançada, ou seja, em estágio T3 ou N1 Aumento na incidência na população mais jovem A extensão tumoral extraesofagiana está presente em 70% dos casos no momento do diagnóstico Sobrevida em 5 anos: CEC: 5 a 12% Metástases ganglionares: 3% Disseminação não ganglionar: 42% Quadro clínico Estágios iniciais: Assintomáticos/Mimetização de DRGE Pirose, Regurgitação e Indigestão Doença avançada: Sintomas Disfagia e Perda de peso: Obstrução > 2/3 da luz (24 a 12mm) Fístula traqueoesofágica (FTE): Engasgos, Tosse e Aspiração Invasão direta do n laríngeo recorrente: Paralisia de prega vocal e Rouquidão Metástases sistêmicas: Icterícia (fígado), ossos (dor intensa), sintomas respiratórios (pulmão Tumores Malignos Disseminação A falta de serosa do esôfago tende a favorecer a extensão local do tumor Infiltração: 2/3 superiores: Árvore traqueobrônquica Aorta N laríngeo recorrente E que circunda o arco aórtico 1/3 inferior: Diafragma Pericárdio Estômago Disseminação linfonodal: Acometimento de gânglios linfáticos, mediastino, fossa supra-clavicular e tronco celíaco Ocorre em 75% dos casos Principais órgãos afetados: Fígado e Pulmões Carcinomas “in situ” Formas precoces de câncer esofágico: Carcinoma “in situ” Carcinoma de disseminação superficial Carcinoma intra-mucoso Características: Assintomáticos Levam cerca de 3,5 anos para evoluir para CEC invasivo Achados endoscópicos: Lesão em forma de placa leve// elevada, avermelhada e granular Erosões superficiais/Lesões papilares com diâmetro < 3 cm Tumores do esôfago Benignos Quadro clínico: Maioria assintomática Sintomas comuns: Disfagia, Dor retroesternal, Pirose, Tosse, Odinofagia, Perda de peso e HDA Classificação segundo OMS – histogênese Epiteliais: Papiloma de Céls escamosas Papiloma viral Adenoma Submucosos/Mesenquimais/Suepiteliais: Leiomioma Lipoma Tu de céls granulares Tumores vasculares Tumores neurogênicos Cisto de Duplicação Psudotumorais: Pólipos fibrovasculares Cistos Pólipo inflamatório Pólipo fibroso inflamatório Acantose glicogênica Leiomiomatose difusa Heterotopias Tumores epiteliais Adenoma: Fatores predisponentes: DRGE e Esôfago de Barret Diagnóstico: Endoscopia Lesão polipoide séssil ou plano-elevada com mucosa de superfície avermelhada, reticulada Associado à metaplasia intestinal do esôfago de Barrett Tumores submucosos Observações Não realiza-se biópsia por meio da endoscopia – não é possível retirar amostras subepiteliais Confirmação de diagnóstico: USG endoscópica Confirmaa camada de origem, avalia o tamanho da lesão, ecotextura, margens, presença de linfonodos Permite realizar a punção ecoguiada para o exame histopatológico Sinais de malignidade: Ecotextura heterogênea Diâmetro > 3 cm Crescimento rápido Leiomioma: Epidemiologia: Tumor benigno mais comum do esófago (2/3 dos tumores) Sexo M e Faixa etária dos 20 até 59 anos Quadro clínico: Assintomático Podem relatar disfagia, dor retroestemal, odinofagia, pirose, tosse, perda ponderal e sangramento Origem: camada muscular própria ou muscular da mucosa Endoscopia: Lesão elevada séssil, arredondada, de consistência firme ao toque, superfície lisa e recoberta por epitélio escamoso normal, de diâmetro variável Localizado 2/3 inferiores do esôfago Presença de ulceração no ápice → transformação maligna e risco p/ HDA Carcinoma epidermoide Origem: EEPÑQ Fator de risco: Álcool e Tabaco – mais ainda quando associados Epidemiologia Norte da China, Ásia central, Irã, Sudeste da África Raro na juventude Faixa etária principal: 7ª e 8ª décadas Áreas endêmicas: 5ª e 6ª décadas Etnia negra Localização: 60% em 1/3 médio 30% em 1/3 distal Regiões x Fatores etiológicos China (Taiwan): Dieta deficiente de folato de vitamina B12; Nitrosaminas nos alimentos; Contaminação de sílica no farelo de milho; alimentos conservados África do sul: Milho cultivado em casa; Vômitos