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TRABALHO PENAL TPI E CRIMES AMBIENTAIS

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A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA JULGAMENTO DE CRIMES AMBIENTAIS
NELMA ALBINO DA SILVA
RESUMO
	A presente pesquisa tem por objetivo principal apontar as competências do Tribunal Penal internacional no tocante ao julgamento de crimes ambientais. Sabe-se que os crimes ambientais tem ocorrido em larga escala, não apenas em território brasileiro mas ao redor do mundo. O arcabouço jurídico brasileiro prevê, neste sentido, sanções legais para punir as condutas consideradas lesivas ao meio ambiente. A Declaração dos Direitos Humanos, por sua vez, associa o meio ambiente à sobrevivência humana, deixando ainda mais clara a importância de se preservar um meio ambiente saudável e acessível a todos os seres humanos, bem como de mantê-lo em condições satisfatórias para as gerações futuras. Porém, nem todos os países tem uma estrutura jurídica satisfatória para processar e punir crimes. Isto aplica-se não só aos crimes de natureza ambiental, mas principalmente aos crimes que ameaçam a dignidade e a vida humana. Neste sentido, o Tribunal Penal Internacional representa um papel fundamental na resolução desses impasses. Nesta pesquisa, veremos quais são de fato as competências do Tribunal Penal Internacional para processar os crimes ambientais, quais os entraves que de certa forma prejudicam uma atuação maior do TPI e as ações necessárias para garantir a eficácia deste órgão internacional e consequentemente a garantia do bem jurídico.
Palavras-chave: Meio ambiente, Direito Penal Internacional, Direitos Humanos.
INTRODUÇÃO
	A presente pesquisa trata das competências do Tribunal Penal Internacional no tocante aos crimes ambientais, mais especificamente após o ano de 2016, quando foi emitido o documento que atribuía a este órgão processar, julgar e condenar crimes desta natureza, a saber, o Policy Paper on case Selection and Prioritisation (Documento de política sobre seleção e priorização de casos – tradução livre).
	A pesquisa foi dividida em três partes. A primeira parte trata do conceito de meio ambiente em sentido amplo e estrito, bem como o sentido jurídico. Aponta as medidas legais relacionadas a este assunto, como a contida na Constituição Federal de 1988. Discute a Lei de Crimes Ambientais e os crimes nela previstos. Trata também da tríplice responsabilidade que assume aquele que pratica condutas lesivas ao meio ambiente.
A segunda parte refere-se ao Tribunal penal Internacional, o TPI. Explica o que é este órgão, qual é a sua função, bem como os crimes que este processa e julga e sua organização.
	Por fim, a terceira parte da pesquisa faz a relação entre o TPI e o julgamento dos crimes ambientais. Considera para desenvolver o assunto a emissão do documento de 2016 (mencionado acima na presente introdução) e fala sobre o enquadramento de crimes ambientais com os crimes previstos no Estatuto de Roma, a fim de evidenciar a falta de um aparato legal específico para a tipificação dessas condutas.
Permeia-se em todo trabalho a ideia da importância do Tribunal Penal Internacional e do Direito Ambiental em conjunto com os Direitos Humanos, pois entende-se que os danos ambientais causam dano consequente à vida humana – o bem jurídico maior.
1. Crimes Ambientais
1.1. Crimes ambientais: a legislação brasileira
	
	Embora haja, na legislação brasileira, diversos tópicos que mencionam o meio ambiente, o artigo 225 da Constituição Federal e a Lei 9605/98 são bem específicas neste sentido, garantindo a preservação ambiental e estabelecendo medidas punitivas em caso de descumprimento da Lei. Torna-se, então, necessário analisar cada uma delas.
1.2. Art 225 da Constituição Federal – Do meio ambiente
	Considerar-se-á, de início, a terminologia “meio-ambiente”. SIRVINSKAS (2012, p.12) conceitua da seguinte maneira:
Tanto a palavra meio como o vocábulo ambiente passam por condições diferentes, quer na linguagem científica, quer na vulgar. Nenhum destes é unívoco ( detentor de um significado único), mas ambos são equívocos ( mesma palavra com significados diferentes). Meio pode significar: aritmeticamente, a metade de um inteiro; um dado contexto físico ou social; um recurso ou insumo para alcançar ou produzir algo. Já ambiente pode represenyar um espaço geográfico ou social, físico ou psicológico, natural ou artificial […]. Na linguagem técnica, meio ambiente é a “combinação de todas as coisas e fatores externos ou indivíduo ou população de indivíduos em questão. Mas exatamente, é constituído por seres bióticos e abióticos e suas relações e interações. (MILARÉ, 2009, p.113)
	
	Logo, pode-se classificar meio ambiente como um conjunto de elementos naturais, culturais e artificiais que interagem em consenso com os seres vivos que o participam e entre si convivem harmonicamente. Neste ínterim, é importante que haja a preocupação em manter um meio ambiente saudável, protegendo-o inclusive de danos que ponham em risco o bem estar geral. 
