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ATIVIDADE DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NEUROLOGIA Definição de tônus muscular, hipotonia, rigidez e espasticidade O tônus muscular é um estado de tensão permanente do músculo estriado, mesmo quando em repouso, ou por outras palavras, é a resistência encontrada ao movimento passivo dos membros. Hipotonia será a diminuição ou ausência da resistência ao movimento passivo de uma articulação, pode ser de origem neuropática, radicular, medular ou muscular. Logo, a neuropatia diabética, a tabes dorsalis, a secção medular por trauma ou a distrofia muscular, poderão promover hipotonia. Rigidez é o endurecimento ou hipertonia muscular; contração sustentada do músculo, resultando na incapacidade de este dobrar-se, ou de ser dobrado; aumento do tônus muscular, resultante em maior resistência ao movimento passivo. A espasticidade é definida como o aumento do tônus muscular, envolvendo hipertonia e hiperreflexia, durante a contração muscular, resultante de uma desordem neurológica. Como avaliar tônus basal, postural, placing e Hold Na prática o tônus basal pode ser avaliado de duas maneiras. Segurando-se um membro relaxado do paciente e movendo enquanto observa-se a quantidade de esforço necessária para superar a resistência – o tônus muscular. Alternativamente, pode-se observar como um membro responde a uma agitação ou ser solto subitamente, quanto maior a resistência ao movimento mais rígido o membro se comporta. O tônus postural é um pré-requisito essencial para que o homem possa conscientemente adaptar-se ao seu Ambiente. A postura e a locomoção são mantidas através de um circuito regulador funcional do tônus, para isso há influências supra-espinhais que vêm das estruturas subcorticais e que modificam os padrões dos reflexos espinhais, ou seja, a manutenção do tônus normal depende de uma integridade das funções do Sistema Nervoso. Todo automatismo motor e todo movimento voluntário são ajudados por esse circuito regulador, pois se não fosse ele, qualquer fator estranho, como a força da gravidade, por exemplo, interferiria com a harmonia dos movimentos, os quais constantemente se adaptam às necessidades do momento. Placing (Colocação) e Holding (Manutenção): Placing é um termo usado para descrever a habilidade do paciente em interromper um movimento em qualquer etapa, automaticamente ou voluntariamente. No tratamento o corpo e membros do paciente são colocados em várias posições e ele é requisitado a manter (holding) e controla-los sem ajuda, em grande variedade de padrões funcionais e em várias etapas e em diversas amplitudes de um movimento. Descrever manobras deficitárias e seus objetivos Manobras deficitárias ou paréticas ( Manobra dos braços estendidos, Raimiste, Mingazzini, Barré e queda do membro inferior em abdução ) devem ser realizadas quando o paciente referir queixas sobre a força muscular. Manobra dos braços estendidos: O paciente, na posição sentada ou de pé, deve manter seus membros superiores na posição de juramento, com os dedos afastados uns dos outros. Depois de alguns segundos ou de meio a um minuto, segundo o grau de déficit motor, o membro parético apresenta oscilações e tende a abaixar-se lenta e progressivamente. Mingazzini para MMSS: Manter por 2 minutos em decúbito dorsal ou sentado a flexão de ombro a 90 graus, extensão de cotovelo, punho e dedos mais abdução dos dedos bilateralmente. Prova insuficiente: déficit mm proximais e distais dos MMSS – lesão piramidal. Manobras Deficitárias: manutenção da postura Barré: Manter por 2 minutos em decúbito ventral a flexão de joelho e flexão dorsal de tornozelo bilateralmente. Prova insuficiente: déficit mm flexores de joelho- lesão piramidal. Manobra de Raimiste: Com o paciente em decúbito dorsal, os antebraços são fletidos sobre os braços em ângulo reto e as mãos são extendidas com as palmas para dentro e os dedos separados. Em caso de