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Aula 02 Direito Trabalho - Teoria e Exercícios

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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá, 
Hoje teremos a nossa segunda aula do curso. 
Estudaremos temas que são bastante abordados pelas bancas. 
Vamos ao estudo, então! 
Aula 2: Da relação de trabalho e da relação de emprego: requisitos e 
distinção; relações de trabalho lato sensu: trabalho autônomo, trabalho 
eventual, trabalho temporário e trabalho avulso. Dos sujeitos do 
contrato de trabalho stricto sensu: do empregado e do empregador: 
conceito e caracterização; dos poderes do empregador no contrato de 
trabalho. Do grupo econômico; da sucessão de empregadores; da 
responsabilidade solidária. 
2.1. Da Relação de Trabalho e da Relação de Emprego: É 
importante compreender a distinção entre relação de trabalho e 
relação de emprego ao estudarmos o Direito do Trabalho. A primeira é 
mais ampla e ocorrerá quando o trabalho for prestado, sem que 
estejam presentes os requisitos da relação de emprego. 
A segunda, relação de emprego existirá quando a forma na qual 
o trabalho for prestado a outrem ocorrer com a presença concomitante 
dos requisitos que serão estudados a seguir. 
Assim, podemos dizer que toda relação de emprego é uma 
relação de trabalho, pois esta é gênero da espécie relação de 
emprego. 
¾ Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas 
nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego. 
¾ A relação de trabalho é gênero do qual a relação de emprego 
é uma espécie. 
¾ Para conceituar a relação de emprego é necessário 
caracterizá-la através da existência de cinco elementos 
fáticos-jurídicos, estabelecidos nos artigos 2º e 3º da CLT, 
que conceituam as figuras do empregado e do empregador. 
São eles: 1. Trabalho prestado por pessoa natural ou física; 
2. Pessoalidade; 3. Subordinação Jurídica; 4. Onerosidade; 
5. Não-eventualidade. 
 
 
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 Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade 
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviço. 
 § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos 
da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições 
de beneficência, as associações recreativas ou outras 
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores 
como empregados. 
 § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada 
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a 
direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo 
industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, 
serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente 
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
 Art. 3º da CLT - Considera-se empregado toda pessoa física 
que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, 
sob a dependência deste e mediante salário. 
 Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de 
emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho 
intelectual, técnico e manual. 
Requisitos ou elementos da relação de emprego: 
a) Trabalho prestado por pessoa natural ou física: O empregado 
será sempre pessoa física ou natural, mas o empregador poderá 
ser pessoa jurídica ou pessoa física ou natural. Logo, para ser 
considerado empregado é necessário que o trabalho seja prestado 
por pessoa física ou natural. 
b) Pessoalidade: O empregado não poderá fazer-se substituir por 
outra pessoa na prestação de seus serviços, devendo prestar as 
suas obrigações de forma “intuitu personae”, ou seja, de forma 
pessoal. A pessoalidade é um elemento que incide apenas sobre a 
figura do empregado, pois em relação ao empregador prevalece a 
despersonalização, fato que nós estudaremos mais adiante quando 
falarmos de sucessão. 
 
 
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Em relação à substituição é importante mencionar que a Súmula 
159 do TST autoriza a substituição excepcional pelo empregador, 
sem descaracterizar a pessoalidade inerente à relação de emprego. 
Súmula 159 do TST SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO 
EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO I - Enquanto perdurar a 
substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive 
nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do 
substituído. II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa 
a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor. 
c) Subordinação jurídica: A subordinação é um elemento que 
diferencia o empregado (relação de emprego) do trabalhador 
autônomo (relação de trabalho), uma vez que o empregado está 
subordinado juridicamente a seu empregador, devendo obedecer 
as suas ordens e o trabalhador autônomo presta os seus serviços 
de forma autônoma. 
É importante frisar que a subordinação não é econômica e nem 
técnica, portanto quando o empregado detiver a técnica em que o 
trabalho for prestado e o seu empregador a desconhecer, ainda 
assim poderá haver a subordinação caso ele execute os seus 
serviços sendo as ordens e determinações de seu empregador. 
 Exemplificando: A empresa Alfa contrata José para ser técnico 
de informática, gerenciando os programas de computador, o 
gerente e o empregador não conhecem nada de informática, mas 
José presta serviços em horários determinados por seu, 
empregador, tendo metas de produtividade traçadas, sendo 
portanto,subordinado juridicamente a seu empregador apesar de 
não ser subordinado tecnicamente ao mesmo. 
 d) Onerosidade: Na prestação de serviços deve-se haver uma 
contraprestação salarial, ou seja, o empregado coloca a sua força 
de trabalho à disposição de seu empregador e deverá receber um 
salário por isto. Assim, o trabalho voluntário no qual o empregado 
nada recebe é considerado relação de trabalho porque está 
ausente o requisito da onerosidade. É importante ressaltar que a 
alteridade é considerada um requisito da relação de emprego uma 
vez que os riscos do negócio são do empregador que deverá pagar 
 
 
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os salários de seus empregados mesmo em caso de insucesso 
empresarial. 
 e) Não-eventualidade: Como já estudamos na aula 1 deste curso, 
o princípio da continuidade da relação de emprego é um princípio 
peculiar do direito do trabalho. 
Através deste princípio objetiva-se a permanência do empregado 
no emprego e o requisito da não-eventualidade caracteriza-se, 
exatamente pelo modo permanente, não-eventual, não-esporádico, 
habitual com que o trabalho deva ser prestado. 
Assim, o trabalhador eventual não será considerado empregado, 
porque possui uma relação de trabalho com o tomador de seus 
serviços e não uma relação de emprego. 
Dica 1: A exclusividade na prestação de serviços não é elemento da 
relação de emprego, assim o empregado poderá trabalhar para mais 
de um empregador e ainda assim ter o vínculo de emprego com 
ambos. 
Dica 2: A assinatura da CTPS é uma conseqüência da relação de 
emprego e não um requisito. 
Dica 3: Alteridade 
Alteridade é um requisito ou elemento da relação de emprego e 
significa que os frutos que o empregado gera com a prestação de 
seus serviços são apropriados pelo empregador. Entende-se, por 
alteridade a assunção dos riscos do negócio pelo empregador 
porque se beneficia da atividade desenvolvida pelo empregado. 
Assim, quando o prestador se serviços corre os riscos do 
negócio ele não poderáser considerado empregado, porque o 
empregado não corre os riscos do negócio. 
Em provas costuma cair o seguinte conceito: “alteridade é 
um estado de sujeição que une empregado e empregador e 
permite ao empregador dirigir a prestação de serviços do 
empregado”. 
 
 
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BIZU DE PROVA: A Súmula 386 do TST que admite o 
reconhecimento de vínculo de emprego entre o policial militar e a 
empresa privada, mesmo diante da proibição do Estatuto da Polícia 
Militar é um tema muito abordado em provas. 
Súmula 386 do TST - POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE 
VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA. Preenchidos 
os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação 
de emprego entre policial militar e empresa privada, 
independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar 
prevista no Estatuto do Policial Militar. 
A seguir elenco os trabalhadores que prestam serviços com a 
configuração da relação de emprego, que é uma espécie da relação 
de trabalho: 
¾ Empregado celetista: É a definição do trabalho realizado com 
todos os elementos definidores da relação de emprego. 
¾ Empregado Doméstico: (art. 1º da Lei 5.859/72) É aquele que 
presta serviços de natureza contínua à pessoa ou a família no 
âmbito residencial desta. 
¾ Empregado Rural: (art.3º da Lei 5.889/73) É a pessoa física que 
em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços com 
continuidade ao empregador rural, mediante dependência e 
salário. Há finalidade lucrativa. 
¾ Trabalho Temporário: É o trabalho realizado por uma pessoa 
física contratada por uma empresa de trabalho temporário, que 
prestará serviços no estabelecimento do tomador ou cliente, 
destinada a atender a necessidade transitória de substituição de 
pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de 
serviços. (Lei 6.019/74) 
¾ Contrato de Aprendizagem: (art. 428 e seguintes da CLT) 
¾ Empregado a domicílio: Trabalhador em domicílio é aquele que 
executa seus serviços em sua residência ou em oficina de 
família, desde que subordinado ao empregador, de quem recebe 
ordens e instruções, obrigando-se a uma produção determinada. 
Relação de Emprego 
 