	Pode-se afirmar que o artigo 225 da Constituição Federal Brasileira é o coração da proteção ambiental, pois assegura o direito ao desenvolvimento de maneira sustentável, como descrito em seu caput:
Art 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
	Além das garantias elencadas acima, o parágrafo 1º do mesmo artigo define as competências relativas ao Poder Público, no tocante ao cumprimento da Lei:
§1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I- preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II- preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genérico do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III- definir, em todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidos somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade
V- controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI- promover a educação ambiental e, todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do maio ambiente; 
VII- proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco a sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
	Pode-se então entender que, neste sentido, o Poder Público é parte determinante na preservação do ambiente , tendo a imcumbência tanto de peservar a fauna e a flora quanto da definição das áreas a serem protegidas e da criação de projetos de conscientização com vistas à promover a educação ambiental.
	Pode-se também observar, dentre outras definições importantes previstas nesta Lei, a sentença proferida no parágrafo 4º:
§4ºA Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da |lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quento ao uso dos recursos naturais.
	Conclui-se, desta maneira, que a lei determina neste parágrafo as áreas consideradas Patrimônio Nacional, bem como as condições de utilização das mesmas, observando suas condições de garantia e de preservação ambiental. Evidencia-se, então, o caráter protetor deste aparato legal. 
	Logo, a Constituição Federal é taxativa quando atribui a obrigatoriedade de manter, preservar e restaurar o meio ambiente exclusivamente ao Poder
Público, sendo assim, há investimentos na criação de espaços de preservação ambiental, em programas de reflorestamento e de restauração da fauna e da flora, lei. tendo a população (coletividade) neste ínterim o dever de preservação, para que se cumpra a lei.Isto porque entende-se que o patrimônio ambiental é um bem do qual todos somos proprietários, e portanto, quando este bem é maculado, todos nós também o somos. Argumenta CONSTANTINO (2002, p.20):
Urge lembrarmos aqui, que este magnífico patrimônio - o meio ambiente – não é uma res nullius, isto é, uma coisa de ninguém, como preconizavam alguns doutrinadores em épocas passadas, mas uma res comuunis omnium, ou seja, uma coisa pertencentes a todos os homens, um precioso acervo que diz respeito não somente a um determinado local, a um país, porém, a toda humanidade, visto que todos os cidadãos deste planeta azul, chamado há milênios de Terra, têm o direito, por si e pelas gerações futuras, à continuidade da vida, de forma saudável e adequada, e , para isto, é necessária a preservação do equilíbrio existente entre todos os elementos naturais, artificiais e culturais componentes deste segmento por nós ocupados no espaço.
	]
Desta forma, pode-se considerar o patrimônio ambiental como um bem jurídico importantíssimo, pois, segundo SIRVINSKAS (2002, p.15) “sem essa proteção não há se falar em vida sobre o planeta Terra, a água, o solo e o ar são os bens jurídicos mais importantes depois do homem”.
	
	TRINDADE (1993, p.83-85) também evidencia a importância do meio ambiente nas seguintes afirmações:
Com efeito, o direito à saúde encontra-se inelutavelmente ligado com o próprio direito à vida, e constitui uma pré-condição para o exercício da liberdade. O direito à saúde implica a obrigação negativa de não praticar qualquer ato que possa por em risco a saúde de cada um […] faz se acompanhar da obrigação positiva de tomar todas as providências apropriadas para proteger e preservar a saúde humana […]. A proteção da totalidade da biosfera como tal acarreta indireta mas necessariamente a proteção dos seres humanos, na medida em que o objeto do direito ambiental e daí do direito a um meio ambiente sadio é o de proteger os seres humanos e assegurar-lhes um meio de vida adequado. 