déficit motor, a mão e o antebraço do lado comprometido caem sobre o tronco de modo rápido ou lento. Mingazzini para MMII: Manter por 2 minutos em decúbito dorsal a flexão de quadril e joelho, e a flexão dorsal de tornozelo bilateralmente. Prova insuficiente: Déficit mm proximais - miopatia Déficit mm distais- lesão piramidal Prova da queda do membro inferior em abdução: Com o paciente em decúbito dorsal as pernas são fletidas sobre as coxas, mantendo-se o apoio plantar bilateral sobre o leito de tal sorte que os membros inferiores formem com o tronco um ângulo reto. Definir sensibilidade profunda, superficial e combinada Superficial: - Tátil ( epicrítica e protopática ou fina) - Térmica e dolorosa Profunda - Noção de posição segmentar (artrocinética), vibratória (palestesia), pressão (barestesia), estereognosia (reconhecer objetos) SENSIBILIDADECOMBINADA:superficial e profunda Lesão do bulbo afetando a raiz dotrigêmio e o trato espino-talâmico – analgesia de um lado da face e dohemicorpo do outro. Lesão transversa da medula: aboliçãobilateral abaixo de um nível definido. Descrever Teste de Romberg e Romberg Sensibilizado O teste de Romberg: paciente preferencialmente sem calçados, tornozelos encostados um no outro, braços cruzados na frente do tórax, inicialmente de olhos abertos fixando um alvo a sua frente há cerca de 60 cm, mantendo-se assim por cerca de 30 segundos. A seguir, na mesma posição, com os olhos fechados por mais trinta segundos. Em caso de lesão vestibular recente, não compensada, o corpo se inclina, com tendência a queda para o lado do labirinto lesado. Romberg Sensibilizado: mantendo-se na mesma postura da pesquisa do sinal de Romberg (braços cruzados na frente do tórax e fixando o olhar num alvo próximo), solicite que o examinando agora coloque os pés em linha, sendo um na frente do outro. Insista para que os pés fiquem alinhados e não formando algum ângulo. Inicialmente de olhos abertos e depois de olhos fechados, mantendo-se assim por trinta segundos cada vez . Devido à base reduzida, obviamente torna-se mais difícil manter o equilíbrio. A perna que fornece estabilidade é a detrás, mas independente disso, o indivíduo normal deve conseguir permanecer assim por pelo menos trinta segundos. Alteração: o teste deve ser encerrado quando o indivíduo modifica a posição dos pés, abre os olhos na segunda etapa ou afasta os braços do corpo. Estas atitudes encerram a manobra. O Romberg tandem pode ser positivo nas vestibulopatias crônica. Descrever os testes de coordenação motora (Index, Calcanhar-joelho e diadococinesia) Índex-índex: paciente, de braços estendidos e olhos fechados, deve fechar os braços encostando as pontas dos dedos entre si e abrir novamente os braços, repetidamente; Índex-nariz: paciente, de braços estendidos e olhos fechados, deve fechar os braços alternadamente, encostando as pontas dos dedos na ponta do nariz; Calacanhar-joelho: paciente na posição decúbito dorsal com ambos os membros inferiores estendidos, deve tocar o seu joelho com a ponta do calcanhar do lado osposto. A prova deve ser repetida diversas vezes, com os olhos abertos e fechados. Diadococinesia: paciente realiza movimentos repetitivos, como bater as mãos nos joelhos, com a palma para cima e para baixo, alternadamente, de forma a avaliar a coordenação. Descrever e explicar como é testado: Reflexo de Moro, Extensão cruzada, Galant, reação de anfíbio, RTCA, RTCS e RTL Reflexo de Moro: aparece com o recém-nascido e desaparece por volta dos 4/6 meses. Testa-se deslocando-se o centro de gravidade da criança, ou dando um estímulo visual ou sonoro. Como resposta vai haver uma abdução e extensão dos membros, com extensão e abertura dos dedos, exceto as falanges distais dos indicadores e polegares que permanecem em flexão. Em seguida ocorre a adução e flexão dos membros. Reflexo de Extensão Cruzada: lactente em DD, o examinador segura uma das pernas em extensão e fricciona a planta do