 
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 Art. 6º da CLT - Não se distingue entre o trabalho 
realizado no estabelecimento do empregador e o executado 
no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a 
relação de emprego. 
DICA: As bancas de concurso costumam usar como exemplo de 
empregado em domicílio, a costureira e o teletrabalhador. Estes 
empregados exercem as suas atividades em sua própria residência, 
porém de forma subordinada às ordens de seu empregador. 
A) Trabalho Autônomo: É a pessoa física que presta serviços 
habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, 
assumindo os riscos de sua atividade econômica. Não há 
subordinação, há autonomia na prestação de serviços. 
B) Trabalho Eventual: É a pessoa física que presta serviços 
ocasionalmente a uma ou mais empresas sem relação de emprego. 
Portanto as normas da CLT não se aplicam a ele. Há subordinação, 
porém, o trabalho é prestado com eventualidade. 
C) Trabalho Avulso: (Lei nº 8.630/93) É aquele que é prestado por 
uma pessoa física sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou 
rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com 
interferência obrigatória do Sindicato profissional ou do órgão gestor 
de mão-de-obra. 
D) Estágio: (Lei 11.788/2008 é a nova lei do estágio). 
Antes de conceituar o estagiário ressalto que não se deve 
confundir o estagiário com o trabalhador aprendiz. O aprendiz sempre 
será empregado e está regido pelos artigos 428 e seguintes da CLT. 
Já o estagiário está regido pela Lei 11.788/08 e somente será 
considerado empregado quando o estágio for fraudulento, ou seja, não 
se desenvolver de acordo com os requisitos da lei. 
Relação de Trabalho 
 
 
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As principais características do estágio são: 
⇒ Duração não poderá passar de dois anos, salvo quando o 
estagiário for portador de deficiência. 
⇒ A jornada será de 4 horas diárias e 20 horas semanais no 
caso de estudantes de educação especial e dos anos finais 
do ensino fundamental. 
⇒ A jornada será de 6 horas diárias e 30 horas semanais no 
caso de estudantes do ensino superior, da educação 
profissional de nível médio. 
⇒ O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório. 
Quando ele for obrigatório o estagiário poderá receber uma 
bolsa e quando ele for não-obrigatório o estagiário deverá 
receber a bolsa. 
⇒ O estagiário receberá os seguintes direitos: auxílio-
transporte, seguro contra acidentes pessoais, recesso de 
30 dias. 
⇒ Celebração de termo de compromisso de realização do 
estágio com o resumo das atividades desenvolvidas, dos 
períodos e da avaliação de desempenho a ser fornecida 
pela parte concedente do estágio quando do desligamento 
do estagiário. 
2.2. Do Trabalho Autônomo: O trabalhador autônomo é aquele que 
correrá o risco do negócio, uma vez que desenvolverá as suas 
atividades, por conta própria de forma, com habitualidade e risco 
próprio. Considera-se trabalhador autônomo a pessoa física que 
desenvolve por conta própria atividade econômica, com fins lucrativos 
ou não. 
 Exemplificando: o advogado, o médico, o taxista, o profissional 
liberal, dentre outros. 
 DICA: É importante analisar a presença ou não dos requisitos da 
relação de emprego, pois caso estejam presentes na prestação de 
serviços todos os requisitos, estes trabalhadores poderão ser 
considerados empregados. 
 
 
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2.3. Do Trabalho Eventual: Há quatro teorias para explicar o que é 
trabalho eventual. São elas: a) Teoria do evento; b) Teoria da 
Descontinuidade; c) Teoria da Fixação Jurídica; d) Teoria dos Fins da 
Empresa. 
a) Teoria do Evento: Esta teoria leva em consideração o tipo de 
serviço para o qual o trabalhador foi contratado, se ele é ou não de 
curta duração para a empresa. Caso ele seja de curta duração para a 
empresa o trabalhador será considerado eventual e não empregado. 
Esta teoria não foi aceita pela doutrina brasileira. 
b) Teoria da Descontinuidade: Esta teoria leva em consideração o 
conceito temporal da prestação de serviços, ou seja, eventual seria o 
trabalho que não se repete para um mesmo trabalhador. 
 
 Exemplificando: um professor que ministre uma aula, apenas, 
em determinada Universidade. 
c) Teoria da Fixação Jurídica: por esta teoria eventual seria aquele 
trabalhador que presta serviços para diversos tomadores de forma 
simultânea sem se fixar a nenhum deles. 
 
 Exemplificando: Faxineira que trabalha em diversas 
residências. 
d) Teoria dos Fins da Empresa: Esta teoria destaca a natureza do 
serviço em relação à atividade empresarial. Assim, trabalho eventual 
será aquele que não estiver inserido na atividade normal da empresa. 
Por esta teoria a bilheteira do cinema que só funciona nos finais de 
semana é considerada empregada, porque a venda de ingressos está 
inserida na atividade normal da empresa. 
2.4. Do Trabalho Temporário: É o trabalho realizado por uma pessoa 
física contratada por uma empresa de trabalho temporário, que 
prestará serviçosno estabelecimento do tomador ou cliente, destinada 
a atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular 
e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços. (Lei 
6.019/74). 
 
 
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A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra para 
atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e 
permanente do tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo 
extraordinário de serviços. 
O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa 
prestadora de serviços e será permitida a terceirização de atividade 
fim sem descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada 
através da empresa interposta (Súmula 331, I do TST). 
2.5. Do Trabalho Avulso: Considera-se trabalhador avulso aquele 
que presta os seus serviços a tomadores diversos, sem pessoalidade, 
em sistema de rodízio, intermediado por um Sindicato ou por um 
Órgão Gestor de Mão-de-obra. 
Estes trabalhadores não são considerados empregados, mas 
possuem os mesmos direitos dos trabalhadores com vínculo 
empregatício permanente, pois a CF/88 estabelece igualdade entre os 
trabalhadores avulsos e os trabalhadores com vínculo empregatício 
permanente (art. 7º, XXXIV da CRFB/88) 
O trabalhador avulso poderá ser portuário ou não-portuário. O 
trabalhador avulso portuário é aquele que presta serviços sem vínculo 
empregatício, intermediado por um Órgão Gestor de Mão-de-obra, a 
inúmeros tomadores de serviços. 
Este trabalhador é regido pela Lei 8.630/93, não possuindo 
vínculo de emprego devido ao fato de que a prestação de serviços é 
de curta duração, esporádica, uma vez que os navios ficam por tempo 
reduzido nos portos. 
2.6. Dos Sujeitos do Contrato de Trabalho: Os sujeitos do contrato 
de trabalho são o empregado e o empregador, o primeiro está 
conceituado no art. 3º da CLT e o empregador está conceituado no 
artigo 2º da CLT. 
Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade 
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviço. 
 
 
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 § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos 
da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições 
de beneficência, as associações recreativas ou outras 
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores 
como empregados. 
 § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada 
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a 
direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo 
industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, 
serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente 
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
 Art. 3º da CLT - Considera-se empregado toda pessoa física 
que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, 
sob a dependência deste e mediante salário. 
2.7. Poderes do Empregador no Contrato de Trabalho: Os poderes 
do empregador no contrato de trabalho, segundo o jurista Maurício 
Godinho Delgado, são os seguintes: 
¾ Poder Diretivo: Conjunto de prerrogativas concentradas nas 
mãos do empregador para dirigir a prestação de seus serviços. 
Exemplificando: o empregador é quem escolhe a época de 
concessão das férias do seu empregado. Outro exemplo: o 
empregador é quem escolhe os uniformes que serão utilizados 
por seus empregados. 
¾ Poder Regulamentar: Conjunto de prerrogativas concentradas 
nas mãos do empregador para fixar regras gerais, abstratas e 
impessoais a serem observadas no âmbito das empresas ou 
estabelecimentos. É oportuno ressaltar que neste caso, o 
empregador não poderá produzir normas jurídicas mas apenas 
cláusulas contratuais. 
¾ Poder Fiscalizatório: Conjunto de medidas para acompanhar a 
prestação de trabalho. 
¾ Poder Disciplinar: Conjunto de medidas que o empregador 
poderá adotar para propiciar a imposição de sanções para os 
empregados que descumprirem as obrigações contratuais. 
 