1.3. Lei 9605/98 (Lei de crimes ambientais)
	
	Considerando o caráter protetivo do artigo 225 da Constituição Federal com relação ao meio ambiente, podemos concluir que todo e qualquer ato que desequilibre o bom andamento da flora e da fauna ou atinja o patrimônio nacional é caracterizado crime, passível de penalidade prevista na lei. PRADO (2001, p.16) fala de alguns fatores causadores de graves lesões ambientais:
O desenvolvimento industrial, o progresso tecnológico, a urbanização desenfreada, a exploração demográfica e a sociedade de consumo, entre outros fatores, tem tornado atual e dramático o problema da limitação dos recursos do nosso planeta e da degradação do ambiente natural - fonte primária da vida.
	Para determinar tais penalidades foi criada a lei 9605, de 12/02/1998, que caracteriza as condutas prejudiciais ao meio ambiente, bem como as sanções previstas à elas. Deve – se observar que esta lei define claramente os crimes e as penas, permitindo também responsabilizar pessoas jurídicas, algo que anteriormente não era possível, haja vista as lacunas na lei relativas à proteção ambiental. Alguns crimes, como maus tratos a animais, que antes eram punidos com multa, agora levam à prisão. 
	A lei 9605 prevê penas que variam de acordo com o crime praticado, Isto significa que o infrator pode, dependendo da gravidade de seu ato, sofrer penas que variam desde a prestação de serviços à comunidade até a pena em regime penitenciário. Já para a pessoa júridica a lei prevê penas que variam desde multa, passando pela interdição da empresa pelo Poder Público, bem como programas ambientais de recuperação do meio ambiente, custeados pela empresa infratora. 
	São especificados, pela lei 9605, cinco tipos de crimes ambientais:
	Contra a fauna, previstos nos artigos 29 a 37;
	Contra a flora, previstos nos artigos 38 a 53;
	Contra a poluição e outros crimes ambientais, previstos nos artigos 54 a 61;
	Contra o ordenamento humano e o patrimônio cultural, previstos nos artigos 62 a 65;
	Contra a Administração Ambiental, previstos nos artigos 66 a 70.
1.4. Tríplice responsabilidade para crimes ambientais
	A Responsabilidade para crimes ambientais está prevista no §3ºdo artigo 225 da Constituição Federal, que diz o seguinte: “
§3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.”
	Pode-se concluir então que, uma vez realizada ação que perante a lei é considerada lesiva, está na verdade incidindo em um crime ambiental de tríplice responsabilidade: Penal, civil e administrativa. É importante salientar que tais sanções são válidas tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, e que autores, co-autores e partícipes também são penalizados. 
	As sanções penais decorrem do cometimento de um crime. Há, no código Penal, artigos que fazem menção à degradação ambiental, pode-se utilizar como exemplo os artigos 267 e 270, que falam, respectivamente, sobre causar epidemia mediante a propagação de germes patogênicos e envenenar água potável. Há ainda leis extravagantes, como a Lei de agrotóxicos e a Lei de biossegurança. Porém, de forma geral, os tipos penais estão previstos predominantemente na Lei de Crimes Ambientais.
	Para que haja penalidade é preciso que haja dolo, isto é, intenção de praticar o crime. Desta forma pode-se dizer que a Responsabilidade Penal Ambiental aplica-se conforme o artigo segundo da lei 6938/81 (Política Nacional do meio Ambiente): “Quem, de qualquer forma, concorre para prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade”.
	As sanções administrativas estão previstas no art.70 da lei de Crimes ambientais, a saber: “Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.”Entende-se que tal ato é cometido quando há descumprimento de uma regra prevista em Lei. Portanto, pode-se entender que, se não há quebra de regra, não há, consequentemente, infração.
	São sanções administrativas: multa, advertência, apreensão de animais, apreensão ou destruição de produto, embargo ou demolição de obra, suspensão da atividade e ainda sanções restritivas de direitos, como cassação de licença ou de autorização de funcionamento, restrição de incentivos fiscais, etc. 
	As sanções civis não possuem caráter punitivo ou repressivo, mas sim um caráter reparatório, tendo como objetivo principal reparar o dano. A Responsabilidade civil está prevista no §1º do artigo 14 da Lei de Crimes Ambientais, sob o seguinte texto:
§1º.Sem prejuízo das penalidades pela legislação federal, estadual e municipal, o não-cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação ambiental sujeitará os transgressores: (...) é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, efetuados por sua atividade. A competência Pública da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente.
	
	Porém, para que haja a comprovação do dano a ser reparado é necessária a atuação da Perícia Ambiental, que neste sentido desempenha um papel extremamente importante. A saber, o trabalho da perícia ambiental é, não apenas comprovar o dano, mas avaliar sua extensão e gravidade.
