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Dir. Administrativo

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Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo
RESUMOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Ramo do Direito Público interno.
Todo Direito Público é de ordem pública (regra imodificável pelas partes, maior que Dir. Privado), mas nem toda ordem pública é de Direito Público.
Conceito
Hely Lopes Meirelles: Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direita e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
Objeto
Diversas teorias se prestaram ao estudo do objeto do Direito Administrativo.
Escola do Serviço Público
Toda atuação do Estado é chamada de serviço público. Esta teoria não foi acolhida no Brasil.
A partir do caso Blanco, 1873, passaram a fixar a competência dos tribunais administrativos em função de execução dos serviços públicos.
No Brasil – Themístocles Brandão Calvacanti.
O maior problema é que, qualquer que seja o conceito dado à expressão Serviço Público ele não serve para definir o conceito de Direito Administrativo. Para uns ultrapassa seu objeto, para outros deixa de lado matérias a ele pertinentes.
Por exemplo: exclusão de matérias que pertenceriam ao Direito Administrativo, mas não são serviços públicos: Poder de Polícia.
A Administração ao prestar o serviço nem sempre se submete ao regime derrogatório e exorbitante do direito comum, pois algumas atividades exercidas pelo Estado são executadas parcialmente sob o regime de direito privado (serviços industriais e comerciais).
Critério do Poder Executivo
O Direito Administrativo tem como objeto de estudo o Poder Executivo.
Esse critério não serve, pois desconsidera os atos administrativos dos demais poderes. Também não foi acolhida no Brasil.
Alguns autores apelaram para a noção de Poder Executivo para definir Direito Administrativo. O problema é que os outros poderes também exercem função administrativa
No Brasil, citamos o autor Carlos S. de Barbosa Júnior – 1963.
Critério das Relações Jurídicas do Estado
Afirma que o Direito Administrativo estuda somente algumas relações jurídicas.
Conjunto de normas que regem as relações entre Administração e administrados.
Ocorre que o Direito Constitucional, Penal, Eleitoral, Tributário, também tem por objeto as relações desta natureza.
Ficaria excluída do objeto do Direito Administrativo a organização interna administrativa.
Não foi adotada no Brasil.
Critério Teleológico
Tem o Direito Administrativo como conjunto de regras e princípios.
Não está errado, mas necessita de complemento. Foi acolhido no Brasil por não estar errado, mas ainda incompleto.
Direito Administrativo é o conjunto de princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para cumprir seus fins (Oswaldo Aranha Bandeira de Mello –1979)
Direito Administrativo compreende tão-somente a forma de ação do Estado: ação de legislar, de executar sua organização para efetivar os meios de sua ação.
Critério Residual
Diz que a atividade administrativa é feita por exclusão das atividades que não incumbem à atividade administrativa. O que não for legislativa nem jurisdicional é administrativa. Não é falso, mas também incompleto. Também acolhido no Brasil.
Como ordenamento fundamental, o Estado rege-se pelo Direito Constitucional.
Como organização voltada para seus fins, compreende a atividade administrativa em sentido lato:
Administração (sentido estrito)
Legislação
Jurisdição
Direito Administrativo em sentido positivo compreende todos os institutos jurídicos pelos quais o Estado busca a realização de seus fins.
Em sentido negativo define-se o objeto do direito administrativo, excluindo-se das atividades do Estado a Legislação e a Jurisdição, além das patrimoniais, que são regidas pelo direito privado.
Critério de distinção entre Atividade Jurídica e Atividade Social do Estado
Função administrativa é função jurídica e não social do estado. O Direito Administrativo estuda o jurídico da política implementada.
Trata-se de critério incompleto.
Para José Cretella Júnior o Direito Administrativo é o ramo do Direito Público interno que regula a atividade jurídica não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua ação geral.
Critério da Administração Pública
É o critério adotado por Hely Lopes Meirelles.
Conjunto de regras e princípios que disciplina as atividades, os agentes, os órgãos públicos, as entidades e atividades administrativas, tendentes a realizar de forma direta, concreta e imediata os fins desejados pelo Estado. Realiza (executa, concretiza), não define (quem define é a CF).
Direta: age por si só, independe de provocação. Ao revés da indireta, que depende de provocação (atividade jurisdicional).
Concreta: destinatário certo. Contrapõe à atividade abstrata (erga omnes), exercida pela função legislativa.
Imediata: atividade jurídica. Afasta a função social (mediata) do Estado. Preocupa-se com o jurídico e não o político (políticas públicas).
relação do Direito Administrativo com os outros ramos do Direito
Direito Constitucional
Nos dias atuais só se admite direito administrativo constitucionalizado, não há isolamento de disciplinas no sistema jurídico.
A relação de maior intimidade do Direito Administrativo é com o Direito Constitucional. E não poderia ser de outra maneira. É o Direito Constitucional que alinhava as bases e os parâmetros do Direito Administrativo; este é, na verdade, o lado dinâmico daquele.
Em razão de tratarem do Estado, o Direito Administrativo e o Direito Constitucional possuem muito em comum. No entanto, o Direito Constitucional trata da estrutura estatal e da instituição política do governo. O Direito Administrativo tem como objetivo regular a organização interna dos órgãos da Administração Pública, seu pessoal, serviços e funcionamento que satisfaça as finalidades constitucionalmente determinadas. O Direito Constitucional estabelece a estrutura estática do Estado e o Direito Administrativo a sua dinâmica. Enquanto O Direito Constitucional dá os lineamentos gerais do Estado, institui os seus principais órgãos e define os direitos e as garantias fundamentais dos indivíduos, o Direito Administrativo disciplina os serviços públicos  e as relações entre a Administração e os cidadãos de acordo com os princípios constitucionais.
O direito administrativo nasce da própria constituição que institui os poderes e  seus órgãos, cada qual com sua função precisamente delineada. São de se frisar alguns pontos de extrema influência do direito constitucional no direito administrativo: direitos e deveres do servidor público; limites da atuação estatal em razão dos direitos e garantias fundamentais, dentre outros.
Na Constituição se encontram os princípios da Administração Pública (art. 37), as normas sobre servidores públicos (arts. 39 a 41) e as competências do Poder Executivo (arts. 84 e 85).
São mencionados, ainda, na Lei Maior os institutos da desapropriação (art. 5º, XXIV, 182, § 4º, III, 184 e 243), das concessões e permissões de serviços públicos (art. 175), dos contratos administrativos e licitações (arts. 37, XXI e 22, XXVII) e da responsabilidade extracontratual do Estado (art. 37, § 6º), entre outros".
Celso Ribeiro Bastos destaca que o direito constitucional é a primeira fonte do direito administrativo. O direito administrativo seria o ramo da ciência jurídica que mantém a relação mais íntima com o direito constitucional, pois regula uma das funções do Estado e trata, fundamentalmente, de um dos poderes que o compõe.
Direito Tributário e Financeiro
O Direito Administrativo tem com o Direito Tributário e com o Direito Financeiro uma relação de fundamental importância. Basta admitirmos que a tributação é realizada a partir de relações jurídicas em virtude das quais o Estado irá arrecadar os seus recursos indispensáveis ao funcionamento da estrutura pública e o segundo disciplinará como os mesmos serão empregados,tudo conforme a Constituição e as Leis. É daí que afirmamos que o Direito Tributário nasce da necessidade de se fornecer recursos para o funcionamento da máquina administrativa e de se criar mecanismos que protejam os cidadãos da ânsia arrecadadora do Poder Público.
O direito tributário estabelece limites à atividade tributária estatal e protege o cidadão contra qualquer modelo desregrado e confiscatório que porventura venha a ser criado.
O Direito Financeiro, por sua vez, surge no mundo do direito para disciplinar os gastos do que é arrecadado pela Administração com os tributos. Ele cuida da disciplina das receitas e das despesas do Estado, que compõem a função administrativa. Ambas as atividades de realização de receitas e efetivação de despesas são eminentemente administrativas, já ensinava MEIRELLES. 
Para CAETANO, o direito financeiro ou sistema das normas reguladoras da atividade financeira do Estado e das demais pessoas coletivas de direito público, é um simples capítulo do direito administrativo, assim como o direito tributário que nele está compreendido. A autonomia dos direitos financeiro e tributário só se justificariam por motivos didáticos. 
BASTOS lembra que o direito administrativo cuida dos bens que o Estado possui, enquanto o direito financeiro trata da arrecadação daquilo que o Estado não tem. 