seu pé, em direção do calcanhar aos artelhos. A resposta consiste em flexão e abdução do MI oposto, movimento que é seguido por aduçãoe extensão, como se a criança quisesse afastar o estímulo. Essa prova é positiva desde o nascimento até a idade de 4 a 6 semanas. A sua ausência ou permanência pode ser sinal de algum estado patológico. Reflexo de Galant: Um estímulo doloroso na região lombar do bebê em prono, provocará a flexão do tronco para o lado estimulado. Nos primeiros dias de vida a resposta é frequentemente ausente ou fraca. Este reflexo desaparece geralmente durante o segundo mês. Reação de Anfíbio: Esta reação torna o indivíduo capaz fazer flexão dos membros inferiores na preparação para o arrastar, proporcionando a dissociação entre tronco, ombros e pelve. Esta reação inicia-se no quarto mês e permanece para a toda a vida. O teste é realizado levantando-se um lado da pelve, sob a virilha. O membro inferior deste lado flexiona e abduz, enquanto que o membro do lado oposto entra em extensão. Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA): É estimulado pela rotação da cabeça e causa a extensão dos membros para o lado em que a cabeça foi rodada e diminuição do tônus extensor com aumento da flexão dos membros para o lado occipital da cabeça. Inicia-se por volta do segundo mês e é integrado no quarto mês. Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS): Também é uma resposta proprioceptiva dos músculos do pescoço, por um movimento ativo ou passivo. A elevação da cabeça produz um aumento do tônus extensor nos membros superiores e aumento do tônus flexor nos membros inferiores. Abaixando-se a cabeça ocorre a situação inversa. Geralmente surge no 2º mês e integra-se por volta do sexto mês. Reflexo Tônico Labiríntico (RTL): É evocado pelas mudanças da posição da cabeça no espaço. Na criança com Paralisia Cerebral provoca uma hipertonia na posição supina e uma hipotonia na posição prono. Está presente no primeiro mês de vida, desaparecendo no sexto mês com o aparecimento do Landau. Definir: lagoftalmo, sinal de Bell, Sinal de Nigro e epífera Logoftalmo: trata-se da incapacidade de fechar os olhos. É ocasionada por algum problema que esteja afetando o músculo orbicular, levando à impossibilidade de oclusão da fenda palpebral. do globo ocular para cima e para fora quando não consegue fechar as pálpebras. Sinal de Nigro: quando o paciente procura olhar para cima o globo ocular paralisado escursiona mais no sentido vertical que o lado são. Sinal de Epífera: é uma condição que ocorre quando há uma produção excessiva de lágrimas, drenagem inadequada das lágrimas normais ou a combinação de ambos. Trajeto do nervo facial O nervo facial penetra no meato acústico interno, em seu interior o nervo intermédio se junta com o facial propriamente dito formando um tronco nervoso único. O nervo facial encurva-se em sua trajetória formando o joelho do nervo facial, onde haverá um gânglio sensitivo ( gânglio geniculado). Seguindo em sua trajetória, o nervo realiza nova curvatura para baixo, assim saindo do crânio pelo forame estilomastóideo. Após emergir do crânio ele dá um ramo para o ventre posterior do músculo digástrico, além de outro para o músculo estilo-hióideo. Continua em trajeto descendente, dando o nervo auricular posterior, que continua com a artéria homônima para a região posterior da cabeça, inervando o ventre occipital do músculo occipitofrontal. Termina se dividindo nos troncos temporofacial e cervicofacial. O tronco temporofacial se divide em ramos temporais e zigomáticos. O tronco cervicofacial se divide em ramos bucal, marginal da mandíbula e cervical. Todos os cinco ramos terminais inervam a musculatura da expressão facial. Já as fibras aferentes do nervo intermédio que sairam do gânglio geniculado irão seguir para o nervo corda do tímpano onde irão receber impulsos gustativos dos 2/3 anteriores da língua.
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