	Concluindo, a Tríplice Responsabilidade implica 3 processos a um único indivíduo, sendo estes independentes entre si. Isto significa que o indivíduo que porventura tenha
praticado um ato considerado lesivo pode, simultaneamente, receber uma multa do órgão de fiscalização ambiental (Responsabilidade Administrativa); pode ser conduzido à delegacia pela Polícia Federal (Responsabilidade Penal) e ainda pode ter contra si uma ação pública movida pelo Ministério Público com fins de reparação do dano causado ao ambiente.
2.Tribunal Penal Internacional
2.1. O que é o Tribunal Penal Internacional
	O Tribunal Penal Internacional, conhecido como TPI, é uma organização internacional criada pelo Estatuto de Roma, em 20 de julho de 2002, sendo incorporado à lei brasileira através do Decreto 4388, de 25 de setembro de 2002. É, portanto, uma representação do Direito Internacional no nosso país e em outros que estão vinculados a ele. Sobre o Direito Internacional, Carlos Eduardo Adriano Japiassú define da seguinte maneira:
O Direito Penal Internacional é o ramo do direito que define os crimes internacionais (próprios ou impróprios ) e comina as respectivas penas. O Direito Penal Internacional estabelece, também, as regras relativas: à aplicação extraterritorial do Direito Penal interno; à cooperação penal internacional em todos os seus níveis; às transferências internacionais de processos e de pessoas presas ou condenadas, à extradição; à determinação de forma e dos limites de execução de sentenças penais estrangeiras; à existência e funcionamento de tribunais penais internacionais ou regionais; a qualquer outro problema criminal vinculado ao indivíduo, que possa surgir no plano internacional. (JAPIASSÚ, 2004, p. 16-17).
	A função do TPI é julgar e processar os crimes internacionais considerados extremamente graves. Tem como sede a cidade de Haia, na Holanda, e é baseado em dois importantes princípios, a saber:
a) Princípio da complementaridade: o TPI respeita a soberania nacional, pois compreende que compete primeiramente ao Estado processar e julgar o criminoso internacional, e se o Estado não julga este criminoso, ou o julga sem obedecer os critérios adequados, então o TPI avoca para si esta investigação.
b) Princípio da cooperação internacional: O TPI depende do apoio dos países que estão a si associados, para desempenhar bem a sua função.
2.2. Relação do TPI com a ONU
	O TPI não é um órgão da ONU, porém estabelece uma relação de suma importância com ela, pois as duas organizações trabalham juntas a fim de combater os crimes internacionais. Porém, há algumas diferenças entre o TPI e os tribunais internacionais da ONU. Um exemplo disso é que o TPI julga pessoa meiores de 18 anos que tenham cometidos crimes internacionais graves, ao contrário, por exemplo, da Corte de Justiça, que também tem sua sede em Haia e é um órgão internacional da ONU, e tem por competência julgar apenas as divergências entre Estados, e não pessoas a nível criminal.
	Outra diferença marcante entre o TPI e outros tribunais internacionais é que o TPI foi elaborado por um tratado elaborado pelos Estados, com a finalidade de jurisdição prospectiva, isto é, só poderá criar casos acontecidos após a data de sua implementação e criação, enquanto outros tribunais, como o tribunal para a Ex-Iugoslávia e o de Ruanda, foram criados pela ONU por uma resolução do Conselho de Segurança, com a finalidade de processar e julgar fatos pretéritos. 
2.3. Crimes julgados pelo TPI
	A função do TPI é, como já dito, julgar e processar crimes graves. Esses crimes são divididos em quatro categorias, de acordo com o parágrafo 1º do artigo 5º do Decreto 4388:
§1.A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para julgar os seguintes crimes:
a) O crime de genocídio;
b) Crimes contra a humanidade;
c) Crimes de guerra;
d) O crime de agressão.
2. O Tribunal poderá exercer a sua competência em relação ao crime de agressão desde que, nos termos dos artigos 121 e 123, seja aprovada uma disposição em ue se defina o crime e se enunciem aa condições em que o Tribunal terá competência relativamente a este crime. Tal disposição deve ser compatível com as disposições pertinentes na Carta das Nações Unidas.