No tocante à discricionariedade, freqüente na Administração Pública em função da inexistência de todos os comandos legais necessários ao administrador, ela é inexistente no direito financeiro. Acontece que o interesse público a ser gerido pela Administração está perfeitamente delineado pela ordem jurídica. Um bom exemplo é a Lei Complementar 101 que estabelece normas de finanças públicas para a responsabilidade na gestão fiscal. 
Além dessa, os conceitos de Plano Plurianual e Lei orçamentária Anual – LOA – tem aplicação em licitações, contratos e princípios do direito administrativo.
Na legislação infra, Lei 5.172/66 – CTN, encontramos conceitos de atos administrativos referente ao lançamento tributário. Aplicação dos conceitos de Serviço Público e Poderes da Administração no tocante aos institutos de Tributos, Taxas e Poder de Polícia.
Direito Econômico
A relação do Estado com a economia particular teria dado surgimento ao direito econômico, segundo BASTOS. Tanto o direito financeiro, quanto o tributário e o econômico seriam especificações ou especializações do próprio direito administrativo.  Isto porque seriam direitos que se destacaram do próprio direito administrativo. 
Direito Penal
O Direito Administrativo é bastante distinto do Direito Penal. De qualquer forma, a lei penal ,como nos casos de crimes contra a Administração Pública, subordina a definição do delito à conceituação de atos e fatos administrativos. Também a Administração Pública possui prerrogativas de Direito Penal, como nos casos de caracterização de infrações que dependem das normas penais em branco.
CAETANO faz longa exposição a respeito das relações entre as duas disciplinas para ressaltar que:
“A repressão penal vem depois da violação e não pode repor o interesse violado no estado anterior; a Administração actua  antes da violação no sentido de evitá-la.
Toda a actividade administrativa é, em relação a ofensas possíveis dos interesses sociais, preventiva e não repressiva.
Por isso cabe dentro da Administração a Polícia – que se destina a evitar danos sociais mediante a limitação da actividade dos indivíduos”.
Na legislação, destacamos o Decreto-lei 2848/40 - Art 312 a 327 - Aplicação na matéria de Crimes Contra a Administração Pública., Art 328 a 337 –A Crimes praticados por particular contra a Administração Pública. Além dessa, encontraríamos inserções de Direito Penal na Lei de Licitações – Lei 8.666/93 e na Lei do Pregão – Lei 10.520/02
Direito Processual
A relação do Direito Administrativo com o Direito Processual é bastante próxima. Nos aspectos dos processos civil e penal a relação se dá na própria regulamentação das respectivas jurisdições. Nos processos administrativos são utilizados princípios característicos de processo comum. A matéria de licitações e contratos encontramos traços do Direito Processual no tocante a formas, prazos e graus de recursos.
Nos países do contencioso administrativo, é falado a respeito do direito administrativo processual.
Para CAETANO, o direito processual é disciplina afim do direito administrativo Explica o autor que o sistema das normas que regulam o funcionamento dos tribunais perante o direito administrativo tem autonomia bastante explícita pelos caracteres da função judicial. As semelhanças seriam respeito nas normas organizadoras dos serviços (secretarias) judiciais e estatuto de seu pessoal.
Direito do Trabalho
O Direito do Trabalho muito se aproxima do Direito Administrativo em razão do fato das relações dos empregadores com os empregados passaram do setor privado para o domínio público em virtude de sua regulamentação e fiscalização pelo Estado. Hoje em dia, especialmente, há lei que permite a contratação pelo Poder Público de empregados públicos sem deixar de existirem os servidores ocupantes de cargos públicos. Aplicação do contrato temporário e suas implicações
Destaca-se a EC 19/98 art. 39 – regime celetista – aplicação na matéria de servidores públicos e a ADI que reestabeleceu o Regime Jurídico Único.
Direito Eleitoral
As relações do Direito Administrativo com o Direito Eleitoral se dão em virtude da proximidade do primeiro com diferentes pontos da organização da votação e apuração dos pleitos, no próprio funcionamento dos partidos políticos, na disciplina da propaganda partidária, dentre outros. MEIRELLES admite que toda a parte formal dos atos eleitorais é regida pelo Direito Administrativo
Direito Municipal
Com o Direito Municipal o Direito Administrativo se relacionam por operarem em um mesmo setor da organização governamental. A afirmação crescente do primeiro se deu em razão do desenvolvimento  das funções locais de cada município. O que há na verdade entre os dois ramos do direito é uma verdadeira simbiose. 
Direito Civil
As relações entre o Direito Civil e o Direito Administrativo são muito próximas, principalmente no que se refere aos contratos e obrigações do Poder Público com os particulares. Isto sem se falar também nos bens públicos, nas pessoas públicas e na responsabilidade civil do Estado, todos tratados pelo Código Civil.
Direito Empresarial
As relações do Direito Administrativo com o Direito Empresarial se dão em virtude da necessidade da estruturação da Administração Pública Indireta decorrente da Primeira Reforma da Administração Pública, introduzida pelo Decreto-lei 200/67, onde houve a conceituação dos institutos da empresa pública e sociedade de economia mista.
O Art. 137 §1° A CF de 88 CF trouxe novamente esses institutos – empresas publicas e de economia mista que são utilizados na matéria de Organização Administrativa.
A Lei Complementar 123/06 criou o Estatuto da Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte que possuem aplicação em licitações e contratos administrativos.
Direito Agrário
No que concerne ao Direito Administrativo, o Direito Agrário tem relações bastante restritas com este ramo de direito público interno. Os institutos que denotam este relacionamento são Desapropriação - O direito administrativo trabalha este instituto, desde 1941, conforme dispõe a Lei Geral da Desapropriação, o Decreto-Lei nº 3.365/41; Noções de domínio público e eminente e O Estatuto da Terra, Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, previu, no artigo 6º, acordos e convênios, para a solução de problemas de interesse rural e de reforma agrária.
Direito Internacional
BASTOS faz referências às relações mantidas pelo direito administrativo com o direito internacional. Lembra o mesmo que é muito freqüente encontrar uma regulamentação proveniente de acordos internacionais a respeito de serviços públicos. Nestes casos caberia ao direito administrativo zelar pelas mesmase colocarem-nas em funcionamento. 
Brandão Cavalcanti lembra que nos tratados e convenções sobre polícia preventiva, repressiva e sanitária, nas atribuições administrativas dos cônsules e agentes diplomático, na naturalização, expulsão de estrangeiros e demais relações administrativas com nações estrangeiras, os princípios de direito internacional devem ser respeitados. 
O direito dos estrangeiros perante a administração, como o seu direito ao exercício de funções públicas; o direito de entrada e saída, imigração, extradição, naturalização, expulsão, polícia sanitária, anexação de territórios, regimes administrativos, empréstimos externos e etc compõem um considerável grupo de relacionamento entre o direito administrativo e o direito internacional. 
Todas as questões acima são resolvidas pelo direito interno ou pelos tratados e convenções.
Como as normas do direito administrativo não são apenas internas, ou seja, em virtude das relações internacionais demandarem tratados e convenções muitas vezes unificadores das normas internas de diferentes países, temos a relevante importância no direito administrativo dos mesmos tratados e convenções. Temas como leis de polícia de saúde pública, aduaneiras, radiotelegrafia, polícia social (repressão de tóxicos e outros), tráfico de mulheres e crianças, propriedade industrial e literária, extradição e entrada de estrangeiros podem ser elencados.
Ciências Sociais
O Direito Administrativo se relaciona também com as Ciências Sociais, que é um ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui Antropologia, Biblioteconomia, Estudos da comunicação, Economia, Administração, Arqueologia, Contabilidade, Geografia humana, História, Linguística, Ciência política, Estatística, Psicologia social, Direito e Sociologia. Por tratarem todas elas da sociedade, seu campo é um só.
Conclusão
Nunca seria cansativo alegar, como se faz rotineiramente, a unicidade do direito, a sua divisão em diferentes ramos com propósitos didáticos, a sua divisão histórica a partir de Roma, entre outras afirmações. O que se pode destacar, entretanto, é que o direito administrativo se relaciona com todos os demais ramos do direito, com intensidade maior à medida que se aproxima do objeto de tratamento dos assuntos que envolvem o interesse público e o bem comum, fundamentalmente.
Fontes Do Direito Administrativo
a) A fonte principal é a lei em sentido amplo.
Nosso ordenamento é escalonado ou hierarquizado. O STF chamou tal estrutura de compatibilidade vertical (normas inferiores devem ser compatíveis com as normas superiores e todas devem ser compatíveis com a CF).
b) Doutrina: Resultado dos trabalhos dos estudiosos.
c) Jurisprudência: julgamentos reiterados em um mesmo sentido.
d) Costumes: prática habitual acreditando-se ser ela obrigatória. No Brasil o costume não gera obrigação, sendo apenas fonte, vez que não vige o direito consuetudinário.
e) Princípios Gerais do Direito: são implícitos; alicerce do nosso ordenamento jurídico. Viga mestra do Direito.