 
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2.8. Do Grupo Econômico: Sempre que uma ou mais empresas, 
tendo embora cada uma delas personalidade jurídica própria, 
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, 
constituindo grupo comercial, industrial, ou de qualquer outra atividade 
econômica, serão para os efeitos da relação de emprego, 
solidariamente responsáveis à empresa principal e cada uma das 
subordinadas. 
O enunciado acima transcrito é o teor do art. 2º, parágrafo 
segundo da CLT, que estabelece a figura do grupo econômico, cuja 
responsabilidade será solidária entre todas as empresas integrantes 
do grupo econômico. 
A teoria do Empregador Único prevaleceu na doutrina para 
determinar a responsabilidade solidária do grupo econômico, pelo 
adimplemento das obrigações trabalhistas. (solidariedade passiva). 
A responsabilidade solidária será em relação ao adimplemento 
das obrigações trabalhistas, mas caso o pedido do empregado seja a 
assinatura de CTPS, quem deverá assiná-la será o tomador direto de 
seus serviços. 
Exemplificando: As empresas integrantes do grupo econômico 
não precisarão exercer necessariamente as mesmas atividades, 
assim, por exemplo, o banco Bradesco, a seguradora Bradesco,o 
plano de saúde Bradesco são empresas integrantes de um mesmo 
grupo econômico. 
DICA: Há uma Súmula muito importante que fala do grupo 
econômico, estabelecendo que a prestação de serviços a mais de uma 
empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de 
trabalho é considerada a existência de apenas um contrato de 
trabalho. 
Súmula 129 TST A prestação de serviços a mais de uma empresa do 
mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não 
caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo 
ajuste em contrário. 
 
 
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 Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual 
ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, 
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
 § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada 
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a 
direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo 
industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, 
serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente 
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
¾ Os requisitos para a caracterização do grupo econômico 
são: 
a) identidade de sócios majoritários, que se constata através 
dos atos constitutivos das empresas; 
b) quando a diretoria de uma empresa é composta por sócios 
de outra empresa; 
c) quando uma empresa é criada por outra empresa; 
d) quando uma empresa é a principal patrocinadora 
econômica de outra empresa e escolhe os seus dirigentes; 
e) quando uma empresa é acionista ou sócia majoritária de 
outra; 
f) quando há ingerência administrativa ou jurídica de uma 
pessoa física sobre outra; 
g) quando uma empresa possui o poder de interferir nos atos 
de gestão e administração de outra empresa. 
É importante ressaltar que na franquia, não há a formação de 
grupo econômico, uma vez que o franqueado ao adquirir a franquiapaga apenas pelo uso da marca, pelos produtos e pelo Know–how 
da franqueadora. 
Para a corrente majoritária a solidariedade decorrente do grupo 
econômico é a solidariedade passiva. 
¾ Vamos fazer a distinção entre solidariedade ativa e 
solidariedade passiva: 
a) a solidariedade ativa aparece quando o grupo apresentar a figura 
do empregador único, ou seja, apresenta-se como se fosse uma só 
empresa, havendo promiscuidade nas relações trabalhistas, 
 
 
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comerciais, fiscais. Portanto, ativa é a solidariedade que não se 
distingue o devedor do responsável pela dívida. 
b) a solidariedade passiva é aquela na qual as pessoas jurídicas 
são distintas e independentes, pertencentes a um mesmo grupo 
econômico, cada empresa possui atividade econômica distinta e 
personalidade jurídica própria. A solidariedade passiva separa o 
devedor dos responsáveis pela dívida, assim as empresas 
integrantes do mesmo grupo econômico são co-responsáveis pela 
dívida. 
Lembrete: Não podemos confundir grupo econômico com o consórcio 
de empregadores. 
Consórcio de empregadores: Consiste na união de 
empregadores, com a finalidade de contratar trabalhadores. É 
importante falar que no consórcio de empregadores há a solidariedade 
ativa, uma vez que todos os empregadores utilizam a força de trabalho 
do mesmo empregado, sem que isto caracterize a existência de mais 
de um contrato de trabalho. 
2.9. Da Sucessão de Empregadores: Sucessão de empresas ou 
sucessão trabalhista ou alteração subjetiva do contrato de trabalho é a 
figura regulada nos artigos 10 e 448 da CLT. Trata-se de um 
fenômeno trabalhista que ocorrerá somente com as empresas urbanas 
e rurais. Não ocorrerá com os empregadores domésticos, pois a CLT 
(arts. 10 e 448) não é aplicável a esta categoria de empregados. 
 Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura 
jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus 
empregados. 
 Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na 
estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de 
trabalho dos respectivos empregados. 
A Incorporação, cisão, transformação e alienação da empresa 
acarretam a sucessão trabalhista. A compra e venda, o arrendamento, 
ou seja, qualquer título jurídico hábil a operar a transferência de 
unidade econômica-jurídica também caracteriza a sucessão de 
empregadores. 
 
 
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 Requisitos da sucessão trabalhista: 
a) que uma unidade econômica- jurídica seja transferida de um para 
outro titular; 
b) que não haja solução de continuidade na prestação de serviços 
pelo obreiro. 
¾ Devemos tecer algumas observações importantes a 
respeito da sucessão: 
1ª. A sucessão é a transferência de titularidade da empresa seja 
provisoriamente (Exs. arrendamento, usufruto) ou definitivamente 
(Exs. compra e venda, fusão, doação, etc.); 
2ª. Poderá ocorrer a título público ou privado; 
3ª. Poderá ocorrer seja a título gratuito ou não, desde que o 
sucessor continue explorando a mesma atividade econômica que 
explorava o sucedido; 
4ª. O sucedido não responde pelas dívidas trabalhistas após a 
sucessão, pois a responsabilidade das obrigações trabalhistas 
anteriores à sucessão, bem como as posteriores à sucessão será do 
sucessor. 
Na sucessão a título público, podemos citar como exemplo, a 
privatização ou o leilão público, o desmembramento de município, o 
cartório extrajudicial, quando a lei determinar, dentre outros. 
Em relação a este tema a SDI-1 do TST editou 3 Orientações 
Jurisprudenciais, que transcrevo abaixo. 
OJ 261 da SDI-1 do TST As obrigações trabalhistas, inclusive as 
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco 
sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este 
foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres 
contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. 
 