	É importante analisar cada uma dessas categorias, a saber:
a)Genocídio – São crimes praticados com o intuito de destruir, totalmente ou em parte, um grupo, por conta de sua etnia, cultura, convicções religiosas, etc. De acordo com o Estatuto de Roma, no seu artigo 6º:
Art. 6º – Crime de Genocídio. Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por “genocídio” qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal:
a) Homicídio de membros do grupo;
b)Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial;
d) Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo;
e) Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo.
b)Crimes contra a humanidade – São as violações graves dos direitos humanos, de forma sistemática e generalizada. Um exemplo é a discriminação racial, o desaparecimento forçado, as torturas e as violações sexuais. Estão previstos no artigo 7º do Estatuto de Roma e prevê na alínea ‘a’ do item 2:
a) Por ataque contra uma população civil entende-se qualquer conduta que envolva a prática múltipla de atos referidos ao parágrafo 1º contra uma população civil, de acordo com a política de um Estado ou de uma organização de praticar esses atos ou tendo em vista a prossecução desta politica.
c) Crimes de guerra – São as graves violações das Convenções de Genebra de 1949 e do Direito Internacional dos Conflitos Armados, que é um ramo do Direito que visa regulamentar a guerra. Foi inserido no ordenamento jurídico brasileiro através do Decreto 42.121 de 21 de agosto de 1957. Conforme este documento, caracterizam-se vítimas de guerra todos os que não pertencem a tal ambiente, aqueles que não fazem parte do cenário de conflito. Um exemplo de crime de guerra é atacar uma população, torturar um prisioneiro de guerra ou usar armas proibidas causando danos desproporcionais com a vantagem militar.
d) Crime de agressão – O crime de agressão não foi definido no Estatuto de Roma e sim incluído na primeira revisão do tratado, em 2010. Deve-se salientar que, neste caso, constitui agressão a violação à Carta das Nações Unidas. Neste caso, um exemplo de crime de agressão seria um Estado impor a força para invadir outro território.
2.4. As investigações do TPI
	O TPI pode atuar somente nos Estados que são vinculados a ele, e para que seja iniciada uma investigação é necessário que haja uma das três hipóteses mencionadas abaixo:
a) Um Estado parte manda o caso para o TPI, alegando que não tem condições de julgar o mesmo devido a uma falha em sua administração judiciária;
b) Por iniciativa do Procurador (Ministério Público) do TPI, pois este tem autonomia para iniciar uma investigação nos territórios os quais o TPI está vinculado. O procurador do TPI tem como função avaliar a admissibilidade de um caso, observando por exemplo se o Estado está julgando adequadamente um determinado caso ou mesmo se não o está julgando. Além disso, o procurador tem autonomia para avaliar a gravidade do caso e decidir pela necessidade de investigação; 
c) Quando o Conselho de Segurança da ONU verifica a gravidade de uma determinada situação e entende que ela ameaça a paz e a segurança nacional e refere, através de resolução, o caso para o TPI.
2.5. Organização do TPI
	O TPI é organizado da seguinte maneira: dezoito juízes, eleitos pelos Estados -parte em uma Assembleia Geral. Há a representatividade de todas as partes do globo, com equilíbrio entre homens e mulheres. Atualmente, o juiz nigeriano Eboe - Osuji ocupa o cargo de presidente do TPI, e o cargo de procurador - chefe é ocupado por Fatoul Bensoda, uma cidadã
de Gâmbia. 
2.5.1 As divisões do TPI
	O TPI é organizado em divisões judiciais:
a) Divisão de pré-julgamento
b) Divisão de julgamento
c) Divisão de apelação.
	Há também uma divisão para o gabinete do procurador:
a) Divisão de inquéritos
b) Divisão de processos
c) Divisão de competência, complementaridade e cooperação.
2.6. O papel da vítima no TPI
	A vítima, no TPI, tem um papel diferenciado no tocante a outros tribunais, pois ela tem participação ativa no processo, podendo ser ouvida, propor questões e levar suas inquietações. Existe também o fundo de proteção das vítimas, que tem utilidade na reparação e no custeio de cirurgias reparadoras em caso de necessidade, bem como da proteção da vítima, caso haja necessidade.
	É regra no Direito Internacional que o Estado se vincule a um tratado. Seguindo esta regra, há, na atualidade, 123 países vinculados ao TPI, tendo este, portanto, o poder de exercer sua jurisdição sobre eles. 