induzidos; Contaminação de sílica no farelo de milho Irã: Dieta deficiente de folato de vitamina B12; Bebidas muito quentes; Contaminação de sílica no farelo de milho Uruguai: Mate em bebidas muito quentes, etanol e tabagismo Brasil: Etanol, tabagismo, consumo de bebidas muito quentes, consumo de pimenta e mate Etiologia Irritação crônica: Álcool (+deficiência de enzima aldeído desidrogenase tipo II) Acalasia e Divertículo de esôfago Ingestão de bebidas muito quentes Vômitos induzidos Escleroterapia de varizes de esôfago Ingestão de substâncias caústicas – principal// na região da bifurcação da traqueia Tabaco Radioterapia Sílica Patologias associadas: Tilose palmo-plantar – doença autossômica dominante que se manifesta por hiperqueratose palmo-plantar Sd de Howel-Evans Início: 2ª infância Sd de Plummer-Vinson – especial// em porção proximal do esôfago Dvertículos esofágicos Doença celíaca Esclerodermia Neoplasia primária da cabeça e pescoço Fatores nutricionais: Deficiências de vitaminas A, C, E, B12, ácido fólico, riboflavina – ↓Ingestão vegetais verdes e amarelos, ricos em betacaroteno, e de frutas cítricas Deficiência de minerais (Zn e Selênio) Consumo frequente de pimenta Alimentos conservados em sal Consumo de cereal de milho Fator predisponente principal: Megaesôfago 2,8% dos casos evoluem para CEC Necessária a realização de endoscopia com cromoscopia de lugol Fator causal: Estase esofágica Bactérias redutoras de nitrato na luz esofágica → ↑[nitrito] Estenose caústica Ocorre principal// em pacientes submetidos ao tratamento prolongado por dilatação endoscópica Ingestão de agente corrosivo por longo prazo de tratamento Diagnóstico Endoscopia Tipos de apresentações macroscópicas: Polipoide: Crescimento de pólipo intra-luminar com superfície lisa com pedículo estreito Sobrevida em 5 anos de 70% Infiltrado: Crescimento intra-luminar denso e firme longitudinal e circular Ulcerado: Úlcera de base rasa com bordas leve// elevadas, hemorrágico e com enduração circunjacente Vegetante: Crescimento predominantemente intra-luminar com superfície ulcerada, extrema inabilidade e infiltração de estruturas mediastinais Adenocarcinoma Características gerais: Comportamento agressivo Esôfago distal Invasão transmural frequente em: Tecidos periesofágicos e Tronco celíaco Disseminação linfática: linfonodos do hilo esplénico Metástases para pulmões e fígado são menos frequentes Epidemiologia 50% dos cânceres de esôfago em países desenvolvidos Aumento da incidência: ↑DRGE ↑Esôfago de Barret Dieta rica em gordura Raça: caucasiana/hispânica Fatores predisponentes Principal: Esôfago de Barret (x45 mais risco – 10% dos casos) Não há fatores genéticos associados a esse câncer Tabagismo: Dificulta o controle da DRGE e está associado às suas formas mais complicadas Fatores de risco Fisiopatologia Desenvolvimento demorado, com longo período de latência e ocorrência de alterações genéticas Requer o desenvolvimento de displasia – perda do controle do ciclo celular e alta taxa de proliferação Origens: Glândulas submucosas esofágicas, Ilhas heterotópicas do epitélio colunar Degeneração maligna do epitélio colunar metaplásico (mucosa de Barrett) Refluxo recorrente do conteúdo gástrico para mucosa esofágica → Displasia Substituição da mucosa esofágica pelo epitélio glandular do estômago Proliferação acentuada das glândulas da submucosa do esôfago Alterações genéticas Mutações na p53 Amplificação do cromossomo 4 Translocação nuclear da β-catenina Amplificação de c-ERB-B2 Tetraploidia/Aneuploidia Histopatologia Localização: Esôfago distal e região cárdia Início: Formação de fragmentos aplanados/elevados na mucosa Evolução: Massas nodulares ≤ 5 cm com potencial infiltrativo Pode ocorrer: Células gástricas em anel de sinete difusamente infiltrativas ou Células pouco indiferenciadas