 
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OJ 225 da SDI-1 do TST Celebrado contrato de concessão de serviço 
público em que uma empresa (primeira concessionária) outorga a 
outra (segunda concessionária), no todo ou em parte, mediante 
arrendamento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, 
bens de sua propriedade: I - em caso de rescisão do contrato de 
trabalho após a entrada em vigor da concessão, a segunda 
concessionária, na condição de sucessora, responde pelos direitos 
decorrentes do contrato de trabalho, sem prejuízo da responsabilidade 
subsidiária da primeira concessionária pelos débitos trabalhistas 
contraídos até a concessão; II - no tocante ao contrato de trabalho 
extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos 
direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. 
OJ Nº 92 da SDI-1 do TST Em caso de criação de novo município, por 
desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se 
pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem 
como real empregador. 
⇒ Maurício Godinho Delgado aponta três observações 
interessantes no que se refere à sucessão de 
empregadores: 
01. Alteração ocorrida na empresa concessionária de serviços 
públicos: prevalece o entendimento de que assumindo a nova 
empresa concessionária o acervo da anterior ou mantendo parte das 
relações jurídicas contratadas pela concessionária anterior submete-
se às regras da sucessão trabalhista. Exs. Privatizações 
02. Arrendamento e efeitos na sucessão trabalhista: Há sucessão em 
relação ao novo titular provisório e posteriormente retornará ao 
anterior titular (arrendante). 
03. Aplicabilidade dos arts. 10 e 448 da CLT na aquisição de acervos 
empresariais em hasta pública. Duas correntes doutrinárias: a primeira 
vertente entende que a aquisição em hasta pública elide os efeitos da 
sucessão trabalhista, assim o adquirente/arrematante não teria 
responsabilidade anteriormente á aquisição. Já a segunda vertente 
entende que não tem efeito elisivo da sucessão a aquisição em hasta 
pública, respondendo o adquirente pelos direitos e obrigações 
anteriores. 
 
 
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A segunda corrente acrescenta que caso o edital da hasta 
pública expressamente preveja o efeito elisivo aí sim não haverá os 
efeitos da sucessão 
2.10. Da Responsabilidade Solidária: 
1. Dono da Obra: É importante definir se o dono de um imóvel em 
construção ou reforma é empregador do empregado que lhe presta 
serviços de construção. 
Na doutrina prevalece o entendimento de que o dono da obra por 
não exercer uma atividade econômica, apenas estando construindo ou 
reformando o seu imóvel sem qualquer intenção de lucro não é 
empregador do obreiro. 
Porém se o dono da obra é construtora ou imobiliária, e constrói 
ou reforma com intenção de obter lucro, será empregador do obreiro, 
pois haverá exploração da atividade econômica. 
OJ Nº 191 da SDI-1 do TST Diante da inexistência de previsão 
legal, o contrato de empreitada entre o dono da obra e o 
empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária 
nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo 
sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. 
2. Contratos de Subempreitada: (art. 455 da CLT) “Nos contratosde 
subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações 
derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia aos 
empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal 
pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.” 
Trata-se de responsabilidade subsidiária do empreiteiro principal, 
cabendo a obrigação principal ao verdadeiro empregador, o 
subempreiteiro. A responsabilidade do empreiteiro sendo subsidiária, 
caso o empregado não receba as verbas trabalhistas do 
subempreiteiro poderá ajuizar ação trabalhista em face do empreiteiro 
principal. 
3. Terceirização: A terceirização é o fenômeno pelo qual o 
trabalhador é inserido no processo produtivo do tomador de serviços 
sem que este tenha obrigações trabalhistas que são obrigações da 
empresa de terceirização. 
 
 
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A Súmula 331 do TST dispõe sobre a terceirização, que será 
permitida nos casos dos serviços de vigilância, conservação e limpeza 
e nos serviços ligados à atividade meio do tomador dos serviços. 
Como exemplo de terceirização, podemos citar o caso de um 
ascensorista, que sendo empregado de empresa prestadora de 
serviços, labora no Banco Central do Brasil não sendo empregado 
desta instituição. 
Porém, tal instituição será subsidiariamente responsável pelas 
horas suplementares devidas ao obreiro. Trata-se de terceirização nas 
atividades meio do tomador de serviços e a responsabilidade do 
Banco Central na terceirização é subsidiária. 
O art. 37, II da Constituição Federal estabelece a obrigatoriedade 
de concurso público para a investidura em cargos, empregos ou 
funções públicas na administração direta, indireta, autárquica e 
fundacional. 
Assim, não há possibilidade de reconhecimento de vínculo de 
emprego com órgãos da administração direta, indireta, autárquica e 
fundacional. 
A Súmula 363 do TST estabelece as verbas que serão devidas 
quando reconhecida a nulidade de um contrato de trabalho com a 
Administração sem a prévia existência de um concurso público. São 
elas: os depósitos do FGTS e os salários referentes às horas 
trabalhadas. 
Súmula 363 do TST A contratação de servidor público, após a 
CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice 
no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao 
pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de 
horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos 
valores referentes aos depósitos do FGTS. 
2.11. Questões de Prova sem comentários: 
1. (XIV Concurso Procurador do Trabalho) Assinale a alternativa 
CORRETA: 
I – O Direito do Trabalho estende sua esfera normativa ao empregado 
a domicílio, não fazendo distinção entre o trabalho realizado no 
estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do 
empregado, desde que presentes os elementos caracterizadores da 
relação de emprego. 
 
 
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II – O fato de o empregador ter permitido que o empregado execute as 
atividades em seu domicílio significa que renunciou ao poder diretivo. 
2. (CESPE/TST/Técnico Judiciário- Área Administrativa/2007) 
Quanto ao contrato de trabalho e aos requisitos da relação de 
emprego, julgue os itens subseqüentes. 
81. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, 
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige 
a prestação pessoal do serviço. 
82. Sempre que uma ou mais empresas, com personalidades jurídicas 
próprias, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, 
constituindo grupo econômico, a empresa principal e cada uma das 
empresas subordinadas serão, para os efeitos da relação de emprego, 
solidariamente responsáveis em relação aos contratos de emprego. 
83. Considera-se empregado todo trabalhador que, ainda quando 
autônomo, prestar serviços remunerados a outrem em troca de sua 
mão-de-obra. 
84. Para que se configure o contrato individual de trabalho, é 
necessário que a relação de emprego tenha sido ajustada em acordo 
expresso. 
85. Só é lícita a alteração de condições estabelecidas em contratos 
individuais de trabalho por mútuo consentimento e desde que não 
resulte, direta ou indiretamente, em prejuízos ao empregado, sob pena 
de nulidade da referida alteração. 
3. (UnB/CESPE – TRT 5.a Região/Analista Judiciário – Execução 
de Mandados/2008) Com referência ao conceito legal de trabalhador 
avulso, julgue o item seguinte. 
74. É considerado trabalhador avulso aquele que presta serviços de 
forma autônoma, com profissionalismo e habitualidade, sem 
dependência ou subordinação para com o tomador do serviço, 
atuando por conta própria e assumindo os riscos da atividade por ele 
desenvolvida. 
 
 
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4. (UnB/CESPE – TRT 5.a Região/Técnico Judiciário/ 2008) Acerca 
da relação de trabalho e de emprego, julgue o item que se segue. 
73. Não é possível a realização de um contrato de trabalho de 
apontador de jogo do bicho, em face do objeto ilícito da atividade. 
5. (UnB/CESPE – AGU/2006) Com referência ao Direito do Trabalho, 
cada um dos itens que se seguem apresenta uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
151. A pessoa jurídica beta, que atua no ramo de construção civil, 
contratou Maria para exercer a função de nutricionista na central de 
produção de alimentos da empresa. Maria coordena todas as fases de 
elaboração dos alimentos até a remessa das refeições individuais às 
frentes de trabalho, e não tem superior hierárquico imediato. Seu 
regime de trabalho é de seis horas diárias. Nessa situação, inexiste 
vínculo empregatício entre Maria e Beta, por não haver subordinação. 
6. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) Mário é 
analista de sistemas e labora com habitualidade para duas empresas. 
Em ambas as empresas possui, dia e horário de trabalho pré-
estipulado, recebe salário, bem como recebe ordens de superiores 
hierárquicos, porém labora apenas duas horas por dia na empresa Y. 
Considerando que Mário não possui dependência econômica coma 
empresa Y, uma vez que seu salário representa 10% de seus 
rendimentos, mas possui dependência econômica com a empresa X 
em que seu salário representa 90% de seus rendimentos, é certo que 
Mário 
(A) poderia ser considerado empregado de ambas as empresas desde 
que seu salário na empresa Y representasse mais de 50% de seus 
rendimentos. 
(B) pode ser considerado empregado de ambas as empresas tendo 
em vista que a dependência econômica não é requisito específico do 
contrato de emprego. 
(C) não pode ser considerado empregado da empresa Y, uma vez que 
se considera empregado toda pessoa física que prestar serviços de 
natureza não-eventual a empregador, sob a dependência deste. 
(D) poderia ser considerado empregado de ambas as empresas desde 
que laborasse mais que cinco horas de trabalho na empresa Y. 
 