3. O Tribunal Penal Internacional e o julgamento de crimes ambientais
3.1. Julgamento de crimes ambientais pelo TPI e sua importância
	Diante das assertivas acima a respeito da importância do meio ambiente e de que haja sanções adequadas para os que de alguma maneira causarem dano ao mesmo, pode-se concluir que estes delitos então mencionados necessitam de uma atenção diferenciada, podendo ser esta a nível internacional. Isto posto, entende-se que se trata de uma vertente criminal diferenciada, e , portanto, com um tratamento que corresponda ao seu alcance e importância global. MILARÉ fala sobre isso:
O século XX, marcado pelo desenvolvimento acentuado da mais diversas tecnologias e pelo nascer da globalização, percorreu um trajeto acelerado em busca de adequações para essa nova ordem mundial. Dentro desse cenário, a Questão ambiental tem um papel de relevo não apenas pela necessidade de preservar o planeta, mas também pela sua característica global, já que os efeitos provocados pela degradação do meio ambiente extravasam os limites territoriais de um único país, alcançando dimensões regionais,internacionais ou até mesmo planetárias. ( MILARÉ,2009, p. 1.186)
Além disso, REDIN observa:
A crise da modernidade, que se manifesta pela chamada irracionalidade da sociedade diante do capitalismo selvagem, exige, paradoxalmente,a exaltação a questões que transcendem a esfera do Estado- nação,das quais a pontual preocupação com valores universais, como direitos humanos, meio ambiente e direito ao desenvolvimento do Estado-nação. Essas questões fomentam a interdependência das relações internacionais e são capazes de desestruturar o concebido “equilíbrio de forças”, reconhecido tradicionalmente como real sistema das relações internacionais, tornando possível o desenvolvimento de um sistema jurídico internacional mais eficiente. (REDIN, 2006, p.251-271).
	Considerando estas questões, foi criado, em 2016, um documento chamado Policy Paper on case selection and prioritisation. Com este, o Tribunal Penal Internacional, através de sua procuradoria, anunciou que começaria a processar e julgar crimes ambientais. O objetivo deste documento é orientar a procuradoria, fornecendo orientações claras para a escolha e priorização dos crimes e caracterizado tais como competência do TPI. Cabe ressaltar que foram citados neste ínterim três casos que assinalam violações ambientais como critério para avaliação de casos.
	No site do Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensoda se pronunciou, em entrevista:
“[…] de acordo com os princípios de independência, imparcialidade e objetividade, tais decisões, são feitas com base em critérios sólidos, pragmáticos e justos, que efetivamente e eficientemente progridem nosso mandato. Em particular, o Documento de Política ajudará o Escritório na avaliação, muitas vezes difícil, de como alocar seus recursos finitos à crescente demanda decorrente de situações de atrocidade em massa.” Disponível:https://www.icc-cpi.int/Pages/item.aspx?name=pr1238. Acesso em 19 de novembro de 2018.
	Esta não foi a primeira vez que o Gabinete emite uma documentação com este teor. Em 2013 foi produzido um documento de nome Policy Paper on Prliminary Examinations. Seu objetivo era definir critérios para investigações criminais. Desta forma, avaliava-se, de acordo com tal documento, as ocorrências na Corte do TPI de forma totalizada, o conjunto de fatos, considerando fatores variados, a saber: pessoais, territoriais e temporais. Neste ínterim, o dano ambiental também seria utilizado como critério. Logo, pode-se afirmar que já havia uma preocupação com os crimes ambientais, pois estes naquela época já foram mencionados e utilizados como parâmetro investigacional. Isto significa que o documento de 2016 foi emitido como complementação o anterior, ditando regras para a análise e priorização dos casos mais específicos. Evidencia que a Procuradoria do TPI dará atenção especial aos crimes cometidos contra o meio ambiente e que resultem em destruição deste. Cita casos como a exploração ilegal de recursos e a apropriação de terras, classificando-os como crimes ambientais de competência do TPI.
3.2.Enquadramento de crimes ambientais pelo TPI
	Conforme visto anteriormente, o artigo 5º do Estatuto de Roma previu como competência do Tribunal Penal Internacional os crimes de Genocídio, Crimes contra a Humanidade, Crimes de Guerra e Crimes de Agressão. Nota-se, portanto que não existe uma tipificação também para crimes ambientais. Sendo assim, para que alguém possa ser processado pelo TPI por crime ambiental, é necessário que o ato se enquadre de alguma forma em um dos crimes já mencionados no Estatuto.
Desta feita, podemos encontrar, no Estatuto de Roma, menções a crimes contra o meio ambiente. Vejamos a consideração de crime de guerra, descrita no artigo 8º do mencionado Estatuto:
[…] lançar intencionalmente um ataque, sabendo que o mesmo causará perdas acidentais de vidas humanas ou ferimentos na população civil, dnos em bens de caráter civil ou prejuízos extensos, duradouros e graves no meio ambiente que se revelem claramente excessivos em relação à vantagem militar global concreta e direta que se previa.