Interpretação Do Direito Administrativo
Para que possamos fazer uma interpretação do Direito Administrativo, há de ser levado em conta:
a diversidade de seu objeto;
a natureza específica de suas normas;
os fins sociais a que elas se dirigem.
O interesse público que as normas sempre visam tutelar, exige regras próprias de interpretação.
Além da utilização analógica das regras do direito privado que lhe forem aplicáveis, há de considerar três princípios:
Desigualdade jurídica entre a Administração e o administrado.
Presunção de legitimidade.
Necessidade de poder discricionário para a Administração atender o interesse público.
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MECANISMOS DE CONTROLE / SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
Sistema administrativo ou sistema de controle jurisdicional da Administração: É o regime adotado pelo Estado para a correção dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos, praticados pelo Poder Público em qualquer de seus departamentos.
O que caracteriza o sistema é a predominância da jurisdição comum ou da especial, e não a exclusividade de qualquer uma delas para apurar as questões afetas à Administração.
Sistema do Contencioso Administrativo (Sistema Francês)
Quem tem que rever os atos administrativos é a própria administração. Nos países que adotam este sistema o Judiciário excepcionalmente irá rever o ato administrativo. Agirá o Judiciário nas atividades públicas de caráter privado, não dispensando a licitação. Por exemplo um contrato de locação.
Também agirá o judiciário sempre que houver atos relacionados ao estado da pessoa e à repressão penal, dentre outros.
É originário da França, resultado da luta da monarquia contra o parlamento (que exercia as funções jurisdicionais).
Fixou-se o sistema Administrador-Juiz, vedado a Justiça comum conhecer os atos da Administração, os quais se sujeitam única e exclusivamente à jurisdição especial do contencioso administrativo.
No sistema francês, todos os tribunais sujeitam-se direta e indiretamente ao controle do Conselho de Estado, que funciona como:
Juízo de apelação, Juízo de cassação E Juízo originário e único de determinados litígios.
Sistema de Jurisdição Única (Sistema Inglês)
Quem decide é o Poder Judiciário. É ele quem exerce a atividade de controle. Excepcionalmente a administração é quem decide, entretanto esta decisão pode ser revista pelo Judiciário. Não se trata de um controle misto dos atos administrativos.
Desde sempre no Brasil adota-se este mecanismo.
Modernamente, denomina-se sistema de controle judicial - é aquele em que todos os litígios (de natureza administrativa ou de interesses exclusivamente privados) são resolvidos judicialmente pela justiça comum – pelos juízes e tribunais do Poder Judiciário.
Controle da administração pública
Conceito
É a faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro.
Espécies de Controle
Quanto à extensão do controle
Controle Interno
É todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria administração.
É exercido de forma integrada entre os Poderes.
Responsabilidade solidária dos responsáveis pelo controle interno, quando deixarem de dar ciência ao TCU de qualquer irregularidade ou ilegalidade.
Controle Externo
Ocorre quando o órgão fiscalizador se situa em Administração diversa daquela de onde a conduta administrativa se originou.
São exemplos: controle do Judiciário sobre os atos do Executivo em ações judiciais; sustação de ato normativo do Poder Executivo pelo Legislativo;
Controle Externo Popular
As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
Quanto ao momento em que se efetua
Controle prévio ou preventivo
É aquele exercido antes de consumar-se a conduta administrativa, como ocorre, por exemplo, com aprovação prévia, por parte do Senado Federal, do Presidente e diretores do Banco Central.
Controle concomitante
Acompanha a situação administrativa no momento em que ela se verifica. É o que ocorre, por exemplo, com a fiscalização de um contrato em andamento.
Controle posterior ou corretivo
Tem por objetivo a revisão de atos já praticados, para corrigi-los, desfazê-los ou, somente, confirmá-los. Abrange atos como os de aprovação, homologação, anulação, revogação ou convalidação.
Quanto à natureza do controle
Controle de legalidade
É o que verifica a conformidade da conduta administrativa com as normas legais que a regem. Esse controle pode ser interno ou externo. Vale dizer que a Administração exercita-o de ofício ou mediante provocação: o Legislativo só o efetiva nos casos constitucionalmente previstos; e o Judiciário através da ação adequada. Por esse controle o atoilegal e ilegítimo somente pode ser anulado mas não revogado.
Controle do mérito
É o que se consuma pela verificação da conveniência e da oportunidade da conduta administrativa. A competência para exercê-lo é da Administração, e, em casos excepcionais, expressos na Constituição, ao Legislativo, mas nunca ao Judiciário (exceto de seus próprios atos administrativos).
Quanto ao órgão que o exerce
Controle Administrativo
É exercido pelo Executivo e pelos órgãos administrativos do Legislativo e do Judiciário, sob os aspectos de legalidade e mérito, por iniciativa própria ou mediante provocação.
Controle Legislativo
Não pode exorbitar às hipóteses constitucionalmente previstas, sob pena de ofensa ao princípio da separação de poderes. O controle alcança os órgãos do Poder Executivo e suas entidades da Administração Indireta e o Poder Judiciário (quando executa função administrativa).
Controle Político: tem por base a possibilidade de fiscalização sobre atos ligados à função administrativa e organizacional.
Controle Financeiro: a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Campo de Controle: prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Tribunal de Contas da União: é órgão vinculado ao Congresso Nacional que tem a função de auxiliá-lo no controle financeiro externo da Administração Pública.
No âmbito estadual e municipal, aplicam-se, no que couber, aos respectivos Tribunais e Conselhos de Contas, as normas sobre fiscalização contábil, financeira e orçamentária.
Controle Judicial
É o poder de fiscalização que o Judiciário exerce especificamente sobre a atividade administrativa do Estado. Alcança, basicamente, os atos administrativos do Executivo, mas também examina os atos do Legislativo e do próprio Judiciário quando realiza atividade administrativa.
É vedado ao judiciário apreciar o mérito administrativo e restringe-se ao controle da legalidade e da legitimidade do ato impugnado.
Meios de controle
Fiscalização Hierárquica: meio de controle inerente ao poder hierárquico.
Supervisão Ministerial: aplicável nas entidades de administração indireta vinculadas a um Ministério; supervisão não é a mesma coisa que subordinação; trata-se de controle finalístico.
Recursos Administrativos: são meios hábeis que podem ser utilizados para provocar o reexame do ato administrativo, pela própria administração pública. Em regra, o efeito não é suspensivo.
Representação: denúncia de irregularidades feita perante a própria Administração.
Reclamação: oposição expressa a atos da Administração que afetam direitos ou interesses legítimos do interessado.
Pedido de Reconsideração: solicitação de reexame dirigida à mesma autoridade que praticou o ato.
Recurso Hierárquico próprio: dirigido à autoridade ou instância superior do mesmo órgão administrativo em que foi praticado o ato; é decorrência da hierarquia.
Recurso Hierárquico Expresso: dirigido à autoridade ou órgão estranho à repartição que expediu o ato recorrido, mas com competência julgadora expressa.
	Remédios Constitucionais
	Conceito
	Considerações
	HABEAS CORPUS
	( sempre que alguém sofrer (HC Repressivo) ou se achar ameaçado de sofrer (HC Preventivo) violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
	( pode ser impetrado pela própria pessoa, por menor ou por estrangeiro.
	Habeas Data
	( para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
( serve também para retificação de dados, quando NÃO se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
	( a propositura da ação é gratuita;
( é uma ação personalíssima
	MANDADO DE SEGURANÇA
	( para proteger direito líquido e certo não amparado por HC ou HD, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
	( Líquido e Certo: o direito não desperta dúvidas, está isento de obscuridades.
( qualquer pessoa física ou jurídica pode impetrar, mas somente através de advogado.
	MANDADO DE SEGURANÇA coletivo
	( instrumento que visa proteger direito líquido e certo de uma coletividade, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
	( Legitimidade para impetrar MS Coletivo: Organização Sindical, entidade de classe ou associa legalmente constituída a pelo menos 1 ano, assim como partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
( Objetivo: defesa do interesse dos seus membros ou associados. 
	MANDADO DE INJUNÇÃO
	( sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
	( qualquer pessoa (física ou jurídica) pode impetrar, sempre através de advogado.
	AÇÃO POPULAR
	( visa a anulação ou à declaração de nulidade de atos lesivos ao Patrimônio Público, à moralidade Administrativa, ao Meio Ambiente e ao Patrimônio Histórico e Cultural.