 
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(E) só pode ser considerado empregado de uma das empresas, tendo 
em vista que há expressa proibição legal de pessoa física possuir dois 
contratos de trabalho. 
7. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) Joana é viúva 
e cria cinco filhos. Em sua residência possui quatro empregados: Cida, 
Maria, Débora eOsvaldo. Cida é a cozinheira; Débora é a auxiliar do 
lar com as funções de lavar louças, lavar e passar roupas, bem como 
arrumar toda a casa; Maria é a baba de seus filhos e Osvaldo foi 
contratado como motorista da família com a função principal de levar e 
buscar seus cinco filhos na escola. Considerando que a comida feita 
por Cida possui grande qualidade, Joana faz da sua residência um 
restaurante no horário do almoço. 
Nesse caso, NÃO é (são) considerado(s) empregado(s) domésticos 
(A) Osvaldo, apenas. 
(B) Cida e Débora, apenas. 
(C) Cida, Débora, Osvaldo e Maria. 
(D) Cida, apenas. 
(E) Cida, Débora e Maria, apenas. 
8. (FCC/Técnico Judiciário- TRT/8ª Região/2004) Requisitos que, via 
de regra, caracterizam o empregador: 
(A) dirigir a prestação pessoal de serviços e assumir os riscos da 
atividade econômica. 
(B) possuir finalidade lucrativa e, obrigatoriamente, um ou mais 
estabelecimentos. 
(C) possuir finalidade lucrativa, podendo existir ou não 
estabelecimento. 
(D) constituir empresa coletiva que não assume os riscos da atividade 
econômica. 
(E) possuir finalidade lucrativa, somente. 
9. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Acerca do contrato de 
trabalho, assinale a opção correta. 
a) o grupo econômico é considerado empregador único, por isto não é 
possível o reconhecimento da coexistência de mais de um contrato de 
trabalho, mesmo em havendo ajuste em contrário, quando na mesma 
jornada, o empregado prestar serviços para mais de uma empresa 
dele integrante. 
 
 
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b) Considerando o regime próprio a que é submetido o policial militar, 
mesmo que preenchidos os requisitos legais, não é viável o 
reconhecimento de vínculo de emprego com empresa privada, 
especialmente porque a concomitância de prestação de serviços pode 
dar ensejo a certa penalidade disciplinar. 
c) independentemente da permanência dos traços concernentes à 
subordinação jurídica, o empregado eleito para ocupar cargo de diretor 
tem o contrato de trabalho suspenso, motivo pelo qual não há cômputo 
do período em questão como tempo de serviço. 
d) Desde que presentes os requisitos da pessoalidade, onerosidade, 
habitualidade e da subordinação jurídica, necessário se torna o 
reconhecimento da existência de vínculo de emprego em relação 
àquele que é nomeado para o exercício das funções de oficial de 
justiça “ad hoc”. 
e) As anotações apostas na carteira de trabalho e previdência social 
pelo empregador contratante gozam de presunção relativa de 
veracidade. 
10. (FCC - Analista Judiciário/TRT- GO/2008) Mariana, empregada 
doméstica, labora para a família Sócrates, que está se mudando para 
os Estados Unidos. A família Sócrates vendeu sua mansão para a 
família Demóstenes com toda a mobília e utensílios domésticos. Neste 
caso, Mariana 
(A) terá rescindido o seu contrato de trabalho com a família Sócrates 
sem justa causa, podendo a família Demóstenes, caso queira, celebrar 
novo contrato de trabalho. 
(B) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, respondendo a família Demóstenes 
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas. 
(C) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, respondendo a família Demóstenes solidariamente 
pelas obrigações trabalhistas. 
(D) terá o seu contrato de trabalho suspenso por expressa 
determinação legal neste sentido. 
(E) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, mas a família Demóstenes não responderá pelas 
obrigações trabalhistas até a sucessão. 
 
 
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11. (FCC – Analista Judiciário – Executor de Mandados/ TRT 13ª 
região/2005) O trabalho desenvolvido por pessoa natural, na 
arrumação da casa, em proveito de unidade familiar que tenha 
residência fixa em área rural, caracteriza contrato 
(A) doméstico. 
(B) de trabalho urbano, da modalidade doméstica. 
(C) doméstico, da modalidade esporádica. 
(D) de trabalho rural. 
(E) de trabalho urbano, se o contratante exercer atividade remunerada 
em área urbana. 
12. (UnB/CESPE - Exame de Ordem 2008.2) Ciro trabalha como 
taxista para uma empresa que explora o serviço de táxi de um 
município, sendo o automóvel utilizado em serviço por Ciro de 
propriedade da mencionada empresa. Em face da situação hipotética 
apresentada, de acordo com a legislação trabalhista, Ciro é 
considerado 
A) empresário. 
B) trabalhador avulso. 
C) trabalhador autônomo. 
D) empregado. 
13. (FCC- Analista Executor de Mandados- TRT 24ª Região/2003) A 
sucessão de empresas 
(A) não afeta, por si só, os direitos trabalhistas adquiridos pelos 
empregados nem os respectivos contratos de trabalho. 
(B) representa alteração na propriedade da empresa, atingindo, em 
conseqüência, os direitos dos empregados. 
(C) exime o novo empregador das obrigações trabalhistas contraídas 
por seu antecessor, por serem anteriores à sua gestão na empresa. 
(D) transfere a responsabilidade do sucedido para o sucessor apenas 
se houver concordância expressa deste último. 
(E) somente é admitida no Direito do Trabalho em se tratando de 
empresas privadas. 
14. (FCC/TRT - 16a REGIÃO - Analista Judiciário/2009) Diana é 
empregada de uma república de estudantes; Danilo é vigia da 
residência de João, presidente de uma empresa multinacional; Magali 
é governanta da residência de Mônica; e Marcio é jardineiro da casa 
de praia de Ana. Nestes casos, 
 
 
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(A) apenas Magali é considerada empregada doméstica. 
(B) apenas Marcio é considerado empregado doméstico. 
(C) apenas Magali e Marcio são considerados empregados 
domésticos. 
(D) apenas Diana, Magali e Marcio são considerados empregados 
domésticos. 
(E) todos são considerados empregados domésticos. 
15. (ESAF – SEFAZ/CE – 2006) Assinale certa ou errada. 
1. O enquadramento rural do trabalhador perfila-se, como regra, pelo 
enquadramento do seu empregador, motivo pelo qual, em sendo rural 
o empreendimento, rurícolas serão seus empregados, ressalvando-se, 
porém, a hipótese de empresas de florestamento e reflorestamento que, 
embora sejam urbanas, seus empregados são tidos como rurícolas, de 
acordo com a jurisprudência predominante. 
2. Tal como a subordinação jurídica, a pessoalidade é traço marcante 
do contrato de emprego, tanto no que diz respeito ao empregado como 
no que concerne ao empregador. 
..............................................................................................................
 
Marque no quadro abaixo o gabarito que você assinalou e em seguida 
recorte este quadro e confira os erros e acertos ao final desta aula, 
onde consta o quadro com o gabarito das questões. 
Gabarito do aluno: 
1. 6. 11. 
2. 7. 12. 
3. 8. 13.
4. 9. 14. 
5. 10. 15.
............................................................................................................... 
 