Periferia: Múltiplos focos de mucosa displásica Consequências orgânicas/Disseminação: Formação de Fístula esôfago-traqueal → Sintomas: Dor retroesternal, Dispneia, Tosse, Hemoptise e Pneumonia por aspiração Vias de disseminação: Continuidade, Linfática, Hematogênica e Intra-mural Sinal de metástase linfonodal: Linfonodos endurecidos e palpáveis em fossa supra-clavicular e região axilar → Fígado e Pulmões Diagnóstico Realizar também coleta de biópsias seriadas nos quatro quadrantes a cada 2 cm – padrão de referência na vigilância de câncer do esôfago de Barrett Azul de metileno: Tinge seletiva// células caliciformes, indicando que áreas captantes apresentam metaplasia intestinal. Utilizado para detecção de lesões displásicas pela identificação de áreas hipocoradas e não coradas, direcionando a coleta de biópsias A ausência de coloração, no entanto, pode indicar tanto displasia, quanto epitélio metaplásico não intestinalizado e, por essa razão, os resultados da cromoscopia com azul de metileno são controversos. Endoscopia com magnificação de imagem Selecionar áreas a serem biopsiadas em pacientes que apresentam metaplasia colunar no esôfago e também para pacientes cm seguimento para detecção de câncer Espectroscopia de dispersão de luz: Análise de intensidade e comprimento de onda da luz branca refletida sobre o tecido permite avaliar concentração e tamanho dos núcleos Nos pacientes com esôfago de Barrett, aumento de tamanho e quantidade de núcleos está relacionada à progressão de metaplasia para neoplasia intraepitelial e adenocarcinoma invasivo Esôfago de Barret Definição: Metaplasia epitelial colunar substituindo a mucosa escamosa distal (EEPÑQ) atribuída à exposição prolongada ao refluxo gastroesofágico Características: 10% dos casos evoluem para adenocarcinoma (x45 risco) Risco para neoplasia é proporcional à extensão da displasia do epitélio colunar Fatores predisponentes próprios: Raça: caucasiana/hispânica Sexo M (7:1) Classe social baixa Idade > 50 anos IMC > 30 ↓Infecção por H pylori Prevenção contra adenocarcinoma: Tratamento precoce do esôfago de Barret Diagnóstico Endoscopia Realizar também coleta de biópsias seriadas nos quatro quadrantes a cada 2 cm – padrão de referência na vigilância de câncer do esôfago de Barrett Azul de metileno: Tinge seletiva// células caliciformes, indicando que áreas captantes apresentam metaplasia intestinal. Utilizado para detecção de lesões displásicas pela identificação de áreas hipocoradas e não coradas, direcionando a coleta de biópsias A ausência de coloração, no entanto, pode indicar tanto displasia, quanto epitélio metaplásico não intestinalizado e, por essa razão, os resultados da cromoscopia com azul de metileno sãocontroversos. Endoscopia com magnificação de imagem Selecionar áreas a serem biopsiadas em pacientes que apresentam metaplasia colunar no esôfago e também para pacientes cm seguimento para detecção de câncer Espectroscopia de dispersão de luz: Análise de intensidade e comprimento de onda da luz branca refletida sobre o tecido permite avaliar concentração e tamanho dos núcleos Nos pacientes com esôfago de Barrett, aumento de tamanho e quantidade de núcleos está relacionada à progressão de metaplasia para neoplasia intraepitelial e adenocarcinoma invasivo Exame histológico ↓Relação núcleo-citoplasma Perda da polaridade, Célula aparente// indiferenciada, ↑núcleo e nucléolos, ↑nº de mitoses Junção gastroesofágica: Retalhos de mucosa plana/elevada → Massas nodulares ≤ 5 cm Megaesôfago chagásico Exames complementares Radiografia de tórax Anormal em apenas 50% dos pacientes com câncer esofágico Pode ser considerada normal mesmo nos pacientes com doença avançada Achados frequentes: Nível hidroaéreo no esôfago obstruído Esôfago dilatado Tecido anormal com densidade de partes moles no mediastinoalteradas: Adenopatia ou Desvio da traqueia Duplo Contraste Avalia localização e extensão, além da presença de obstrução/fístulas Câncer avançado: Estreitamento luminar Ulceração Estenose com término abrupto em prateleira no segmento proximal Esofagograma com bário Indicação: Disfagia Diferencia: lesões intra-luminares das intra-murais; compressão intrínseca (massa em lúmen) da extrínseca (estrutura fora do esôfago) Achado clássico: Sinal da maçã mordida Endoscopia A endoscopia com retirada de fragmento tecidual para biópsia é o melhor exame para o diagnóstico de câncer esofágico Caracterizar a lesão: Local (com relação a distância dos incisivos) Natureza: friável, firme, polipoide Extensão proximal e Extensão distal Relação entre a lesão do músculo cricofaríngeo, JGE e cárdia gástrica Distensibilidade do estômago Tomografia computadorizada Objetivo: Avaliar a extensão do tumor, Espessura do esôfago e estômago, Avaliação de linfonodos (cervical, mediastinal e celíaco) e doença distante no fígado e pulmões Útil para determinar lesões T4, em que a lesão está invadindo estruturas circunjacentes Tc por emissão de pósitrons Avalia a massa primária, linfonodos regionais e doença distante Maior sensibilidade e especificidade Ultrassonografia endoscópica (USE) Capaz de predizer o estágio do tumor (prognóstico) e extensão da mestástase linfonodal Punção aspiração com agulha fina (PAAF): Detectar a invasão do linfonodo regional É necessário realizar a combinação Tc + USE para detectar mestástases distantes antes da PAAF USE+Tc: Determinar a extensão da disseminação tumoral intramural longitudinal Estruturas avaliadas: Linfonodos celíacos Fígado, Pulmões e Ossos Estruturas adjacentes: Aorta, Traqueia, Coluna torácica Exame histológico Adenoma de céls escamosas Método: Cromoendoscopia com solução de Lugol Detecção de lesões com neoplasia intraepitelial de alto grau Delimita claramente as margens das lesões, facilitando a coleta de biópsias Requer avaliação minuciosa das alterações de relevo e coloração da mucosa do órgão Estadiamento “T” Tumor “N” Nódulos linfáticos “M” Metástase à distância Tx Sem acesso e avaliação Nx Sem acesso e avaliação Mx Sem acesso e avaliação T0 Sem evidência de tumor primário Tis Tumor “in situ” N0 Não acometimento de linfonodos regionais M1a Esôfago torácico superior metastático para linfonodos cervicais T1 Invasão para lamina própria/muscular da mucosa/submucosa Não ultrapassa submucosa Esôfago torácico inferior metastatico para linfonodos do tronco celiaco T2 Invade, mas não ultrapassa camada muscular própria N1a 1 a 3 linfonodos M1b Esôfago toracico superior metastático para outros linfonodos não regionais T3 Invade, mas não ultrapassa a camada adventícia N1b 4 a 7 linfonodos Esôfago medio metastático p/ linfonodos não regionais e outros sitios distantes T4 Invasão das estruturas adjacentes N1c > 7 linfonodos Esôfago toracico inferior metastatico p/ linfonodos não regionais e outros sitios distantes Tratamento Tratamento conservador: Esofagectomia + Interposição Gástrica Não realizar em casos de: Doença metastática Estômago extensa// comprometido pelo tumor Impossibilidade de margem livre de tumor Doença prévia Grande risco de comprometer o suprimento gástrico Tratamento paliativo Impossibilidade de realizar ressecção, invasão extensa das estruturas vitais, recidiva do tumor, metástase Objetivos: Aliviar disfagia e desconforto; Prover nutrição; Limitar a hospitalização Dilatação/Colocação de Prótese: Objetivo: Permitir a patência luminar para controle da saliva e para nutrição Permitir a avaliação por USE Risco de ruptura esofagiana/sangramento: 2% a 3% Não impede tratamento posterior com quimioterapia/radioterapia Procedimento: Anestesia local/geral → Dilatação da estonos a 42 ou 45 French → Identificação da lesão Prótese recoberta e