	( a propositura cabe a qualquer cidadão (brasileiro) no exercício de seus direitos políticos.
	DIREITO DE PETIÇÃO
	( Objetivo: Defender direito ou noticiar ilegalidade ou abuso de autoridade pública.
	( qualquer pessoa pode propor, brasileira ou estrangeira
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Estado: pessoa jurídica de Direito Público externo. Sujeito que tem personalidade jurídica (tem aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações). É composto dos seguintes elementos: povo, território e governo soberano.
Soberania: independência na ordem internacional e supremacia na ordem interna.
Governo: comando, direção, que se divide em três funções: Executiva, Legislativa e Judiciária.
Função: atividade em nome de outrem.
Função pública: atividade desempenhada em nome do povo.
Função típica ou precípua: para a qual foi criada (ex: legislativo deve inovar a ordem jurídica).
Função atípica ou secundária: quando atua no desempenho de atividade outra, que não a típica (Senado julgando o presidente).
Função política ou função de governo: é uma quarta função do Estado que não se confunde com nenhuma das anteriores. São decisões excepcionais, raras. Ex: Declaração de guerra pelo Presidente da República. Esta é uma construção defendida por Celso Antônio Bandeira de Melo, que ensina que algumas decisões/atividades não podem sofrer nenhuma das classificações anteriores, propostas por Montesquieu.
Conceito de administração
É a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob o regime de Direito Público, destinada a atender de modo direto e imediato, necessidades concretas da coletividade. (critério material ou objetivo)
É todo o aparelhamento do Estado para a prestação dos serviços públicos, para a gestão dos bens públicos e dos interesses da comunidade. (critério formal, subjetivo ou orgânico).
Adm Pública		enfoque subjetivo
=conjunto de entidades administrativas + órgão + agentes públicos
( tem personalidade jurídica) ( nunca PJ)
enfoque objetivo
= atividades estatais	atividade econômica
	regulação econômico-social ( intervenção indireta no domínio econômico)
			serviços públicos
			monopólio	 ( intervenção direta no domínio econômico)
			gestão dos bens públicos
enfoqueformal
=- regime jurídico administrativo
(conjunto de normas) jurídica que incidem sobra a Administração Pública
Administração no sentido amplo e estrito
Segundo Marcelo Alexandrino
No sentido amplo ( estudado no direito Constitucional), a expressão abrange tanto os órgãos governamentais superiores(Governo) e suas funções eminentemente política, de comando e direção, aos quais cabe traçar os planos e diretrizes de ação, quanto os órgãos e entidades administrativos, subalternos( subordinados), e suas funções basicamente de execução das decisões e dos planos governamentais (Administração Pública em sentido estrito). 
 	Administração Pública em sentido amplo, portanto, compreende tanto a função política, que estabelece as diretrizes governamentais, quanto a função administrativa, que as executa. 
 	O conceito de Administração Pública em sentido estrito não alcança a função política de Governo, de fixação de planos e diretrizes governamentais, mas tão-somente a função propriamente administrativa, de execução de atividades administrativas".
Objeto do direito administrativo – é o estudo da Administração em sentido estrito
Função administrativa:
Atividades-fim: aquelas que justificam a existência da Administração
Atividades-meio: legitimamente investidas para compor as Condições para o desempenho da atividade –fim 
As quatro atividades-fim da Administração Pública:
fomento: atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante benefícios e privilégios fiscais ( GM no RS), auxílios financeiros ou subvenções, financiamento a juros facilitados, repasse de recursos orçamentários, entre outros instrumentos de estímulo.
Polícia administrativa ou poder de polícia: atividade pela qual a Adm impõe limitações e condicionamento ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo. ( ex Código Nacional de Transito – série de limitações administrativas – normas prevista em lei que regula direitos;
Serviço Público: é toda a atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou proponderantemente de Direito Público;
Intervenção Administrativa: espécies de atividade: a regulamentação e a fiscalização da atividade econômica de natureza privada, a atuação direta do Estado no domínio econômico, dentro dos permissivos constitucionais, e as atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos incidentes sobre destinatários específicos. ( atos de intervenção na propriedade privada: desapropriação, tombamento, servidão administrativa, requisição e ocupação temporária e *limitação administrativa*
	Conceito de Adm Pública em sentido objetivo: conjunto de atividades ( atividades-fim) que visam à satisfação direita e imediata dos interesses coletivos, mediante a produção pelo Estado de atos concreto de aplicação da lei, sob regime jurídico de Direito Público.
	As atividades-meio da Administração Pública
São as atividades que devem ser realizadas pelos órgãos ou entidade da Administração como CONDIÇÃO para o desempenho da atividade –fim.
atividades relacionadas à composição, à manutenção e ao aprimoramento do aparelho material e humano da Administração ( pessoal, recursos financeiros, pessoal)
edição de atos normativos
expedição de decisões administrativas que solucionam conflitos jurídicos sem força de definitividade.
Características
Praticar atos tão somente de execução – estes atos são denominados atos administrativos; quem pratica estes atos são os órgãos e seus agentes, que são sempre públicos.
Exercer atividade politicamente neutra – sua atividade é vinculada à Lei e não à Política.
Ter conduta hierarquizada – dever de obediência – escalona os poderes administrativos do mais alto escalão até a mais humilde das funções.
Praticar atos com responsabilidade técnica e legal – busca a perfeição técnica de seus atos, que devem ser tecnicamente perfeitos e segundo os preceitos legais.
Caráter instrumental – a Administração Pública é um instrumento para o Estado conseguir seus objetivos. A Administração serve ao Estado.
Competência limitada – o poder de decisão e de comando de cada área da Administração Pública é delimitada pela área de atuação de cada órgão.
Diferenças entre Governo e Administraçào (Hely L. Meirelles)
	SENTIDO
	GOVERNO
	ADMINISTRAÇÃO
	Subjetivo, formal, ou orgânico
	Conjunto de poderes e órgãos constitucionais.
	Conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas ( entidades políticas – U, EM, DF,Mun; entidades administrativas: Aut, Fundações. EP, SEM) aos quais é atribuído o exercício da função administrativa. (Ma. S Z DP)
Conjunto de órgão instituídos para a consecução dos objetivos do Governo.
É a máquina administrativa.
É Administração, com letra maiúscula.
	Objetivo, material ou funcional
	É o complexo das funções estatais básicas.
	Corresponde às diversas atividades finalísticas compreendidas na função administrativa ( que justificam a própria existência da Administração).
Conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral. A atividade administrativa em si.
É administração com letra minúscula.
	Operacional
	Condução política dos negócios públicos.
	É o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado, ou por ele assumido em benefício da coletividade.
	Conceito
	Governo é expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente.
Pressupõe soberania, que é: independência na ordem internacional e supremacia na ordem interna.
	É todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização dos serviços, visando a satisfação das necessidades coletivas.
	Atos
	Atua mediante atos de Soberania ou, pelo menos, de autonomia política na condução dos negócios públicos.
	Não pratica atos de governo, mas sim atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência de seus órgão ou agentes: atos administrativos.
	Atividade
	Atividade política discricionária
	Atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica
	Conduta
	Conduta independente
	Conduta hierarquizada
	Responsabilidade
	Comanda com responsabilidade constitucional e política.
	Executa sem responsabilidade constitucional ou política, mas com responsabilidade técnica e legal pela execução.
	
	GOVERNO ora se identifica com os Poderes e órgãos supremos do Estado, ora se apresenta nas funções originárias desses poderes e órgãos como manifestação da Soberania.
	ADMINISTRAÇÃO é o instrumento de que dispõe o Estado para por em prática as opções políticas do governo. Isso não quer dizer que a administração não possui poder de decisão. Tem, mas somente na área de suas atribuições e nos limites legais de sua competência executiva, só podendo opinar e decidir sobre assuntos jurídicos, técnicos, financeiros ou de conveniência e oportunidade administrativa, sem qualquer faculdade de opção política sobre a matéria.
Governo e Administração, como criação abstrata da Constituição e das leis, atuam por intermédio de suas entidades (Pessoas Jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de seus agentes (pessoas físicas investidas em cargos e funções).
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
Trata-se do conjunto de princípios que regem o Direito Administrativo. Guardam entre si uma correlação lógica, estando os mesmos interligados. No entanto não há um rol definido de princípios.
Noções Gerais:
Princípios administrativos são os valores, as diretrizes, os mandamentos mais gerais que orientam a elaboração das leis administrativas, direcionam a atuação da Administração Pública e condicionam a validade de todos os atos por ela praticados.