 
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2.12. Questões de Prova comentadas: 
1. (XIV Concurso Procurador do Trabalho) Assinale a alternativa 
CORRETA: 
I – O Direito do Trabalho estende sua esfera normativa ao empregado 
a domicílio, não fazendo distinção entre o trabalho realizado no 
estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do 
empregado, desde quepresentes os elementos caracterizadores da 
relação de emprego. 
II – O fato de o empregador ter permitido que o empregado execute as 
atividades em seu domicílio significa que renunciou ao poder diretivo. 
Comentários: I- Correta. Trabalhador em domicílio é aquele que 
executa seus serviços em sua residência ou em oficina de família, 
desde que subordinado ao empregador, de quem recebe ordens e 
instruções, obrigando-se a uma produção determinada. 
 Art. 6º da CLT - Não se distingue entre o trabalho realizado 
no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do 
empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego. 
II- Incorreta. No trabalho em domicílio o empregador não renunciou ao 
Poder diretivo. 
2. (CESPE/TST/Técnico Judiciário- Área Administrativa/2007) 
Quanto ao contrato de trabalho e aos requisitos da relação de 
emprego, julgue os itens subseqüentes. 
81. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, 
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige 
a prestação pessoal do serviço. 
82. Sempre que uma ou mais empresas, com personalidades jurídicas 
próprias, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, 
constituindo grupo econômico, a empresa principal e cada uma das 
empresas subordinadas serão, para os efeitos da relação de emprego, 
solidariamente responsáveis em relação aos contratos de emprego. 
83. Considera-se empregado todo trabalhador que, ainda quando 
autônomo, prestar serviços remunerados a outrem em troca de sua 
mão-de-obra. 
 
 
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84. Para que se configure o contrato individual de trabalho, é 
necessário que a relação de emprego tenha sido ajustada em acordo 
expresso. 
85. Só é lícita a alteração de condições estabelecidas em contratos 
individuais de trabalho por mútuo consentimento e desde que não 
resulte, direta ou indiretamente, em prejuízos ao empregado, sob pena 
de nulidade da referida alteração. 
Comentários: 81. Certa. A assertiva transcreveu o conceito de 
empregador do art. 2º da CLT. 
82. Certa. A assertiva é cópia literal do parágrafo segundo do art. 2º 
da CLT, que define grupo econômico, cuja responsabilidade é solidária 
passiva. 
83. Errada. Trabalhador Autônomo é a pessoa física que presta 
serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma 
pessoa, assumindo os riscos de sua atividade econômica. Não há 
subordinação, há autonomia na prestação de serviços. O trabalhador 
autônomo não é empregado. O Conceito de empregado abrange os 
requisitos da relação de emprego e está definido no art. 3º da CLT. 
84. Errada. O art. 442 da CLT determina que o contrato de trabalho é 
o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. 
Vigora a noção de contrato-realidade, assim ainda que não tenha sido 
ajustado expressamente o contrato entre as partes, caso estejam 
presentes os requisitos da relação de emprego haverá contrato de 
trabalho. 
85. Certa. É o que dispõe o art. 468 da CLT, refletindo o Princípio da 
Inalterabilidade Contratual Lesiva. 
3. (UnB/CESPE – TRT 5.a Região/Analista Judiciário – Execução 
de Mandados/2008) Com referência ao conceito legal de trabalhador 
avulso, julgue o item seguinte. 
74. É considerado trabalhador avulso aquele que presta serviços de 
forma autônoma, com profissionalismo e habitualidade, sem 
dependência ou subordinação para com o tomador do serviço, 
atuando por conta própria e assumindo os riscos da atividade por ele 
desenvolvida. 
 
 
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Comentários: 74. Errada. O Trabalhador Avulso, regulamentado pela 
Lei nº 8.630/93, é aquele que é prestado por uma pessoa física sem 
vínculo empregatício, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou 
não, com interferência obrigatória do Sindicato profissional ou do 
órgão gestor de mão-de-obra. 
 Lembretes: É importante distinguir entre o trabalho autônomo, do 
eventual e do trabalho avulso: 
™ Trabalhador Autônomo é a pessoa física que presta serviços 
habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, 
assumindo os riscos de sua atividade econômica. Não há 
subordinação, há autonomia na prestação de serviços. 
™ Trabalhador Eventual é a pessoa física que presta serviços 
ocasionalmente a uma ou mais empresas sem relação de 
emprego. Portanto as normas da CLT não se aplicam a ele. Há 
subordinação, porém o trabalho é prestado com eventualidade. 
4. (UnB/CESPE – TRT 5.a Região/Técnico Judiciário/ 2008) Acerca 
da relação de trabalho e de emprego, julgue o item que se segue. 
73. Não é possível a realização de um contrato de trabalho de 
apontador de jogo do bicho, em face do objeto ilícito da atividade. 
Comentários: 73. Certa. Quando o objeto do contrato de trabalho é 
uma atividade ilícita, não poderá ocorrer a formação do contrato de 
trabalho. 
5. (UnB/CESPE – AGU/2006) Com referência ao Direito do Trabalho, 
cada um dos itens que se seguem apresenta uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
151. A pessoa jurídica beta, que atua no ramo de construção civil, 
contratou Maria para exercer a função de nutricionista na central de 
produção de alimentos da empresa. Maria coordena todas as fases de 
elaboração dos alimentos até a remessa das refeições individuais às 
frentes de trabalho, e não tem superior hierárquico imediato. Seu 
regime de trabalho é de seis horas diárias. Nessa situação, inexiste 
vínculo empregatício entre Maria e Beta, por não haver subordinação. 
Comentários: 151. Errada. O fato de Maria não ter um superior 
hierárquico imediato não significa dizer que esteja ausente a 
 
 
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subordinação jurídica. Para ilustrar podemos citar a costureira que 
trabalha em domicílio, podendo realizar um trabalho subordinado caso 
tenha que prestar contas das peças e desenvolvê-las de acordo com 
as instruções do seu empregador. 
6. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) Mário é 
analista de sistemas e labora com habitualidade para duas empresas. 
Em ambas as empresas possui, dia e horário de trabalho pré-
estipulado, recebe salário, bem como recebe ordens de superiores 
hierárquicos, porém labora apenas duas horas por dia na empresa Y. 
Considerando que Mário não possui dependência econômica coma 
empresa Y, uma vez que seu salário representa 10% de seus 
rendimentos, mas possui dependência econômica com a empresa X 
em que seu salário representa 90% de seus rendimentos, é certo que 
Mário 
(A) poderia ser considerado empregado de ambas as empresas desde 
que seu salário na empresa Y representasse mais de 50% de seus 
rendimentos. 
(B) pode ser considerado empregado de ambas as empresas tendo 
em vista que a dependência econômica não é requisito específico do 
contrato de emprego. 
(C) não pode ser considerado empregado da empresa Y, uma vez que 
se considera empregado toda pessoa física que prestar serviços de 
natureza não-eventual a empregador, sob a dependência deste. 
(D) poderia ser considerado empregado de ambas as empresas desde 
que laborasse mais que cinco horas de trabalho na empresa Y. 
(E) só pode ser considerado empregado de uma das empresas, tendo 
em vista que há expressa proibição legal de pessoa física possuir dois 
contratos de trabalho. 
Comentários: A subordinação ou dependência econômica não é 
requisito da relação de emprego. 
7. (FCC/TRT/16a REGIÃO - TécnicoJudiciário - 2009) Joana é viúva 
e cria cinco filhos. Em sua residência possui quatro empregados: Cida, 
Maria, Débora e Osvaldo. Cida é a cozinheira; Débora é a auxiliar do 
lar com as funções de lavar louças, lavar e passar roupas, bem como 
arrumar toda a casa; Maria é a baba de seus filhos e Osvaldo foi 
contratado como motorista da família com a função principal de levar e 
buscar seus cinco filhos na escola. Considerando que a comida feita 
 