expandida sob controle endoscópico e fluoroscópico Necessário a restrição de alguns alimentos após a colocação da prótese Sobrevida < 6m Adequada para fístula traqueoesofágica (FTE) Terapia fotodinâmica: É administrado endovenosa// um fotossensibilizador (éter de dihematoporfírina) – via endoscópio flexível Após 24 a 72 horas, o fotossensibilizador é retido pelo tumor em maior concentração que os tecidos normais, absorve a luz vermelha e produz radicais de oxigénio que destroem o tumor Depois de 3 dias, a esofagoscopia é repetida e o tecido necrótico é desbridado, mensal// Complicações: Desenvolvimento de fístulas Edema das mãos e face Fotossensibilidade Sobrevida = 9,5 meses Resposta completa em tumores de estádio I Pode ser utilizada em conjunto com quimioterapia e repetida indefinidamente Radioterapia: Objetivo: Destruir o tumor, suas extensões microscópicas e outros locais de metástases Necessário incluir margem de 5 cm circundando o tumor e cadeias ganglionares adjacentes Estruturas vulneráveis: pulmões, coração, medula espinal e medula óssea Pode ser usada em pré-operação para reduzir e controlar o volume tumoral e amplitude da invasão/disseminação Radioterapia externa (teleterapia) – radiação intracavitária Dosagem: 6000 a 6400 cGy Em frações diárias de 180 a 200 cGy 5 dias na semana, por 6 a 7 semanas O alívio da dor pode ser rapidamente obtido através de frações diárias crescentes Minimiza a exposição de estruturas adjacentes radiossensíveis, como pulmões e medula espinhal Paliação cirúrgica: Derivação com interposição de estômago/cólon Indicado para pacientes com disfagia grave ou FTE Sobrevida pós-operatória < 6m Mortalidade > 20% Telescafagem endoesofágica endotorácica Ressecção da camada mucosa esofágica e do tumor Utilização do tubo muscular do esôfago como uma capa proveniente do estômago Grande possibilidade de permitir deglutição normal e dieta habitual Mortalidade = 15% e Morbidade = 25% Complicações anastomóticas e respiratórias Tratamento curativo Esofagectomia < 50% dos pacientes são elegíveis para ressecção cirúrgica com intenção curativa no momento do diagnóstico Envolve drenagem linfática extensa – envolve os tecidos mediastinais circunjacentes 10% dos casos com margem cirúrgica do esôfago normal e remoção de 6 a 8 cm, ocorre recorrência tumoral na margem de ressecção Objetivo: Ressecção completa do tumor, macro e microscópica// Tipos: Transtorática: Laparotomia mediana para mobilização do estômago Toracotomia D para as lesões proximais, ou Toracotomia E para lesões distais Em bloco: Ressecção completa do esôfago Dissecção ganglionar através de laparotomia mediana de 2 campos (tórax e abdome) ou 3 campos (tórax, abdome e pescoço) Toracotomia D Incisão cervical para a anastomose proximal do tubo gástrico no esôfago cervical remanescente Transiatal: Incisão cervical para mobilizaro esôfago Anastomose proximal Laparotomia mediana para mobilizar esôfago e estômago Videoassistida: Videolaparoscopia Mobilizar o estômago e VATS para mobilizar o esôfago Incisão cervical para a anastomose do tubo gástrico no esôfago cervical remanescente Não envolve vantagem em relação a sobrevida relativa Quimioterapia Frequente// utilizada em pré-operatório Quando combinada com a radioterapia tem caráter paliativo Estratégia menos eficaz para tratamento do câncer Objetivo: Melhorar ressecção, diminuir volume tumoral e tratar as micrometástases Combinação de 2 ou mais drogas: cisplatina e 5-fluorouracil Bibliografia Clínica médica USP: pág 404 – Tumores de Esôfago Clínica cirúrgica USP: pág 516 – Endoscopia do esôfago pág 612 – Câncer de esôfago file:///C:/Users/Larissa%20Harumi/Downloads/Dialnet-OCancerDeEsofago-5168604.pdf https://www.periop.com.br/lr-6 http://www.misodor.com/CANCER%20DE%20ESOFAGO.php
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