	ROCHA (2008, p.260) refere-se a este artigo acima como tratando-se “menos de uma tipificação penal do que uma permissão para atingir o meio ambiente”. Ou seja, nota-se que ainda há um caminho relativamente longo entre o documento emitido em 2016 e a proteção ambiental neste aspecto, isto porque existe a dificuldade de cumprimento dos critérios para que sejam julgados crimes de natureza ambiental na Corte do TPI.
	Quando falamos em crime ambiental através do crime de Genocídio, ao fazer-se uma análise jurídica fica clara a impossibilidade de julgamento. Isto acontece por que, no Estatuto de Roma, o crime de Genocídio é classificado como cultural, não havendo portanto uma interpretação que leve o TPI a julgar e processar um caso atribuindo-lhe qualquer outra qualificação. (ROCHA, 2008, p.258)
	Pode-se, então, enquadrar os crimes ambientais dentro da categoria de Crimes contra a Humanidade? Considerando o vínculo direitos humanos meio ambiente counclui-se que, mesmo não havendo menção direta deste delito no Estatuto de Roma, há a possibilidade de uma possível condenação. Isto porque, como já foi dito acima, há a vinculação meio-ambiente e direitos humanos, pois há, como o dano ambiental, interferência direta na qualidade da vida humana, segundo PATHAK (2014,p.3). 
	Além disso, é importante salientar que o direito ambiental passou a ter importância global após a Conferência de Estocolmo, em 1972, que fez uma fusão entre meio ambiente e direitos humanos quando afirmou que “o ser humano tem o direito fundamental a […] um ambiente de uma qualidade tal que lhe permita gozar uma vida digna, gozar de bem-estar […].” além desta, houve também outros aparatos jurídicos que fortaleceram a importância do direito ambiental.
	Isto posto, compreende-se que não pode haver a violação do meio ambiente sem que sejam transgredidos direitos humanos fundamentais. Assim,
quando o TPI seleciona e julga um caso relacionado à violação ambiental, este pode, ainda que não seja um fato integralmente ligado ao meio ambiente , ter seu vínculo com os Direitos Humanos, e isto possibilita que a Corte se mantenha atenta ao teor ambiental do fato. Porém, nota-se a necessidade de ampliação do TPI nesta questão, pois isto contribuirá sobremaneira para ampliar seu controle jurisdicional, não sendo necessária a utilização de brechas jurídicas para a realização de processos e julgamentos. CASSESSE, (2005,p.19) diz sobre:
Uma vez que tenha passado a existir, espera-se que o TPI venha a anunciar uma nova era para o processo e a punição efetivos de violações graves do direito internacional humanitário, onde quer que tais abusos possam ocorrer e seja qualquer for seu autor. Ao fazê-lo, o TPI provavelmente se tornará o pilar central na comunidade mundial para sustentar os preceitos fundamentais da humanidade.
	Ainda sobre esta questão, PORTELA (2011, p.453-454) diz:
O Direito Internacional Penal tem como objeto preciso o combate aos chamados “crimes internacionais”, com o intuito de promover a defesa da sociedade internacional, dos Estados e da dignidade humana contra ações que possam provocar danos a bens jurídicos cuja proteção permite que a convivência internacional se desenvolva dentro de um quadro de segurança e de estabilidade, como a manutenção da paz, a proteção dos direitos humanos, a preservação ambiental, etc.
	MAZZUOLLI, analisando também esta questão do TPI no tocante ao enquadramento de crimes ambientais, comenta:
O problema deve ser repartido e examinado sobre um dúplice aspecto: a) o primeiro doz respeito à efetivação do direito inerente a todo ser humano de vindicar a seu favor, em cortes e instâncias internacionais, a proteção dos seus direitos internacionalmente consagrados, caso sejam violados, visando uma justa reparação pelos prejuízos sofridos; e b) o segundo consubstancia-se no poder de punição que deve direito internacional público em relação àqueles crimes que afetam a humanidade como um todo, anulando por completo a dignidade inerente a quanto ser humano. (MAZZUOLI, 2005, p.121-122)
	Considerando a visão acima, pode-se afirmar que, embora não seja ideal, é totalmente aceitável que o TPI mantenha o vínculo direito ambiental – direitos humanos ao julgar crimes ambientais, pois, ao julgar esses crimes, o faz como forma de proteger os direitos humanos ligados ao bem ambiental.