 
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por Cida possui grande qualidade, Joana faz da sua residência um 
restaurante no horário do almoço. 
Nesse caso, NÃO é (são) considerado(s) empregado(s) domésticos 
(A) Osvaldo, apenas. 
(B) Cida e Débora, apenas. 
(C) Cida, Débora, Osvaldo e Maria. 
(D) Cida, apenas. 
(E) Cida, Débora e Maria, apenas. 
Comentários: A empregadora doméstica não poderá ter lucratividade 
com os serviços prestados pela empregada doméstica. Caso, isto 
ocorra a empregada será considerada urbana e terá assegurados 
todos os direitos deste tipo de trabalho. Observem que Débora lava as 
louças e Cida é a cozinheira do restaurante, logo ambas não serão 
consideradas empregadas domésticas. 
8. (FCC/Técnico Judiciário- TRT/8ª Região/2004) Requisitos que, via 
de regra, caracterizam o empregador: 
(A) dirigir a prestação pessoal de serviços e assumir os riscos da 
atividade econômica. 
(B) possuir finalidade lucrativa e, obrigatoriamente, um ou mais 
estabelecimentos. 
(C) possuir finalidade lucrativa, podendo existir ou não 
estabelecimento. 
(D) constituir empresa coletiva que não assume os riscos da atividade 
econômica. 
(E) possuir finalidade lucrativa, somente. 
Comentários: O Princípio da alteridade caracteriza-se pelo fato de 
que os riscos do negócio devem ser suportados pelo empregador e 
um de seus direitos é dirigir a prestação pessoal do serviço. Assim, 
correta a letra “a”. 
9. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Acerca do contrato de 
trabalho, assinale a opção correta. 
a) o grupo econômico é considerado empregador único, por isto não é 
possível o reconhecimento da coexistência de mais de um contrato de 
trabalho, mesmo em havendo ajuste em contrário, quando na mesma 
jornada, o empregado prestar serviços para mais de uma empresa 
dele integrante. 
 
 
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b) Considerando o regime próprio a que é submetido o policial militar, 
mesmo que preenchidos os requisitos legais, não é viável o 
reconhecimento de vínculo de emprego com empresa privada, 
especialmente porque a concomitância de prestação de serviços pode 
dar ensejo a certa penalidade disciplinar. 
c) independentemente da permanência dos traços concernentes à 
subordinação jurídica, o empregado eleito para ocupar cargo de diretor 
tem o contrato de trabalho suspenso, motivo pelo qual não há cômputo 
do período em questão como tempo de serviço. 
d) Desde que presentes os requisitos da pessoalidade, onerosidade, 
habitualidade e da subordinação jurídica, necessário se torna o 
reconhecimento da existência de vínculo de emprego em relação 
àquele que é nomeado para o exercício das funções de oficial de 
justiça “ad hoc”. 
e) As anotações apostas na carteira de trabalho e previdência social 
pelo empregador contratante gozam de presunção relativa de 
veracidade. 
Comentários: (Súmula 12 do TST) 
Súmula 12 do TST As anotações apostas pelo empregador na 
carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de 
jure", mas apenas "juris tantum". 
a) O erro desta assertiva é que ela está contrária à Súmula 129 do 
TST, pois quando há ajuste em contrário, poderá haver a existência de 
mais de um contrato de trabalho. 
 Súmula 129 TST A prestação de serviços a mais de uma 
empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de 
trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de 
trabalho, salvo ajuste em contrário. 
b) Incorreta, pois de acordo com a Súmula 386 do TST, o policial 
militar terá o vínculo de emprego reconhecido com a empresa privada. 
Súmula 386 do TST Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é 
legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar 
e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de 
penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. 
 
 
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c) Incorreta, porque quando permanecer a subordinação jurídica o 
tempo de serviço deste período será computado. 
Súmula 269 do TST O empregado eleito para ocupar cargo de diretor 
tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o 
tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação 
jurídica inerente à relação de emprego. 
d) Incorreta porque com o advento da CF/88 não se formará vínculo 
de emprego com órgãos da administração pública, uma vez que a 
admissão ocorrerá somente por concurso público. 
10. (FCC - Analista Judiciário/TRT- GO/2008) Mariana, empregada 
doméstica, labora para a família Sócrates, que está se mudando para 
os Estados Unidos. A família Sócrates vendeu sua mansão para a 
família Demóstenes com toda a mobília e utensílios domésticos. Neste 
caso, Mariana 
(A) terá rescindido o seu contrato de trabalho com a família Sócrates 
sem justa causa, podendo a família Demóstenes, caso queira, celebrar 
novo contrato de trabalho. 
(B) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, respondendo a família Demóstenes 
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas. 
(C) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, respondendo a família Demóstenes solidariamente 
pelas obrigações trabalhistas. 
(D) terá o seu contrato de trabalho suspenso por expressa 
determinação legal neste sentido. 
(E) não terá rescindido o seu contrato de trabalho, havendo sucessão 
de empregadores, mas a família Demóstenes não responderá pelas 
obrigações trabalhistas até a sucessão. 
Comentários: Aos empregados domésticos não se aplicam os artigos 
10 e 448 da CLT que tratam da sucessão de empregadores. Assim, os 
contratos de trabalho dos empregados domésticos poderão ser 
rescindidos. Portanto, o gabarito da questão é a letra “A”. 
 
 
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11. (FCC – Analista Judiciário – Executor de Mandados/ TRT 13ª 
região/2005) O trabalho desenvolvido por pessoa natural, na 
arrumação da casa, em proveito de unidade familiar que tenha 
residência fixa em área rural, caracteriza contrato 
(A) doméstico. 
(B) de trabalho urbano, da modalidade doméstica. 
(C) doméstico, da modalidade esporádica. 
(D) de trabalho rural. 
(E) de trabalho urbano, se o contratante exercer atividade remunerada 
em área urbana. 
Comentários: Empregado doméstico é aquele que presta serviços de 
natureza contínua à pessoa ou a família no âmbito residencial desta 
(art. 1º da Lei 5.859/72). Os empregados que trabalhem na sede de 
uma fazenda apenas prestando serviços no âmbito familiar serão 
considerados empregados domésticos e não rurícolas. 
É importante esclarecer que o motorista e o piloto de avião que 
transporte o fazendeiro e sua família apenas, serão considerados 
empregados domésticos. Caso estes empregados passem a 
transportar outras pessoas, como por exemplo, o médico veterinário 
dafazenda, o comprador de gado, etc. deixaram de ser considerados 
empregados domésticos e passarão a ser considerados empregados 
rurais. 
12. (UnB/CESPE - Exame de Ordem 2008.2) Ciro trabalha como 
taxista para uma empresa que explora o serviço de táxi de um 
município, sendo o automóvel utilizado em serviço por Ciro de 
propriedade da mencionada empresa. Em face da situação hipotética 
apresentada, de acordo com a legislação trabalhista, Ciro é 
considerado 
A) empresário. 
B) trabalhador avulso. 
C) trabalhador autônomo. 
D) empregado. 
Comentários: Ciro é empregado, uma vez que ele não possui a 
autonomia do taxi, trabalhando de forma subordinada à empresa que 
explora o serviço de taxi. 
 
 
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13. (FCC- Analista Executor de Mandados- TRT 24ª Região/2003) A 
sucessão de empresas 
(A) não afeta, por si só, os direitos trabalhistas adquiridos pelos 
empregados nem os respectivos contratos de trabalho. 
(B) representa alteração na propriedade da empresa, atingindo, em 
conseqüência, os direitos dos empregados. 
(C) exime o novo empregador das obrigações trabalhistas contraídas 
por seu antecessor, por serem anteriores à sua gestão na empresa. 
(D) transfere a responsabilidade do sucedido para o sucessor apenas 
se houver concordância expressa deste último. 
(E) somente é admitida no Direito do Trabalho em se tratando de 
empresas privadas. 
Comentários: A Sucessão de empresas ou sucessão trabalhista ou 
alteração subjetiva do contrato de trabalho é a figura regulada nos 
artigos 10 e 448 da CLT. Incorporação, cisão, transformação e 
alienação da empresa acarretam a sucessão trabalhista. A compra e 
venda, o arrendamento, ou seja, qualquer título jurídico hábil a operar 
a transferência de unidade econômica-jurídica caracteriza a sucessão 
de empregadores. 
 Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica 
da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus 
empregados. 
 Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na 
estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de 
trabalho dos respectivos empregados. 
14. (FCC/TRT - 16a REGIÃO - Analista Judiciário/2009) Diana é 
empregada de uma república de estudantes; Danilo é vigia da 
residência de João, presidente de uma empresa multinacional; Magali 
é governanta da residência de Mônica; e Marcio é jardineiro da casa 
de praia de Ana. 
Nestes casos, 
(A) apenas Magali é considerada empregada doméstica. 
(B) apenas Marcio é considerado empregado doméstico. 
(C) apenas Magali e Marcio são considerados empregados 
domésticos. 
 