Princípios expresso e implícitos 
Princípios expresso 
Principio Expressos: são aqueles que possuemuma denominação genérica e taxativamente estão previstos em uma norma jurídica de caráter geral.
Previsão taxativa 
Denominação genérica ( nome do princípio)
Norma jurídica de caráter nacional ( que se aplica a todas as esferas da Administração)
Ex Lei 9784/99 art 2º - Princípio da Proporcionalidade ( não é de caráter nacional e sim federal- logo não pode ser considerado um princípio expresso)
Ex CF art 5º, LXXVIII – EC 45 “Razoabilidade no prazo de duração dos processos judiciais e administrativos” – ( também não é princípio expresso pois não tem denominação genérica).
Princípios Implícito 
Principio Implícito – São (a) aqueles que decorrem de um princípio expresso ou (b) aqueles que têm somente suas aplicações taxativamente prevista em uma norma jurídica
Decorrem de um princípio expresso: Ex Princípio da Razoabilidade que decorre do Princípio do Devido Processo legal numa acepção substantiva ( em sentido material) – Art 5º. STF no controle abstrato de constitucionalidade – Ex hipotético Lei “A” aumentou a alíquota do IRPF para 80% do rendimento. No sentido formal( no procedimento) a lei cumpriu o DPL. No sentido material ( no conteúdo) porém não é razoável;
aqueles que têm somente suas aplicações taxativamente prevista em uma norma jurídica- Ex art 5º A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. ( visam assegurar a estabilidade jurídica). A doutrina entende que os três institutos remetem a aplicação do ‘Princípio da Segurança Jurídica”
Outro exemplo: Pergunta: Os princípios implícitos não são previstos em norma jurídica? Certo ou errado? Resposta: eles são previsto em norma jurídica apenas de forma não taxativa.
O princípio ............. é previsto expressamente no ordenamento jurídico( ou sistema jurídico) = conjunto de todas as leis em vigor no país – leis nacionais, federais, estaduais, distritais, municipais – Todo princípio será expresso
Princípios – hierarquia
Não há hierarquia entre princípios, sejam eles expressos ou implícitos, previstous diretamente na CF ou na Legislação ordinária.
Apesar disto considera-se, em termos teóricos, o princípio de supremacia do interesse público sobre o privado como o princípio fundamental do regime jurídico administrativo. – Prevalência tópica – no caso em concreto.
Princípios fundamentais do regime jurídico administrativo
Quais são os dois princípios fundamentais do regime jurídico administrativo?
Bandeira de Mello
Supremacia do interesse público sobre o privado
Indisponibilidade do Interesse Público
Di Pietro
Supremacia do interesse público sobre o privado
Legalidade
Alguns autores chamam de Pilares da Administração Pública – alguns chamam de princípios
Os principais princípios (pedras de toque) do Direito Administrativo são Supremacia do Interesse Público e Indisponibilidade do Interesse Público. Este último advém do primeiro.
Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o privado
Os interesses públicos têm supremacia sobre os interesses individuais; é a essência do regime jurídico administrativo. Tal princípio é fundamental para a convivência em sociedade.
Conceito de interesse público: Há dois tipos : primário e secundário
Primário: Interesse social, das sociedade, da coletividade
Secundário: Interesse do Estado;
Os dois se equivalem. Não há supremacia de um em relação à outro.
Ex: pagamento de impostos
Supremacia do interesse público: suprema=estar acima
	Idéia geral: acima de qualquer interesse privado, está o interesse público.
Não se trata de supremacia da máquina, nem do Estado, tampouco do administrador. A supremacia está em todos os institutos tais como os atos administrativos, poder de polícia e contratos administrativos (ex.: nas cláusulas exorbitantes do contrato administrativo o interesse – direito – do particular cede lugar ao interesse da coletividade).
Há doutrinadores que argumentam que o princípio em comento autoriza/legitima o Poder Público à arbitrariedade. Todavia não é essa a interpretação que prevalece. O que se tem é que tal postulado é fundamental , no entanto deve ser aplicado com seriedade e de forma efetiva. Para tanto este princípio deve ser limitado. Tal mister é exercido pelo princípio da Indisponibilidade do Interesse Público.
Princípio fundamental do regime jurídico-administrativo
Princípio implícito, tem suas aplicações previstas taxativamente em norma jurídica de caráter geral. Qual é o fundamento da existência da Administração? Assegurar a prevalência dos interesses públicos sobre os interesse privados. Apesar de fundamental, é um princípio implícito.
Fundamento das prerrogativas administrativas, que são os poderes conferidos pelo ordenamento jurídico à Administração, que lhe asseguram uma posição de superioridade perante o administrado, regra geral quando atua visando à consecução de interesses públicos.
Não se trata de superioridade da Administração sobre o Administrado... e sim Superioridade dos Interesses Públicos sobre os interesses privados.
Alguns exemplos de prerrogativas administrativas:
os atributos dos atos administrativos
as cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos exemplo de poderes de alteração unilateral e de rescisão unilateral do contrato;
os atos de intervenção na propriedade privada;
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
Se o interesse público está acima do interesse privado, não é possível dispor do interesse público. É decorrente da supremacia
Não pode o administrador dispor daquilo que não é seu, mas sim de todos.
O administrador no desempenho da função pública exerce encargo, obrigação, munus público. Não pode o administrador de hoje comprometer o de amanhã.
Ao aplicar o princípio da indisponibilidade tem-se que a supremacia do interesse público autoriza quase tudo sendo por este limitada.
Pegadinha: a indisponibilidade não é absoluta – precisa de autorização legislativa – vontade maior da população. FHC – acordo de espurgos de FGTS
Princípio implícito. Aplicações previstas expressamente em norma jurídica.
Fundamento das sujeições administrativas, que são as limitações imposta pelo ordenamento à Administração, que restringem em muito sua atuação, comparativamente a dos particulares.
Exemplos de sujeições administrativos:
a) concurso público.
Empresa “A” quer contatar um empregado: ela não está sujeita a nenhum procedimento interno para contratação.
Já a Administração está sujeita ao procedimento de concurso público.
b) licitação
A empresa “A” quer comprar um imóvel.
A Administração precisa de licitação
c) Fiscalização/TCU TCE.
d) Princípio Administrativo (maior incidência de sujeições administrativas), exceto o princípio da supremacia que serve de base para as prerrogativas
Poder-dever de agir, aspecto dúplice dos poderes administrativos ou caráter instrumental dos poderes administrativos.
Todo poder que é auferido pela Administração deve-se ao interesse público. Logo a ADM deve exercer esse poder. È um instrumento de exercício obrigatório.
Bandeira de Mello- sustenta o impedimento imposto à Administração de transferir aos particulares os direitos relacionados aos interesses públicos que a lei lhe encarregou de defender ( Bandeira de Mello trata essa matéria como um princípio à parte – Princípio da inalienabilidade dos direitos concernentes aos interesses públicos)
Impossibilidade de alienação dos bens públicos enquanto utilizados para a satisfação de certos interesses coletivos ( inalienabilidade dos bens públicos – inalienabilidade relativa/afetação: que o bem público está sendo utilizado com certo interesse coletivo- afetado).Para alienar tem que desafetar.
Princípios Constitucionais Explícitos da Administração Pública
CF, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação da EC n. 19/98)
Princípio da Legalidade
a)Legalidade conceito
É o princípio básico de todo o Direito Público. A doutrina costuma usar a seguinte expressão: “na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido (critério de não contradição à lei), na Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido (critério de subordinação à lei).” Segundo Seabra Fagundes, “administrar é aplicar a lei de ofício”.
O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei.
Exemplo: Cod Civil 2002 = eu posso fazer um contrato de corte de grama e dar um equipamento de som como pagamento? Contrato de Bens X Serviço?
O CC trata apenas de Contrato de Bens X R$ ou Serviço X R$ e não trata de Bens X Serviço.
Mas eu, administrado posso fazer esse contrato pois isso não esta proibido.
Mas a Adm Pública não pode realizar esse contrato, pois não tem previsão legal.
Princípio da legalidade, ademais, não é sinônimo de reserva de lei, que se dá quando o constituinte reserva determinada matéria, dando a esta espécie normativa predeterminada (ex.: Lei Ordinária).
A expressão “legalidade”, para o STF, significa a aplicação em sentido amplo, obedecendo também a CF, vez que controla a lei e também os princípios constitucionais. Trata-se de controle de legalidade constitucional.
A Administração está adstrita à vontade da lei: Princípio da Adstrição à vontade legal.