CONCLUSÃO
	Na atualidade, condutas lesivas ao meio ambiente são visualizadas em grande escala, afetando não só a fauna e a flora, como o ser humano e o bem jurídico mais valioso – a vida. Neste ínterim, é mister a ação de medidas de conscientização, proteção e intervenção para evitar esse tipo de conduta. Assim, do ponto de vista jurídico, foram criados instrumentos legais para proteger o meio ambiente, garantí-lo como herança para as futuras gerações, e, no caso de descumprimentos dessas medidas, prevê também sanções mais enérgicas no âmbito do Estado. Porém, há, ainda, ausência de normas incriminadoras para crimes considerados graves em outros países, bem como faltam nesses locais tribunais competentes para julgar essas ações. Neste sentido, foi criado o Tribunal Penal Internacional, que vem a ser o órgão competente para julgar e processar crimes ao redor do mundo.
	Analisando a trajetória histórica mundial, nota-se que diversos Estados já se uniram a fim de acabar com os crimes violentos contra a humanidade, e agora estes voltam a se unir, porém, como objetivo de punir os crimes na esfera ambiental e garantir que a vida humana seja resguardada, pois a própria Declaração dos Direitos Humanos prega que é essesncial que o ser humano viva com dignidade. Esta afirmação atrelada ao fato de que um ambiente saudável é fundamental na manutenção da vida justifica a criação de um direito penal ambiental internacional, não apenas pelo bem jurídico em risco, mas pela modalidade criminosa não armada que está sendo criada pelo planeta.
	Isto implica na possibilidade de dano irreversível ao nosso planeta- morada, e, antes que esta tragédia se consolide, é fundamental que os Estados se atenham a esta situação, desenvolvendo medidas para combater essas investidas criminosas e também que criem legislações e competências para o processo e julgamento específicas em conjunto com o Tribunal Penal Internacional, visto que este já é o órgão competente para estas questões legais envolvendo crimes contra a humanidade.
	A questão ambiental não é um problema isolado; sendo assim, não deve ser discutido e resolvido apenas na esfera de um Estado, e sim de todos. Os crimes ambientais atravessam fronteiras e desta forma deve ser encarado e discutido por todos, principalmente pelos estados- membros vinculados ao TPI. É fundamental que o Tribunal Penal Internacional tenha a sua competência aumentada neste sentido, a fim de interferir e julgar de maneira adequada e com respaudo legal os casos de crimes ambientais q não podem ser julgados unicamente pelo Estado, por falta de autossuficiencia deste, ou se a jurisdição é impedida pelo ne bis in idem.
Diante disso, conclui-se sobre a importância de uma revisão no direito penal internacional pelos seus representantes, de forma que este tenha maior alcance e consequentemente sua competência seja ampliada, de forma que a sua ação seja fortemente pautada no arcabouço jurídico e não apenas apoiada nas brechas que a lei oferece, como no caso dos crimes ambientais relacionados aos crimes do Estatuto de Roma. É fundamental um aparato legal permanente, com as tipificações adequadas que permitam ao TPI julgar de forma satisfatória todas as condutas lesivas que se encaixem nestas tipificações em âmbito internacional. Desta forma, o direito ambiental internacional se tornará, consequentemente, um protetor da vida humana, pois, como já mencionado, o direito ambiental anda de mãos dadas com os direitos humanos. Sendo assim, qualquer malefício ao meio ambiente causa uma reação em cadeia, e, havendo medidas específicas para salvaguardar o meio ambiente, o direito ambiental internacional, por sua vez, estará protegendo e guardando o bem jurídico mais precioso: a vida humana.
REFERÊNCIAS
Brasil (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro gráfico, 1998.
Brasil (2002).Estatuto de Roma.: Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm> Acesso em 19/11/2018
GROKSKREUTZ, Hugo Rogério. A extensão dos danos ambientais: uma discussão quanto à inclusão de crimes ambientais na competência do Tribunal Penal Internacional. Disponível em: <https://www.publicadireito.com.br/artigos > Acesso em 14/11/2018.
KLEE, Paloma Marita Cavol; ZAMBIASI,Vinicius Wilder. O julgamento de crimes ambientais pelo Tribunal Penal Internacional. Disponível em:<http://www.researchgate.net/publication/324877657_0> Acesso em: 18/11/2018.
MIRRA, Álvaro Luiz Valery. Responsabilidade civil ambiental e a reparação integral do dano. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2016-out-29/ambiente-juridico-responsabilidade-civil-ambiental-reparacao-integral-dano.> Acesso em 14/11/2018.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 41º edição. São Paulo: Malheiros, 2018.

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