 
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(D) apenas Diana, Magali e Marcio são considerados empregados 
domésticos. 
(E) todos são considerados empregados domésticos. 
Comentários: Todos são considerados empregados domésticos, pois 
trabalham para a família, no âmbito residencial destas, que não 
possuem finalidade lucrativa. A república de estudantes equipara-se 
ao empregador doméstico. 
15. (ESAF – SEFAZ/CE – 2006) Assinale certa ou errada. 
1. O enquadramento rural do trabalhador perfila-se, como regra, pelo 
enquadramento do seu empregador, motivo pelo qual, em sendo rural 
o empreendimento, rurícolas serão seus empregados, ressalvando-se, 
porém, a hipótese de empresas de florestamento e reflorestamento 
que, embora sejam urbanas, seus empregados são tidos como 
rurícolas, de acordo com a jurisprudência predominante. 
2. Tal como a subordinação jurídica, a pessoalidade é traço marcante 
do contrato de emprego, tanto no que diz respeito ao empregado 
como no que concerne ao empregador. 
Comentários: 1. A OJ 38 da SDI-1 do TST caracteriza a empresa de 
reflorestamento como rural. 
OJ 38 da SDI – 1 do TST EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE 
RURAL. EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO 
PRÓPRIA DO RURÍCOLA. (LEI Nº 5.889/73, ART. 10 E DECRETO Nº 
73.626/74, ART. 2º, § 4º) (inserida em 29.03.1996) 
Embora não tenha sido objeto desta questão, é importante falar da OJ. 
315, que considera rural o motorista que trabalha para empresa cuja 
atividade seja preponderantemente rural, abaixo transcrita. 
OJ 315 da SDI-1 do TST É considerado trabalhador rural o motorista 
que trabalha no âmbito de empresa cuja atividade é 
preponderantemente rural, considerando que, de modo geral, não 
enfrenta o trânsito das estradas e cidades. 
2. A pessoalidade é um requisito da relação de emprego apenas em 
relação ao empregado, uma vez que a figura do empregador é 
despersonalizada. 
 
 
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.............................................................................................................. 
Gabarito: 
1. I certa II errada 6. B 11. A 
2. 7. B 12. E
3. Errada 8. A 13. A 
4. Certa 9. E 14. E 
5. Errada 10. A 15. Erradas 
............................................................................................................... 
2.13. Resolução das 3 questões finais da aula passada: 
1.6. Dever de casa: 
1. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) Considere: 
I. Lei ordinária. 
II. Medida provisória. 
III. Sentenças normativas. 
IV. Convenção Coletiva de Trabalho. 
V. Acordo Coletivo de Trabalho. 
São Fontes de origem estatal as indicadas APENAS em 
(A) IV e V.(B) I, II e V.(C) I e II. (D) I, II, IV e V.(E) I, II e III. 
Comentários: As fontes de origem estatal são as fontes heterônomas 
que são a lei ordinária, a medida provisória e a sentença normativa. 
Portanto a letra E está correta. A convenção coletiva e o acordo colet-
ivo são fontes autônomas. 
2. (FCC/Anal. Judic. – Área Adm./ TRT/PI/ 2004) Na ausência de dis-
posições legais ou contratuais, são formas de integração do Direito do 
Trabalho: 
a) analogia, eqüidade, princípios de direito e do Direito do trabalho. 
b) Analogia, eqüidade, os costumes e pareceres do Ministério 
Público do trabalho. 
c) Analogia, eqüidade, jurisprudência e sentença normativa. 
d) Princípios e normas gerais do direito, jurisprudência e sentença 
normativa. 
e) Princípios e normas gerais do direito, eqüidade e sentença 
normativa. 
 
 
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Comentários: Letra A de acordo com o art. 8º da CLT é o gabarito da 
questão. 
3. (FCC/Juiz do Trabalho- TRT - 14ª Região/2005) Sobre fontes do 
Direito do Trabalho: 
I. Os acordos coletivos, as convenções coletivas e as sentenças 
normativas são considerados fontes autônomas do Direito do 
Trabalho. 
II. A lei é a fonte material por excelência do Direito do Trabalho. 
III. A hierarquia entre as diversas fontes do Direito do Trabalho se 
define em consonância com o caráter social e teleológico desse ramo 
jurídico especializado, fazendo prevalecer, dentro de uma situação 
concreta, a norma mais favorável ao empregado. 
IV. Pela teoria do conglobamento, para se buscar no ordenamento a 
norma mais favorável ao obreiro deve ser verificado não o caso 
concreto individual que se apresenta, mas o trabalhador de forma 
objetiva, considerando para isso o conjunto normativo delineado em 
função da matéria tratada. 
a) Há apenas uma proposição verdadeira. 
b) Há apenas duas proposições verdadeiras. 
c) Há apenas três proposições verdadeiras. 
d) Todas as proposições são verdadeiras. 
e) Todas as proposições são falsas. 
Comentários: I- Incorreta,porque a sentença normativa é 
considerada fonte formal heterônoma de Direito do Trabalho. Ao passo 
que a convenção e o acordo coletivo são fontes formais autônomas de 
Direito do Trabalho. 
II- Incorreta, porque a lei e a CLT são fontes formais heterônomas do 
Direito do Trabalho. 
III- Correta. Em todo ordenamento jurídico há uma pirâmide de 
hierarquia de normas a serem seguidas e em caso de conflitos entre 
as normas, deve-se seguir a ordem hierárquica da pirâmide para que o 
mesmo possa ser solucionado. 
A assertiva III está correta porque no Direito do Trabalho há o 
princípio da norma mais favorável ao empregado. Assim, a pirâmide 
hierárquica das normas jurídicas não é rígida no Direito do Trabalho, 
sendo o Direito do Trabalho um direito social que tem por finalidade a 
aplicação das normas mais favoráveis ao empregado. 
 
 
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 Hierarquia das Fontes 
 
 
 Constituição 
 Lei (CLT) 
 Regulamento 
 Sentença normativa 
 Convenção coletiva de trabalho 
 Costume 
IV- Correta esta assertiva. Aqui vale transcrever a lição do jurista 
Maurício Godinho Delgado: 
“O operador jurídico deve buscar a regra mais favorável 
enfocando globalmente o conjunto de regras componentes do 
sistema, discriminando, no máximo os preceitos em função da 
matéria, de modo a não perder, ao longo desse processo, o 
caráter sistemático da ordem jurídica e os sentidos lógico e 
teleológico básicos, que sempre devem informar o fenômeno 
do direito.” 
A doutrina aponta três teorias que ajudam na aferição da norma 
mais favorável: A primeira é a Teoria do Conglobamento, a segunda é 
a Teoria Atomista e a terceira é a Teoria Intermediária. 
Aqui, vale lembrar o conceito das 3 teorias! 
 
 
 
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............................................................................................................... 
Por hoje é só! Estudem bastante neste feriado! 
Hoje não teremos “dever de casa”. 
Abraços, 
Déborah Paiva 
3 Teorias: 
1. Conglobamento
2. Atomista 
3. Intermediária 
Teoria 
congloba-
mento 
Deverá buscar 
a regra mais 
favorável em 
seu conjunto, 
não poderá 
fragmentar as 
normas. 
Teoria 
Atomista 
Ao aplicar a 
norma mais 
favorável 
poderá utilizar
preceitos mais 
favoráveis de 
uma e de outra 
norma. 
Teoria 
Intermediária 
Impossível 
fragmentar 
cláusulas

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