Princípío da autonomia da vontade – sinônimo do princípio da legalidade aos administrados 
b)
Contra legem: contra a lei. ( nem a Adm e nem os Particulares)
Secundum legem: segundo a lei ( Adm e Particulares)
Praeten legem: além da lei (independentemente de expressa previsão legal) Particulares
Lei em sendio formal, material, forma e material
Em sentido formal = todo o ato produzido pelo poder Legislativo, segundo o processo previsto na CF, qualquer que seja o seu conteúdo.
Em sentido material = lei é ato normativo, ou seja, geral ( pois aplicável a um número indefinido e indefinível de pessoas) e abstrato ( pois aplicável a um numero indeterminado ou indeterminável de situações jurídicas) qualquer que seja seu procedimento de elaboração, o Poder do qual emane ou seu nível hierárquico.
Em sentido formal e material = reunião dos dois sentidos anteriores + inovação na ordem jurídica
Ex: LEI (F/M) é todo ato normativo produzido produzido pelo Poder Legislativo segundo o procedimento previsto na CF, que tem aptidão para inovar na ordem jurídica
O princípio da legalidade exige lei em sentido formal e material ou um ato normativo que lhe seja equiparado.
Art 59 CF – EC, LO, LC, LD, MP, DL, Resolução
Regimento de tribunais do PJ
Regulamentos autônomos ( CF,a rt 84, VI A)
Caiu em concurso da ESAF: o princípio da legalidade aplica-se também aos atos que são lei somente em sentido material. – são todos atos normativos( Certo ou Errado?) Resposta: Certo – a observãncia dos atos normativos administrativo ( decreto regulamentador, portaria, instrução normativa) também é condição de validade dos atos produzidos pela Administração.
Caiu em concurso do CESPE 2008 – o princípio da legalidade precede aos demais princípios admnistrativos. CERTO – pois não precede hierarquicamente, precede no sentido temporal
Impessoalidade
Quatro sentidos principais
Princípio da finalidade = todo ato da Administração, sob pena de invalidade, deve ser praticado visando à satisfação do interesse público e da finalidade para ele especificamente prevista em lei.
Todo ato administrativo deve ter: 
O interesse público (finalidade em sentido amplo):
Qual a finalidade em sentido amplo da suspensão de um servidor? Interesse público
Qual a finalidade em sentido amplo da remoção de ofício? Interesse público.
Qual a finalidade em sentido amplo da concessão de férias? Interesse público 
Qual a finalidade em sentido amplo da concessão do porte de arma? Interesse público
Em sentido amplo , todo e qualquer ato da Administração deve visar ao interesse público
É igual em todos os atos
+
Finalidade específica (lei)/finalidade em sentido estrito/própria/previsão explícita ou implícita
Qual a finalidade em sentido estrito da remoção de ofício? Preencher a necessidade de pessoal em determinado órgão.
Qual a finalidade em sentido estrito do ato de concessão de férias do servidor? Permitir que o servidor renove suas energias, que descanse, que curta a família etc.
Qual a finalidade em sentido estrito da aplicação da pena de suspensão? Punir um servidor em virtude da prática de infração administrativa leve
Tem que satisfazer ambos os sentidos de finalidade ( amplo e estrito), concomitantemente
Remoção de ofício
amplo – interesse público
estrito – suprir a necessidade de pessoal num determinado órgão
Doutrina: ao satisfazer o sentido estrito, na verdade, estará satisfazendo o interesse público
Lei 8112/90 – artigo 36 – cap remoção conceito
	Modalidade – remoção de ofício – no interesse da Adm – ( expresso)
	Está subentendido a finalidade implícita: suprir a necessidade de pessoal num determinado órgão.
Pegadinha: é válido o ato da Adm visando o interesse privado, ( banca de jornal – permissão) desde que também vise, também, ao interesse público e a sua finalidade específica.CORRETO
Principio da isonomia = a Administração deve tratar os administrados segundo os mesmos critérios, salvo quando a lei estabelecer critério diferenciado.
A Administração não pode excepcionar a isonomia com base na razoabilidade, instituindo tratamento diferenciado. Isto é atribuição do legislador. ( concurso para carcereiro do sexo masculino)
Pegadinha:. A Adm deve tratar os administrados segundo o mesmo critério, salvo quando houver razoabilidade para a instituição de tratamento diferenciado. ERRADO. Quem pode instituir o tratamento diferenciado é o Legislador e não a Administração
Explicação – o princípio da ISONOMIA 
	Na lei – princípio dirigido ao legislador: 
	Perante a lei – dirigido ao aplicador (juiz e adminstrador)
Institutos que tem por princípio a aplicação da isonomia
licitação
concurso público
precatórios ( salvo exceções do artigo 100 CF)
Vedação à promoção pessoal dos agentes públicos por atos produzidos no exercício da função pública ( CF, art. 37, §1º)
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Vedação a dados, imagens ou símbolos que permitam vinculação pessoal com os agentes públicos.
Na publicidade envolvendo obra: noções genéricas da própria Administração ( Prefeitura de Santo Ângelo) – Obra inserida no projeto PAC/2012.
É proibida a publicidade indevida. 
A proibição alcança o slogan da Administração (2009 isso é uma mudança de entendimento da jurisprudência).Ex “ Município para todos” –automaticamente vincula os administradores (prefeito, vice daquela Administração).
Impedimentos e suspeições 
Procuram afastar da atuação do processo administrativo, pessoas e agentes envolvidas no processo e que tenham um vínculo pessoal com a Administração. (cônjuge/companheiros
Visa afasta a atuação dos agentes administrativo de pessoas que tem vínculo pessoal. 
Significa que o administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não devendo fazer distinções fundamentadas em critérios pessoais. Ausência de subjetividade.
Toda a atividade da Administração Pública deve ser praticada tendo em vista a finalidade pública.
Se não visar o bem público, ficará sujeita à invalidação, por desvio de finalidade.
É em decorrência desse princípio que temos, por exemplo, o concurso público e a licitação.
Desse princípio decorre a generalidade do serviço público – todos que preencham asexigências têm direito ao serviço público.
A responsabilidade objetiva do Estado decorre do princípio da impessoalidade.
Importante: Impessoalidade e princípio da finalidade: 
Segundo Hely Lopes Meirelles (corrente tradicional) tais princípios são sinônimos. Para ele impessoalidade suprimiu os princípios da finalidade e imparcialidade, sendo, então, todos sinônimos. Trata-se de um entendimento antigo, ultrapassado.
Já para a corrente moderna (Celso Antônio Bandeira de Mello), impessoalidade e finalidade são princípios autônomos, não se confundem. O primeiro trata da ausência de pessoalidade, enquanto o segundo busca o espírito da lei e está ligado ao princípio da legalidade, persegue-se a vontade maior da lei, àquilo que o legislador quis/objetivou ao editar a lei. O art. 2º da Lei 9.784/99 traz expressamente o princípio da finalidade.
Lei 9.784/99, art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
EC 45/04: Diretamente ligado a este princípio é o combate ao nepotismo, um dos principais objetivos da emenda 45 (reforma do judiciário e MP). A tarefa de fiscalizar os órgãos do judiciário e MP no âmbito administrativo foi atribuída, respectivamente, ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público.
Tratam sobre a questão do nepotismo as resoluções 7, 9 e 21 do CNJ e 1 e 7 do CNMP. Nelas são disciplinadas situações como nepotismo cruzado, não possibilidade de contratação direta através de dispensa e inexigibilidade de licitação quando o contratado for parente e ainda proibição de nomear parente até terceiro grau para cargos em comissão e funções de confiança.
A matéria do nepotismo no judiciário foi objeto de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC 12). Ao julgá-la, o STF manteve a competência do CNJ para fins de exoneração dos servidores parentes que se enquadravam na proibição. Em sua argumentação atentou aos princípios da moralidade, impessoalidade, eficiência e isonomia, garantindo ao CNJ a competência no combate ao nepotismo na administração do Poder Judiciário.
Moralidade
Só ganhou roupagem de princípio explícito na CF de 88.
Envolve uma idéia de honestidade, ética, lealdade, boa-fé etc.
O Direito Administrativo elaborou um conceito próprio de moral, diferente da moral comum.
A moral administrativa significa correção de atitudes, boa administração, que o dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração.
Pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública, tem a ver com a ética, com a justiça, a honestidade, a conveniência e a oportunidade.
Toda atuação do administrador é inspirada no interesse público.
Jamais a moralidade administrativa pode chocar-se com a lei.
A Constituição de 1988 enfatizou a moralidade administrativa, prevendo que “os atos de improbidade importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.
Trata-se de um conceito vago, trazendo apenas uma idéia de como o administrador deve agir
Três principais aplicações
Princípio da probidade : dever de atuação ética perante os administrados
Probidade é um princípio implícito ( porém, o CESPE entende que é Princípio Expresso – Concurso PF 2004)
O principio da probidade impõe à Administração atuar de modo ético perante os administrados, sendo-lhe vedados quaisquer comportamento fraudulentos, astucioso, que possam implicar em prejuízo para o administrado.
Aplicação prática: “STF - Nulidade das decisões administrativas que indeferem pedidos dos administrados sem a adequada motivação.”
Maria Sylvia Z. Di Pietro:”A moralidade, enquanto princípio, é mais ampla que a probidade. Todavia, enquanto direito positivo (Lei 8.429/92), a probidade é mais ampla que a moralidade.”
Lei 8429/92 – AIA atos de improbidade administrativa
que importam enriquecimento ilícito
que causam dano ao erário
que violam os princípios administrativos
Explicação: o dever de probidade tem mais aplicação, são mais amplas as hipóteses de aplicação do que a Moralidade
Hely Lopes Meireles: o agente público, ao aplicar a lei, deve buscar, sobretudo, a concretização dos valores nela consagrados.
Princípio consagrados na lei
Ex: “A Administração, ao aplicar a lei 8.666/93, deve tratar isonomicamente os licitantes.” Isso representa a aplicação de qual princípio?
Costumes administrativo: as regra que surgem informalmente no quotidiano administrativo, a partir da adoção reiterada de determinadas condutas pela Administração ( tais regras formam em seu conjunto a moral administrativa) 
HLM – Costumes são regras jurídicas que surge da ação reiterada de condutas.
Mas cadê o princípio da legalidade? Se a Administração de vez em quando atuar sem base em lei, o ato é nulo.
Lógica: se a administração age reiteradamente aplicando um dispositivo legal – de uma matéria regulada por lei.
Mas se a matéria não for regulada por lei e a administração age reiteradamente?
Mas matéria não é regulada por lei mas a Administração está agindo reiteradamente, ger um costume. Essa perspectiva gera um direito ao Administrado. Ele tem direito à permanência da aplicação desse costume
Admite-se o costume administrativo nas matérias não disciplinas em lei ( no sentido formal e material) A matéria não está regulada em lei. 
Mesmo na falta de regulamento, a Administração pratica reiteramente ações e gera um costume. E esse costume gera uma obrigação da Administração agir de acordo, até que a matéria seja regulada em lei.
Somente faz cessar a força, a eficácia jurídica do costume até a que a matéria seja regulada em lei. E não pode ser uma ANA – ato normativo administrativo... tem que ser uma lei.
Publicidade
Dois sentidos
A divulgação oficial é condição de eficácia dos atos administrativos gerais e de efeitos externos, bem como daqueles que de qualquer modo onerarem o patrimônio público.
Divulgação oficial – regra generalíssima
1º) regra geral – publicação do ato no Diário Oficial – União, Estado e DF e (Município que tenha um Diário Oficial). Se o Estado for criado recentemente? Tem que ter DOE.
2º) Município sem diário oficial – Afixação do ato na Sede do Órgão ou entidade que o produziu (mural da Prefeitura ou Câmara).
OBS: se o município quiser, ele pode divulgar no jornal local, mas a divulgação oficial é a afixação no mural do órgão. Mas isso não substitui a divulgação oficial.
b) Eficácia – produção de efeitos jurídicos
Edital de Concurso – ato administrativo geral e de efeitos externos. 
Não houve a publicação – houve inscrição – houve a realização da prova
Para o próprio ato (EDITAL), a divulgação oficial é sempre condição de eficácia – 
Por sua vez, a falta de divulgação afeta a VALIDADE dos atos posteriores que sejam dele dependente ( inscrição e realização da prova).
c).Atos gerais e de efeitos externos. 
Atos Gerais – aqueles cujos destinatários são indeterminados. Ato individual – pode ter vários destinatários (atos plúrimos) com nome dos destinatários
Nomeação de 5 aprovados em concurso- ato individual plúrimo
Nomeio para o cargo efetivo dos candidatos aprovados do 10º ao 18º lugar do concurso XX/2012, nos termos da homologação publicada no DOU de xx/xx/2012 – uma remissão ao segundo ato. É um ato individual com remissão a segundo ato.
Se o ato não se enquadra em nenhuma das duas situações, ele será um ato Geral.
Ato geral concreto – tem destinatários indeterminados, mas ele cessa sua aplicabilidade numa única situação – Portaria fechando uma praça numa determinada data. Vai incidir uma única vez.
Ato geral abstrato – norma – legislaçãoEfeitos Externos:– externos à Administração - é aquele que se dirige aos administrados.
d) daqueles de qualquer modo puderem onerar a Administração
Princípio da transparência ( CF art 5º, inciso XXXIII)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado...
	...ou que estejam as informações compreendidas no âmbito de proteção do direito fundamental à intimidade e vida privada.
	Informação:Três espécies de informações:
	1º) Particular
	2º) Coletivo: aquela que interessa a determinada categoria profissional ou econômica
	3º) Geral – de revelo para sociedade como um todo
	a) EX- lei complementar que cria nova hipótese de aposentadoria para operadores de energia elétrica em alta voltagem, tendo em vista o risco de vida.
	Dúvida: o Sindicato solicita maiores informações sobre quais seria esses risco de vida – informação de caráter coletivo
	B) aumento de licenças para o corte de madeira na Amazônia – uma associação pede informações sobre cada uma das licenças – informação de caráter Geral – de interesse da sociedade como um todo.
	E se o poder publico não quiser informar?
	Remédio : Habeas data: informação de interesse pessoal do próprio interessado.
	Negativa de informações de interesse pessoal relativa ao interesse do requerente: Habeas data 
Negativa das demais hipóteses : interesse pessoal relativa a 3º; interesse coletivo; interesse geral: Mandado de Segurança
Pegadinha: Vc vai até o órgão e requer informações: o órgão negou e vc impetrou um hábeas data. Voce chega lá e apresenta a ordem judicial e órgão informa que o teu tempo de serviço é de 28 anos. Vc pede então a certidão... e o órgão nega. ...
Certidão - Caberá Mandado de Segurança.
Conhecimento do ato administrativo ao dono do Poder: o Povo.
Requisito de eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos da Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, observância e controle; destina-se, dentre outros, à produção dos efeitos externos dos atos administrativos.
Também significa início de contagem de prazo (ex.: multa por pardal), ou seja, condição de eficácia.
Existem atos que não se restringem ao ambiente interno da administração porque se destinam a produzir efeitos externos – daí ser necessária a publicidade.
A obrigatoriedade da publicidade dos atos administrativos sofre algumas exceções:
Nos casos de segurança nacional: 	seja ela de origem militar, econômica, cultural etc. Nestas situações, os atos não são tornados públicos. Por exemplo, os órgãos de inteligência não fazem publicidade de seus atos.
Nos casos de investigação policial:	onde o inquérito policial é extremamente sigiloso (só a ação penal que é pública).
Garantias fundamentais: CF, art. 5º, X (intimidade, privacidade), XXXIII (direito de informação), LX (regra da publicidade).
A Publicidade, ao passo que inicia os atos, também possibilita àqueles que deles tomam conhecimento, utilizarem os remédios constitucionais contra eles (controle do administrado). Assim, com base em diversos incisos do art. 5° da CF, o interessado poderá utilizar:
Direito de Petição;
Mandado de Segurança (remédio heróico contra atos ilegais envoltos de abuso de poder);
Ação Popular; 
Habeas Data;
A publicidade dos atos administrativos é feita tanto na esfera federal (através do Diário Oficial Federal) como na estadual (através do Diário Oficial Estadual) ou municipal (através do Diário Oficial do Município). Nos Municípios, se não houver o Diário Oficial Municipal, a publicidade poderá ser feita através dos jornais de grande circulação ou afixada em locais conhecidos e determinados pela Administração.
Diferente da publicidade é a publicação. Na modalidade de licitação convite,e. g., não há necessidade de publicação, todavia, é obrigatória sua publicidade, vez que se trata de ato administrativo.
Quanto à publicidade (propaganda) é de se anotar que devem ser observados os demais princípios do art. 37. Entretanto, não ferem ditos princípios, segundo entendimento do STJ, o simples fato de constar o nome do gestor público no ato de publicidade. Se o gestor, agindo em desvio de finalidade, utilizar a publicidade para promoção pessoal estará caracterizada a improbidade administrativa.
CF, art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Eficiência – EC 19/98
Três sentidos ( Maria Sylvia Zanella Di Pietro)
Dirigido à Administração
Implica que a administração adote um estruturação, uma organização que permita que ela atue com uma maior eficiência.
Institutos relacionados: 
desconcentração,
descentralização, 
contrato de gestão 
agências executivas
Pegadinha do CESP - por lei, foram criadas 5 subprefeituras de modo que a prefeitura aplique uma maior organização. Qual a princípio aplicado? EFICIÊNCIA
Direcionado aos agentes públicos
O agente público deve exercer suas atribuições funcionais de forma célere e tecnicamente adequadas e de conformidade com o interesse publico. 
Instrumentos que visam assegurar uma atuação mais eficiente:
avaliação especial de desempenho – requisito pela EC 19/98 – para adquirir estabilidade
avaliação periódica de desempenho, nos termos de Lei Complementar. ( ainda não saiu a LC ) – perda do cargo para quem já tem estabilidade.
Estágio probatório 
Concurso público. ( princípio da isonomia num primeiro plano. Finalidade do concurso publico; assegurar que os candidatos tenha no mínimo a eficiência desejada pelo Estado)
A administração gerencial.
A administração gerencial é o novo modelo de organização administrativa, que vem substituir parcialmente a chamada administração burocrática. Enquanto esta se fundamenta nos princípios da legalidade e da moralidade e enfatiza os controles de procedimento, a Administração gerencial tem a eficiência como princípio fundamental e enfatiza os controles de resultado. (ESAF auditor 2005).
Administração burocrática = Legalidade e moralidade. –. fundamento: evitar defeitos na produção dos atos administrativos – controle de procedimento- que ocorrem durante a execução do ato administrativo. EX licitação – último ato: Adjudicação. Ato anterior: homologação dos atos praticado. Controle de legalidade, controle de procedimento, que visa impedir que o ato seguinte seja viciado.
Administração gerencial: Controle de Resultado: são aqueles que incidem não sobre o próprio ato administrativo, mas sobre seus efeitos.
Exemplo – contrato de gestão Ampliação dos Atos X Metas de Desempenho
MF X SRRFB – atingir certas metas de desempenho : aumentar 15% do volume de arrecadação.
Não é controle posterior – que é aquele que ocorre sobre o ato. Fiscalização do contrato pelo TCU ou P Judiciário.
O princípio da eficiência compreende o princípio da economicidade, que impõe à Administração uma atuação segundo uma adequada relação custo/benefício ( obter os mais amplos resultados possíveis, ao menor custo) 
Princípio da economicidade é implícito. Mas o CESP entende que é expresso ( Concurso DPF/2004) Base art 70 CF.
Foi introduzido na CF pela EC 19/98. Anteriormente já estava prevista na legislação infraconstitucional no art. 6º da Lei 8.987/95.
Exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades dos administrados. Trata-se de princípio meramente retórico, ideal. É possível, no entanto, invocá-lo para limitar a discricionariedade do Administrador, levando-o a escolher a melhor opção.
Eficiência é a obtenção do melhor resultado com o uso racionaldos meios, gastar o mínimo e alcançar o melhor resultado possível. Atualmente, na Administração Pública, a tendência é a prevalência do controle de resultados sobre o controle de meios - equilíbrio.
Desdobramentos
Estabilidade (art. 41, CF): para adquirir a estabilidade o servidor precisa ser nomeado para cargo efetivo (aprovação em concurso público), 3 anos de exercício ininterrupto e a aprovação na avaliação de desempenho (trazida pela EC 19).
Para perder a estabilidade há três possibilidades: processo administrativo, processo judicial e avaliação periódica (trazida pela EC 19). Esta última irá variar de carreira para carreira e está diretamente ligada ao princípio da eficiência.
Também ligado a este princípio está a racionalização da máquina administrativa que trata da redução de despesas. A administração não pode gastar mais do que arrecada (art. 169, CF).
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União (50%), dos Estados (60%), do Distrito Federal e dos Municípios (60%) não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. (LC 101/00, art. 19)
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela EC nº 19/98).
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (EC nº 19/98)
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (EC nº 19/98)
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. (EC nº 19/98)
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (EC nº 19/98)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; (EC nº 19/98)
II - exoneração dos servidores não estáveis. (EC nº 19/98)
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (EC nº 19/98) (o constituinte afirmou que uma vez exonerados – não é demissão - todos os servidores de determinado cargo, este deverá ser extinto, não podendo a administração criar outro para substituir o extinto em menos de 04 anos).
Apesar de todos estes desdobramentos, para a doutrina brasileira, o Princípio da Eficiência não serve para muita coisa, vez que tem um conceito fluido demais.
Demais princípios aplicáveis
Razoabilidade e Proporcionalidade
Três sentidos ( Maria Sylvia Zanella Di Pietro)
Fonte: decorre do Princípio do Devido Processo Legal numa acepção substantiva, no sentido material ( princípio implícito)
Principal limitação ao mérito administrativo
Síntese: permite ao Poder Judiciário, a partir do critério do homem médio, avaliar os atos discricionários produzidos pela Administração, tanto os restritivos quanto os ampliativos da esfera jurídica dos administrados, quanto à sua necessidade, adequação e proporcionalidade, decidindo pela sua anulação quando não se conformar a qualquer desses critérios.
A razoabilidade é um critério utilizado pelo Pode Judiciário.
A Administração também poderá decidir pela extinção (mais amplo que anulação) do ato por desconformidade para com qualquer desses critérios, mas ao fazê-lo, estará atuando não com base no princípio da razoabilidade e sim no princípio da autotutela.
“Critério do homem médio” = homem ponderado ( um bom pai de família do Direito Romano).
O princípio da razoabilidade não se presta à analise dos atos administrativos vinculados. (pois é um controle do mérito do ato administrativo).
Ex: fiscal vai ao supermercado que tem centenas de itens. E achou um item que está com o prazo de validade vencido. E lança uma multa de R$ 1.000.000,00 ( se houver uma lei que determina a multa de R$ 1.000.000,00, não há aplicação da razoabilidade, pois a competência é vinculada).
Atos restritivos
aplicação de sanções
imposição obrigações
aplicação restrições ao exercício de direitos e atividades
Atos ampliativos da esfera jurídica dos administrados
que causa benefício para o administrado: o Juciário pode controlar qualquer “favorzinho” que a Administração realize. Ex a prefeitura ao lotear 100 lotes da prefeitura para instalar um camelódromo na praça. E resolve colocar 80 lotes para um só usuário. O PJ pode, pelo princípio da razoabilidade, pode anular o ato da Administração.
Juízos de razoabilidade:
Ex lei municipal estabelecendo um recuo nas construções de 1 a 5 metros ( terreno de 10 X 30) a prefeitura determina que o recuo deverá de ser 3 metros. Justificativa: no futuro a via publica poderá ser ampliada e por isso o recuo. Não concordando, o proprietário vai ao PJ argüir a nulidade do ato da Administração que determinou o recuo.
O que o Judiciário vai analisar?
Necessidade: analise da presença de interesse público que justifique a produção do ato pela Administração. Se há evidência da necessidade de ampliação. Antes era análise de mérito administrativo. Hoje ele pode analisar a necessidade ( princípio da razoabilidade.)
Adequação: Analisar se o ato é adequado para alcançar o interesse público. ( pois no futuro pode se menos oneroso a ampliação para as partes ) APTIDÃO
Proporcionalidade: O juiz analisará se o ato “ vale a pena” em função do interesse público a que visa, não causa benefício ou restrição excessivos para o administrado. Considerando o ato numa relação meio-fim. Se em função desse fim, o ato é proporcional. O mesmo meio pode ser considerado proporcional para um determinado fim e desproporcional para outro fim. Principio da proporcionalidade est[a compreendido num juízo mais amplo que é o princípio da razoabilidade.
CF, art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida necessária ao atendimento do interesse coletivo, sem exageros.
O Direito Administrativo consagra a supremacia do interesse público sobre o particular, mas essa supremacia só é legítima na medida em que os interesses públicos são atendidos.
Razoabilidade significa que o administrador deve agir de forma coerente, lógica, congruente. Tal princípio é implícito na CF, mas expresso na legislação infraconstitucional.
Lei 9.784/99, Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Proporcionalidade significa equilíbrio entre o ato praticado e a medida em razão dele.
Exige-se proporcionalidade entre os meios de que se utiliza a Administração e os fins que ela tem que alcançar.
A conveniência e oportunidade, figuras da discricionariedade do ato administrativo não podem ser objeto de revisão pelo judiciário. Ex.: município precisa de hospital e escola, no entanto só possui caixa para realização de um deles. Neste caso, cabe ao administrador

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